Torrontés riojano, rótulo que todo enófilo deve conhecer!

13 de outubro - 2023

Torrontés riojano, rótulo que todo enófilo deve conhecer!

Quando falamos em Torrontés, logo nos remete à Argentina.

De 12 a 19 de outubro se celebra em todo o país a Semana del Torrontés, variedade branca emblemática. Sua origem crioula é única e sua história mostra como evoluiu até se converter em uma casta capaz de oferecer vinhos elegantes, frescos e muito expressivos.

Até semana passada, desconhecia que existem três variedades de Torrontés: Torrontés Riojano, Torrontés Sanjuanino e Torrontés Mendocino.  Sendo a melhor das três, e mais disseminada, a Torrontés Riojana, caracterizada pelas suas notas florais, fruto do cruzamento natural e nativo de Moscato de Alexandria e Criolla Chica que se acredita datar do século XVIII.

Mas engana-se quem pensa que tal qualidade se conquistou sem esforços, houve momentos chaves de um caminho que uniu a paixão pela investigação e a decisão de obter um vinho de maior qualidade, respeitando ao máximo o que o Torrontés Riojano tem em sua essência.

Até a década de 1980, a variedade Torrontés Riojano era considerada uma uva comum, sem destaque no país. Foi quando Dr. Rodolfo Griguol (chamado de “padre del Torrontés moderno”), atual Chefe de Enologia da Cooperativa La Riojana, se aprofundou na pesquisa e com isso permitiu que todos os Torrontés Riojanos expressassem todo o seu potencial em vinhos de maior qualidade. Naquela época o vinho dessa casta tinha notas herbáceas e selvagens que lhe conferiam uma certa rusticidade, mas ao provar as uvas nos vinhedos era evidente que tinham muito potencial em aroma e delicadeza, bastava experimentar transferir essas características para o vinho produzido.

Para isso, começaram por estudar separadamente os Torrontés das diferentes zonas, para saber se esta rusticidade dependia da uva, mas como resultado não foram encontradas diferenças significativas. Depois foram estudados os diferentes processos de produção, onde foram feitas diversas alterações, passando da produção tradicional à prensagem pneumática, clarificação dos mostos, correção de acidez, nutrição adequada, fermentação controlada a baixas temperaturas; trabalhando sempre com fermentações espontâneas (leveduras nativas). O resultado obtido com a mudança de tecnologia e melhor controle do processo foi importante porque foi possível diminuir as notas rústicas, mantendo o frutado e o frescor típico deste vinho, mas ainda manteve algumas notas herbáceas e seus toques amargos que o fizeram perder a delicadeza. Foi então iniciada a terceira etapa da pesquisa, voltada para a biotecnologia, na qual começaram a testar a fermentação do Torrontés Riojano com a inoculação de diferentes leveduras comerciais. 

Os resultados alcançados foram muito interessantes: o vinho obtido com algumas leveduras comerciais revelou-se muito delicado, sem notas herbáceas, com perfil aromático cítrico e de frutas brancas, porém, sem as notas aromáticas florais típicas do Torrontés Riojano: flores de laranjeira, casca de laranja, salada de frutas, as características que se percebem na degustação da uva. Então surgiu a seguinte hipótese: se as leveduras nativas dão tipicidade aromática, mas com o defeito das “notas herbáceas”, e com as leveduras comerciais consegue-se a delicadeza, mas perde-se a tipicidade.

No entanto, por se tratar de uma casta de maturação precoce, o calor fez com que muitas vezes ficasse demasiado madura, resultando em vinhos excessivamente alcoólicos, sem acidez e com final amargo. Mais recentemente, o investimento e as melhorias tanto no cultivo da uva como na vinificação aumentaram seu perfil. Redução dos rendimentos, colheita mais precoce e controle cuidadoso da temperatura durante a fermentação produziram vinhos mais frutados (limão, toranja, pêssego) em vez do que abertamente floral e mais fresco com níveis mais baixos de álcool. Torrontés tem se mostrado particularmente bem-sucedido em Cafayate (Salta), mas cada vez mais os vinhos vêm de outros vinhedos mais frescos e mais altos, em particular do Vale do Uco. 

A maioria dos Torrontés são elaborados para consumo imediato, mas alguns produtores fermentam pequenas quantidades em carvalho para combinar com o vinho não envelhecido para produzir vinhos mais dignos de envelhecimento. Embora geralmente feito em vinhos monovarietais, alguns produtores agora o misturam com outras variedades, em particular Sauvignon Blanc. Também são encontrados vinhos perfumados, doces e de colheita tardia. Após longas pesquisas, onde avaliaram 8.000 clones de leveduras que recolheram em vinhas e 15.000 clones de leveduras de adega, conseguiram isolar um que apresenta características de delicadeza, sem perder a tipicidade, a chamaram de LRV 945.

Em viagem à região, sugiro visitas à cooperativa la Riojana, e quem sabe tentar uma conversa com o Dr. Griguol. Assim como a vinícola La Puerta, onde fomos muito bem recebidos, com histórias da família, degustação de vinhos, azeites de oliva e as maravilhosas empanadas da dona Alícia (para empanadas deve ser agendada a visita com um dia de antecedência). E, a 70 km, se encontra a vinícola Chañarmuyo, inserida em uma paisagem deslumbrante, local com hospedagem, ótimos vinhos e infinitas particularidades.

Por fim, mas não menos importante, voltei encantada com a humanidade, simplicidade e carinho das pessoas que conheci na região.

Fernanda Spinelli
Sommelier Internacional FISAR
WSET 3 em Vinhos / Dip. WSET student
Delegada brasileira na OIV

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Michele Castellani

Amarone della Valpolicella Classico 2018

Qual é o segredo do sucesso do Amarone Della Valpolicella?

Além do terroir ímpar do Vêneto, a resposta está no seu processo produtivo.

O principal ponto está nas uvas, que além de serem colhidas perfeitamente maduras, devem ser desidratadas nos tradicionais fruttai por um período entre 100 e 120 dias – no qual perdem cerca de 35% do seu peso, concentrando açúcares e fenólicos – antes de serem prensadas fermentadas. Como resultado, temos vinhos gordos, suculentos, extremamente estruturados, potentes, alcoólicos, untuosos e de grande potencial de guarda.

Voltamos ao terroir: Valpolicella é uma área grande, mas como é regra na Itália, é na porção Classica onde geralmente encontramos os melhores vinhedos. Ponto para o vinho de hoje.

Some isso à experiência e tradição da família Castellani, que cultiva uma autêntica passione per l'Amarone. Fundada no pós-guerra de 1945 pelo patriarca Michele, a vinícola que hoje carrega seu nome sempre mirou na qualidade, e seu trabalho primaz a posiciona como uma das principais referências na DOCG.

O vinho de hoje é produzido através de um corte tradicional entre as variedades Corvina e Corvinone (que somam 70% do blend), com Rondinella (25%) e Molinara (5%). As próprias fermentações alcoólica e malolática já são realizadas em tonéis de carvalho. Então, o vinho é transferido para barricas de carvalho francês e para botti de carvalho da Eslavônia, para um amadurecimento de 24 meses. Enfim, é engarrafado e descansa em cave por pelo menos um ano antes de ser liberado ao mercado.

Na taça temos um Amarone de livro-texto.

Estão lá os aromas de figos secos, ameixa em calda e tâmaras, completados por notas de cereja amarena. Some a isso chocolate amargo, tabaco, cravo e nozes torradas. Ao fundo, toques de cogumelos e sous bois.

Na boca tudo lá em cima! Acidez, taninos, corpo, intensidade, concentração... Difícil bebê-lo e não pensar: que vinhaço!!!

Sua harmonização pode ser simples – como um bom queijo maturado – ou então complexa, como carnes de caça assadas lentamente no forno. Dito isso, antes de degustá-lo, não esqueça: decante-o por uns bons 45-60 minutos.

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Imprecável - definição do vinho de hoje! Detalhe, com 32% OFF!

Portugal se destaca pela impressionante versatilidade na produção de vinhos, criando desde grandes ícones internacionais até aqueles que são atualmente reconhecidos como os melhores em termos de relação custo-benefício do mundo.

Reconhecido por seus deliciosos blends de castas autóctones, contempla regiões de tipicidades espetaculares. O rótulo de hoje vem de um local demarcado, que acompanha o curso do rio Douro ao longo de cerca de 100 quilômetros, começando quando o rio vira para oeste na fronteira com a Espanha e terminando logo a oeste de Mesão Frio.

Sim, nos referimos ao venerado - Douro. A região está dividida em três sub-regiões, o Douro Superior no leste, o Cima Corgo no centro, e o Baixo Corgo, a oeste. A região Cima Corgo é conhecida por ser mais quente e seca, com cerca de 700mm de precipitação ao ano. É de lá que vem o potente - Oboé Reserva Douro Superior 2019!

Quem o elabora é a CVD - Companhia dos Vinhos do Douro, uma vinícola pequena, localizada na sub-região Tabuaço. Conta com apenas 8 hectares de videiras, com idade entre 15 e 50 anos, cultivadas na propriedade Quinta do Cabeço, próxima ao Rio Távora. A altitude, que alcança os 300 metros, agrega uma bela dose de frescor e elegância aos seus vinhos.

Com as clássicas castas Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz foi elaborado o Oboé Superior. Na safra 2019, este excelente exemplar do Douro possui um amadurecimento de 8 meses em barricas de carvalho francês.

Garantimos, ele se encontra em perfeito estado de equilíbrio e vivacidade, com potencial altíssimo para evoluir ainda por uns bons anos.

Apresenta aromas de frutas vermelhas e negras maduras, como ameixa e amora, além de notas de cassis, toffee, pot-pourri de violetas, cravo-da-índia e frutas em compota.

Na boca, revela potência, estrutura e um excelente equilíbrio. Os taninos são finos e polidos, complementados por uma acidez suculenta na medida certa. A intensidade das frutas é impressionante, e o final é extremamente saboroso.

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