Os taninos são compostos químicos sintetizados por muitos organismos vivos, inclusive pelas uvas. O tanino do vinho vem principalmente delas, mas está presente também nos barris de carvalho. Durante a vinificação, a madeira aporta taninos alterando os sabores e aromas. Nas últimas décadas o uso de taninos enológicos ou industriais virou uma ferramenta na vinificação moderna. Vamos ver em detalhes o que é tanino e como identificá-lo nos vinhos.
Tanino nas uvas e vinhos
Na ciência os taninos são chamados de biomoléculas adstringentes e fenólicas. Quando agrupados eles passam a se chamar polifenol. Nas videiras, eles estão presentes no caule, nas folhas, nas sementes e nos frutos. Do ponto de vista sensorial e organoléptica, a intensidade dos taninos influencia três características do vinho: cor, sabor e sensações tácteis percebidas na boca. Como um conservante natural, eles ajudam a dar estrutura durante o envelhecimento, contribuindo para o equilíbrio do vinho, quando este estiver em seu auge. Os taninos da casca (pele) da uva e do carvalho dos barris são mais suaves que os presentes nas sementes e no caule das vinhas. Por esse motivo, a vinificação moderna prega que as bagas devam ser desengaçadas. Vinhos elaborados com caule durante a maceração, ou fermentação, são exceções, mas isso pode acontecer quando as variedades da casta apresentam níveis muito baixos de taninos.
A casca da uva é a principal fonte dos taninos dos vinhos.
O tanino dos barris de madeira recebido pelo vinho, varia de acordo com o tipo de carvalho, grau de tostagem, tempo de contato com o líquido e o volume das barricas. Devido ao uso das cascas durante os processos, os taninos estão presentes majoritariamente nos vinhos tintos; nos brancos somente quando esses passam por grandes períodos de envelhecimento. Determinar a quantidade total de taninos extraídos durante o processo de vinificação é muito mais simples que determinar a proporção relativa dos taninos das cascas ou das sementes presentes no resultado final - o vinho. Essa relação dependerá da habilidade do enólogo. Algumas uvas com altos níveis de taninos:
Nebbiolo (presente nos vinhos mais longevos, como o Barolo italiano)
Cabernet Sauvignon
Tempranillo
Montepulciano
Petit Verdot
Petite Sirah
Uvas com níveis baixos de taninos:
Barbera
Zinfandel
Pinot Noir
Primitivo
Grenache
Merlot
Tanino industrial ou enológico
A extração do tanino é conhecida há séculos e usada na curtição de couros. Sua função na produção dos vinhos, no entanto, é muito mais recente. Graças aos grandes avanços nas técnicas de vinificação durante o século XX, conhecemos mais dessa substância e isso permitiu o desenvolvimento dos taninos enológicos.
Os taninos industriais, ou enológicos, são adicionados para corrigir ou moldar a estrutura do vinho.
O uso de taninos industriais ou enológicos tem como objetivo corrigir a matéria-prima (uvas), modulando as propriedades olfativas e gustativas do vinho. Além disso, eles reforçam a ação dos taninos naturais, acrescentando mais estrutura aos vinhos. São responsáveis também pelo aumento da ação bactericida e dos sulfitos SO2 (dióxido de enxofre ). Segundo a OIV (International Organisation of Vine and Wine) o uso de taninos industriais é regido por regras e devem ser extraídos a partir da sementes e cascas das uvas (vitis vinifera), nozes e madeira de carvalho (quercus) ou outras árvores como quebracho (schinopsis balansae) e castanheiras.
Como identificar os taninos do vinho pelo paladar?
O tanino de um vinho é principalmente identificado por sua textura. Como uma substância adstringente, ele pode mostrar o amargor do vinho, mas sua presença é mais sentida quando causa aspereza. Portanto, o tanino é táctil e sentido no região central da língua. A nomenclatura de uma degustação profissional identifica se os taninos presentes são maduros (macios, controlados) ou verdes (severos, duros).
O tanino é percebido como textura áspera e amargor pelo paladar.
Vamos mais a fundo: A maioria dos animais possuem na boca compostos de proteínas (mucinas), ou seja, a saliva. É uma mistura complexa de proteínas, hidrato de carbono e outras moléculas. O ser humano produz cerca de 1 litro e meio por dia, e ela tem um papel importante na degustação dos vinhos. Os taninos têm a capacidade de precipitar essas proteínas, retirando a lubrificação da boca, e dando a sensação de secura. Por isso é detectado pelo toque ao invés do sabor. Por esse motivo, degustações com grandes quantidades de vinhos tânicos deveriam ser evitadas, pois os excessos de taninos acabam retirando muitas mucinas da saliva, alterando a percepção do sabor. A respeito do paladar, ainda existem algumas dúvidas sobre como isso acontece, mas sabemos que associado a outros componentes do vinho - como polissacarídeos e antocianinas - eles causam sensações mais complexas, tornando-se menos adstringente. Outro fator importante durante a degustação é a temperatura do serviço, que muda as percepções de amargor, adstringência e acidez. A sensação de doçura não é alterada pela temperatura, mas tende a mascarar os taninos verdes; e por esse motivo é muito presente na fabricação de vinhos de baixa qualidade, que possuem uma quantidade maior de açúcar residual. Um ótimo exemplo de alimento com tanino é o chá preto, que possui um alto nível da substância. Experimente-o sem açúcar e será fácil identificá-lo. Outros alimentos com altas concentrações de taninos são: nozes, amêndoas, chocolate amargo, canela, cravo e romã.
O chá preto é um dos alimentos que contém altos níveis de tanino.
Conclusão
Muitas pesquisas estão sendo feitas para melhor entender os taninos, e consequentemente, controlá-los durante a vinificação. É a ciência servindo cada vez mais, a arte de elaborar bons vinhos. Façamos a nossa parte, aprimorando nosso paladar - de taças cheias! Equipe VinumDay • um vinho para cada dia
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Temos a honra de apresentar um exemplar de Franz Haas, um dos grandes nomes do Tirol italiano.
A vinícola carrega a tradição de sete gerações, cada uma conduzida por um Franz diferente. Hoje, o projeto é capitaneado por Franz Haas VII, um enólogo meticuloso que dedicou sua carreira a estudar como as diferentes altitudes influenciam o caráter das uvas. Essa é uma das razões pelas quais seus vinhedos se espalham por diversos patamares — alguns acima dos 1000 metros.
A enorme qualidade de seus vinhos também se reflete na identidade visual marcante. Há mais de 30 anos, a vinícola mantém o legado do artista Riccardo Schweizer em seus rótulos, incluindo um dos exemplares mais emblemáticos da casa: o Manà.
Este vinho é uma homenagem de Franz à sua esposa, Maria Luisa. Trata-se de um branco elaborado majoritariamente com Riesling e Chardonnay, castas que conferem longevidade e grande potencial de evolução. O corte se completa com pequenas frações de Gewürztraminer, Sauvignon Blanc e Kerner — um cruzamento entre Riesling e Trollinger.
Cada casta provém de vinhedos situados entre 350 e 800 metros de altitude e é vinificada separadamente, respeitando o perfil distinto de cada micro parcela. Um detalhe importante: Chardonnay e Sauvignon Blanc fermentam em barricas!
Na taça, revela-se um vinho perfumado e imponente, com aromas de damasco, carambola, pera e lichia, envolvidos por notas de lima, capim-limão, especiarias como pimenta-branca e noz-moscada, finalizando com delicadas nuances minerais.
Em boca, é cremoso e suculento, com um núcleo profundo e complexo de sabores que encantam os sentidos. O fim de boca é impressionantemente longo e refinado.
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"Ele foi o primeiro vinho produzido pela Clos de Luz, um vinícola familiar localizada em Almahue, no Vale do Rapel.
Gabriel Edwards deu início ao projeto em 2015, utilizando um pequeno vinhedo pertencente à sua família. Plantado em 1945, este é considerado o mais antigo vinhedo de Carmenere no Chile, onde as videiras são propagadas por seleção massal, sem o uso de porta-enxerto, nem sequer de seleção clonal.
A produção do vinho segue uma abordagem de mínima intervenção humana. A fermentação ocorre com leveduras indígenas, e o envelhecimento é realizado por 12 meses em barricas e tonéis de carvalho de diversas tanoarias francesas.
Na taça, a paleta aromática revela frutas negras maduras, como groselha, jabuticaba e ameixa, terra molhada, café, cravo-da-índia, chocolate amargo e sutis notas mentoladas.
É um vinho lapidado, tem taninos macios, acidez no ponto e boa intensidade. No paladar predominam as frutas negras maduras, notas achocolatadas e retrogosto mentolado. A persistência é boa e muito gostosa."