Colheita Manual x Colheita Mecânica

14 de julho - 2022

Colheita Manual x Colheita Mecânica

Então chega o momento da colheita da uva. E agora, qual técnica é a mais adequada?

No passado, devido à mão-de-obra escassa e o avanço ainda limitado da tecnologia, a colheita manual dominava o cenário. Porém, com a modernização, a colheita mecânica surgiu para otimizar tempo, mão-de-obra, entre outros… entretanto, exige investimento. Nesse sentido, ambas técnicas são utilizadas hoje em dia, tanto para elaboração de vinhos de grande volume, como para volumes pequenos, até vinhos premium.

O termo “colheita manual”  ainda é muito usado na promoção do vinho como um indicador de qualidade, mas, na verdade, existem diversos fatores por trás dessa escolha, incluindo geografia do vinhedo, recursos, equipamentos, logística, legislação do país e o tipo de vinho a ser elaborado.

Listamos algumas das principais diferenças entre tais técnicas abaixo:

Colheita Manual

Pontos positivos:

  • maior seleção no vinhedo;
  • pode ser realizada em terrenos com declive e com mais de uma variedade plantada na mesma área;
  • se colhidas de forma delicada e colocadas em caixas pequenas, não ocorre o amassamento das bagas, evitando possíveis oxidações ou contaminações microbiológicas.

 

Pontos críticos:

  • mais cara que a colheita mecânica se os vinhedos forem de média a grandes áreas;
  • requer disponibilidade de mão-de-obra, treinamento e supervisão adequada; 
  • a colheita é normalmente realizada a luz do dia, em temperatura superior à da noite, exceto se a vinícola dispuser de lanternas.

 

Colheita Mecânica

Pontos positivos:

  • mais rápida e barata para grandes extensões de vinhedos;
  • permite a colheita no momento ótimo, elegido pela vinícola, conforme o grau de maturação da uva;
  • evita a dependência de mão-de-obra;
  • as uvas podem ser colhidas durante a noite, em temperatura inferior, evitando possível oxidações e contaminações microbiológicas;
  • máquinas mais modernas possuem tecnologia que permite classificação ótica, algumas já esmagam gentilmente as bagas e permitem a adição de dióxido de enxofre.

 

Pontos críticos:

  • inviável financeiramente para pequenas produções;
  • é menos “gentil” com as uvas, quando compara à colheita manual;
  • investimento na compra ou locação do equipamento;
  • se a vinícola alugar o equipamento, depende da disponibilidade do mesmo;
  • não pode ser utilizada em terrenos com declive ou com mix de diferentes castas no mesmo local.
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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Pizzato Fausto Alvarinho

2025

Nesta semana, tem estreia de peso aqui na VinumDay!

Com muita alegria, apresentamos mais um lançamento da vinícola Pizzato: o Alvarinho safra 2025, da consagrada linha Fausto.

Esta linha leva o nome da sua região de origem — a Linha Dr. Fausto de Castro, em Dois Lajeados, na Serra Gaúcha. Além do Vale dos Vinhedos, é ali que a família Pizzato cultiva seus vinhedos desde 1985 — conduzidos em espaldeira, a 460 metros de altitude, sobre solos basálticos, argilosos e pedregosos. É um terroir que entrega autenticidade e personalidade.

O Alvarinho, antes presente em um corte com Chardonnay e Moscato, agora mostra seu protagonismo neste varietal. E com razão: é um vinho que revela o tamanho do potencial desta casta no sul do Brasil.

Vinificado em tanques de inox, com temperatura controlada e leveduras selecionadas, sem malolática, entrega um mix vibrante de aromas, com damasco, pêssego, maçã-verde, laranja e lima, escoltados por nuances de flores brancas. Na boca, tem textura cremosa, acidez viva e um final longo — com grande intensidade de sabor das suas frutas de caroço e cítricas.

Um branco moderno, cheio de energia, que mostra que a Alvarinho também pode brilhar longe da Europa e do Uruguai.

E o preço? Apenas R$ 84,90.

Um achado. Um vinho com alma. E que merece um espaço na sua adega.

Aproveite!

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Anayon Selección

Cariñena 2014

Amigos, o tempo recompensa os pacientes — e o vinho de hoje é a prova concreta disso.

No auge de seus 11 anos, este verdadeiro garimpo da nossa curadoria demonstra como uma denominação ainda pouco conhecida por grande parte dos enófilos mundo afora pode entregar exemplares longevos e impecáveis.

Sim, nosso ícone do dia tem origem na histórica D.O. Cariñena, uma das denominações de origem mais antigas da Espanha (criada em 1932). Reconhecida como “o lugar onde o vinho nasce das pedras”, a região se destaca não apenas pela geologia singular, mas também pelo fato de dar nome à uva que a simboliza: a Cariñena — também conhecida como Carignan ou Mazuelo.

Desde os tempos do Império Romano, os vinhos da Cariñena são celebrados. Foram os preferidos do Rei Fernando I de Aragão e chegaram até o filósofo francês Voltaire, que declarou, em carta ao Conde de Aranda:

“Se este vinho é sua propriedade (...) a terra prometida está próxima.”

Elaborado pela Bodega Grandes Vinos, principal referência da D.O. Cariñena, o Anayón Selección é um legítimo porta-voz do terroir da região. Aliás, a linha Anayón reúne os vinhos mais emblemáticos da vinícola — rótulos que carregam as impressões digitais do lugar: solos de cascalho, vinhedos antigos, altitude marcante e a ação contínua do cierzo, vento que molda o ciclo das videiras e o estilo dos vinhos.

É um blend de Tempranillo, Cariñena, Syrah e Merlot, proveniente de vinhedos selecionados, com idade entre 27 e 48 anos, localizados entre 590 e 650 metros de altitude. Após a fermentação, passa 10 meses em barricas de carvalho navarro, americano e francês, de primeiro e segundo uso.

O resultado é um tinto de notável complexidade aromática, onde frutas maduras como ameixa, cereja e cassis se entrelaçam a notas de cacau, tabaco, toffee, castanhas e delicadas nuances de ervas e folhas secas.

Em boca, mostra-se encorpado e vibrante, com acidez suculenta que impulsiona os sabores e dá frescor à estrutura. O final é longo, profundo e cativante — um vinho que permanece na memória tanto quanto no paladar.

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