CLIMA x VITICULTURA

25 de janeiro - 2022

CLIMA x VITICULTURA

Entre os diversos fatores que influenciam na viticultura, o clima merece uma atenção crucial, pois define as potencialidades de cada região.

O impacto que tem sobre a escolha da casta a ser cultivada, do porta-enxerto, a orientação das fileiras e o manejo dos vinhedos e, consequentemente, no produto final (o vinho) - é imensurável.

O clima de uma região é definido como o padrão médio anual (ao longo de muitos anos) de: temperatura, luz solar, quantidade de chuvas, umidade e ventos.

A temperatura, a incidência de luz solar e quantidade de água disponível têm uma influência direta na capacidade da videira crescer, no amadurecimento das uvas, e no estilo e qualidade dos vinhos que podem ser produzidos em determinada região. Desta forma, a classificação climática é uma ferramenta criada para disponibilizar modelos para comparação de diferentes áreas de vinhas ao redor do mundo, otimizando e direcionando o cultivo para o seu ótimo potencial.

Não existe somente um modelo de classificação, porém, a maior parte deles são baseados em padrões de temperatura e pluviosidade. Entretanto, é importante ressaltar que fatores naturais e humanos podem influenciar nos padrões de uma região ou um vinhedo específico.

De forma geral,  o clima da maioria das regiões vitícolas do mundo podem ser classificado em 3 grupos: marítimo, mediterrâneo e continental. Essas categorias aplicam-se a regiões em zonas temperadas (não incluem os trópicos).

  • Clima Marítimo – pequenas diferenças entre as temperaturas de verão e inverno. A precipitação é uniforme ao longo do ano. Exemplo: Bordeaux.
  • Clima Mediterrâneo –  pequenas diferenças entre as temperaturas de verão e inverno, porém, a precipitação anual tende a ser pequena nos meses de inverno, propiciando a ocorrência de verões secos. Exemplo Napa Valley.
  • Clima Continental – diferenças maiores entre as temperaturas de verão e inverno. Geralmente apresentam verões curtos e invernos frios, com temperaturas mudando rapidamente na primavera e no outono. Exemplo: Borgonha.

 

Apesar desses padrões, em um momento de mudanças climáticas incertas, o acompanhamento do clima deve ser redobrado.

Leia mais sobre as mudanças climáticas no nosso post: Vinho x Mudanças Climáticas.

Saúde!

 

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Luis Cañas Rioja
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Crianza 2021

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Zenato Lugana

San Benedetto 2022

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São 93 pontos de Raffaele Vecchione, 92 pontos da Decanter Magazine e de James Suckling, 91 pontos da Revista Adega, 90 pontos de Falstaff, Vinous, Wine Align e do International Wine Report - SENSACIONAL, caro enófilo! Eu, se fosse você, não perderia a chance de conhecer este rótulo por NADA!

Fundada em 1960 por Sergio Zenato, em Peschiera del Garda — pequena comuna italiana a cerca de 30 km de Verona —, a Zenato é uma empresa familiar que ajudou a elevar a fama dos vinhos de Valpolicella e Lugana, no Veneto. Sergio, considerado um gênio da vitivinicultura, deixou um legado hoje conduzido por sua esposa, Carla, e pelos filhos, Alberto e Nadia, que seguem produzindo alguns dos mais emblemáticos vinhos da região.

Este exemplar é elaborado com as melhores uvas Trebbiano di Lugana, também conhecida como Turbiana, cultivadas na propriedade Santa Cristina, em San Benedetto di Lugana — um vinhedo histórico e um dos mais prestigiados da DOC Lugana, dedicado integralmente à casta. Inclusive, foi ali que Sergio Zenato iniciou a trajetória da vinícola.

Elaborado sem passagem por madeira, o San Benedetto permaneceu cerca de cinco meses em contato com as borras finas, em tanques de aço inoxidável, antes do engarrafamento.

No primeiro contato, o vinho revela um buquê refinado e vibrante, em que se destacam aromas de frutas cítricas, como lima, maçã verde e limão-siciliano, entrelaçados a notas de pera e abacaxi frescos. Com a oxigenação, surgem sutis nuances florais de rosas-brancas e delicados toques minerais, que conferem complexidade e distinção. Em boca, confirma sua elegância e precisão: é delicado, equilibrado e de notável frescor, com bom volume, conduzindo a um final longo e prazeroso, em que retornam as sensações de frutas brancas, cítricas e a elegante mineralidade que o caracteriza.

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Luis Cañas Rioja

Crianza 2021

É tradição: a segunda quinta-feira do mês de novembro é marcada pelo Tempranillo Day, uma homenagem à casta mais emblemática da Espanha. E para esta data tão especial, a VinumDay garimpou um Rioja espetacular, que chega até você com um super desconto.

A crítica não deixa dúvidas sobre a qualidade do referido exemplar:

"Notas florais e de frutos vermelhos se combinam no nariz, levando a um paladar elegante e um tanto calcário. Os taninos estão presentes, mas são suaves e estruturantes, dando forma ao vinho. É um Crianza elegante e bonito, com muita personalidade e uma interpretação fresca do Rioja tradicional. É também uma ótima representação da safra fresca de 2021"Decanter Magazine, 93 pts

"Cerejas Bing suculentas, ervas apimentadas, couro e notas de cedro emergem do Rioja Crianza 2021, um tinto de corpo médio, concentrado, redondo e complexo, com taninos macios, fruta exuberante e um final excelente. Este Rioja clássico tem muito a oferecer." Jeb Dunnuck, 91 pts

"A Tempranillo assume o protagonismo aqui, com um elenco de apoio de 5% de Garnacha, Graciano, Rojal e Viura. Fresco, vibrante e perfumado, com menos carvalho francês e americano do que antigamente. Apresenta taninos firmes e sabores de ameixa, especiarias de pastelaria e frutos vermelhos. Para beber entre 2025 e 2029." Tim Atkin, 91 pts

Os motivos de tamanho sucesso são fáceis de entender: este vinho não apenas é uma referência dentro do estilo riojano Crianza, como seu produtor é um dos nomes mais respeitados da Espanha. De caráter familiar, a Bodega Luis Cañas conta com uma tradição secular na região.

Entrega neste rótulo um fruto de vinhedos com idade média de 35 anos, inseridos em solos pobres de caráter argiloso e calcário, espalhados nos típicos terraços de Rioja Alavesa.

É um blend entre 95% Tempranillo e 5% de outras variedades, incluindo Garnacha, Graciano, Mazuelo, Viura e Rojal. Como todo bom Crianza, matura por um período mínimo de 2 anos antes de sair da vinícola, dos quais entre 12 meses em barricas francesas e americanas.

Na taça mostra que sua fama não é em vão.

Os aromas entrelaçam cerejas, ameixas e amoras, em par de igualde com nuances de iogurte e manteiga, apoiadas por especiarias, como cravo e anis, além de nuances tostadas e balsâmicos.

Na boca mescla equilíbrio, suculência e intensidade. A ótima acidez garante um conjunto vivaz, suportado por taninos sedosos e maduros. Na paleta gustativa as cerejas maduras estão em destaque, junto a um toque floral e notas de cedro e especiarias.

Muito elegante, mas também versátil, pode acompanhar desde uma simples tábua de queijos e presuntos maturados, até massas recheadas e carnes de caça em cozimento lento.

Um vinho essencial para entender o perfil clássico do Crianza riojano.

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