DOC - Denominação de Origem Controlada para vinhos
27 de outubro - 2016
Denominação de Origem Controlada ou DOC, são leis estabelecidas pelos países para demarcar uma região que fabrica determinados produtos seguindo regras específicas e características daquele lugar. Mas não é só isso. É quase como botar ordem na casa para não virar bagunça. Teve em sua origem a proteção às falsificações, além disso, tem o objetivo de manter a tradição local e as qualidades únicas de produtos como vinhos, queijos, manteigas e outros.
Primeira DOC é portuguesa
No tempo em que Portugal era uma potência ocidental (séculos 16, 17, 18), a busca por parceiros comerciais era prioridade. Afinal, as navegações trouxeram novidades e a economia precisava crescer. Parcerias comerciais eram a solução para aumentar a produção e ganhar escala no comércio. A Inglaterra era um parceiro fundamental para o mercado português, pois consumia grande parte das riquezas que Portugal possuía, ou conquistava. Em 1703, foi assinado entre os dois países o Tratado de Methuen ou Tratado dos Panos e Vinhos. Segundo o acordo, Portugal poderia obter prioridades na compra de tecido inglês, enquanto os ingleses ganhariam vantagens na compra dos vinhos portugueses. Dentre os vinhos, um deles era o mais celebrado e desejado, o vinho fortificado do Porto. Para proteger seus produtos de falsificações, alguns anos mais tarde, em 10 de setembro de 1756, o diplomata português Marquês de Pombal, assinou uma carta na qual estabelecia a primeira DOC Denominação de Origem Controlada que se conhece. Era para demarcar o local de origem do vinho do Porto, produzido a 100 km da cidade do Porto, na região cortada pelo rio Douro, e assim estava criada a DOC Douro, a primeira do mundo dos vinhos.
A região do Douro foi a primeira área demarcada para produção de vinhos - DOC Douro
Denominação de Origem das regiões produtoras
Seguindo o modelo português, muitos países desenvolveram seus próprios sistemas de Denominação de Origem. Cada qual estabelece os requisitos necessários para sua região, mas existem muitas similaridades entre eles, e para os países que fazem parte da União Europeia, existe um “guarda-chuva” de regras gerais. Veja o caso da Espanha. Sendo assim, cada país pode estabelecer níveis de exigência dentro da DOC, como a DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) usada em Portugal e na Itália. Na prática, significa que os produtores que quiserem ostentar um certificado DOC, garantindo a qualidade do produto, além de estarem localizados dentro da área demarcada, precisam submeter seus processos a auditorias legais que atestem que todos os requisitos foram cumpridos. No caso do vinho, na maioria das vezes, inclui métodos de vinificação, escolha das castas, formas de plantio, tempo de colheita, rendimento por hectare, tipo do solo, características organolépticas das uvas, etc.
Denominações de Origens pelo Mundo:
França - French Appellation d'Origine Contrôlée (AOC) Itália - Denominazione di Origine Controllata (DOC) Espanha - Denominación de Origen (DO) Chile - Denominación de Origen (DO) Argentina - Denominación de Origen (DO) Alemanha - Qualitätswein Bestimmter Anbaugebiete (QBA) USA - American Viticultural Area (AVA) África do Sul – Wine of Origin (WO)
Denominação de Origem no Brasil
A presença do vinho no Brasil ainda é pequena, mas caminhamos para uma evolução acelerada. Muitos projetos no sul do país – notadamente a melhor região para produção de vinhos – estão ganhando o devido reconhecimento internacional. Temos muito caminho a percorrer, mas é um primeiro passo. Diante disso, ficou estabelecido em 2002, a primeira Indicação Geográfica Brasileira (IG), no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, que demarca a produção de vinho. Já em 2012, essa região obteve uma DO – Denominação de Origem. Para que uma região seja classificada como DO é necessário que ela tenha a certificação de Indicação de Procedência (IP). Algumas outras regiões brasileiras produtoras de vinhos também possuem a IP como: Pinto Bandeira (RS), obtida em 2010; Vinho de Uva Goethe (SC) em 2012; Altos Montes (RS) em 2012; Monte Belo (RS) em 2013; Farroupilha (RS) em 2015. Mas qual é a diferença entre as Indicações Geográficas DO e IP? A Indicação de Procedência demarca um lugar que produz determinados produtos ou serviços típicos. Possui algumas regras, no caso dos vinhos, como tipos de uvas, leveduras, padrões de qualidade, etc. No caso da DO, as normas são muito mais restritivas, e envolve processos específicos na fabricação dos vinhos, assim como um controle total em todas as etapas. Ainda não podemos comparar nosso sistema com o tradicional e rigoroso europeu, mas é um reconhecido avanço.
Conclusão
Para os amantes do vinho é ótimo que existam as DOCs que garantem a qualidade tradicional dos vinhos. Porém, sabemos que mesmo nos países com boas práticas legislativas, as leis sempre chegam depois dos fatos, ou seja, as denominações de origem são criadas por motivações. Não devemos nos limitar a ver os vinhos apenas pelas lentes das DOCs. O Supertoscano Sassicaia, por exemplo, teve seu reconhecimento (criação da DOC Bolgheri), décadas depois. Portanto, não fechemos os olhos para novos terroirs, consequentemente novos sabores, que podem oferecer boas surpresas. Equipe VinumDay • um vinho para cada dia
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Marcel Lapierre foi um ícone no movimento dos vinhos naturais, e um dos mais importantes produtores em Beaujolais.
Profundamente influenciado por Jules Chauvet – pioneiro na filosofia biodinâmica e na produção de vinhos livres de produtos químicos – Marcel assumiu o Domaine familiar em 1973, e revolucionou a viticultura na região.
Em pouco tempo, seus vinhos ganharam fama mundial!
Naturais, puros, cheio de vida... e limpos! Marcel nunca foi um advogado de vinhos defeituosos. Pelo contrário: tinha como filosofia fazer vinhos como os que seu avô fazia, mas usando, para isso, todo o know-how científico desenvolvido por Chauvet.
Após sua morte, em 2010, os filhos Mathieu e Camille Lapierre continuaram seu legado, ampliando o uso de práticas biodinâmicas, enquanto mantinham os princípios da viticultura sustentável.
O rótulo Raisins Gaulois é uma celebração da filosofia de Marcel: um vinho despretensioso, suculento, e muito fácil de beber. Um Beaujolais na sua forma mais pura.
Apesar de ser inteiramente elaborado com uvas do prestigiado cru Morgon, o Domaine Lapierre o rotula como Vin De France, algo cujo próprio nome já indica: Raisins Gaulois se traduz por Uvas Gálicas (francesas).
Elas provêm de videiras mais jovens (idade média de 20 anos), inseridas nos solos graníticos da região, e são colhidas manualmente. A vinificação é por maceração carbônica, seguida de um curto estágio em tanques.
Na taça temos um tinto vibrante, repleto de fruta, com delicadas nuances florais e especiadas. Suculento, redondo, leve, e perfeitamente maduro, este é um vinho que mostra que Beaujolais pode ser incrível, até mesmo quando é descompromissado.
No coração do País Basco, onde colinas ondulam sob o olhar sereno das montanhas e o rio Ebro sussurra entre vinhedos centenários, repousa a Rioja Alavesa — uma das três preciosas regiões da renomada DOCa Rioja. Situada ao sul da província de Álava, esta terra de tradição encontra suas irmãs, Rioja Alta e Rioja Oriental, numa dança de fronteiras, onde o vinho é rei e o tempo parece maturar lentamente, como as uvas que nela nascem.
Diretamente de lá, apresentamos o Voelos Crianza 2020, escoltado por merecidas de medalhas! São 91 pontos de Tim Atkin e da Wine Advocate, além de 90 pontos na Vinous e no Guia Penin - UAU!
Vinos Voelos é o projeto do enólogo Carlos San Pedro, também responsável pela renomada Bodegas Pujanza. A proposta é oferecer uma interpretação de Rioja em estilo fresco, frutado e vibrante, sempre equilibrado e com grande afinidade à mesa.
Os vinhos nascem em Laguardia, no coração de Rioja Alavesa, em solos argilo-calcários situados entre 400 e 650 metros de altitude – o mesmo berço dos rótulos da Pujanza.
O Voelos Crianza 2020 é um Tempranillo em pureza, fermentado de forma espontânea, sem leveduras adicionadas, e maturado por 17 meses em barricas de carvalho francês.
Na taça revela um buquê envolvente, marcado por notas intensas de frutas vermelhas e negras maduras, entrelaçadas com um delicado pot-pourri de rosas-vermelhas. Aromas de especiarias adocicadas e picantes — como cravo-da-índia, noz-moscada e páprica — se destacam, somando-se a traços terrosos e toques balsâmicos.
Em boca, mostra-se exuberante e cheio de personalidade, com bom corpo, taninos finos e polidos, e uma acidez suculenta que equilibra perfeitamente sua estrutura. Os sabores de cereja madura e alcaçuz dominam o paladar, prolongando-se num final muito gostoso, persistente e marcadamente gastronômico.
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