Vinho x Mudanças Climáticas

10 de April - 2022

Vinho x Mudanças Climáticas

Cientificamente é comprovado - as mudanças climáticas estão acontecendo. Mas, será que afetam a qualidade do vinho? 

Temos que admitir, a resposta é SIM. 
A viticultura é uma ciência altamente dependente do clima, portanto, o impacto é perceptível.

O que são as mudanças climáticas?

São transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Podem ser naturais, como as variações no ciclo solar. Mas, as atividades humanas são o principal impulsionador de tais mudanças, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás.

O maior impacto é o aumento das temperaturas, consequentemente, ocorre maior evapotranspiração, aumentando a probabilidade de estresse hídrico da planta. Além desse, outros efeitos incluem mudanças na distribuição das chuvas, maior variabilidade e frequência de eventos climáticos extremos.

Em regiões de temperaturas mais quentes, o ciclo da videira é mais rápido. A brotação ocorre mais cedo na primavera e as fases do ciclo se antecipam. O aumento da temperatura acelera a taxa de acúmulo de açúcar e redução da acidez, mas não acelera o amadurecimento da maioria dos compostos de aromas e taninos. Os efeitos sobre os compostos aromáticos são complexos, mas é provável que, à medida que as temperaturas aumentam, ocorra uma mudança no perfil aromático de uvas de certas regiões. Algumas podem ficar muito quentes para determinadas castas, sendo necessário cultivar uvas diferentes, principalmente as de maturação tardia, para continuar a fornecer vinhos equilibrados. 

Embora o aumento de temperatura seja problemático para uma boa parcela das regiões vitivinícolas, existe potencial para  o aumento de qualidade e rendimento em regiões e/ou países que anteriormente eram muito frios para amadurecer as uvas. 

Certas regiões vinícolas, como parte da Califórnia e da África do Sul, estão demonstrando problemas significativos com temperaturas excessivas e/ou secas, inclusive incêndios florestais mais extremos (responsáveis pelo famoso aroma indesejado - smoke taint, que demanda um trabalhoso monitoramento). Inclusive, estima-se que alguns vinhedos em muitos dessas regiões serão abandonados nos próximos 50 - 100 anos. 

Mesmo em regiões que normalmente apresentam níveis adequados de chuvas, o aumento da pluviosidade e umidade em épocas indesejáveis ​​do ano, como pouco antes do período de colheita, pode desencadear o desenvolvimento de doenças na planta.

Já, o aumento da frequência de eventos climáticos extremos e erráticos é problemático para todas as regiões, como a ocorrência de tempestades, furacões, inundações, geadas fora de época e ondas de calor, que podem reduzir substancialmente os rendimentos ou a qualidade da uva. 

O que fazer?

Muitos vitivinicultores já começaram a agir, tanto para mitigar as mudanças climáticas quanto para melhor se adaptar aos efeitos das mesmas, através da prática de técnicas sustentáveis, usando recursos de energia renovável e da viticultura sustentável.

Os produtores de vinho são apenas parte do cenário. Um futuro sustentável para o vinho requer ação em todas as etapas da cadeia de suprimentos. O transporte e a embalagem estão entre as maiores fontes de emissões de CO2. Nesse sentido, diversos estudos científicos para mitigar os efeitos e viabilizar opções estão em andamento.

 De forma geral, mundialmente existe um movimento de redução das emissões, adaptação aos impactos climáticos e financiamento dos ajustes necessários.

Em resumo:

A seleção do local, escolha da variedade adequada e a eficácia de diferentes técnicas de manejo são fatores importantes a serem considerados antes do plantio de vinhedos.

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Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).
Nova Zelândia

Nova Zelândia

Se têm características que traduzem os vinhos da Nova Zelândia são: pureza, expressão varietal e singularidade.Os vinhateiros da Nova Zelândia criaram um estilo único de Sauvignon Blanc, reconhecido por sua qualidade por unanimidade. Mas, o que talvez nem todos saibam, é que também dominam a vinificação de castas como Chardonnay, Pinto Gris, além de tintos, principalmente de Pinot Noir e cortes estilo bordalês. De clima marítimo e frio (exceto em Central Otago, onde o clima é semi-continental), é um país de latitude ampla, abrangendo a faixa de paralelos 36 à 46ºS.Embora a Nova Zelândia seja mais conhecida pelos seus vinhos frescos e ricos em fruta, produz cada vez mais uma grande variedade de estilos. Sem indicações geográficas específicas, a experimentação com diferentes técnicas de vinificação para criar novos estilos é prática corriqueira. Quando pensamos na forma de selar as garrafas, cerca de 90% são fechadas com tampa rosca (screwcap), marca registrada do país.Sobre suas regiões, podemos dividir a ilha em Norte  e Sul.Norte: Greater Auckland, Gisbornn, Hawke's Bay e Wairarapa.Sul: Marlborough, Nelson, Canterbury e Central Otago.Quando pensamos no Sauvignon Blanc do Norte, como os de Martinborough, temos exemplares menos perfumados, não tão frutados e herbáceos quanto dos do Sul. Já, analisando os Sauvignon Blanc's do Sul, como da famosa região de Marlborough, temos rótulos mais expressivos, principalmente do ponto de vista aromático.O contraste é muito interessante, e aos enoapaixonados que gostam de novas experiências, sugerimos que degustem exemplares de ambas procedências, para entender melhor, na prática.Créditos imagem: Tobias Keller - Unsplash
A Vitivinicultura Australiana

A Vitivinicultura Australiana

Você que nos acompanha deve saber, ofertamos diariamente rótulo de variados países, para que você desfrute do universo do vinho de forma global e tenha as melhores memórias!Quando pensamos em Novo Mundo, um dos países de destaque é a Austrália, sexto maior país do mundo. Nesse sentido, nos parece interessante compartilharmos algumas informações interessantes para você aprofundar seus conhecimentos sobre.As primeiras vinhas chegaram ao país em 1788. Embora a filoxera ter se espalhado pela Austrália, uma quarentena rigorosa permitiu que a maioria das áreas, e notavelmente o Sul da Austrália, permanecessem livres da filoxera (estando presente em áreas como Victoria e Nova Gales do Sul).Diante disso, a Austrália abriga algumas das plantações mais antigas do mundo de diversas variedades ainda crescendo com suas próprias raízes, como Shiraz, Cabernet Sauvignon e Grenache.Sendo o mais antigo dos continentes, ao longo dos milênios desenvolveu uma geologia muito complexa e praticamente todos os tipos de rochas conhecidos podem ser encontrados em seus solos. Entre as principais castas tintas do país se destacam por tamanho de produção: Shiraz, Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir.Já, entre as brancas, encontramos: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Gris, Muscat Gordo Blanco (Moscato de Alexandria), Semillon, Colombard e Riesling.Na década de 1990 foi desenvolvido seu sistema de Indicações Geográficas (IG), dividindo suas regiões vinícolas em uma série de zonas, regiões e sub-regiões. As zonas são divididas em:Zona Sudeste da Austrália;Austrália Sul;Victoria;Nova Gales do Sul;Tasmania;Austrália Ocidental. Entre as regiões mais conhecidas, destacamos: Barossa Valley, com seus Shiraz intensos e corpulentos, Margaret River, com seus famosos Cabernet Sauvignon, muitas vezes cortados com Merlot, gerando vinhos no estilo bordalês; Hunter Valley, famoso seus delicados Semillon de expressão singular, secos, encorpados, com alta acidez e baixo teor de álcool, com um potencial de envelhecimento extenso.Ainda, é importante citar Yarra Valley, McLaren Vale e a Coonawarra, conhecidas pela produção de vinhos de alta qualidade.O país conta com cerca de 2.250 vinícolas, sendo a pequena produção sua maioria. De paisagem variada e deslumbrante, visitá-lo é imprescindível!Créditos da imagem: Joey Csunyo - Unsplash.

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Roma Rosso Collezione Oro 2021

"Uma deslumbrante essência de fruta escura, tingida com tons de violeta intenso, transmite uma riqueza de aroma incomparável. Estamos diante de um vinho que atinge o pináculo em termos de textura densa, suavidade aveludada e clareza olfativa. A concentração do sabor e aroma é excepcionalmente rica, fazendo com que cada gota revele uma complexidade pastosa e envolvente. A doçura lembra a polpa da amora, realçada com notas balsâmicas e acentuada pela suavidade untuosa oferecida pela maturação em carvalho. Imaculado como fruta fresca, o vinho magnifica brilhantemente a maciez frutada em uma combinação soberba. A execução enológica é de tal precisão que o sol parece brilhar sobre a cristalina pureza de seu aroma. Sem dúvida, um dos mais excelentes vinhos tintos do ano e um destaque na sua região de origem. Bravo!" – Luca Maroni
 
A descrição acima e os monstruosos 99 pontos de Luca Maroni já seriam suficientes para uma apresentação rápida do fantástico Federici Roma Rosso Collezione Ouro 2021! Porém, para garantir que você está realizando um excelente negócio ao adquiri-lo, a curadoria VinumDay também tem alguns pontos a considerar. Confira abaixo:
 
Os vinhos de Lazio são raros aqui no Brasil! Isto se deve, principalmente, pela região sediar a magnífica cidade de Roma, a capital da Itália, cuja população se encarrega de consumir quase toda a produção das denominações da área.
 
A Denominazione di Origine Controllata Roma é uma apelação relativamente nova, criada em 2011 para assegurar e qualificar diversos vinhos oriundos da área, com destaque para os brancos baseados na Malvasia del Lazio e para os tintos baseados em Montepulciano.
 
O Federici Roma Rosso Collezione Oro é elaborado pela vinícola familiar Tenuta Federici, com uvas provenientes da comuna de Zagarolo, a cerca de 350 metros de altitude. O clima é tipicamente mediterrâneo, com invernos amenos e precipitações moderadas, com verões quentes e ventosos. O solo é de origem vulcânica, predominantemente tufáceo.
 
Trata-se de um blend onde a Montepulciano domina com 65% e é completada com uma pequena parcela de 5% de Merlot e 30% de Cesanese, que é considerada a uva mais distinta da província de Lazio. As uvas são vinificadas separadamente em tanques de aço inox com temperatura controlada, leveduras selecionadas e remontagens diárias. Após a malolática espontânea, o corte é realizado e o vinho é inserido em tonneaux novos de carvalho de 500 litros, onde amadurece por 6 meses com bâtonnages semanais.
 
Além do contundente crivo de Luca Maroni, o Federici Roma Rosso Collezione Oro 2021 também levou a Medalha de Ouro no Berliner Wine Trophy 2023 e, claro, é altamente recomendado pela curadoria VinumDay!
 
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De Grendel

Shiraz 2019

Você já provou o Shiraz da sul-africana - De Grendel?

Se nos acompanha diariamente acreditamos que sim, pois suas safras 2016, 2017 e 2018 fizeram sucesso implacável aqui na VinumDay!

Esta vinícola é sinônimo de pura excelência, nos deixando constantemente no radar das novas versões deste verdadeiro ícone. 

A cada nova garrafa temos uma nova e encantadora surpresa. Imaginem, a edição 2019 do De Grendel Shiraz está espetacular, já carregando merecidíssimas medalhas de 94 pontos no Platter's Guide e 91 pontos na Winemag Shiraz Report!

A Shiraz é uma das principais variedades da África do Sul, e a De Grendel, umas das vinícolas mais tradicionais e respeitadas do país.

Estes predicados já nos fazem esperar por um vinho diferenciado. Mas quando falamos do carro chefe da vinícola, na linha de alta gama, a expectativa cresce vertiginosamente.

A De Grendel é um produtor que constituiu uma reputação formidável na África do Sul, produzindo Sauvignon Blancs e Shiraz de qualidade muito superior.

Este, trata-se de um vinho premiadíssimo, que a cada nova colheita comprova sua qualidade excepcional. É um blend entre uvas de duas regiões: Paarl e Firgrove.

Cada parcela é vinificada separadamente e usando diferentes métodos (um mais extrativo e outro mais delicado), para melhor expressar as características únicas de cada vinhedo. Depois de um corte cuidadoso, o vinho final é maturado em carvalho francês (90%) e americano (10%) por 13 meses.

Vamos conhecê-lo?
Na taça revela notas de ameixa e cereja maduras, chocolate ao leite, especiarias doces (canela, baunilha) e picantes (cominho, pimenta-preta), além de um toque lácteo, que lembra iogurte.

Um sucesso! A potência e a generosa carga de fruta são compensadas por taninos sedosos e uma acidez de dar água na boca. A ampla paleta aromática se apresenta novamente, culminando em um final longo e deleitoso. Daqueles vinhos que rapidamente a garrafa esvazia!
 
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