Ao contrário do vinho laranja, o vinho verde não é verde. Portanto, ele não é um estilo de vinho. Existem vinhos verdes brancos, tintos, rosés, e mais recentemente, espumante vinho verde. A confusão tem origem devido a uma tradição de vinificação que grande parte dos produtores de vinhos verdes prefere deixar no passado. Afinal, muita coisa mudou nos últimos 40 anos na região dos Vinhos Verdes de Portugal.
Vinho verde é uma região demarcada
Em 1908 os portugueses demarcaram a região do Vinho Verde que se transformou numa DOC - Denominação de Origem Controlada. Anos depois, em 1926, foi criada a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) para controlar a produção regional. Mas foi somente em 1986, com uma reformulação nas regras, tanto no cultivo das vinhas como na vinificação, que os processos de produção se tornaram mais rígidos. A região do Vinho Verde fica no noroeste do país, na província do Minho. Possui muitas montanhas entrecortadas pelo rio Minho. O solo é arenoso formado por placas de granito desagregadas e contém alta acidez. Essa é a única no mundo que pode ser designada como produtora de vinho verde. Uma exclusividade aceita e registrada pela OMPI Organização Mundial da Propriedade Industrial em 1973, em Genebra. Historiadores afirmam que os vinhos verdes foram os primeiros vinhos portugueses a serem exportados e reconhecidos fora do país. Isso aconteceu no século IX, principalmente pela Inglaterra.
DOC - Denominação de Origem Controlada na Região dos Vinhos Verdes e suas sub-regiões.
A região do Vinho Verde está dividida em 9 sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa. Uma observação interessante é que se uma vinícola quiser especificar no rótulo a sub-região em que o vinho verde foi elaborado, ela deve usar as castas recomendadas para essa respectiva sub-região.
Mas, por que verde?
No começo do texto falamos que os produtores gostariam de esquecer a origem do nome. Bem, primeiro vamos à versão oficial repetida por muitos e, convenhamos, tem sua originalidade. Os vinhos verdes possuem esse nome porque é a região mais verdejante do país. Com alto níveis de chuva e muitas árvores, a paisagem (realmente muito linda) se mostra como um manto verde sobre as montanhas e vinhedos. Esse elogio se confirma - segundo a versão oficial - principalmente porque as vinhas das propriedades eram plantadas em simbiose com as outras plantas locais – em condução vertical da vinha – e com isso, formavam verdadeiros paredões verdes.
Bela paisagem verdejante dos Vinhos Verdes.
Isso tudo é verdade, apesar que nos dias de hoje, com a modernização dos processos, os vinhedos não são mais cultivados dessa maneira. Agora a outra versão. Não se pode negar que o nome vinho verde vem do fato da população local usar uvas ainda verdes na produção dos vinhos. Isso mesmo, as uvas não eram maturadas o suficiente antes da colheita. Essa verdade pode ser comprovada quando observamos a legislação portuguesa de 1946, que dividia os vinhos entre verdes e maduros. Ainda hoje, muitos agricultores usam essa terminologia para diferenciar vinhos. Os vinhos elaborados dessa forma traziam muito frescor, muita fruta, alta acidez (devido ao ácido málico) e baixo teor alcoólico, pois os açúcares ainda não haviam se desenvolvido. Também não passavam por grandes estágios de maturação em barris, e por isso, eram refrescantes e fáceis de beber, sem grande complexidade. Porém, a partir dos anos 1960 e 1970, os novos processos trouxeram mudanças benéficas para a região. Seus vinhos continuam tendo um frescor característico do terroir do Minho, mas os avanços os deixaram mais sábios. Hoje, além dos vinhos jovens, temos vinhos verdes mais elaborados, que fazem estágio em barris de carvalho antes de saírem das adegas.
Castas da região do Vinho Verde
As principais uvas dos vinhos verdes são autóctones, ou seja, nativas do país. São suas qualidades únicas que trazem aquela tipicidade tão admirada pelos amantes do vinho. Entre elas se destacam: Alvarinho - considerada a mais nobre das uvas brancas de Portugal. Loureiro – presente em quase toda a região do vinho verde, suas plantas costumam ter alto rendimento por hectare. Apesar disso, tem demonstrado uma qualidade superior. Arinto – também chamada de Pedernã, essa casta tem uma característica cítrica muito apreciada nos vinhos feitos a partir de blends. Um corte tradicional do vinho verde é o blend entre Arinto, Loureiro e Trajadura. Outras castas brancas da região: Avesso, Azal, Fernão Pires, Trajadura. Tintas: Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro e Vinhão.
A casta Alvarinho é considerada a mais nobre das brancas portuguesas.
Conclusão
Mesmo com a evolução dos vinhos verdes, o terroir dessa belíssima região de Portugal está cada vez mais presente. Como apreciadores de vinhos de todas as partes do mundo, resta-nos abrir a garrafa e nos transportarmos para as montanhas do Minho. E se nossa alma portuguesa falar mais alto, podemos nos aproximar desse querido povo, ouvindo um sucesso de 1977, interpretada por Paulo Alexandre (hoje com 85 anos) que homenageia o vinho verde.
“Vamos brindarCom vinho verde que é do meu PortugalE o vinho verde me fará recordarA aldeia branca que deixeiAtrás do mar”
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Sim, a famosa técnica da Valpolicella foi aplicada a um vinho do nosso país, e o resultado surpreendeu os sommeliers da VinumDay.
Vamos conhecê-lo?
O Ripasso é um método tradicional do Vêneto, no norte da Itália — mais precisamente da famosa Valpolicella. O nome significa literalmente “repassado”, e descreve um processo engenhoso: depois da fermentação dos potentes Amarone ou Recioto, suas cascas ainda têm muito a oferecer. É aí que entra o Ripasso, quando um vinho Valpolicella “normal” é repassado sobre essas cascas, ganhando uma segunda fermentação que adiciona corpo, cor e complexidade.
Inspirada nesse saber ancestral, a Garbo Enologia Criativa resolveu fazer a sua própria releitura — com alma brasileira e muita originalidade.
O ponto de partida foi um Cabernet Sauvignon de Encruzilhada do Sul, vinificado tradicionalmente em tanques de aço inox com controle de temperatura e mantido por 12 meses em contato com carvalho. No ano seguinte, esse vinho voltou à vida em uma segunda fermentação sobre as cascas de Alicante Bouschet.
Na degustação da nossa curadoria, fez um enorme sucesso: aromas intensos de frutas negras maduras — ameixa, amora e cereja — combinados a notas vibrantes de cacau, café, alcaçuz e pimenta, com finalizações elegantes em nuances de tabaco.
No paladar, apresenta-se refinado e estruturado, com bom corpo, taninos polidos e acidez equilibrada que realça a fruta vibrante, conduzindo a um final persistente e marcante.
Um vinho incrível, que entrega muito além do seu preço.
Vale muito o investimento. Daqueles exemplares que recomendamos comprar de caixa!
“Os vinhedos escrevem a história, nossos vinhos a contam.” – Achaval Ferrer
A Achaval Ferrer é uma das mais respeitadas e conceituadas vinícolas da Argentina!
A própria vinícola se define como Guardiã de um Legado: “o legado do tempo foi protegido em uma era em que o antigo foi substituído pelo novo. Hoje, continuamos a cuidar desse legado, preservando o DNA de plantas centenária e combinando paixão com sabedoria para criar vinhos que expressam a mística do terroir excepcional ao qual pertencem. É isso que fazemos. Porque ninguém tem mais experiência que o tempo, e ninguém sabe mais do que a natureza.”
Para isso, a empresa trabalha com uma filosofia de mínima intervenção e respeito pelo terroir. Suas propriedades estão em locais privilegiados, onde vinhedos centenáriossão cultivados como monumentos históricos da viticultura,sem enxertia e com baixíssima produtividade, resultando em frutos mais concentrados, complexos e vibrantes.
Somando-se à produtividade deliberadamente baixa, as videiras são plantadas densamente para criar uma competição entre si, para criarem raízes mais profundas em busca de mais nutrientes.
A linha Mendoza se resume na intensão da vinícola em expressar a tipicidade de cada varietal. No caso do Malbec, as uvas são oriundas de diferentes fincas e regiões: Perdriel, em Luján de Cuyo, que possui solos de origem aluvial, com uma grande camada franca-arenosa com cascalho fino embaixo, proporcionando ótima drenagem; Medrano, em Junín, cujo solo, também de origem aluvial, possui uma capa superficial de cerca de 80 centímetros de argila-siltosa sobre uma camada de areia e rocha erodida; Tupungato, no Valle de Uco, onde o solo é raso, composto por cascalho na superfície combinado com cinzas vulcânicas e rolhas calcárias.
Sob o comando do competente enólogo Gustavo Rearte, o Achaval Ferrer Mendoza Malbec é vinificado com o mínimo possível de intervenção humana. A fermentação alcoólica se dá em tanques de cimento com remontagens diárias. Findada, o vinho é inserido em barricas de carvalho francês de segundo uso da tanoaria Boutes y Mercury, onde realiza a malolática espontânea e estagia por 9 meses.
Na taça, encantou o time da curadoria VinumDay, entregando um vinho complexo, elegante e gastronômico!
O olfato traz uma boa carga de frutas vermelhas e negras, principalmente maduras, acompanhadas de notas de tabaco e especiarias doces e picantes, como a baunilha, o alcaçuz e a pimenta-do-reino, finalizando com gostosos toques florais de violetas e delicadas nuances minerais e amadeiradas.
Em boca se mostra intenso e prazeroso, aliando robustez e vivacidade. Tem bom corpo e uma estrutura perspicaz, trazendo taninos marcantes, finos e maduros em perfeita sintonia com uma acidez sápida e extremamente salivante. O perfil de sabor comprova o olfato e o final de boa é absurdamente prazeroso e de grande persistência.
Não por menos esta safra 2022 manteve o invejável histórico de excelentes reviews pela crítica especializada internacional! São ótimos 92 pontos alcançados por James Suckling, Tim Atkin e no International Wine & Spirits Competition, 91 pontos no guia Descorchados, 90 pontos na Vinous e na Decanter Magazine e, no appVivino, são mais de 450 avaliações que resultam em uma boa média 4.0.
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