Já ouviu falar sobre os vinhos veganos?

08 de December - 2016

Já ouviu falar sobre os vinhos veganos?

Os chamados vinhos veganos se encaixam na própria definição de veganismo pela The Vegan Society: “o veganismo é uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade com animais, seja para alimentação, vestuário ou qualquer outra finalidade”. Você pode estar se perguntando, se o vinho é produzido pela fermentação de uvas, então, ele não é consequentemente vegano? Essa resposta vai depender dos ingredientes usados nos processos de vinificação, mais precisamente dos agentes clarificadores. Vamos entender melhor.

A produção dos vinhos pela ótica vegana

Podemos dizer, superficialmente, que na elaboração do vinho, o processo é simples: leveduras transformam os açúcares do suco de uva em álcool. Como não há restrições sobre o consumo de fungos (leveduras), o vinho parece combinar perfeitamente com a alimentação vegana. Porém, a ressalva acontece devido a um dos processos finais, a clarificação. A clarificação é o processo de purificação do vinho, quando um clarificador ou agente filtrante é adicionado ao tanque ou barril. Basicamente, é acrescentar ao vinho uma proteína, que atrai e decanta os resíduos sólidos, que não são prejudiciais, mas, se não os retirarmos, o vinho ficaria turvo, e não translúcido e brilhante. Muitas vinícolas adicionam ingredientes de origem animal no processo de clarificação, como proteína do leite (caseína), clara de ovo (albumina) e gelatina. Vale lembrar que nenhum destes componentes modifica o sabor e o aroma do vinho. Eles nem se mantêm na composição da bebida.

Clarificadores alternativos para vinhos

Há opções de produtos de origem mineral que podem ser utilizados na clarificação, como a bentonita e o carvão ativado, pedra calcária, caulino e “kieslguhr” (argilas), caseína de plantas, gel de sílica. Nesse caso, o vinho produzido pode ser chamado de vegan-friendly, amigo dos veganos. Além disso, determinados produtores utilizam apenas processos de autoclarificação natural. São chamados de “artesanais”, evitando a utilização de métodos artificiais de clarificação e filtragem, o que está de acordo com os princípios do veganismo, se tornando “vinhos naturais”. Algumas marcas de vinho têm os dizeres “não afinado e não filtrado” em seus rótulos. O que significa que não foi utilizado nenhum clarificador. Vale dizer ainda que não há legislação reguladora para a rotulagem dos vinhos considerados veganos. Alguns produtores, voluntariamente, sinalizam essa informação em suas garrafas. O vinho kosher também não utiliza clarificadores de origem animal e é elaborado de acordo com critérios rigorosos da lei judaica e sob a supervisão de um rabino.

Vinho azul e totalmente vegano

vinho-gik-vegano

 Uma das últimas inovações no mundo do vinho, a empresa criadora do Gik segue a filosofia vegana.

Chamado de GIK, o exótico vinho azul, é produzido na Espanha a partir da combinação de uvas tintas e brancas. Não tem nenhuma denominação de origem, e é feito a partir de uvas de diferentes vinhedos da Espanha e França. A escolha da cor, de acordo com seus criadores, tem um apelo mais poético e traz a ideia de um produto inovador, divertido e com espírito jovem. Sua produção segue todas as normas de qualidade da União Europeia e não leva açúcar na composição. Possui teor alcoólico de 11,5%. Como um dos fundadores é vegano, a empresa também mantêm os princípios do veganismo ao elaborar seus produtos.

Conclusão

Não queremos entrar no debate sobre a filosofia vegana ser ou não a melhor opção. O vinho do mundo é naturalmente repleto de uma grande pluralidade de ideias, portanto há espaço para todos. O que devemos levar em conta, é que ao bebermos um vinho (vegano ou não), sempre existirão duas alternativas: gostar ou não gostar. A questão do veganismo pode ser um ponto de partida, mas o que realmente importa é o quão saboroso é o vinho. E assim como fazem os veganos, apreciar bons vinhos também é uma escolha. Então aproveite, aprecie! Equipe VinumDay • um vinho para cada dia 

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Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).
Nova Zelândia

Nova Zelândia

Se têm características que traduzem os vinhos da Nova Zelândia são: pureza, expressão varietal e singularidade.Os vinhateiros da Nova Zelândia criaram um estilo único de Sauvignon Blanc, reconhecido por sua qualidade por unanimidade. Mas, o que talvez nem todos saibam, é que também dominam a vinificação de castas como Chardonnay, Pinto Gris, além de tintos, principalmente de Pinot Noir e cortes estilo bordalês. De clima marítimo e frio (exceto em Central Otago, onde o clima é semi-continental), é um país de latitude ampla, abrangendo a faixa de paralelos 36 à 46ºS.Embora a Nova Zelândia seja mais conhecida pelos seus vinhos frescos e ricos em fruta, produz cada vez mais uma grande variedade de estilos. Sem indicações geográficas específicas, a experimentação com diferentes técnicas de vinificação para criar novos estilos é prática corriqueira. Quando pensamos na forma de selar as garrafas, cerca de 90% são fechadas com tampa rosca (screwcap), marca registrada do país.Sobre suas regiões, podemos dividir a ilha em Norte  e Sul.Norte: Greater Auckland, Gisbornn, Hawke's Bay e Wairarapa.Sul: Marlborough, Nelson, Canterbury e Central Otago.Quando pensamos no Sauvignon Blanc do Norte, como os de Martinborough, temos exemplares menos perfumados, não tão frutados e herbáceos quanto dos do Sul. Já, analisando os Sauvignon Blanc's do Sul, como da famosa região de Marlborough, temos rótulos mais expressivos, principalmente do ponto de vista aromático.O contraste é muito interessante, e aos enoapaixonados que gostam de novas experiências, sugerimos que degustem exemplares de ambas procedências, para entender melhor, na prática.Créditos imagem: Tobias Keller - Unsplash
A Vitivinicultura Australiana

A Vitivinicultura Australiana

Você que nos acompanha deve saber, ofertamos diariamente rótulo de variados países, para que você desfrute do universo do vinho de forma global e tenha as melhores memórias!Quando pensamos em Novo Mundo, um dos países de destaque é a Austrália, sexto maior país do mundo. Nesse sentido, nos parece interessante compartilharmos algumas informações interessantes para você aprofundar seus conhecimentos sobre.As primeiras vinhas chegaram ao país em 1788. Embora a filoxera ter se espalhado pela Austrália, uma quarentena rigorosa permitiu que a maioria das áreas, e notavelmente o Sul da Austrália, permanecessem livres da filoxera (estando presente em áreas como Victoria e Nova Gales do Sul).Diante disso, a Austrália abriga algumas das plantações mais antigas do mundo de diversas variedades ainda crescendo com suas próprias raízes, como Shiraz, Cabernet Sauvignon e Grenache.Sendo o mais antigo dos continentes, ao longo dos milênios desenvolveu uma geologia muito complexa e praticamente todos os tipos de rochas conhecidos podem ser encontrados em seus solos. Entre as principais castas tintas do país se destacam por tamanho de produção: Shiraz, Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir.Já, entre as brancas, encontramos: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Gris, Muscat Gordo Blanco (Moscato de Alexandria), Semillon, Colombard e Riesling.Na década de 1990 foi desenvolvido seu sistema de Indicações Geográficas (IG), dividindo suas regiões vinícolas em uma série de zonas, regiões e sub-regiões. As zonas são divididas em:Zona Sudeste da Austrália;Austrália Sul;Victoria;Nova Gales do Sul;Tasmania;Austrália Ocidental. Entre as regiões mais conhecidas, destacamos: Barossa Valley, com seus Shiraz intensos e corpulentos, Margaret River, com seus famosos Cabernet Sauvignon, muitas vezes cortados com Merlot, gerando vinhos no estilo bordalês; Hunter Valley, famoso seus delicados Semillon de expressão singular, secos, encorpados, com alta acidez e baixo teor de álcool, com um potencial de envelhecimento extenso.Ainda, é importante citar Yarra Valley, McLaren Vale e a Coonawarra, conhecidas pela produção de vinhos de alta qualidade.O país conta com cerca de 2.250 vinícolas, sendo a pequena produção sua maioria. De paisagem variada e deslumbrante, visitá-lo é imprescindível!Créditos da imagem: Joey Csunyo - Unsplash.

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Hacienda Araucano Humo Blanco

Pinot Noir 2022

Amigos, a oferta desta semana é de peso!

François Lurton, enólogo bordalês visionário, foi o primeiro a estabelecer um vinhedo na região de Lolol, no Valle de Colchagua, hoje reconhecida como Denominação de Origem.

Lá, criou a Hacienda Araucano no ano de 2000, em terras ainda virgens para a viticultura. A 40 km do Pacífico, plantou vinhas orgânicas e biodinâmicas de variedades como Pinot Noir e Sauvignon Blanc, que exigem temperaturas mais controladas.

Lolol é caracterizada pelos solos profundos de xisto e granito, que estressam as vinhas e fazem nas produzir frutos menores e mais concentrados. Também sofre a influência da Corrente de Humboldt e uma típica névoa branca que paira sobre a região nas manhãs, conhecida como Humo Blanco.

O impacto desse fenômeno se traduz em frescor. Ela ameniza o calor do verão, garantindo uma maturação mais longa e equilibrada.

Com uvas de vinhedos próprios, colhidas nas primeiras horas da manhã, este Pinot Noir foi obtido por fermentação com leveduras autóctones, utilizando 5% de cachos inteiros. A maturação de 30% do vinho foi em barricas francesas.

Na degustação, encontramos uma face muito elegante da casta, com notas de frutas vermelhas maduras (cereja, morango e framboesa), escoltadas por toques terrosos, grama e especiarias doces.

Em boca, aporta uma acidez bem suculenta, taninos macios e grande amplitude de sabores, que levam a um final longo, muito gastronômico.

Este incrível Pinot Noir de Lurton foi uma grande surpresa no painel sensorial dos sommeliers da VinumDay.

Por isso, batalhamos por um preço super especial para que você também possa conhecê-lo.

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Felipe Staiti

Euforia Syrah 2021

Se a Syrah é uma raridade em Mendoza, mais rara ainda se torna quando é fruto de uma parceria um tanto exótica, mas de grande sucesso. 

Felipe Stati é músico (múltiplas vezes indicado ao Grammy), e Marcelo Pelleriti um enólogo argentino, que ganhou destaque ao usar sua expertise em solo francês. Por mais de 15 anos Marcelo gerenciou a enologia do Château La Violette, um Bordeaux do Pomerol, que na safra 2010 recebeu os disputados 100 pontos de Robert Parker.

A dupla, que tem amizade de longa data, partilha da paixão tanto pelo Rock quanto pelo vinho. E nessa última seara, eles vêm provando que, em conjunto, possuem o mesmo magnetismo pelo sucesso que suas personas privadas.

No exemplar terroir de Vista Flores – situado a 1.050 metros de altitude, no Valle do Uco – Marcelo seleciona os melhores cachos de Syrah para uma esmerada vinificação.

O vinho é fermentado em pequenos lotes. Todos amadurecem em carvalho francês por no mínimo 12 meses, mas um dos lotes (20%) passa por uma micro-vinificação nas melhores barricas novas do produtor. Marcelo emprega nesta parcela uma técnica que desenvolveu no Pomerol: coloca as barricas sobre um sistema de rodas (que permite rolagem), e diariamente faz a rotação das mesmas, conferindo uma maior extração de cor e sabores para o vinho.

Na taça o resultado é arrebatador.

Que Syrah bem feito! A assinatura da casta é evidente nos aromas de pimenta-preta, carne curada e violetas, sustentados por doses generosas de frutas negras maduras, como amora e ameixa damson.

Na boca temos um vinho opulento, marcado pela ótima acidez e por taninos sedosos. Aqui a maturação em carvalho transparece um pouco mais, agregando toques tostados e defumados. Final de excelente persistência e ótima complexidade.

Sabe o melhor? Esse é vinho vendido por volta de 25 euros nos mercados internacionais, valor muito similar ao que chega até você hoje.

Eu não desperdiçaria uma oportunidade dessas!

78 garrafas disponíveis.

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