Cozinhando com Vinho Antes, Durante e Depois!

07 de janeiro - 2021

Cozinhando com Vinho Antes, Durante e Depois!

O vinho é indispensável para a culinária. Simples assim. E não somente acompanhando o cozinheiro na empreitada. Ele pode e deve ser utilizado no preparo dos seus pratos favoritos, inclusive, é bastante provável que eles fiquem ainda melhores se o vinho adequado ou um exemplar de melhor qualidade for usado. Quem nunca ouviu que  “só se usa na comida um vinho que se beberia à mesa” ?  Concordamos totalmente. E mais! Acreditamos que não se deve ter pena na quantidade. Seja generoso que o resultado final também o será, em aromas e sabores.

Vinho de Cozinha Existe?

Sim. Há variedades e estilos de vinhos pensados exclusivamente para o uso culinário.  Várias empresas têm se especializado em dedicar parte da sua estrutura para a produção de rótulos que são indicados apenas para a cozinha. A grande vantagem deles é, indiscutivelmente, o preço. Ao invés de ver parte do vinho escolhido para escoltar a refeição indo panela adentro, tem-se um exemplar somente para o preparo do prato. São produtos feitos e pensados para suportar um bom tempo abertos na geladeira e que não mudam sob mudanças drásticas de temperatura de armazenamento, visto que contam com a adição de conservantes e outros ingredientes pensados para dar mais sabor aos pratos. Não devem ser bebidos, diga-se de passagem.

Existem, também, vinhos que com o tempo passaram a ser conhecidos como “culinários”, no entanto, não nasceram especificamente com essa atribuição em mente. Um exemplo bastante famoso é o italiano Marsala. Dos tipos seco e doce, cozinha-se com esse tradicional vinho siciliano desde que foi criado, o que se estima ter ocorrido no século XVIII. Muito popular nas cozinhas da Sicília, ultrapassou fronteiras e se viu incluído em uma infinidade de receitas mundo afora. Embora contribua - e muito - no sabor de tanto pratos doces quanto salgados e seja um verdadeiro sucesso entre os cozinheiros, aprecia-se, sim, um bom Marsala como acompanhante das refeições e sobremesas muito mais na taça no que na frigideira.

E Cozinha Sem Vinho?

Pode até ser que sim, mas não recomendamos!

Todas as nossas dicas de harmonização ganham muito quando preparadas com vinho, e, invariavelmente, também com o vinho que está sendo comprado!

Quando o álcool evapora - ele sempre evapora com pouquíssimos segundos de aquecimento, sem representar perigo algum para crianças, por exemplo - cria-se novas camadas de sabor nas receitas, algo que outros líquidos não são capazes de fazer. Um bom risoto ganha nova vida com um pouco de vinho branco; um bouef bourguignon faz o mesmo com os tintos. Em um primeiro momento, brasato al Barolo soa como sacrilégio, mas fica dos deuses se o néctar do Piemonte entrar no preparo.

Aproveite, e cozinhe sem moderação!

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Casa Silva Lago Ranco

Sauvignon Blanc 2023

Aqui na VinumDay, além dos nossos garimpos diários, a cada 7 dias temos uma nova oportunidade incrível em nosso palco semanal!

Apresentamos o Casa Silva Lago Ranco Sauvignon Blanc 2023, escoltado por ilustres 94 pontos no Guia Descorchados e por Tim Atkin.

Em 2006, a Casa Silva decidiu realizar um experimento desafiador: plantar videiras em Futrono, no extremo sul da Patagônia Chilena, uma região onde poucas se arriscaram a fazer o mesmo.

Foi as margens do Lago Ranco, também próximo da Cordillheira dos Andes, onde a vinícola se deparou com condições propícias para um experimento com Sauvignon Blanc, Pinot Noir e Riesling. Isso, pois o terreno levemente inclinado e próximo ao bolsão de água, impedem a formação das geadas, que, consequentemente, inibiriam as boas condições de cultivo na região.

A aposta resultou em vinhos tão excepcionais, que hoje, a Casa Silva cultiva 11 hectares em Futrono. A produção é minúscula, mas tem originado alguns dos vinhos mais premiados da empresa, caracterizados pelo perfil muito distinto frente outras regiões do Chile.

Este Sauvignon Blanc passou por fermentação lenta em tanques de aço inox, a baixa temperatura, para preservar o caráter da fruta e um equilíbrio perfeito.

Na taça se revela encantador. A paleta aromática é formada por frutas de caroço e frutas tropicais frescas, como manga, abacaxi e maracujá, além de maçã verde, limão-siciliano e grama recém cortada. 

Na boca se mostra equilibrado e refrescante, com acidez suculenta. Apresenta uma profusão de sabores de frutas tropicais e cítricas, que se prolongam harmoniosamente em um final de boca longo e muito gostoso.

Um conjunto maravilhoso, que merece estar em uma Adega qualificada.

Aproveite, mas não se demore - são apenas 35 unidades.

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Alain Geoffroy

Petit Chablis 2023

Amigos, domingo de garimpo especial por aqui!

Ele pode até ser “Petit” no nome, mas na taça é um verdadeiro gigante!

Apresentamos a safra 2023 do Petit Chablis de Alain Geoffroy — um Chardonnay de domaine com cinco gerações de tradição no norte da Borgonha. Por se tratar de um legítimo produtor Chablisien, Geoffroy domina com maestria cada nível da apelação.

A prova disso está nesse exemplar. Seu diferencial está em nas vinhas jovens, com cerca de 10 anos, plantadas nos mesmos solos de calcário Kimmeridgian que conferem a inconfundível mineralidade aos grandes vinhos da região.

Na taça, mostra-se superlativo. É refinado e vibrante, com notas de maçã verde, pera, carambola, flores brancas como a acácia, e o clássico toque mineral de silex.

Em boca, revela acidez suculenta e sabores marcantes, confirmando as nuances frutadas e florais. A deliciosa mineralidade que se perpetua no fim de boca, traz a garantia do pedigree de uma das áreas mais nobres do mundo para o Chardonnay.

É uma oferta muito especial. Conseguimos 35% OFF neste vinho.

Se possível, garanta mais de uma garrafa, afinal, "cavalo encilhado não passa duas vezes".

Vale muito a pena!

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