O Ano é Novo e a Resolução é de Beber Vinhos Melhores

06 de janeiro - 2021

O Ano é Novo e a Resolução é de Beber Vinhos Melhores

Mas, afinal, existe vinho melhor e vinho pior?

A verdade é que, assim como tudo na vida, a definição entre o que é melhor ou pior recai sobre uma opinião estritamente pessoal que, por sua vez, nasce da experiência e oportunidade. Uma das perguntas que um apreciador de vinhos mais escuta ao longo de sua jornada enológica é: “se você degustar um vinho muito caro, vai mesmo perceber a diferença?”

Vários são os fatores envolvidos e considerados para responder tal indagação, no entanto, sendo bastante sintético, a resposta é SIM. E ela é positiva porque de forma geral vinhos mais caros tendem a ser produto de uma combinação exitosa de processos que o farão entregar maior qualidade.

O que custa caro ao se fazer vinho?

Partamos da premissa de que fazer vinho é caro. Ponto. Antes mesmo de um enólogo ser contratado e um estilo para a vinícola definido, é imperativo que se tenha a terra para o cultivo das uvas. Terra, por si só, é cara. Então, dá-se início a um sem-fim de investimentos que culminarão no vinho dentro da garrafa. Desde a escolha das pessoas que farão parte da equipe até o desenvolvimento do rótulo, tudo é custo. Alto custo. Algumas destas escolhas podem influenciar consideravelmente no valor final do produto. Peguemos, por exemplo, a opção de se maturar o vinho em barricas de madeira ou não. Um insumo de alto valor agregado que representa impacto absurdo no montante final.

Por óbvio, se todo esse cuidado foi denotado ao vinho, o produtor busca lançá-lo no momento adequado ao mercado e tempo também é um investimento, ao ocupar-se tanques e barris, além de espaço em cave.

A Evolução do Paladar

Se existe algo que não pode nem deve ser desconsiderado é a evolução do paladar. A biblioteca enológica mental é impressionante, e, invariavelmente, empurra o degustador à evolução. A memória criada pelo ato de provar vinhos automaticamente impulsiona o enófilo à experimentação, pois a curiosidade anda de mãos dadas com o apreciador.  Dela cria-se uma gama enorme de percepções. Não há método mais eficaz para se construir o paladar e um painel de preferências do que estar aberto a degustar castas, estilos, países e produtores diferentes. O vinho, por ser ambos uma bebida contemplativa e social, oferece a oportunidade de conhecer e conhecer-se. Conhecer o gosto dos familiares e amigos, que convidarão o apreciador a beber, talvez, um rótulo que não compraria, inicialmente, e também conhecer-se, já que as definições de ácido, amargo, doce, salgado e umami podem ser encontradas - e desfrutadas - em uma taça de vinho.

Uma Taça de Vinho para Aplacar os Ânimos

Como a sabedoria popular brilhantemente nos ensina: não há vinho certo, nem vinho errado; errado é não beber vinho. Portanto, continuemos a alimentar nossa biblioteca mental com os melhores rótulos para o momento, e que não nos faltem momentos para desarrolharmos aquelas garrafas que com tanto apreço incluímos em nossas adegas.

Saúde! Feliz e saudável 2021!

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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2020

No coração do País Basco, onde colinas ondulam sob o olhar sereno das montanhas e o rio Ebro sussurra entre vinhedos centenários, repousa a Rioja Alavesa — uma das três preciosas regiões da renomada DOCa Rioja.
Situada ao sul da província de Álava, esta terra de tradição encontra suas irmãs, Rioja Alta e Rioja Oriental, numa dança de fronteiras, onde o vinho é rei e o tempo parece maturar lentamente, como as uvas que nela nascem.

Diretamente de lá, apresentamos o Voelos Crianza 2020, escoltado por merecidas de medalhas! São 91 pontos de Tim Atkin e da Wine Advocate, além de 90 pontos na Vinous e no Guia Penin - UAU!

Vinos Voelos é o projeto do enólogo Carlos San Pedro, também responsável pela renomada Bodegas Pujanza. A proposta é oferecer uma interpretação de Rioja em estilo fresco, frutado e vibrante, sempre equilibrado e com grande afinidade à mesa.

Os vinhos nascem em Laguardia, no coração de Rioja Alavesa, em solos argilo-calcários situados entre 400 e 650 metros de altitude – o mesmo berço dos rótulos da Pujanza.

O Voelos Crianza 2020 é um Tempranillo em pureza, fermentado de forma espontânea, sem leveduras adicionadas, e maturado por 17 meses em barricas de carvalho francês.

Na taça revela um buquê envolvente, marcado por notas intensas de frutas vermelhas e negras maduras, entrelaçadas com um delicado pot-pourri de rosas-vermelhas. Aromas de especiarias adocicadas e picantes — como cravo-da-índia, noz-moscada e páprica — se destacam, somando-se a traços terrosos e toques balsâmicos.

Em boca, mostra-se exuberante e cheio de personalidade, com bom corpo, taninos finos e polidos, e uma acidez suculenta que equilibra perfeitamente sua estrutura. Os sabores de cereja madura e alcaçuz dominam o paladar, prolongando-se num final muito gostoso, persistente e marcadamente gastronômico.

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