3 Francesas que marcaram a história do Champagne

27 de outubro - 2021

3 Francesas que marcaram a história do Champagne

Jovens, viúvas, empoderadas e responsáveis por impulsionar fortemente os negócios de suas famílias, transformando-os em verdadeiros reinos! 

Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot (1777 - 1866) -  a famosa Veuve Clicquot,  responsável pela criação do método revolucionário de remuage, processo aplicado na maior parte dos champagnes e espumantes elaborados pelo método tradicional (champenoise), exceto nos  que mantém as borras em contato na garrafa, conhecidos como sur lie

Foi em 1805 quando a Madame Cliquot perdeu o marido, produtor da Champagne e, mesmo sem experiência administrativa e sem dominar a vinificação, transformou a indústria com a força feminina, sendo uma das pioneiras no ramo. Desenvolveu técnicas essenciais para o método tradicional, como a remuage, em que as garrafas ficam em um suporte, chamado de pupitre, inclinadas com o gargalo para baixo. Regularmente, o produtor girava as garrafas, desprendendo as borras das paredes do vidro para após serem removidas. Atualmente, os pupitres, que demandavam mão-de-obra, foram substituídos pelos giropalets (automáticos).  O impacto dessa invenção foi a oferta dos primeiros espumantes límpidos no mercado. 

A história dessa madame pode ser explorada em um livro que a descreve de forma maravilhosa, chamado -  A viúva Clicquot: A história de um império do champanhe e da mulher que o construiu, escrito por Tilar J. Mazzeo.

 

Jeanne Alexandrine Louise Mélin Pommery (1819 - 1890) - até 1874, os vinhos espumantes produzidos na Champagne eram adocicados. A Madame Pommery foi responsável pela criação do espumante Brut, após a morte de seu marido, em 1860, quando teve que assumir negócios da família.

Na época, o mercado inglês dominava a compra dos champagnes franceses. Ousada e visionária, Louise começou a elaborar espumantes secos. Mesmo com a resistência de seus clientes, a madame teve persistência e foi aprimorando o produto ao longo do tempo. Foi na safra de 1874, que conseguiu espaço no mercado e teve destaque com o lançamento de um Brut que marcou a história da Maison. O champagne agradou tanto os ingleses que virou uma canção popular chamada Ode to Pommery!

 

Élisabeth Law Lauriston-Bouber (1899 - 1977) - mais conhecida como Lily Bollinger, perdeu o marido aos 42 anos e, assim como as viúvas anteriores, assumiu a Maison familiar. Sua marca registrada foi o acompanhamento das videiras diariamente, prezando pela qualidade. Ela fazia isso percorrendo em sua bicicleta, fato registrado por diversos fotógrafos da época.

Uma de suas frases mais aclamadas é a clássica:  “Eu bebo champanhe quando eu estou feliz e quando eu estou triste. Às vezes eu bebo quando estou sozinha. Quando tenho companhia, considero obrigatório. Dou um gole quando estou sem fome, e bebo quando estou com fome. Se não for assim, eu nunca nem toco no champanhe, a não ser que eu esteja com sede.”

Essas, entre outras,  foram peças cruciais para o aumento da qualidade desses produtos que tanto nos agradam.

Felizes que somos em aproveitar os frutos do trabalho e coragem destas viúvas que fizeram acontecer na época.

 Santé!

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Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Vitivinicultura x Mudanças Climáticas

Você já pensou nas consequências que as mudanças climáticas estão trazendo para a vitivinicultura ao redor do mundo?Se você é um amante do vinho, prepare-se para um panorama que vai te surpreender!Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava que estudar mudanças climáticas seria essencial para o universo do vinho. Mas, cá estamos! O clima está mudando e precisamos agir, seja prevenindo, seja mitigando os impactos. Secas, chuvas intensas, geadas tardias e até inundações têm sido cada vez mais frequentes, algo que não víamos há algumas décadas.De acordo com o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), a temperatura média da superfície da Terra pode subir até 4°C nos próximos 80 anos, se nada for feito para conter as mudanças climáticas. Para você ter uma ideia, entre 1900 e 2020, a temperatura aumentou "apenas" 1,1°C. Ou seja, estamos falando de um aumento quatro vezes maior em menos tempo. Assustador, né?E quanto ao vinho, o impacto já é evidente: maior concentração de açúcares nas uvas, regiões já quentes ficando ainda mais quentes, uvas sobremaduras, vinhos com maior teor alcoólico, pH elevado e mais suscetíveis a contaminações. Por outro lado, regiões mais frias, que antes não eram ideais para o cultivo de uvas, agora estão se destacando, como o Sul da Inglaterra, famoso por seus espumantes.Os próximos anos vão exigir bastante estudo e inovação: castas mais resistentes à seca, porta-enxertos alternativos, novas regiões de cultivo, reutilização de água tratada e práticas sustentáveis em todas as etapas, da vinha até a garrafa.A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) está ligada nesse movimento e criou, em 2021, um grupo de trabalho sobre Desenvolvimento Sustentável e Mudanças Climáticas para estudar a fundo o tema. Aqui estão algumas das recomendações que vêm sendo desenvolvidas:  Estratégias de adaptação do setor vitivinícola às mudanças climáticas - Resiliência;Definição e recomendações da OIV para Agroecologia no setor vitivinícola;Viticultura de montanha e encostas íngremes;Conservação da natureza e da biodiversidade no setor vitivinícola;Importância da biodiversidade microbiana no contexto de viticultura sustentável;Sustentabilidade e ecodesign na adega;Revisão de metodologias para cálculo da pegada hídrica em vinhas;Recomendações metodológicas para contabilização do balanço de gases de efeito estufa no setor vitivinícola;Viticultura em zonas áridas;Práticas biodinâmicas: identificação e aplicação na viticultura. É um trabalho enorme, e exige que a gente coloque em prática o máximo de medidas possíveis para reduzir o impacto global!Deixo uma frase para reflexão, de um grande especialista no tema:“A evidência científica é inequívoca: as mudanças climáticas são uma ameaça ao bem estar do ser humano e à saúde do planeta. Qualquer atraso em uma ação climática conjunta provocará uma perda na breve e rápida janela aberta para garantir um futuro habitável.” Hans-Otto PörtnerFernanda SpinelliSommelier Internacional FISARWSET 3 em VinhosDelegada Científica Brasileira na OIVFoto: Javier Allegue Barros | Unsplash
Vinho da China?! Sim!

Vinho da China?! Sim!

A China não fica para trás quando se fala em produção. É claro que pensando em vinhos, já dominam também a arte.Atualmente, é um importante país produtor de vinhos tintos, principalmente das castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenère, deixando um pequeno espaço para a produção de vinhos brancos e rosados. Além das variedades internacionais, a China tem as suas próprias espécies autóctones, como a V. amurensis, resistente ao frio.Entretanto, a maior parte da viticultura da China é dedicada às uvas de mesa (frescas ou passas), que geram retornos mais atrativos aos produtores do que as uvas para vinhos finos.Apesar da expansão na década de 1980, a produção de vinhos na China também vive racionalização na era das medidas “anti-extravagância” do Presidente Xi Jingping. A influência política por lá é bastante forte, todos sabemos.Quanto ao clima, devido a ampla extensão país, entre as regiões vinícolas de Heilongjiang, no nordeste, e Yunnan, no sul, as regiões podem ter climas muito diferentes. Quase todas as regiões vitivinícolas da China apresentam clima continental marcado com invernos frios e áridos.  Um fato curioso é que a maior parte das vinhas devem ser enterradas para sobreviver às baixas temperaturas do inverno, assim como às condições muito áridas. As fortes chuvas de verão também afetam a maioria das regiões vinícolas chinesas, embora em algumas regiões a precipitação total seja pequena.Entre as regiões destacam-se: Heilongjiang, Jilin, Beijing, Hebei, Shandong, Shanxi, Shaanxi, Ningxia, Xinjiang, Gansu e Yunnan. Quando pensamos em vinificação, o modelo seguido normalmente é o estilo bordalês francês, tendo tido uma boa evolução de qualidade na última década.Certamente muitos que lerão este texto nunca provaram um vinho chinês. Quem sabe eventualmente surja esta oportunidade?!Créditos imagem: Unsplash - Jennifer Chen
Vamos falar sobre variedades francesas?

Vamos falar sobre variedades francesas?

Famosas, versáteis e amplamente conhecidas, as variedades francesas fazem sucesso nos mais variados países.Na França estão fortemente associadas às suas regiões vinícolas individuais, sendo as dez principais: Tintas:Merlot: de brotação precoce e maturação média, atinge níveis mais elevados de açúcar e, portanto, mais elevados de maior potencial alcoólico. Sua baga tem maior volume que a Cabernet Sauvignon. Apresenta, em geral, uma intensidade média a pronunciada de carga frutada (morango e ameixa vermelha com sabores herbáceos em clima frio; amora cozida, ameixa-preta em clima quente), taninos médios e álcool médio a alto.Grenache Noir: de maturação tardia, precisa de clima quente para sua maturação plena. As uvas podem acumular rapidamente níveis elevados de açúcar, o que pode ser um problema em vinhos secos. Seus vinhos apresentam, em geral, coloração rubi pálida, aromas de frutas vermelhas maduras, como morango, ameixa, cereja, notas de especiarias e ervas, alto teor alcoólico, taninos baixos a médios e baixa acidez.Syrah: de brotação tardia e maturação média, seus vinhos normalmente apresentam cor rubi profunda, aromas e sabores de intensidade média a pronunciada, com destaque para violeta, ameixa (vermelha em anos e locais mais frios, preta em anos e locais mais quentes), amora, pimenta-preta e notas herbáceas. A acidez e os taninos variam de médio a alto. Cabernet Sauvignon: de brotação e maturação tardias, tem película grossa, com alto teor de taninos, e menor tamanho que a sua parceira de blends bordaleses, a Merlot. Apresenta aroma normalmente pronunciado de violetas, frutas pretas como groselha preta, cereja preta e mentol ou herbáceo, tem álcool médio, acidez e taninos altos.Cabernet Franc: de brotamento precoce e maturação média, deve ser colhida madura o suficiente para não ter aromas excessivamente herbáceos. Normalmente seus vinhos apresentam intensidade média a pronunciada de frutas vermelhas, como groselha, framboesa, floral de violetas, corpo leve a médio, taninos médios e acidez elevada.Carignan: de brotação e maturação tardias. Os vinhos normalmente têm cor rubi médio, com frutas como amora, acidez e taninos altos. Alguns exemplares premium apresentam também frutas negras intensas, com especiarias e notas terrosas.Pinot Noir: de brotação e maturação precoce, é uma varietal delicada, que amadurece bem em regiões frias. Seus vinhos normalmente entregam notas de morango, framboesa e cereja vermelha, se houver passagem por barricas, sabores leves derivados de carvalho (fumaça, cravo), taninos baixo a médio, álcool médio e acidez elevada. Podem desenvolver notas de terra, caça e cogumelos com o envelhecimento. Brancas:Ugni Blanc: a branca mais produzida na França, varietal utilizada na elaboração de brandy's, Cognac e Armagnac no sudoeste do país.Chardonnay: variedade versátil, de brotação e maturação precoce. Em climas frios, como na Borgonha, os vinhos têm notas maçã, pêra, limão e lima, corpo leve a médio e acidez elevada (ex. Chablis). Em climas moderados, os vinhos apresentam citrinos maduros, melão e frutas de caroço, corpo médio a médios (+), com acidez média (+) a alta (Côte d’Or).Sauvignon Blanc: de brotação tardia e maturação relativamente precoce, os vinhos elaborados a partir da Sauvignon Blanc apresentam tipicamente aromas de intensidade pronunciada de gramínea, pimentão e aspargos com sabores de groselha e toranja (áreas mais frias) até maracujá maduro (áreas mais quentes). Normalmente tem corpo e álcool médio e acidez alta. É claro que várias outras castas autóctones são encontradas no país, mais adiante desbravaremos esse mar de variedades.Saúde!Créditos Imagem: Unsplash (Al Emes).

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Henri Kieffer Riesling Grand Cru
21/mai

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Winzenberg 2021

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Fabian Reserva Merlot

2020

Uma nova oferta semanal, oportunidade imperdível de garantir um ótimo vinho com um custo x benefício super atraente!

Fruto da lendária safra de 2020, o Fabian Reserva Merlot foi elaborado segundo as normas da Indicação de Procedência Altos Montes.

As videiras da Vinhos Fabian são conduzidas em espaldeira, a 780 metros de altitude em Nova Pádua (RS), onde a Merlot apresenta uma maturação lenta e equilibrada.

A vinificação ficou a cargo do enólogo Giovani Fabian. Os cachos foram desengaçados, a fermentação ocorreu em temperatura controlada, com remontagens manuais. A fermentação malolática ocorreu de forma espontânea, e a descuba foi realizada por gravidade. O vinho amadureceu por 18 meses em barricas de carvalho francês e americano, seguido de mais 18 meses de afinamento em garrafa, nas caves subterrâneas climatizadas.

Vamos conhecê-lo na taça?

De aroma intenso e envolvente, marcado por frutas vermelhas maduras, como cereja e framboesa, e frutas negras, como ameixa e amora. Nuances elegantes de especiarias, toques frescos de menta, delicadas notas de chocolate, cravo-da-índia e aceto balsâmico completam o perfil aromático, conferindo complexidade e sofisticação ao vinho.

Em boca, revela boa estrutura, com taninos maduros e bem integrados, aliados a uma acidez equilibrada que traz frescor ao conjunto. Um vinho elegante, que combina potência e complexidade, com final persistente e harmonioso.

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Mas não demore, são garrafas limitadas para esta oferta!

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Henri Kieffer Riesling Grand Cru

Winzenberg 2021

Sim, amigo enófilo, estávamos devendo uma nova oferta de Riesling Grand Cru da Alsácia com preço fabuloso.

Afinal, a Alsácia é um verdadeiro paraíso para os amantes de vinhos brancos. Localizada entre os Vosges e o Rio Reno, essa região francesa combina verões quentes com invernos rigorosos, e se beneficia de um clima seco. Esse conjunto de condições, somado a um terroir consagrado e a produtores comprometidos, resulta em vinhos de altíssimo nível, além do caráter inconfundível.

Com as quatro variedades nobres — Riesling, Gewurztraminer, Muscat e Pinot Gris —, a Alsácia produz alguns dos brancos mais admirados do mundo. Por lá, elaborar vinho é quase uma devoção.

E um grande exemplo é a Henri Kieffer & Fils, uma pequena Maison familiar, que mostra como tradição e cuidado podem superar a escala de produção. Em sua alçada, estão 8 hectares de vinhas, distribuídos entre as comunas de Epfig, Dambach-la-Ville, Châtenois e Blienschwiller. Aliás, é justamente em Blienschwiller que está localizada a sede da propriedade — e também sua joia: o Grand Cru Winzenberg.

O nome "Winzenberg" tem raízes no latim vinetum, que significa "lugar de videiras", mais tarde traduzido para o alemão como Weingarten, ou "jardim de videiras". Um nome que faz jus à paisagem: uma encosta voltada para o pequeno e belo vilarejo. O solo homogêneo, com uma camada de granito próxima à superfície, confere aos Rieslings dali um perfil marcadamente floral e mineral, além de uma notável capacidade de envelhecimento.

Na degustação, pode-se comprovar a alta qualidade deste Grand Cru. Apresenta um perfil aromático preciso, com notas de maçã verde, carambola, pêssego branco e raspas de laranja, acompanhadas por flores brancas e delicadas nuances de pedra molhada.

Em boca, revela tensão e suculência, sustentadas por uma estrutura firme e um bom volume. As frutas cítricas e a maçã verde se mantêm em destaque, apoiadas por uma mineralidade marcante e bem delineada, que confere profundidade e estrutura ao conjunto. O final é longo, vibrante e de persistência elevada.

Apenas 4% dos vinhos elaborados na Alsácia são Grand Crus e hoje você tem a oportunidade de garantir um exemplar de qualidade muita alta com 34% OFF.

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