Vinho Verde é uma região, e não um estilo

21 de junho - 2016

Vinho Verde é uma região, e não um estilo

Ao contrário do vinho laranja, o vinho verde não é verde. Portanto, ele não é um estilo de vinho. Existem vinhos verdes brancos, tintos, rosés, e mais recentemente, espumante vinho verde. A confusão tem origem devido a uma tradição de vinificação que grande parte dos produtores de vinhos verdes prefere deixar no passado. Afinal, muita coisa mudou nos últimos 40 anos na região dos Vinhos Verdes de Portugal.

Vinho verde é uma região demarcada

Em 1908 os portugueses demarcaram a região do Vinho Verde que se transformou numa DOC - Denominação de Origem Controlada. Anos depois, em 1926, foi criada a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) para controlar a produção regional. Mas foi somente em 1986, com uma reformulação nas regras, tanto no cultivo das vinhas como na vinificação, que os processos de produção se tornaram mais rígidos. A região do Vinho Verde fica no noroeste do país, na província do Minho. Possui muitas montanhas entrecortadas pelo rio Minho. O solo é arenoso formado por placas de granito desagregadas e contém alta acidez. Essa é a única no mundo que pode ser designada como produtora de vinho verde. Uma exclusividade aceita e registrada pela OMPI Organização Mundial da Propriedade Industrial em 1973, em Genebra. Historiadores afirmam que os vinhos verdes foram os primeiros vinhos portugueses a serem exportados e reconhecidos fora do país. Isso aconteceu no século IX, principalmente pela Inglaterra.

 

região dos vinhos verdes de portugal

 DOC - Denominação de Origem Controlada na Região dos Vinhos Verdes e suas sub-regiões.

A região do Vinho Verde está dividida em 9 sub-regiões: Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa. Uma observação interessante é que se uma vinícola quiser especificar no rótulo a sub-região em que o vinho verde foi elaborado, ela deve usar as castas recomendadas para essa respectiva sub-região.

 

Mas, por que verde?

No começo do texto falamos que os produtores gostariam de esquecer a origem do nome. Bem, primeiro vamos à versão oficial repetida por muitos e, convenhamos, tem sua originalidade. Os vinhos verdes possuem esse nome porque é a região mais verdejante do país. Com alto níveis de chuva e muitas árvores, a paisagem (realmente muito linda) se mostra como um manto verde sobre as montanhas e vinhedos. Esse elogio se confirma - segundo a versão oficial - principalmente porque as vinhas das propriedades eram plantadas em simbiose com as outras plantas locais – em condução vertical da vinha – e com isso, formavam verdadeiros paredões verdes.

 

vinhedos das regioes vinhos verdes

 Bela paisagem verdejante dos Vinhos Verdes.

Isso tudo é verdade, apesar que nos dias de hoje, com a modernização dos processos, os vinhedos não são mais cultivados dessa maneira. Agora a outra versão. Não se pode negar que o nome vinho verde vem do fato da população local usar uvas ainda verdes na produção dos vinhos. Isso mesmo, as uvas não eram maturadas o suficiente antes da colheita. Essa verdade pode ser comprovada quando observamos a legislação portuguesa de 1946, que dividia os vinhos entre verdes e maduros. Ainda hoje, muitos agricultores usam essa terminologia para diferenciar vinhos. Os vinhos elaborados dessa forma traziam muito frescor, muita fruta, alta acidez (devido ao ácido málico) e baixo teor alcoólico, pois os açúcares ainda não haviam se desenvolvido. Também não passavam por grandes estágios de maturação em barris, e por isso, eram refrescantes e fáceis de beber, sem grande complexidade. Porém, a partir dos anos 1960 e 1970, os novos processos trouxeram mudanças benéficas para a região. Seus vinhos continuam tendo um frescor característico do terroir do Minho, mas os avanços os deixaram mais sábios. Hoje, além dos vinhos jovens, temos vinhos verdes mais elaborados, que fazem estágio em barris de carvalho antes de saírem das adegas.

 

Castas da região do Vinho Verde

As principais uvas dos vinhos verdes são autóctones, ou seja, nativas do país. São suas qualidades únicas que trazem aquela tipicidade tão admirada pelos amantes do vinho. Entre elas se destacam: Alvarinho - considerada a mais nobre das uvas brancas de Portugal. Loureiro – presente em quase toda a região do vinho verde, suas plantas costumam ter alto rendimento por hectare. Apesar disso, tem demonstrado uma qualidade superior. Arinto – também chamada de Pedernã, essa casta tem uma característica cítrica muito apreciada nos vinhos feitos a partir de blends. Um corte tradicional do vinho verde é o blend entre  Arinto, Loureiro e Trajadura. Outras castas brancas da região: Avesso, Azal, Fernão Pires, Trajadura. Tintas: Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro e Vinhão.

 

casta alvarinho do vinho verde

 A casta Alvarinho é considerada a mais nobre das brancas portuguesas.

 

Conclusão

Mesmo com a evolução dos vinhos verdes, o terroir dessa belíssima região de Portugal está cada vez mais presente. Como apreciadores de vinhos de todas as partes do mundo, resta-nos abrir a garrafa e nos transportarmos para as montanhas do Minho. E se nossa alma portuguesa falar mais alto, podemos nos aproximar desse querido povo, ouvindo um sucesso de 1977, interpretada por Paulo Alexandre (hoje com 85 anos) que homenageia o vinho verde. 

“Vamos brindar Com vinho verde que é do meu Portugal E o vinho verde me fará recordar A aldeia branca que deixei Atrás do mar”

 Música: Verde Vinho  •  Intérprete: Paulo Alexandre Link do Youtube: https://goo.gl/XgnbcL Equipe VinumDay • um vinho para cada dia 

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Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Mendoza Malbec 2022

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Garbo Ripazzo

Cabernet Sauvignon 2024

Você já imaginou um Ripasso... feito no Brasil?

Sim, a famosa técnica da Valpolicella foi aplicada a um vinho do nosso país, e o resultado surpreendeu os sommeliers da VinumDay.

Vamos conhecê-lo?

O Ripasso é um método tradicional do Vêneto, no norte da Itália — mais precisamente da famosa Valpolicella. O nome significa literalmente “repassado”, e descreve um processo engenhoso: depois da fermentação dos potentes Amarone ou Recioto, suas cascas ainda têm muito a oferecer. É aí que entra o Ripasso, quando um vinho Valpolicella “normal” é repassado sobre essas cascas, ganhando uma segunda fermentação que adiciona corpo, cor e complexidade.

Inspirada nesse saber ancestral, a Garbo Enologia Criativa resolveu fazer a sua própria releitura — com alma brasileira e muita originalidade.

O ponto de partida foi um Cabernet Sauvignon de Encruzilhada do Sul, vinificado tradicionalmente em tanques de aço inox com controle de temperatura e mantido por 12 meses em contato com carvalho. No ano seguinte, esse vinho voltou à vida em uma segunda fermentação sobre as cascas de Alicante Bouschet.

Na degustação da nossa curadoria, fez um enorme sucesso: aromas intensos de frutas negras maduras — ameixa, amora e cereja — combinados a notas vibrantes de cacau, café, alcaçuz e pimenta, com finalizações elegantes em nuances de tabaco.

No paladar, apresenta-se refinado e estruturado, com bom corpo, taninos polidos e acidez equilibrada que realça a fruta vibrante, conduzindo a um final persistente e marcante.

Um vinho incrível, que entrega muito além do seu preço.

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Achaval Ferrer

Mendoza Malbec 2022

Os vinhedos escrevem a história, nossos vinhos a contam.– Achaval Ferrer
 
A Achaval Ferrer é uma das mais respeitadas e conceituadas vinícolas da Argentina!
 
A própria vinícola se define como Guardiã de um Legado:o legado do tempo foi protegido em uma era em que o antigo foi substituído pelo novo. Hoje, continuamos a cuidar desse legado, preservando o DNA de plantas centenária e combinando paixão com sabedoria para criar vinhos que expressam a mística do terroir excepcional ao qual pertencem. É isso que fazemos. Porque ninguém tem mais experiência que o tempo, e ninguém sabe mais do que a natureza.
 
Para isso, a empresa trabalha com uma filosofia de mínima intervenção e respeito pelo terroir. Suas propriedades estão em locais privilegiados, onde vinhedos centenários são cultivados como monumentos históricos da viticultura, sem enxertia e com baixíssima produtividade, resultando em frutos mais concentrados, complexos e vibrantes.
 
Somando-se à produtividade deliberadamente baixa, as videiras são plantadas densamente para criar uma competição entre si, para criarem raízes mais profundas em busca de mais nutrientes.
 
A linha Mendoza se resume na intensão da vinícola em expressar a tipicidade de cada varietal. No caso do Malbec, as uvas são oriundas de diferentes fincas e regiões: Perdriel, em Luján de Cuyo, que possui solos de origem aluvial, com uma grande camada franca-arenosa com cascalho fino embaixo, proporcionando ótima drenagem; Medrano, em Junín, cujo solo, também de origem aluvial, possui uma capa superficial de cerca de 80 centímetros de argila-siltosa sobre uma camada de areia e rocha erodida; Tupungato, no Valle de Uco, onde o solo é raso, composto por cascalho na superfície combinado com cinzas vulcânicas e rolhas calcárias.
 
Sob o comando do competente enólogo Gustavo Rearte, o Achaval Ferrer Mendoza Malbec é vinificado com o mínimo possível de intervenção humana. A fermentação alcoólica se dá em tanques de cimento com remontagens diárias. Findada, o vinho é inserido em barricas de carvalho francês de segundo uso da tanoaria Boutes y Mercury, onde realiza a malolática espontânea e estagia por 9 meses.
 
Na taça, encantou o time da curadoria VinumDay, entregando um vinho complexo, elegante e gastronômico!
 
O olfato traz uma boa carga de frutas vermelhas e negras, principalmente maduras, acompanhadas de notas de tabaco e especiarias doces e picantes, como a baunilha, o alcaçuz e a pimenta-do-reino, finalizando com gostosos toques florais de violetas e delicadas nuances minerais e amadeiradas.
 
Em boca se mostra intenso e prazeroso, aliando robustez e vivacidade. Tem bom corpo e uma estrutura perspicaz, trazendo taninos marcantes, finos e maduros em perfeita sintonia com uma acidez sápida e extremamente salivante. O perfil de sabor comprova o olfato e o final de boa é absurdamente prazeroso e de grande persistência.
 
Não por menos esta safra 2022 manteve o invejável histórico de excelentes reviews pela crítica especializada internacional! São ótimos 92 pontos alcançados por James Suckling, Tim Atkin e no International Wine & Spirits Competition, 91 pontos no guia Descorchados, 90 pontos na Vinous e na Decanter Magazine e, no app Vivino, são mais de 450 avaliações que resultam em uma boa média 4.0.
 
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