A Vitivinicultura Australiana

A Vitivinicultura Australiana

Você que nos acompanha deve saber, ofertamos diariamente rótulo de variados países, para que você desfrute do universo do vinho de forma global e tenha as melhores memórias!

Quando pensamos em Novo Mundo, um dos países de destaque é a Austrália, sexto maior país do mundo. Nesse sentido, nos parece interessante compartilharmos algumas informações interessantes para você aprofundar seus conhecimentos sobre.

As primeiras vinhas chegaram ao país em 1788. Embora a filoxera ter se espalhado pela Austrália, uma quarentena rigorosa permitiu que a maioria das áreas, e notavelmente o Sul da Austrália, permanecessem livres da filoxera (estando presente em áreas como Victoria e Nova Gales do Sul).

Diante disso, a Austrália abriga algumas das plantações mais antigas do mundo de diversas variedades ainda crescendo com suas próprias raízes, como Shiraz, Cabernet Sauvignon e Grenache.

Sendo o mais antigo dos continentes, ao longo dos milênios desenvolveu uma geologia muito complexa e praticamente todos os tipos de rochas conhecidos podem ser encontrados em seus solos. 

Entre as principais castas tintas do país se destacam por tamanho de produção: Shiraz, Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir.

Já, entre as brancas, encontramos: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Gris, Muscat Gordo Blanco (Moscato de Alexandria), Semillon, Colombard e Riesling.

Na década de 1990 foi desenvolvido seu sistema de Indicações Geográficas (IG), dividindo suas regiões vinícolas em uma série de zonas, regiões e sub-regiões. As zonas são divididas em:

  • Zona Sudeste da Austrália;
  • Austrália Sul;
  • Victoria;
  • Nova Gales do Sul;
  • Tasmania;
  • Austrália Ocidental.

 

Entre as regiões mais conhecidas, destacamos: Barossa Valley, com seus Shiraz intensos e corpulentos, Margaret River, com seus famosos Cabernet Sauvignon, muitas vezes cortados com Merlot, gerando vinhos no estilo bordalês; Hunter Valley, famoso seus delicados Semillon de expressão singular, secos, encorpados, com alta acidez e baixo teor de álcool, com um potencial de envelhecimento extenso.

Ainda, é importante citar Yarra Valley, McLaren Vale e a Coonawarra, conhecidas pela produção de vinhos de alta qualidade.

O país conta com cerca de 2.250 vinícolas, sendo a pequena produção sua maioria. 

De paisagem variada e deslumbrante, visitá-lo é imprescindível!

Créditos da imagem: Joey Csunyo - Unsplash.

27 de Janeiro de 2024

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Nova Zelândia

Se têm características que traduzem os vinhos da Nova Zelândia são: pureza, expressão varietal e singularidade.Os vinhateiros da Nova Zelândia criaram um estilo único de Sauvignon Blanc, reconhecido por sua qualidade por unanimidade. Mas, o que talvez nem todos saibam, é que também dominam a vinificação de castas como Chardonnay, Pinto Gris, além de tintos, principalmente de Pinot Noir e cortes estilo bordalês. De clima marítimo e frio (exceto em Central Otago, onde o clima é semi-continental), é um país de latitude ampla, abrangendo a faixa de paralelos 36 à 46ºS.Embora a Nova Zelândia seja mais conhecida pelos seus vinhos frescos e ricos em fruta, produz cada vez mais uma grande variedade de estilos. Sem indicações geográficas específicas, a experimentação com diferentes técnicas de vinificação para criar novos estilos é prática corriqueira. Quando pensamos na forma de selar as garrafas, cerca de 90% são fechadas com tampa rosca (screwcap), marca registrada do país.Sobre suas regiões, podemos dividir a ilha em Norte  e Sul.Norte: Greater Auckland, Gisbornn, Hawke's Bay e Wairarapa.Sul: Marlborough, Nelson, Canterbury e Central Otago.Quando pensamos no Sauvignon Blanc do Norte, como os de Martinborough, temos exemplares menos perfumados, não tão frutados e herbáceos quanto dos do Sul. Já, analisando os Sauvignon Blanc's do Sul, como da famosa região de Marlborough, temos rótulos mais expressivos, principalmente do ponto de vista aromático.O contraste é muito interessante, e aos enoapaixonados que gostam de novas experiências, sugerimos que degustem exemplares de ambas procedências, para entender melhor, na prática.Créditos imagem: Tobias Keller - Unsplash

06 de February - 2024
Nova Zelândia

A Vitivinicultura Australiana

Você que nos acompanha deve saber, ofertamos diariamente rótulo de variados países, para que você desfrute do universo do vinho de forma global e tenha as melhores memórias!Quando pensamos em Novo Mundo, um dos países de destaque é a Austrália, sexto maior país do mundo. Nesse sentido, nos parece interessante compartilharmos algumas informações interessantes para você aprofundar seus conhecimentos sobre.As primeiras vinhas chegaram ao país em 1788. Embora a filoxera ter se espalhado pela Austrália, uma quarentena rigorosa permitiu que a maioria das áreas, e notavelmente o Sul da Austrália, permanecessem livres da filoxera (estando presente em áreas como Victoria e Nova Gales do Sul).Diante disso, a Austrália abriga algumas das plantações mais antigas do mundo de diversas variedades ainda crescendo com suas próprias raízes, como Shiraz, Cabernet Sauvignon e Grenache.Sendo o mais antigo dos continentes, ao longo dos milênios desenvolveu uma geologia muito complexa e praticamente todos os tipos de rochas conhecidos podem ser encontrados em seus solos. Entre as principais castas tintas do país se destacam por tamanho de produção: Shiraz, Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir.Já, entre as brancas, encontramos: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Gris, Muscat Gordo Blanco (Moscato de Alexandria), Semillon, Colombard e Riesling.Na década de 1990 foi desenvolvido seu sistema de Indicações Geográficas (IG), dividindo suas regiões vinícolas em uma série de zonas, regiões e sub-regiões. As zonas são divididas em:Zona Sudeste da Austrália;Austrália Sul;Victoria;Nova Gales do Sul;Tasmania;Austrália Ocidental. Entre as regiões mais conhecidas, destacamos: Barossa Valley, com seus Shiraz intensos e corpulentos, Margaret River, com seus famosos Cabernet Sauvignon, muitas vezes cortados com Merlot, gerando vinhos no estilo bordalês; Hunter Valley, famoso seus delicados Semillon de expressão singular, secos, encorpados, com alta acidez e baixo teor de álcool, com um potencial de envelhecimento extenso.Ainda, é importante citar Yarra Valley, McLaren Vale e a Coonawarra, conhecidas pela produção de vinhos de alta qualidade.O país conta com cerca de 2.250 vinícolas, sendo a pequena produção sua maioria. De paisagem variada e deslumbrante, visitá-lo é imprescindível!Créditos da imagem: Joey Csunyo - Unsplash.

27 de January - 2024
A Vitivinicultura Australiana

Entendendo as classificações dos vinhos alemães

A complexa legislação de vinhos alemães data de 1971, mas, desde lá, passou por diversas revisões (a mais recente em 2021).O ponto-chave das classificações é que qualificam a uva de acordo o peso do respectivo mosto na safra em questão.Os quatro níveis de qualidade dos vinhos alemães, considerando do menor para o maior peso do mosto, são:Deutscher Wein;Landwein;Qualitätswein; ePrädikatswein.Pronunciá-los não é nada fácil, a propósito. Mas passamos às suas peculiaridades, afinal, todo conhecimento é ouro quando se investe em um vinho. =)DEUTSCHER WEIN (Tafelwein)Vinhos de qualquer estilo, sem indicação geográfica, elaborados exclusivamente com uvas produzidas na Alemanha, abrangendo uma pequena parcela da produção total do país.Graduação alcoólica:  8,5 - 15 % v/v.Preço: normalmente baratos, pois são elaborados para consumo imediato.LANDWEINCategoria introduzida em 1982, equivalente à Indicação de Origem Protegida, onde ao menos 85% das uvas devem ser da região mencionada no rótulo, abrangendo uma pequena parcela da produção total do país.Graduação alcoólica:  8,5 - 15 % v/v.QUALITÄTSWEINÉ uma Denominação de Origem Protegida, com menos restrições que a Prädikatswein.As uvas devem ser provenientes de uma das 13 regiões reconhecidas por produzir vinhos de qualidade (Anbaugebiete), nome que deve aparecer no rótulo. Todos estilos de vinhos são permitidos.Graduação alcoólica:   mínimo de 7% v/v (sem limite máximo). Assim como para Deutscher Wein e Landwein, é permitido chaptalização para Qualitätswein.Esta categoria representa a maioria dos vinhos de dia-a-dia e de volume, contemplando, porém, alguns rótulos de qualidade alta.Vinhos deste nível, ou níveis acima, passam obrigatoriamente por análises laboratoriais e degustações as cegas antes de sua venda. Os aprovados recebem um número chamado ‘AP’ (Amtliche Prüfungsnummer), que deve constar no rótulo, indicando quando e onde o vinho foi testado, a localização do vinhedo e o número da garrafa do lote. PRÄDIKATSWEINSimilar ao Qualitätswein, Prädikatswein também é uma Denominação de Origem Protegida, com regras mais restritas.As uvas de ser provenientes exclusivamente de uma Bereich (uma das 40 regiões de produção, menores que Anbaugebieten), porém o nome da região não precisa aparecer no rótulo. Esses vinhos são produzidos com uvas de maior peso de mosto e a chaptalização não é permitida.Podem ser elaborados com qualquer variedade de uva, porém são particularmente associados à Riesling.O tamanho da produção é cerca da metade dos Qualitätswein, exceto nas melhores safras.Prädikat significa ‘distinção’ e existem 6 níveis, definidos conforme o peso mínimo do mosto. Em ordem crescente, são:Kabinett;Spätlese;Auslese;Beerenauslese;Eiswein; eTrockenbeerenauslese (TBA).Importante se atentar que, abaixo do nível Beerenauslese, os vinhos podem ser elaborados em todos os níveis de doçura, o que significa os consumidores não conseguem saber quão seco ou doce é um Auslese, Spätlese, Kabinett ou Qualitätswein, sem degustá-los.Complexo não?O bom mesmo é poder degustar um de cada para entender tudo isso. =)Saúde!Crédito da imagem: Bruno Newurath-Wilson (Unsplash).

30 de November - 2023
Entendendo as classificações dos vinhos alemães

Torrontés riojano, rótulo que todo enófilo deve conhecer!

Quando falamos em Torrontés, logo nos remete à Argentina.De 12 a 19 de outubro se celebra em todo o país a Semana del Torrontés, variedade branca emblemática. Sua origem crioula é única e sua história mostra como evoluiu até se converter em uma casta capaz de oferecer vinhos elegantes, frescos e muito expressivos.Até semana passada, desconhecia que existem três variedades de Torrontés: Torrontés Riojano, Torrontés Sanjuanino e Torrontés Mendocino.  Sendo a melhor das três, e mais disseminada, a Torrontés Riojana, caracterizada pelas suas notas florais, fruto do cruzamento natural e nativo de Moscato de Alexandria e Criolla Chica que se acredita datar do século XVIII.Mas engana-se quem pensa que tal qualidade se conquistou sem esforços, houve momentos chaves de um caminho que uniu a paixão pela investigação e a decisão de obter um vinho de maior qualidade, respeitando ao máximo o que o Torrontés Riojano tem em sua essência.Até a década de 1980, a variedade Torrontés Riojano era considerada uma uva comum, sem destaque no país. Foi quando Dr. Rodolfo Griguol (chamado de “padre del Torrontés moderno”), atual Chefe de Enologia da Cooperativa La Riojana, se aprofundou na pesquisa e com isso permitiu que todos os Torrontés Riojanos expressassem todo o seu potencial em vinhos de maior qualidade. Naquela época o vinho dessa casta tinha notas herbáceas e selvagens que lhe conferiam uma certa rusticidade, mas ao provar as uvas nos vinhedos era evidente que tinham muito potencial em aroma e delicadeza, bastava experimentar transferir essas características para o vinho produzido.Para isso, começaram por estudar separadamente os Torrontés das diferentes zonas, para saber se esta rusticidade dependia da uva, mas como resultado não foram encontradas diferenças significativas. Depois foram estudados os diferentes processos de produção, onde foram feitas diversas alterações, passando da produção tradicional à prensagem pneumática, clarificação dos mostos, correção de acidez, nutrição adequada, fermentação controlada a baixas temperaturas; trabalhando sempre com fermentações espontâneas (leveduras nativas). O resultado obtido com a mudança de tecnologia e melhor controle do processo foi importante porque foi possível diminuir as notas rústicas, mantendo o frutado e o frescor típico deste vinho, mas ainda manteve algumas notas herbáceas e seus toques amargos que o fizeram perder a delicadeza. Foi então iniciada a terceira etapa da pesquisa, voltada para a biotecnologia, na qual começaram a testar a fermentação do Torrontés Riojano com a inoculação de diferentes leveduras comerciais. Os resultados alcançados foram muito interessantes: o vinho obtido com algumas leveduras comerciais revelou-se muito delicado, sem notas herbáceas, com perfil aromático cítrico e de frutas brancas, porém, sem as notas aromáticas florais típicas do Torrontés Riojano: flores de laranjeira, casca de laranja, salada de frutas, as características que se percebem na degustação da uva. Então surgiu a seguinte hipótese: se as leveduras nativas dão tipicidade aromática, mas com o defeito das “notas herbáceas”, e com as leveduras comerciais consegue-se a delicadeza, mas perde-se a tipicidade.No entanto, por se tratar de uma casta de maturação precoce, o calor fez com que muitas vezes ficasse demasiado madura, resultando em vinhos excessivamente alcoólicos, sem acidez e com final amargo. Mais recentemente, o investimento e as melhorias tanto no cultivo da uva como na vinificação aumentaram seu perfil. Redução dos rendimentos, colheita mais precoce e controle cuidadoso da temperatura durante a fermentação produziram vinhos mais frutados (limão, toranja, pêssego) em vez do que abertamente floral e mais fresco com níveis mais baixos de álcool. Torrontés tem se mostrado particularmente bem-sucedido em Cafayate (Salta), mas cada vez mais os vinhos vêm de outros vinhedos mais frescos e mais altos, em particular do Vale do Uco. A maioria dos Torrontés são elaborados para consumo imediato, mas alguns produtores fermentam pequenas quantidades em carvalho para combinar com o vinho não envelhecido para produzir vinhos mais dignos de envelhecimento. Embora geralmente feito em vinhos monovarietais, alguns produtores agora o misturam com outras variedades, em particular Sauvignon Blanc. Também são encontrados vinhos perfumados, doces e de colheita tardia. Após longas pesquisas, onde avaliaram 8.000 clones de leveduras que recolheram em vinhas e 15.000 clones de leveduras de adega, conseguiram isolar um que apresenta características de delicadeza, sem perder a tipicidade, a chamaram de LRV 945.Em viagem à região, sugiro visitas à cooperativa la Riojana, e quem sabe tentar uma conversa com o Dr. Griguol. Assim como a vinícola La Puerta, onde fomos muito bem recebidos, com histórias da família, degustação de vinhos, azeites de oliva e as maravilhosas empanadas da dona Alícia (para empanadas deve ser agendada a visita com um dia de antecedência). E, a 70 km, se encontra a vinícola Chañarmuyo, inserida em uma paisagem deslumbrante, local com hospedagem, ótimos vinhos e infinitas particularidades.Por fim, mas não menos importante, voltei encantada com a humanidade, simplicidade e carinho das pessoas que conheci na região.Fernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em Vinhos / Dip. WSET studentDelegada brasileira na OIV

13 de October - 2023
Torrontés riojano, rótulo que todo enófilo deve conhecer!

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