Começamos o texto de hoje com algumas afirmações sobre a Nebbiolo:
- é considerada a uva mais nobre da Itália;
- brota cedo e amadurece muito tarde, sendo unanimemente considerada pelos produtores uma variedade desafiadora de ser cultivada;
- seu nome é derivado da palavra nebbia, que significa neblina, e pode estar relacionado tanto ao pigmento esfumaçado presente em sua casca como à usual neblina que cobre as colinas no período da colheita;
- é muito exigente com solos, preferindo margas calcárias, e é extremamente sensível ao terroir, demonstrando resultados diferentes dependendo onde é cultivada.
Apesar de a Nebbiolo apresentar resultados satisfatórios em diversos locais, como no Valle d’Aosta (Donnas DOC) ou na Lombardia (na região de Valtelina), ou mesmo em improváveis lugares como México e Chile, inegavelmente ela só tem um lar – o Piemonte!
E, mesmo no Piemonte, onde é estrela em diversas denominações, como Gattinara, Lessona, Boca, Ghemme e Carema, existe um local em que ela realmente brilha: as colinas de Langhe na região de Alba!
O Langhe possui a maior concentração de vinhedos e vinícolas da Itália! A filosofia dos vinhos nesta parte do Piemonte é frequentemente comparada com a Borgonha, pois no Langhe os produtores também dão importância à vila de origem, vinhedos únicos classificados e vinhos engarrafados na origem. E, assim como na Borgonha, a produção é restrita, os vinhedos são cultivados em encostas, em pequenos lotes pertencentes a diversos proprietários. Em 2014 a UNESCO classificou a região como Patrimônio da Humanidade, oficialmente listando como “Vineyard Landscape of Piedmont: Langhe-Roero and Monferrato”.
As duas denominações mais renomadas do Langhe são as DOCGs Barolo e Barbaresco! Porém, uma das mais importantes é a Langhe DOC, uma denominação ampla que cobre toda a sub-região, incluindo o distrito de Roero e mais de 90 comunas da província de Cuneo.
Aprovada em 1994, a Langhe DOC representa uma denominação mais flexível com menos regras de produção, sendo importantíssima para as vinícolas. Produtores de Barolo e Barbaresco podem usar ela para lançar Nebbiolos de versões mais acessíveis e com menor período de amadurecimento – produtos fundamentais para a saúde financeira das empresas.
Exatamente o que temos hoje na VinumDay! Um Langhe Nebbiolo de um ótimo produtor piemontês, que produz estupendos Barolos e Barbarescos, mas que também cede espaço para vinhos mais acessíveis (nunca deixando de focar em qualidade – importante citar).
Este produtor é a Bel Colle – uma marca icônica do Piemonte que, desde a década de 1990, investe pesado em uma produção baseada nas vinhas nativas da região, produzindo tintos imponentes com Nebbiolo, Babera e Dolcetto, bem como brancos altamente sofisticados - e raros - com as variedades Arneis, Favorita e Nascetta.
Desde 2015, a Bel Colle é uma propriedade da Bosio Family Estates, sendo administrada por Luca Bosio e pelo enólogo Mario Albrito. Com a expertise de ambos, a vinícola implementou o cultivo de vinhas com métodos orgânicos e biológicos. Além disso, realiza colheitas totalmente manuais, com estrita seleção de cachos, e as fermentações ocorrem com leveduras autóctones, visando potencializar a expressão do terroir e das vinhas.
O Bel Colle Langhe Nebbiolo é um varietal que expressa a Nebbiolo no terroir piemontês de forma clara, direta e pura! Sua elaboração segue os rígidos patamares da empresa, com colheita manual, fermentação em tanques de aço inox com temperatura controlada e leveduras selecionadas, malolática espontânea completa e amadurecimento de 6 meses em inox.
Tipo
tinto
Safra
2021
Teor Alcoólico
14%
País
Itália
Região
Piemonte
SubRegião
Langhe
Vinícola
Bel Colle
Temperatura de Serviço
16º a 18 ºC
Guarda
até 2029
Decanter
15 a 30 minutos
Maturação
6 meses em tanques de aço inox
Castas
Nebbiolo
Natural
Aglomerada
Twin Top
Silicone
Screw Cap
Champagne
Vidro
Bordeaux
Borgonha
Montrachet
Riesling
Flute
Dessert
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