Vinhos Doces de Bordeaux

14 de julho - 2023

Vinhos Doces de Bordeaux

Quem pensa que produzir vinhos doces é fácil está muito enganado. Os cuidados iniciam desde cedo, no vinhedo.

Interessante destacar que esse tipo de vinhos representa apenas 1% da produção de Bordeaux, mas se destaca de forma incontestável.

Mas em Bordeaux o know-how é garantido, pois a região tem uma longa tradição de produzir vinhos doces, em sua grande parte a partir de frutas afetadas por botrytis.

O nível de botrytis depende de alguns fatores, como as condições para ocorrer a propagação da podridão nobre, a localização e o momento certo de colheita, principalmente.

No Sul de Graves encontramos duas denominações de destaque na especialidade, responsáveis pelos vinhos mais renomados e qualificados - a famosa Sauternes AOC (que concentra 50% da produção de vinhos doces de Bordeaux) e Barsac AOC (na qual os vinhos podem ser rotulados também como Sauternes AOC). Os vinhos são elaborados em sua maior parte com a casta Sémillon, entretanto, ainda contam com a participação da Sauvignon Blanc e, eventualmente, parcelas de Muscadelle.

Em ambas denominações, os rendimentos são limitados a apenas 25 hectolitros por hectare, porém, rendimentos muito inferiores frequentemente são necessários para garantir que as uvas estejam totalmente amadurecidas antes que a podridão nobre se desenvolva. 

O bouquet aromático típico dos vinhos é composto por notas intensas de casca de frutas cítricas, fruta tropical, mel, baunilha e carvalho. Na boca são vinhos encorpados, com alto teor alcoólico, acidez média à alta, e, como esperado, final doce e persistente.

Além dessas duas apelações mencionadas acima, vinho branco doce também é produzido em certas denominações de ambas as margens do rio Garonne, com limites de rendimento superior, como em Sainte-Croix-du-Mont AOC (conhecida por produzir o melhor vinho doce da margem direita), Loupiac e Cadillac AOC's e Premières Côtes de Bordeaux AOC . Esses vinhos podem ser afetados por botrytis ou ter o teor de açúcar mais elevado advindo de colheita tardia. 

Se você ainda não conhece esse estilo de vinho, já está mais do que na hora. 

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Angelina

Apresentamos o ArteViva Especial Angelina, um tinto autoral que carrega alma, memória e propósito.

Giovanni Ferrari cresceu entre videiras e vinhos, herdeiro de uma tradição familiar que já durava gerações. Filho e neto de viticultores, decidiu ir além: estudou Enologia, trabalhou em grandes vinícolas brasileiras — entre elas Almaúnica, Chandon e Salton — e buscou experiências no Douro e em Épernay.

Em 2019, nasceu a ArteViva, sua própria vinícola, dedicada a criar vinhos premium e super premium que unem ousadia e respeito à tradição. Um dos diferenciais da propriedade está no uso de madeiras brasileiras na maturação, sem jamais mascarar a identidade das uvas e dos terroirs do Rio Grande do Sul.

A Linha Especial presta homenagem a pessoas fundamentais na vida de Giovanni. Angelina, em memória de sua avó, celebra a força e o afeto de uma mulher que foi inspiração para sua trajetória.

O vinho é um blend de Cabernet Franc (90%) e Petit Verdot (10%), uvas da Campanha Gaúcha. Amadureceu por 12 meses em barricas de carvalho francês, americano, esloveno e também em bálsamo.

Vamos conhecê-lo?

No nariz, revela uma combinação envolvente de frutas vermelhas e negras — amora, cereja, ameixa e mirtilo — harmonizadas com notas sutis de especiarias como cravo-da-índia e zimbro, além de delicadas nuances de tabaco, tosta e um toque de sálvia.

Em boca, conquista de imediato pelo caráter elegante, com taninos finos e polidos, acidez suculenta e vibrante, que realça a pureza da fruta. O final é persistente, delicioso e equilibrado, entregando um tinto sofisticado, autêntico e pronto para brilhar à mesa.

Uma escolha certeira para quem busca alta expressão — e pelos próximos dias, com um desconto especial!

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Malbec 2022

Chegamos ao sétimo dia de comemoração dos 11 anos da VinumDay e, é claro, seguimos brindando em grande estilo. Para hoje garimpamos um representante argentino, com 27% OFF e uma bela medalha internacional de 92 pontos!
     
Nos referimos ao maravilhoso - Ruca Malen Capítulo Uno Malbec 2022!

Fundada em 1998, a Bodega Ruca Malen, de Mendoza, vem se destacando por suas criações surpreendentes.

Desde 2020, sob a liderança da enóloga Agustina Hanna, a vinícola transformou seus vinhos e passou a apresentá-los em capítulos, inspirados na lenda de uma indígena Mapuche ousada e de espírito inquieto. O primeiro capítulo celebra a curiosidade, simbolizando o primeiro passo da equipe em busca de vinhos autênticos, que revelam a pureza varietal em terroirs consagrados.

Este Malbec é elaborado 100% com uvas de Luján de Cuyo e do Vale de Uco. Vinificado em tanques de concreto e aço inox, o vinho estagia por 12 meses após a fermentação malolática.

Luján de Cuyo, berço do Malbec argentino, é uma região tradicional localizada aos pés da Cordilheira dos Andes, onde os vinhedos se beneficiam de clima seco, muita luz solar e noites frescas. Já o Vale de Uco, situado em altitudes ainda mais elevadas, revela uma face mais moderna e refinada do Malbec.  Aqui temos um blend de terroirs, com identidade forte e qualidade reconhecida no mundo todo.

Detalhe - a safra em questão conquistou 92 pontos de James Suckling, que comentou:

“Aromas atraentes de amora silvestre, mirtilos, ameixas e um toque de violeta. Corpo médio, com taninos redondos e finos, e um final polido e refrescante, com notas frutadas. Frutado com muita autenticidade. Sem carvalho. Suculento e delicioso.”

Sem mais, a descrição acima diz tudo, podemos garantir!

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