Baco, do latim Bacchus, é o famoso deus romano do vinho. É a versão da Roma Antiga para Dioniso - ou Dionísio - um dos mais importantes deuses da mitologia grega. Porém, tudo leva a crer que o culto a Baco e ao vinho teve origem estrangeira, fora do território grego. Comparando o que já foi encontrado na arqueologia e nos escritos antigos sobre a mitologia greco-romana, o culto ao deus do vinho, da fertilidade, do teatro e das festas, começa na Europa Oriental. A adega mais antiga foi descoberta por arqueólogos em 2007 no vilarejo Areni, no sul da Armênia. As escavações foram concluídas em 2010 e mostraram que as cubas de fermentação e as prensas encontradas lá, tinham 6.100 anos. Chamada de Areni-1, a adega fica dentro de um complexo de cavernas.
Na caverna de Areni-1 foi descoberta a mais antiga adega com 6.100 anos.
A segunda mais antiga está localizada na atual Cisjordânia e foi descoberta em 1963, com cerca de 5.000 anos. Esses fatos ajudam a comprovar a tese de que o vinho nasceu no oriente, que foi explicada criativamente na mitologia greco-romana com as viagens de Baco às terras orientais, fugindo de Hera, rainha do Olimpo. Durante sua jornada de volta às terras gregas, foi espalhando seu culto e ensinado os iniciados nos mistérios dionisíacos. O famoso poeta grego Homero deixou relatos descrevendo a popularidade do vinho feito na cidade de Maroneia, na região da Trácia, antiga Macedônia. Essa área abrange o lado mais oriental da Grécia e grande parte da atual Turquia e Bulgária, sinal de que a produção de vinho era muito familiar naquela região.
A Europa Oriental inspirou o mito de Dionísio, deus do vinho.
Mas, segundo o mito, como Baco instaurou seu culto na Grécia Ocidental?
A história de Dioniso (Baco) na mitologia greco-romana
A mitologia romana praticamente deriva da grega. Essas lendas e mitos não são contados durante os séculos de forma coerente. As contradições são regra básica quando estudamos os deuses gregos e a história de Dioniso também tem diferentes versões. Algumas vezes é identificado como o antigo Deus da fertilidade Liber Pater, e em outras como o sucessor do deus Zagreu. Outras ainda, o chamam de próprio Zagreu, filho de Perséfone. A versão mais clássica é aquela na qual o deus do vinho é o fruto de uma paixão de Zeus (Júpiter para os romanos), o rei do Olimpo, com a princesa Sêmele, filha do Rei Cadmo de Tebas. Portanto, dos deuses mais importantes, Dioniso é o único descendente de uma mortal. Talvez aí começa a beleza dessa mitologia - a ligação de Dioniso com a terra. Zeus se apaixonou por Sêmele e a engravidou. Quando sua esposa Hera (Juno para romanos) descobriu, decidiu matar a criança. Assumiu a forma de um mulher e persuadiu Sêmele a exigir que o pai da criança se mostrasse com todo seu esplendor para comprovar que era mesmo o Rei dos Deuses. Ao fazer isso, Zeus sem querer, fulminou sua amada, que morreu em chamas. No entanto, ele conseguiu salvar a criança prematura das cinzas e enxertou-a em sua coxa, onde terminou a gestação. Na versão de Creta, Dioniso era filho de Perséfone. Hera ao descobrir a criança, enviou os titãs para despedaçá-la. Zeus chega tarde demais, mata os titãs e recebe apenas o coração de Dioniso pelas mãos de Atena. Ele então, enxerta o coração do bebê em sua coxa, e posteriormente dá a luz ao renascimento de Dioniso.
Mosaico em Pafos (ou Paphos), na ilha de Chipre, também chamada de Casa de Dionísio.
Ambos os casos, o ponto central do culto a Dioniso, que ficou conhecido como o deus que nasceu e morreu duas vezes, é justamente a morte e o renascimento. Após nascer, o pequeno deus, foi entregue aos cuidados das ninfas do Monte Nysa, e longe da ira de Hera. Outra versão conta que a ilha na verdade é a de Naxos. Com o tempo, Hera descobriu que Dioniso ainda estava vivo e rogou-lhe uma loucura que o fez vagar pelo mundo como um andarilho. Nessas andanças foi até a Índia, e na volta descobriu o vinho. Voltou a Grécia espalhando seu culto e recrutando as mulheres – também chamadas de bacantes – que o seguiam nas festas. Com a ajuda de seu tutor e amigo Sileno, um velho beberrão, ensinou os mistérios do vinho para o mundo.
A descoberta do vinho por Baco
Alguns creditam a Sileno o ensinamento sobre vinho ao jovem deus, mas o poeta romano Nono de Panópolis, descreve em seu poema Dionisíaca o momento da descoberta do vinho por Dioniso dessa forma: "Quando Baco viu o suco abundante das uvas selvagens esmagadas, lembrou da profecia do oráculo que sua mãe adotiva Rheia tinha lhe falado há muito tempo. Ele então, escavou um buraco grande na pedra, e com uma outra pressionou os cachos de uvas. Foi a primeira prensa de vinho. " O esmagamento das uvas no processo do vinho reflete a lembrança do próprio deus sendo esmagado pelos titãs. O poeta não conta como a fermentação ocorreu, mas a lenda diz que ao guardar o líquido, ele fermentou e assim surgiu o vinho.
Os bacanais regados a vinho invadem a Grécia
A mitologia diz que o rei Penteu de Tebas quis impedir as festas de Dioniso (chamada de Bacanais pelos romanos) e chamou Acetes, um marinheiro e companheiro de Baco para interrogatório. Acetes contou que certa vez, ao chegar na ilha de Dia, próximo a Creta, seus companheiros desembarcaram e horas depois ao voltar, havia um jovem com roupas extravagantes e valiosas dormindo no navio. Ele desconfiou que fosse um deus, mas os outros marinheiros ambiciosos decidiram vendê-lo como escravo. A fim de enganar o deus Baco, disseram que o levariam para onde ele quisesse. Baco pediu para navegarem para Naxos, sua terra natal. Ao perceber que navegavam para o Egito, o jovem deus os transformou em golfinhos – este seria o motivo dos golfinhos nadarem ao lado das embarcações – e poupou Acetes. Rumaram até Naxos onde Baco casou-se com Ariadne. Irritado por ouvir essa história repetidamente, o rei Penteu mandou executar Acetes, que desaparece da prisão misteriosamente no manhã seguinte, antes da execução. O rei segue então até os locais dos cultos e encontra sua própria mãe embriagada a dançar com Baco. Ela se levanta e grita que um ele é um javali feroz e conclama as outras bacantes a atacá-lo. Ao som dos gritos e pedidos de desculpa de Penteu, matam-no.
Penteu tenta proibir o culto a Dionísio e é morto.
Assim, o culto a Baco se inicia na antiga Grécia.
Conclusão
Outros povos tem suas próprias versões para a criação do vinho. Para o Antigo Egito a bebida foi inventada pelo deus Osíris, para os etruscos o deus Fufluns e para os persas o Rei Yamshid. Mas foi Baco quem ficou com a fama. O frenesi selvagem associado a Baco foi a forma que a mitologia encontrou para lembrar que somos terrenos e meros mortais. O vinho seria essa ligação com a terra. Todavia, o mais interessante na história do mito greco-romano é que Dioniso era o deus da sensação corporal e mente irracional. Sentir o corpo é a melhor expressão para a filosofia de Dioniso. Portanto, por esta ótica, degustar o vinho é sentir nosso corpo e suas sensações; assim mantemos vivo o culto a Baco, o deus do vinho. Equipe VinumDay • um vinho para cada dia
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18 de agosto é dia de celebrar uma das castas mais icônicas do mundo: Pinot Noir!
E para marcar a data, selecionamos um rótulo à altura — mas nada previsível.
Nossa curadoria traz um exemplar que prova como a Itália também se destaca nesta variedade. No norte do país, surgem vinhos delicados, elegantes e cheios de sabor, que traduzem com precisão a personalidade da casta.
Ficou curioso? Então confira abaixo os detalhes sobre o escolhido para brindar esta ocasião especial:
"Anni, amori e bicchieri di vino non si contano mai."
Este provérbio italiano diz tudo sobre a felicidade em abundância: anos, amores e taças de vinho nunca devem ser contados. Afinal, quem questionaria que esses momentos preciosos são para serem vividos e saboreados sem pressa?
Inspirados por essa sabedoria, trazemos hoje um vinho que personifica esse espírito de prazer e celebração: o Armani Pinot Nero 2022. Um italiano romântico, que encanta na medida certa, equilibrando delicadeza e complexidade de forma impecável.
A Pinot Noir é uma das castas mais difíceis e imprevisíveis de cultivar, mas quando bem tratada, pode gerar resultados simplesmente brilhantes. Ela prospera em regiões de clima fresco, por isso, na Itália, o norte é uma das melhores áreasque o país tem a oferecer para a uva.
Acredita-se que tenha sido introduzida no país há quase 200 anos, inicialmente no Trentino, onde recebeu o nome local de Pinot Nero. Sua natureza sutil faz dela uma excelente reflexão do terroir, capturando a essência das terras italianas em vinhos que, muitas vezes, evocam o estilo clássico da Borgonha.
E é exatamente isso que você encontra no vinho de hoje. Criado pela Albino Armani, vinícola muito renomada na Itália, este Pinot Nero carrega em sua essência a tradição deste produtor, que remonta a 1607 – uma herança raríssima no mundo dos vinhos. A Albino Armani é uma empresa familiar, com vinhedos que se estendem por três importantes regiões vinícolas do norte da Itália: Trentino-Alto Adige, Veneto e Friuli-Venezia Giulia, todas abarcadas pela IGT Trevenezie.
No entanto, foi em Trentino que foram selecionadas as melhores parcelas de vinhedos para este Pinot Nero 100% varietal. O processo de vinificação foi cuidadosamente conduzido: o vinho permaneceu entre 7 e 10 dias em contato com as cascas em tanques de aço inoxidável, garantindo uma extração delicada e preservando o frescor e a pureza da fruta. Após essa etapa, parte do vinho amadureceu em barris de carvalho, o que adicionou maior complexidade ao perfil final.
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Se você busca um vinho que combine sofisticação, delicadeza e profundidade, este Pinot Nero é a escolha perfeita.