Basta um pequeno passeio pelo Google para encontrarmos vários sites e blogs sugerindo dicas para harmonizar vinho e comida. O objetivo é ajudar com sugestões práticas para que o leitor não perca muito tempo na procura, e encontre ali, uma resposta rápida e certeira. Realmente, a praticidade é desejada por todos, mas quando falamos em harmonizar vinhos e comidas, não estamos falando de ciência exata. Entre os extremos do certo e errado, existem variações e nuances infinitas. Diante de tantas informações, sugestões e conselhos, é comum muita gente ficar perdida: “Será que esse Pinot harmoniza com massa e molho branco? Não me lembro...”. Felizmente, não precisamos guardar na memória as combinações específicas se quisermos acertar na harmonização. Aparentemente pode ser mais prático consultar e ter uma resposta imediata, mas entender os fundamentos da harmonização é, com toda a certeza, mais eficiente. Aprender os conceitos primordiais – e são poucos - faz com que a pessoa adquira uma certa segurança nas escolhas e possa se aventurar sozinha, em novas e deliciosas surpresas.
Admirável mundo novo e gastronômico
Consumir bebidas durante as refeições é uma prática ancestral, mas quando nos referimos a equilibrar sabores e aromas, buscando explorar os sentidos, estamos falando de hábitos mais recentes de nossa sociedade. As sutilezas e o requinte na gastronomia não têm mais que dois séculos. Quando os chefs das cortes europeias, após a queda do reinado de Napoleão, começaram a inventar os restaurantes, trouxeram as técnicas e o conhecimento para as camadas inferiores da sociedade. O acesso aos pratos mais elaborados foi possível, e abriu as portas para que a gastronomia evoluísse. Dos anos de 1980 para cá, com a surpreendente globalização, a integração entre culturas permitiu aos amantes da boa comida descobrir sabores exóticos e vinhos de terroir longínquos. Bem, sabemos que quando aumentamos as opções, o nível de possibilidades (e complexidade) aumenta consideravelmente.
Quebra-cabeça da harmonização
Apesar das controvérsias detalhistas, as bases da harmonização entre vinho e comida são sempre as mesmas. São as peças de todo quebra-cabeças. Entendê-las significa poder improvisar e arriscar. São elas: Comida – os alimentos são inúmeros, de muitas cores e sabores; no entanto para o paladar humano, eles apresentam apenas 5 tipos de gostos: doce, salgado, ácido, amargo e umami. Vinho – cada tipo de casta vinífera possui certas características que ficam – às vezes mais, outras menos - evidentes no vinho. Isso vai depender do terroire principalmente dos objetivos do enólogo na produção da bebida. Ressaltamos isso porque é comum encontrar associações entre uva e prato: Cabernet harmoniza com carne vermelha, Chardonnay com carne branca, etc. Apesar dessas afirmações não estarem erradas, elas são muito simplistas. Na verdade, o que se deve levar em consideração são as características específicas daquele vinho como: Corpo – é a sensação do peso geral do vinho. Encorpado e concentrado num extremo e leve e “mais líquido” no outro. É o primeiro e principal conceito a ser considerado tanto no vinho como na comida. Acertar os “pesos” entre eles garante que a harmonização tenha grande chance de agradar. Acidez – a agradável sensação de “salivar” vem da acidez do vinho. Notar sua escala num vinho é essencial na degustação. Ela é muito usada para contrastar com pratos mais gordurosos. Tanino – a adstringência do vinho provém dos taninos presentes nas uvas. Em vinhos maturados eles ficam macios e harmoniosos. Álcool – derivado das fermentações, o álcool ajuda na sensação do peso do vinho. Doçura – os vinhos podem ser doces quando são licorosos ou fortificados, mas também e em menor grau, nos vinhos tranquilos. Isso ocorre por causa dos açúcares residuais do processo de vinificação. Frutado – é a quantidade percebida de aromas de frutas no vinho. Geralmente vinhos mais jovens, e que não passaram por maturação prolongada, são os mais frutados. Textura – são as situações possíveis de textura no vinho: aspereza ou maciez. Quando bem evoluídos, os vinhos trazem sensações amanteigadas e aveludadas. Esses são os fundamentos para a classificação do prato e do vinho. Ao se familiarizar com eles, você estará pronto para equilibrá-los na harmonização. Entendendo as estruturas de ambos, as possibilidades se abrem, sem que tenha que decorar receitas prontas. Para completar, não se esqueça de que primeiramente é preciso que a comida e o vinho harmonizem com as pessoas presentes. Leve em consideração seus gostos particulares e o quanto estão abertas às novidades. Se quiser entender mais dos conceitos de harmonização, como Harmonização por Contraste e Harmonização por Semelhança, baixe nosso e-book. Nele, você vai encontrar a técnica das barras de escala, usada na classificação do vinho e do prato, que ajudarão a criar experiências gastronômicas inesquecíveis.
A cada dia oferecemos um vinho por um preço super especial (em 99% dos casos é o melhor preço que você irá encontrar no mercado online).
Adega Virtual
Todas as compras que você realiza na VinumDay são enviadas para a sua adega virtual. Esse sistema exclusivo lhe permite acumular compras feitas em datas diferentes para obter frete reduzido ou gratuito.
Frete Grátis
Ao acumular compras na adega virtual acima de um determinado valor (que varia de R$ 400 a R$ 800 - dependendo da sua região) você pode solicitar a entrega com frete gratuito.
Pagamento
O pagamento pode ser realizado através de cartão de crédito ou então via depósito bancário/DOC/TED.
Nosso garimpo semanal vem do país da bota, mais especificamente do nordeste da Sicília, nas encostas majestosas do Monte Etna. Um tesouro vulcânico, fruto de uma viticultura heroica.
É elaborado a partir de vinhedos terraçados com rocha vulcânica, com altitude de variando entre 600-800 metros, inseridos em solos de lava, cinzas e lapilli. O ambiente é tão inóspito que muitas videiras são plantadas em pé-franco, pois nem mesmo a filoxera conseguiu sobreviver neste local.
Seu produtor tem pedigree: Alta Mora é um projeto da Cusumano, uma das famílias mais renomadas da viticultura siciliana.
O Alta Mora Etna Rosso 2022 é elaborado exclusivamente com Nerello Mascalese, uma cepa autóctone da Sicília, que oferece elegância e complexidade excepcionais. A variedade é frequentemente comparada à Nebbiolo e à Pinot Noir, tanto por dar vida a tintos elegantes, que expressam com clareza seus micro-terroirs, quanto pela capacidade de gerar vinhos que envelhecem bem.
Suas uvas são colhidas manualmente – a colheita mecânica é impossível nas encostas vulcânicas – e a vinificação fica a cargo do renomado Mario Ronco. Após a fermentação, o vinho envelhece em botti de carvalho por um período médio de oito meses.
Na taça temos um tinto luxuoso, com aromas inebriantes de cerejas frescas, cranberry e amoras, que ganham a complexidade notas minerais (pedra quente) e sanguíneas. No segundo plano, um belo pot-pourri de flores de bosque. O paladar é cativante, com taninos finos e uma acidez suculenta, que confere vivacidade ao conjunto. Traz sabores de frutas negras, um toque cítrico de pomelo, além de nuances picantes no ótimo final.
Garanta uma garrafa na sua adega e desfrute de um dos melhores vinhos que a Sicília tem a oferecer.
A produção é super limitada, assim como a nossa oferta. Não perca tempo!
Graciano. Vinhas velhas. Produção limitadíssima. Uma das melhores safras da história. Que belo tributo ao patriarca da família Zorzal!
A história da Viña Zorzal começa em 1989, quando Antonio Sanz decide elaborar seus próprios vinhos, norteado pela meta de figurar entre os melhores de Navarra. Naquela época, Sanz dividia seu tempo entre os vinhedos e a vinícola, mas admitia preferir o trabalho no interior da adega, onde as condições eram muito mais confortáveis.
Com o passar dos anos, reconheceu que a verdadeira qualidade nasce no vinhedo — uma lição que se tornou um dos pilares da Zorzal. Ao lado de seus filhos Xabi, Iñaki e Mikel, desenha uma segunda missão: valorizar as castas autóctones de Navarra.
Entre elas, a Graciano, que logo ganha destaque internacional e se torna símbolo desse trabalho. Aqui temos um exemplar elaborado exclusivamente com esta variedade, oriunda de vinhas com 44 anos na porção de Combatillo. É fermentado com leveduras nativas e amadurecido por 12 meses em barris de carvalho francês de 300 e 500 litros.
Na taça temos um tinto carnudo e gastronômico, repleto de frutas vermelhas, especiarias picantes e notas defumadas. Traz um toque bordalês – característico da cepa – com final longo e complexo, que revela nuances balsâmicas.
O vinho é uma homenagem a Antonio: a Graciano sempre foi a variedade que mais o fascinou. Quando o degustamos, foi fácil entender o porquê.
Invista neste premiado tinto, e se permita adentrar o clube de apaixonados pela Graciano de Navarra!
P.S.: o nome do vinho – Cuatro del Cuatro – se refere à data de aniversário de Antonio (quatro de abril).