Um fenômeno chamado Alvarinho

20 de março - 2023

Um fenômeno chamado Alvarinho

Alvarinho (Albariño em espanhol) é uma das castas de maior sucesso em vinhos brancos. Tanto sua origem quanto nomenclatura nos remetem a Galícia, especialmente a região de Rías Baixas (“albar”, que no dialeto galego significa branco, adicionado do sufixo “iño”, indica o apelido para “uma uva de bagas pequenas e cor clara”).

No entanto, sua notoriedade não está atrelada somente a Espanha. Portugal, do outro lado da fronteira com a Galícia, também tem grande tradição na vinificação da variedade, especialmente nas regiões de Monção e Melgaço. Tamanho o prestígio da Alvarinho, que, nessa área, muitos de seus exemplares são rotulados como varietais, diferenciando-os dos cortes baseados em Loureiro, tradicionais nos Vinhos Verdes.

Alvarinho também é conhecida pela versatilidade, pois se adapta muito bem a diferentes tipos de solo. Contudo, suas melhores versões advêm de terrenos graníticos, em áreas próximas do oceano, onde predomina o clima úmido e fresco. Esses fatores caracterizam sua “crocância” e aromaticidade, com bouquets que tipicamente incluem pêssego, limão, maracujá, lichia, maçã, casca de laranja, jasmim e flor de laranjeira, além de notas salinas e minerais.

É por essa e por outras, que, no Novo Mundo, um dos países que está obtendo os melhores resultados com a cepa é o Uruguai. Inclusive, o Guia Descorchados de 2022 o cita como “Terra de Brancos”. 

Isso ocorre pois excelentes Alvarinhos, num estilo semelhante ao da Galícia, estão sendo elaborados, principalmente na região de Maldonado - na Costa Atlântica. Além da proximidade com o Oceano, um dos fatores importantes desse local é o solo composto por rochas metamórficas, que garante ótima drenagem e força as vinhas a ir fundo em busca de nutrientes. Os rendimentos, nitidamente inferiores, culminam em brancos de muita elegância, com acidez elevada, precisão e múltiplas camadas de aromas e sabores.

Créditos da imagem principal: Seven Fifty Daily

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Bourbon Barrels 2021

Sim, faz tempo que estávamos devendo um retorno dele.

Com a última oferta em um longínquo agosto de 2022, não foram poucos os pedidos de bis para esse americano que conquistou uma legião de fãs.

Finalmente conseguimos uma condição especial para trazê-lo de volta à VinumDay, agora na safra 2021.

Eis então: Bourbon Barrels, o destaque absoluto da famigerada linha Menage à Trois.

A autora da obra é a Trinchero Family Estates – uma das maiores empresas familiares da indústria vitivinícola americana.  Dentre os vinhos da linha Ménage, o que alcançou o estrelato imediato foi o Bourbon Barrels! Como seu nome denuncia, o recipiente utilizado para amadurecimento do vinho são barris de carvalho americano, geralmente com alto nível de tostagem, provenientes das destilarias do Kentucky, o lar dos Bourbons. Uma das leis de elaboração desse tipo de whisky é a utilização de cascos novos, criando um grande mercado para os barricas já utilizadas.

O amadurecimento neste tipo de recipiente deve ser acompanhado de perto pela equipe de enologia! Se o vinho estagiar por um longo período, o alto nível de tostagem pode fazer com que as notas da madeira dominem o perfil do vinho por inteiro. Por este motivo, a maturação do Ménage à Trois dura apenas 3 meses – tempo suficiente para que as características defumadas e levemente licorosas da madeira enriqueçam o vinho e o deixem encorpado e untuoso.

Na taça está deslumbrante: o olfato é intenso, com os aromas entregando boa carga de frutas negras – maduras e compotadas – como amora e mirtilo. Some a isso notas de caramelo, chocolate ao leite e bala toffee, além de especiarias doces, como baunilha e canela. Ao fundo, um leve mentolado completa o conjunto.

Nesta safra 2021 a Cabernet Sauvignon reina absoluta no corte, com 90%. Os 10% restantes ficam a cargo de Merlot e Petite Sirah. No paladar somos presenteados com um vinho aveludado, de taninos presentes e macios, emoldurados por uma acidez salivante e bem dosada, em que a fruta, as especiarias e o caráter peculiar da passagem por uma espécie tão única de madeira se harmonizam.

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Tinto Cerro Chapeu 2024

Um blend inusitado, que contrasta a potência de uma casta tinta, com a elegância de uma branca. Elaborado por enólogo referência, vinícola renomada e prêmios admiráveis. Com vocês, o delicioso Folklore Tinto Cerro Chapeu:
 
Esta recém-lançada safra 2024 ainda não apresenta premiações, porém, assim como as versões anteriores, temos convicção de que elas virão, pois sua presença é constante em publicação relevantes, como o guia Descorchados, James Suckling e Revista Adega.
 
Bodega Cerro Chapéu foi um projeto pioneiro na América do Sul. Na década de 1970, Francisco Carrau Pujol (Quico), em conjunto com a Universidade da Califórnia em Davis, procuravam um terroir onde pudessem ser plantadas videiras livres de vírus. Santana do Livramento, no Brasil, e a cidade irmã de Rivera, no Uruguai, foram os locais apontados como muito prósperos para isso.
 
Na microrregião denominada Cerro Chapeu, no país vizinho, a família Carrau encontrou uma propriedade capaz de atender prontamente os seus objetivos. Em meio ao pampa repleto de coxilhas de baixa altitude, encontrou-se um solo basáltico e arenoso de cor avermelhada, caracterizado pela baixa fertilidade, mas devido à profundidade elevada, consegue armazenar água durante os verões, que tendem a ser secos e quentes.
 
Os vinhedos foram plantados em 1975, mas a adega foi concluída apenas em 1997, construída dentro de uma colina, para que todos os processos pudessem ser conduzidos por gravidade, seguindo uma filosofia de mínima intervenção.
 
Hoje, a bodega é capitaneada por Francisco Carrau, filho de Quico, que se tornou especialista na elaboração de Tannat, doutor em química, leveduras e aromas de vinhos e também eleito Winemaker Legend por Tim Atkin.
 
Foi desta expertise que nasceu o Folklore tinto, vinho elaborado de modo peculiar - 80% do conteúdo corresponde a casta Tannat, mas os outros 20%, representados por Petit Manseng, correspondem ao mosto das cascas de primeira prensagem, sobre as quais a Tannat fermentou. Ou seja, foi realizada uma copigmentação.
 
A fermentação decorreu com leveduras nativas e a malolática, assim como o breve estágio para clarificação natural, decorrem em barricas de segundo uso.
 
Representando a fauna que permeia o Cerro Chapeu, este vinho exibe em seu rótulo o Tatu-Mulita através de uma obra assinada pelo artista Nicolas V. Sanchez, conhecido por seus trabalhos utilizando caneta esferográfica. Acompanhando a beleza de seu rótulo, a cor deste corte na taça é belíssima.
 
bouquet aromático é instigante, contemplando frutas vermelhas frescas (cereja, morango, amora), manteiga, pimenta-preta, favo de mel e manjar de coco. Na boca é todo exótico e suculento, tem bom corpo, taninos no ponto e acidez viva. Os sabores realçam frutas do bosque frescas, com boa persistência.
 
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