| Server IP : 54.94.228.101 / Your IP : 172.28.20.13 Web Server : Apache System : Linux ip-172-28-29-189 6.5.0-1014-aws #14~22.04.1-Ubuntu SMP Thu Feb 15 15:27:06 UTC 2024 x86_64 User : www-data ( 33) PHP Version : 7.2.34-43+ubuntu22.04.1+deb.sury.org+1 Disable Function : pcntl_alarm,pcntl_fork,pcntl_waitpid,pcntl_wait,pcntl_wifexited,pcntl_wifstopped,pcntl_wifsignaled,pcntl_wifcontinued,pcntl_wexitstatus,pcntl_wtermsig,pcntl_wstopsig,pcntl_signal,pcntl_signal_get_handler,pcntl_signal_dispatch,pcntl_get_last_error,pcntl_strerror,pcntl_sigprocmask,pcntl_sigwaitinfo,pcntl_sigtimedwait,pcntl_exec,pcntl_getpriority,pcntl_setpriority,pcntl_async_signals, MySQL : OFF | cURL : ON | WGET : ON | Perl : ON | Python : OFF | Sudo : ON | Pkexec : ON Directory : /var/www/html/vinumday2_0/storage/sql/ |
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INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('', '', 'Teste título', 'teste descricao<br /><br /><img src="/uploads/tinymce/camisa1.jpg" width="499" height="341" />', 'teste-titulo', '2019-06-11', NULL, NULL, NULL, 0, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('', '', 'História da vinícola Lodali', 'Foi em 1939 que Giovanni Lodali, um fazendeiro filho de fazendeiro disse: “Você precisa das melhores uvas! Porque aqui, o vinho está em todos os lugares, então se você não fizer as escolhas certas, as pessoas comprarão em outro lugar.” Quem estava ouvindo era seu pequeno filho Lorenzo. <br /><br />Tudo começou quando Treiso ainda era uma aldeia e Giovanni precisava fabricar vinhos para vender em seu restaurante, o único da pequena vila. Com o final da Segunda Guerra Mundial, ele construiu uma casa com um grande porão, bem no centro de Treiso, onde criou raízes e transformou a elaboração de vinhos em um negócio. Seu filho Lorenzo, com intenção de levar o negócio familiar adiante, se formou na escola enológica de Alba em 1955 e em 1958 ele e sua esposa Rita elaboraram seus primeiros Barolo e Barbaresco.<br /><br />Em 1982 Lorenzo faleceu e deixou sua esposa Rita com dois desafios: criar o filho Walter, uma criança na época e administrar uma empresa. Corajosamente ela continuou o projeto da família, se concentrando na qualidade e nas características típicas para produzir Barolos e Barbarescos de qualidade.<br /><br />Walter então cresceu no mundo do vinho e em 1998 foi sua vez de obter um diploma da escola de enologia de Alba. Com o conhecimento adquirido, aliado à sua experiência de vida, Walter trouxe nova vida para a vinícola, trazendo novas técnicas de cuidados e manejos dos vinhedos, renovando os equipamentos do porão e aperfeiçoando as técnicas de vinificação e produção.', 'historia-da-vinicola-lodali', '2019-06-11', NULL, NULL, NULL, 0, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('', '', 'Relato da visita à Lodali', '<span style="color: #ff0000;"><strong>VIAGEM AO CORAÇÃO DO PIEMONTE – BAROLO E BARBARESCO</strong></span><br /><br /><em>“Sábado, dia 22 de setembro de 2018, 10h30 da manhã.</em><br /><br /><em>Estacionamos os carros em frente à Igreja de Treiso. No topo de uma colina, a pequena comuna italiana da província de Cuneo brilhava no sol que prometia escaldar o dia. Parecia uma cidade fantasma... mas não era. Um de seus quase 820 habitantes nos aguardava – Walter Lodali.</em><br /><br /><em>Já nos cumprimentos sentimos que nossa recepção seria calorosa e especial. Woly, como Walter é conhecido, é uma pessoa simples e extremamente carismática, demorando apenas alguns segundos para conquistar a amizade e a confiança de todo o grupo.</em><br /><br /><em>Woly havia preparado um roteiro para o nosso dia e logo nos levou para conhecer um de seus principais vinhedos – o Rocche dei 7 Fratelli. Trata-se de um vinhedo com frente sul, de grande inclinação e de solo calcário pedregoso argilo-arenoso. A leste, bem ao seu lado encontra-se um dos principais vinhedos do famigerado Angelo Gaja. Inclusive Woly brincou e nos confessou que o pai de Angelo havia tentado comprar este vinhedo de seu pai e que Angelo faz propostas até hoje. Nas palavras do próprio Woly: “Não vendo! Não preciso vender, então porquê venderia?”.</em><br /><br /><em>Em seguida visitamos as instalações da vinícola, onde Woly nos mostrou a parte de vinificação e amadurecimento dos vinhos, onde também havia uma mesa preparada exclusivamente para nós. Antes de nos sentarmos, ele fez questão de nos mostrar sua adega particular, onde, além de possuir raridades de todo o mundo, obviamente havia uma coleção de seus próprios vinhos.</em><br /><br /><em>A degustação foi animada e bem conduzida. Como prato principal do almoço, tivemos ravióli del plin preparado pelas talentosas mãos de ninguém menos que Mamma Rita, a mãe de Woly. Além disso, Woly ainda nos fez provar uma mistura local e muito tradicional, o ravióli del plin com vinho Barbera D’Alba, servido e comido diretamente da taça. Alguns gostaram, outros nem tanto, porém a experiência foi fantástica!</em><br /><br /><em>Após o almoço Woly nos levou até o centro da comuna de Barbaresco, onde subimos sua famosa torre e podemos disfrutar de uma vista espetacular de toda a região. Ao descer, Woly aprontou das suas e nos presenteou com deliciosos gelatos alla Nocciola italianos da sua marca favorita a Pepino.</em><br /><br /><em>De volta à vinícola ele nos informou o horário do jantar. Assim pudemos voltar para o hotel que estávamos hospedados em Dogliani (cerca de 30km de Treiso) para descansarmos um pouco.</em><br /><br /><em>Então, às 20h estávamos de volta. Woly nos levou ao seu vizinho, o La Ciau del Tornavento, apenas um dos melhores restaurantes do norte da Itália, cuja adega de vinhos é uma das maiores do mundo (conta com aproximadamente 70 mil garrafas), nada mal para fechar com chave de ouro essa incrível visita que Walter Lodali nos proporcionou, não é mesmo?</em><br /><br /><em>Retornamos ao hotel extasiados! Ninguém comentou, mas certamente todos pensaram: “queria que amanhã de manhã, quando acordar, que fosse o dia de hoje”. </em><br /><br /><em>Assim resumo nossa visita na Vinícola Lodali – perfeita!"</em>', 'relato-da-visita-a-lodali', '2019-10-11', NULL, NULL, NULL, 0, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('', '', 'Fotos da visita à Lodali', '<p>- placa na região do Piemonte<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3056.JPG"></figure><p><br><br><br><br>- chegando à vinícola Lodali<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3069.JPG"></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3073.JPG"></figure><p><br><br><br><br>- visita ao vinhedo Rocche dei 7 Fratelli<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3084.JPG"></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3108.JPG"></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3116.JPG"></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3117.JPG"></figure><p><br><br><br><br>- Instalações da vinícola<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/images/noticia/IMG_3152.JPG"></figure><p><br><br><br><br>- adega e vinhos especiais de Walter Lodali<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457556-blobid1560457546215.jpg"></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457622-blobid1560457612374.jpg" alt=""></figure><p><br><br><br><br>- degustação e almoço<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457682-blobid1560457672541.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457712-blobid1560457703349.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457746-blobid1560457738512.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457769-blobid1560457756437.jpg"></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457809-blobid1560457800582.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457831-blobid1560457823803.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457866-blobid1560457858529.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457893-blobid1560457880433.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457916-blobid1560457907206.jpg" alt=""></figure><p><br><br><br><br>- turma com a <i>Mamma Rita</i><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560457950-blobid1560457943181.jpg" alt=""></figure><p><br><br><br><br>- torre de Barbaresco<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560459734-blobid1560459724057.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560460362-blobid0.jpg" alt=""></figure><p><br><br><br><br>- adega do restaurante <i>La Ciau del Tornavento</i><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560459785-blobid1560459779423.jpg" alt=""></figure><p><br><br><br><br>- Walter "Woly" Lodali<br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560459818-blobid1560459813345.jpg" alt=""></figure><p><br><br> </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/tinymce/1560459832-blobid1560459827264.jpg" alt=""></figure>', 'fotos-da-visita-a-lodali', '2019-10-11', NULL, NULL, NULL, 0, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('capa_blog-2.jpg', NULL, 'Apenas um vinho por dia...', '...mas sempre com um desconto super especial!', 'apenas-um-vinho-por-dia', '2015-12-11', '2015-12-11 13:33:01', NULL, NULL, 0, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('entendendo-de-espumantes-regionais.jpg', NULL, 'Espumante Prosecco e o conceito de vinho regional.', 'Espumante, <strong>Prosecco</strong> e <strong>Champagne</strong> não são exatamente sinônimos, como todo enófilo (estudante ou amante do vinho) já sabe. Mas para os recém-chegados ao mundo do vinho, vale a pena registrar o que é nome genérico e o que são vinhos de regiões específicas. No caso do Prosecco, a mudança que a Itália estabeleceu aos espumantes foi exatamente no dia 1 de agosto de 2009. Porém, vamos começar pelos franceses.\r\n<h3>Espumante Champagne</h3>\r\nEste é o caso daqueles produtos que se transformam em categorias. A região ao nordeste da França, conhecida como Champagne, foi certificada em 1927 como <strong><em>Appellation d\'origine contrôlée</em> (AOC)</strong>, sendo a única que produz o verdadeiro champanhe, que é um espumante produzido pelas uvas Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier. O Champagne, também chamado champanhe ou champanha, não foi o primeiro espumante, mas com certeza é o mais famoso. Falaremos mais sobre ele noutra ocasião.\r\n<h3>Todo Prosecco também é um espumante</h3>\r\nAntes de agosto de 2009, todos os espumantes feitos com a uva prosecco podiam, claro, se autodenominar espumante Prosecco. Mas com a multiplicação da oferta de vinhos feitos com esta casta de uva branca, a Itália decidiu seguir o exemplo da França em relação ao Champagne e restringiu o uso do nome Prosecco. Após patentear os métodos de produção, ficou determinado que somente os espumantes da região de <strong>Valdobbiadene</strong> e <strong>Conegliano</strong> teriam essa marca. Além disso, ficou reconhecida que a uva teve sua origem numa pequena localidade perto de Trieste, chamada <strong>Prosecco</strong>, que também foi inclusa na <strong>DOCG</strong> <em><strong>(Denominazione de Origine Controlata e Garantita)</strong></em>.\r\n\r\nO selo DOCG, ganho por estas regiões, dá aos vinhos espumantes a garantia de procedência. A uva, então, mudou de nome e passou a ser chamada de uva Glera. Portanto Champagne e Prosecco são espumantes regionais que possuem selos de indicação geográfica.\r\n<h3>Mas o que é diferente no vinho espumante?</h3>\r\nA diferença do espumante para os demais vinhos é que ele passa por duas fermentações. A primeira é a mesma que ocorre com todos os vinhos, ou seja, o açúcar da uva é transformado em álcool pela fermentação. A segunda faz com que o vinho fique efervescente e aparecem então as celebradas bolhas, que nada mais são, do que gás carbônico aprisionado dentro da garrafa.\r\n\r\nExistem dois métodos para se obter as bolhas:\r\n\r\n<strong>Método Champenoise (ou Clássico / Tradicional) </strong>– é o processo feito pelos espumantes da região de Champagne, onde a segunda fermentação ocorre dentro da própria garrafa, que passa pela <em><strong>remouage</strong></em> (giro da garrafa) e <strong><em>dégorgement</em></strong> (degola – retirada das borras da tampa temporária).\r\n\r\n<strong>Método Charmat</strong> – a segunda fermentação é obtida sob pressão em tanques de inox antes do engarrafamento. Este é o método usado no espumante Prosecco italiano.\r\n<h3>Classificações dos espumantes</h3>\r\nAs diversas classificações dos espumantes se refere as quantidades de açúcar que ele recebe. Não existe uma norma internacional, mas a legislação brasileira determina da seguinte forma:\r\n\r\nBRUT-NATURE: é aquele sem adição de açúcar.\r\n\r\nEXTRA-BRUT: Até 6g por litro\r\n\r\nBRUT: 6g a 15g por litro\r\n\r\nSECO, SEC OU DRY: 15g a 20g por litro\r\n\r\nMEIO DOCE, MEIO SECO OU DEMI-SEC : 20g a 60g por litro\r\n\r\nDOCE: mais de 60g por litro\r\n<h3>Espumantes do Brasil</h3>\r\nNosso país é relativamente jovem em relação à tradição e história europeia, mas aos poucos estamos construindo nossa reputação. O espumante em especial, produzido em solo brasileiro, ganha destaque a cada ano nos concursos e prêmios mundo afora. Os produtores investem em conhecimentos e tecnologias que vêm transformando a produção de vinhos e espumantes no Brasil.\r\n\r\nApós a Lei da Propriedade Industrial 9.279 (LPI/96) de 14 de maio de 1996, o conceito de Indicação Geográfica para a produção de vinho e espumante se tornou realidade no Brasil. O <strong><a href="http://www.inpi.gov.br/" target="_blank">INPI</a></strong> (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) foi escolhido o órgão competente para estabelecer as condições necessárias para cada registro.\r\n\r\nPortanto, o que todos os enófilos concordam é que as celebradas borbulhas na taça são necessárias em qualquer ocasião, sendo ele <strong>Prosecco</strong>, <strong>Champagne</strong> ou simplesmente um <strong>bom espumante</strong>.\r\n\r\n<img class="alignnone wp-image-80 size-full" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/01/indicações-geograficas-vinhos-espumantes-brasil.jpg" alt="indicações geográficas vinhos e espumantes brasil" width="750" height="528" />\r\n\r\n \r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>', 'espumante-prosecco-e-o-conceito-de-vinho-regional', '2016-01-11', '2016-01-11 20:21:42', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-tampa-de-rosca-screwcap-rolha.jpg', NULL, 'Vinho com tampa de rosca? Entenda o que está em jogo.', 'Torcer o nariz para vinhos com tampa de rosca (<strong><em>screw cap</em></strong>) é usual, mas injustificado. O senso comum cria e propaga conceitos (ou pré-conceitos) antes mesmo de uma análise mais aprofundada. Argumentos existem de ambos os lados, é claro, mas um bom debate sobre o assunto serve justamente para conhecer esses argumentos.\r\n<h3>Rolha de Cortiça x Tampa de Rosca: o argumento racional</h3>\r\nO uso das tampas de roscas não começou apenas porque o custo da rolha de cortiça é bem maior. Isso ajudou, mas o fato é que nos anos 70 e 80 as rolhas tiveram uma queda na sua qualidade, trazendo à tona um problema antigo: o <strong><em>bouchonée</em></strong>, ou o gosto da rolha, que é a contaminação da rolha pelo fungo <strong><em>2-4-6 Tricloroanisol</em> (TCA)</strong>.\r\n\r\nObviamente que a porcentagem de garrafas <em><strong>bouchonée</strong></em> não é tão expressiva assim, mas é considerável. Alguns pessimistas falam em até 5% de toda a produção mundial - um número difícil de se comprovar - mas o fato é que todo apreciador de vinhos eventualmente se depara com uma garrafa problemática. A procura por alternativas de vedantes para as garrafas de vinho levou ao questionamento sobre a capacidade de vedação perfeita das rolhas de cortiça.\r\n\r\nOs países do novo mundo, Nova Zelândia e Austrália, foram os pioneiros a adotarem as <strong><em>screw caps</em></strong> (ainda nos anos 90). A eficácia no vedamento das garrafas ficou comprovada e hoje mais da metade da produção dos vinhos destes países usam as tampas de rosca. Estados Unidos, Inglaterra, França e outros países europeus também vem aumentando o uso dessa tecnologia.\r\n<h3>Vinhos jovens sim, vinhos de guarda não?</h3>\r\nComo toda novidade atrai as atenções, a tampa de rosca logo ficou conhecida. Assim, era preciso que especialistas tivessem uma posição a respeito dessa mudança histórica na produção dos vinhos.\r\n\r\nPor reação natural, alguns concluíram rapidamente que as tampas de roscas eram eficientes, porém somente para os vinhos jovens. Criou-se então o mito de que para vinhos de guarda as <em><strong>screw caps</strong></em> seriam desastrosas, pois não haveria a micro-oxigenação que a rolha de cortiça permite.\r\n\r\nOs estudos continuam sendo feitos, mas já se pode afirmar que tampas de rosca também beneficiam os vinhos de guarda. Opções que permitem uma micro-oxigenação controlada já foram desenvolvidas pela empresa <strong><a href="http://www.amcor.com/productSearch/?2931=143091#page=1&" target="_blank">Stelvin</a></strong>, principal fabricante mundial de screw caps.\r\n\r\nOutro argumento, sustentado por estudiosos do assunto (como <strong><a href="http://www.winespectator.com/blogs/show/id/49622">Harvey Steiman</a></strong>, da <strong>Revista Wine Spectator</strong>), é que rolhas perfeitas são exceções e a grande variabilidade orgânica de sua composição faz com que tenhamos numa caixa de 12 garrafas, 12 vinhos diferentes entre si. Ele acrescenta: “A cortiça pode ser uma bomba-relógio no porão”. Prefere a presença do <em><strong>terroir</strong></em> e a concepção do enólogo aos riscos que envolvem a guarda de vinhos. É compreensível, já que os vinhos que tem potencial de guarda são a minoria. A maior parte está pronta para consumo em até 5 anos após a safra.\r\n<h3>Vinho com tampa de rosca: o argumento emocional</h3>\r\nAinda assim, muitos preferem as rolhas e até se negam a conhecer aquilo que foge do padrão tradicional. A rolha de cortiça é um produto excepcional e devemos muito a ela. Provavelmente sempre estará presente nas garrafas e esse não é o ponto principal. A verdade é que no mundo do vinho nada é definitivo, e a história mostra que mudar é a regra da evolução.\r\n\r\nAté mesmo as garrafas de vidro, tiveram seu período de novidade. Apesar de anteriormente conhecidas, seu uso massivo teve origem na Revolução Industrial, por volta de 1630, quando os vinhos eram lacrados com cera e arame. Já a rolha de cortiça veio depois, no século 18.\r\n\r\nUvas como <strong>Cabernet</strong> e <strong>Merlot</strong> se tornaram comuns somente 2 séculos atrás. Até o alumínio já foi precioso como o ouro – Napoleão guardava seus talheres de alumínio para ocasiões especiais. Lembramos também que antes do trabalho do grande <strong><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/%C3%89mile_Peynaud" target="_blank">Emile Peynaud</a></strong>, em meados da década de 50 do século 20, os processos de vinificação eram bem diferentes.\r\n\r\nTudo isso prova que as novidades na cultura do vinho têm como objetivo refinar nossos sentidos e nos emocionar. Dos tanques de inox à clonagem das mudas, as mudanças acontecem com o objetivo de melhorar a experiência única que é degustar um bom vinho.\r\n\r\nDevemos ficar gratos, pois nunca se produziu tantos vinhos de qualidade como nos dias atuais. O fato da garrafa ter rolha ou tampa rosca, não é maior que as histórias por trás de sua produção. As tampas de roscas são apenas mais um capítulo na história do vinho. Afinal, o sabor é o que conta. Saúde!\r\n\r\n \r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>', 'vinho-com-tampa-de-rosca-entenda-o-que-esta-em-jogo', '2016-02-01', '2016-02-01 11:58:29', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('decanter.jpg', NULL, 'Decantar ou aerar o vinho?', 'O decanter serve para duas funções diferentes, e que às vezes são confundidas. O primeiro objetivo ao decantar um vinho é simplesmente<strong> separar</strong> possíveis sólidos do líquido. O segundo é mais complexo: <strong>aerar</strong> (oxigenar) o vinho, ou como se costuma dizer, “deixar o vinho respirar”. Vamos entender cada uma delas:\r\n<h2>Decantar um vinho</h2>\r\nDecantar um vinho se trata do mesmo processo de decantação que aprendemos nas aulas de química/física. Tem por objetivo a separação dos sólidos e líquidos através das diferenças de densidade entre os dois. No caso do vinho queremos separar sedimentos naturais, cristais ou borras, que possam existir nas garrafas. Mas de onde vem esses sedimentos?\r\n\r\nNa maioria das vezes é devido ao <strong>bitartarato de potássio</strong> (subproduto na fabricação do vinho) que se cristalizou nos barris. Esse fenômeno acontece principalmente nos vinhos tintos mais antigos e que tenham valores altos de <strong>polifenóis</strong>. O tanino, por ser um polifenol, reage com o passar do tempo fazendo com que vinhos mais tânicos possam apresentar sedimentos ao longo dos anos. Por esse mesmo motivo, os vinhos brancos que possuem menos polifenóis, raramente apresentam sedimentação quando envelhecem.\r\n\r\nOs sedimentos da garrafa de vinho não fazem mal à saúde, mas podem alterar o sabor tornando-o mais adstringente. Apesar dos processos de vinificação atuais preverem formas de clarificação e filtração, que faz com que vinhos sejam mais limpos, existem aqueles que pedem maior naturalidade e são engarrafados sem filtração. Claro que essa será uma decisão técnica baseada nos objetivos do enólogo.\r\n\r\nComo dificilmente saberemos se o vinho apresentará borras, é melhor sempre ter um decanter por perto. Assim, se o vinho não tiver sedimentos, o decanter servirá para sua <strong>outra função: aerar.</strong>\r\n<h2>Aerar o vinho com o decanter</h2>\r\nVinhos e oxigênio possuem uma relação tênue. Quem já observou uma maçã cortada ao meio durante algumas horas, percebeu a atuação do oxigênio em alimentos. Podemos dizer que o <strong>vinho é um organismo vivo</strong> que fica hibernando até abrirmos a garrafa. A partir desse momento as reações do líquido com o ambiente se intensificam fazendo com que ele, o vinho, se expanda, tornando-o mais macio.\r\n\r\nCada reação será diferente e trará à tona a personalidade do vinho. Aqueles mais sensíveis podem até perder seu <strong><em>bouquet</em></strong> ou se tornarem neutros, caso a exposição seja longa. Porém, a maioria se beneficiará da aeração.\r\n\r\nDentro do decanter o álcool evapora, os taninos são reduzidos e os aromas de fruta se tornam mais evidentes. Até mesmo se houver algum excesso de madeira ele será corrigido.\r\n\r\nNotamos então que aerar o vinho significa deixá-lo em contato com mais oxigênio, e para isso usamos o decanter ou outro recipiente, desde que seja isento de odores.\r\n\r\nExiste ainda a controversa <strong>hiperdecantação </strong>ou<strong> hiperaeração</strong> usando um liquidificador. Hein?! Sim, é isso mesmo. Seus defensores se baseiam nos princípios científicos para dizer que podemos acelerar o processo de aeração dessa forma. Talvez esse assunto mereça um capítulo exclusivo aqui no blog, mas o fato é que decantar no sentido de aerar faz muito bem para todos os vinhos.\r\n\r\nVale lembrar também que tirar a rolha e deixá-lo na garrafa não vai fazer com que ele fique aerado, pois o contato com o oxigênio é pouco para que faça algum efeito. Se o decanter não estiver por perto, é melhor que ele fique na taça para oxigenar.\r\n<h2>Tempo necessário para aeração do vinho</h2>\r\nDurante todo o ciclo de produção de um vinho é necessário conhecimento empírico e científico. O mundo do vinho tem, como quase tudo que nos intriga, dois polos que nos atraem: a arte e a ciência. O tempo certo para transformar um vinho adormecido na sua melhor expressão de sabor não está escrito nos livros (nem nos blogs). O benefício da aeração é científico, mas o ponto certo - <strong><em>timing</em></strong> - é uma arte.\r\n\r\nComo cada vinho tem sua personalidade e suas possibilidades (limites), o processo de aerar vai encontrar o tempo ideal quando atingir o equilíbrio com o seu paladar. E nosso paladar é educado com a prática.\r\n\r\nPara sentir a diferença que a aeração faz, abra uma garrafa de vinho e experimente-o. Se de cara ele parece pouco expressivo, coloque-o no decanter. Após um tempo de aeração - normalmente começamos com 30 minutos - comprove o efeito. Se ele melhorou em relação ao momento que você o abriu, então estará pronto. Já foi dito que <strong>aerar significa respeitar os vinhos mais velhos e dar confiança aos mais jovens</strong>. Pode ser uma boa definição.\r\n<h2>O Decanter</h2>\r\nAs opções de modelos de decanter são muitas. Geralmente feito de vidro ou cristal, ele possui uma base maior para que haja mais contato do vinho com o oxigênio. Mas existem aqueles mais estreitos e com tampa que são usados para vinhos mais sensíveis.\r\n\r\nDentro de um país tropical, de altas temperaturas como o nosso, pode-se optar por modelos que tenham um compartimento para gelo e assim manter o vinho na temperatura ideal.\r\n\r\nDepois de usá-lo, limpe-o com muita água, nunca detergente ou outro produto químico, e deixe-o secar de cabeça para baixo. E mantenha-o fora da geladeira para não absorver aromas.\r\n<h2>Conclusão</h2>\r\nPodemos terminar dizendo que <strong>decantar e aerar são funções distintas do decanter</strong>. A decantação como separação de sólidos nem sempre será necessária, mas a aeração sim. O vinho agradece e nós saboreamos.\r\n\r\nUm brinde a todos: salute!\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>', 'decantar-ou-aerar-o-vinho', '2016-02-01', '2016-02-01 13:03:32', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinhos-ebook.jpg', NULL, 'Aprenda mais sobre vinhos', '<a href="https://www.vinumday.com.br/cadastros/ebook.php" target="_blank" rel="attachment wp-att-141"><img class="alignnone wp-image-141 size-full" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/02/vinhos-ebook.jpg" alt="Baixar e-book" width="750" height="410" /></a>', 'aprenda-mais-sobre-vinhos', '2016-01-01', '2016-01-01 17:26:38', NULL, NULL, 0, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-de-guarda.jpg', NULL, 'A guarda do vinho tem um objetivo.', 'Diferentemente dos vinhos chamados “de entrada”, que são feitos para atender a grande massa de consumidores, os vinhos de média e alta gama têm objetivos mais ambiciosos. Se os primeiros oferecem a simplicidade de “uma nota só”, os demais, através do envelhecimento, nos prometem algo diferente. Mas qual é a “música” que podemos esperar de um vinho de guarda?\r\n<h2><strong>Vinhos conversam com o tempo</strong></h2>\r\nPara quem não é músico, tocar acordes num piano não é um desafio impossível, mas um concerto inteiro de Beethoven é certamente um feito muito mais complicado! São necessárias incansáveis horas de prática diária, até que se atinja o nível técnico para executar a obra. A complexidade aumenta, assim como o quantidade de elementos envolvidos. Ou seja, é necessário <strong>tempo</strong> para maturar a habilidade do intérprete.\r\n\r\nAssim acontece com bons vinhos depois da guarda. Eles oferecem o prazer da <strong>complexidade</strong>. São aromas e sabores que se multiplicam fazendo nos perguntar de onde veio tudo isso. A palavra que resume o processo de guarda, ou envelhecimento do vinho, é <strong>transformação</strong>. O vinho literalmente se transforma. Com o tempo as dezenas de substâncias ali presentes começam a conversar entre si.\r\n\r\nDurante essa festa química as cores são alteradas e os taninos e a acidez diminuem. Os álcoois e ácidos em contato com o oxigênio formam ésteres e aldeídos. O vinho evolui, atinge seu auge e está pronto para aguçar nossos sentidos.\r\n\r\nO potencial de evolução depende de muitos fatores, e não é uma ciência exata. Mas podemos dizer que o tripé básico seja: <strong>água, álcool e compostos fenólicos (tanino).</strong>\r\n\r\nEssas características são as consequências do histórico de vida daquelas uvas, combinadas com as manipulações intencionais do enólogo. O <strong><em>terroir</em></strong> (clima e solo, em particular) interfere na formação do fruto - alterando componentes como espessura da casca, quantidade de açúcares e grau de maturação – o que se traduz na qualidade da safra. Se chover pouco, por exemplo, pode haver um aumento dos açúcares e compostos fenólicos, fazendo com que se favoreçam as condições para a guarda.\r\n\r\nEm síntese, bons vinhos sempre se beneficiarão de uma “janela de maturação”. Poderíamos dizer que eles são o resultado entre as combinações:\r\n\r\n<img class="alignnone size-full wp-image-158" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/02/terroir-carvalho-vinificação.png" alt="terroir-carvalho-vinificação" width="750" height="314" />\r\n\r\n<strong>Terroir</strong> – Termo utilizado para definir uma complexa gama de fatores que afetam a biologia da videira, tais como: clima, solo, exposição solar, altitude, condução das vinhas, etc.\r\n\r\n<strong>Carvalho</strong> – A maioria dos vinhos de guarda passa pela maturação em barris de carvalho, que acrescenta aromas e sabores. O carvalho também ajuda a suavizar os taninos pela micro-oxigenação através dos poros da madeira.\r\n\r\n<strong>Vinificação</strong> – De acordo com as características da safra, cabe ao enólogo tomar a decisão sobre os processos que terá a vinificação. Algumas etapas importantes envolvem a realização (ou não) da fermentação malolática, o tempo de maturação em carvalho, e também o tempo que o vinho deverá envelhecer em caves (depois de engarrafado).\r\n<h2><strong>A contagem da guarda para os vinhos</strong></h2>\r\nUm equívoco que muitos cometem é contar a guarda a partir do ano da safra. O correto é a contagem a partir do momento que o vinho foi disponibilizado para consumo. Isso porque vinhos de safras iguais podem ser engarrafados em anos diferentes devido aos processos de maturação na vinícola.\r\n\r\nEm muitos casos, a informação do engarrafamento pode ser encontrada no contra-rótulo, mas caso não tenha, procure a ficha técnica que todo produtor oferece ao colocar o vinho no mercado. Lá, ele projeta um tempo de guarda para sua evolução. A VinumDay disponibiliza uma estimativa de guarda para todos os vinhos anunciados, que pode ser conferida ao clicar em "saiba mais sobre este vinho", na nossa <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">homepage</a>.\r\n<h2><strong>Degustar ou beber vinho</strong></h2>\r\nA complexidade que o vinho adquire depois da maturação não servirá de nada se o nosso paladar não estiver treinado. Com a prática, a degustação aflora nossos sentidos e as <strong>análises visual, olfativa e gustativa</strong> ficam cada vez mais prazerosas. Com o passar do tempo - e algumas taças - mesmo se você estiver despretensiosamente comemorando com os amigos, seus sentidos estarão atentos a todas as características do vinho. É só brindar. Saúde!\r\n\r\n \r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>', 'a-guarda-do-vinho-tem-um-objetivo', '2016-02-16', '2016-02-16 12:18:36', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608126151-memoria-olfativa-aromas-vinhos.jpg', NULL, 'Sua memória olfativa para vinhos pode (e deve) ser treinada.', '<p>Os aromas existentes são inúmeros e muitos são difíceis de serem avaliados. Eles são gravados em nossa <strong>memória olfativa</strong> e todas as pessoas estão aptas a desenvolvê-la. Somente a prática direcionada pode aumentar a capacidade de nosso olfato, portanto não existem atalhos. Mas quais os benefícios?</p><h2><strong>Benefícios da memória olfativa</strong></h2><p>As crianças têm uma necessidade de descobrir o mundo ao redor e fazem isso com uma empolgação que dão inveja nos adultos. Para elas, o mundo existe com a finalidade de diverti-las. Quando falamos em desenvolver a memória olfativa, devemos ser como as crianças. Tem que ser divertido como as brincadeiras infantis. Mas assim como as crianças levam suas brincadeiras muito a sério, o desenvolvimento da memória olfativa deve ser encarado com dedicação e comprometimento. O maior benefício que o desenvolvimento dos sentidos nos traz é a mudança de nossa visão de mundo. Tudo fica muito mais interessante. Apesar do olfato ainda ser um mistério para a ciência, quem quiser participar do banquete de aromas precisa entender a biologia por trás da memória olfativa. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/02/sistema-olfativo.jpg" alt="sistema-olfativo-humano"></figure><h2><strong>O que é memória olfativa?</strong></h2><p>Estudos teóricos da década de 1920 sugeriam que os humanos conseguiam captar até 10.000 aromas diferentes. Seria um fraco desempenho se comparado com outros animais (como cães, que possuem um faro dezenas de vezes melhor que o nosso). Desconfiados, pesquisadores da Universidade de Rockefeller (USA) decidiram investigar através de estudos mais concretos e a surpresa foi geral. Concluíram que somos muito, mas muito mais capazes de identificar cheiros do que imaginávamos. A revista <a href="http://www.nature.com/news/human-nose-can-detect-1-trillion-odours-1.14904">Nature</a> publicou o resultado da pesquisa em 2014. O fato de possuirmos um mecanismo natural de identificação de aromas não quer dizer necessariamente que o usamos a plena capacidade. Para tal façanha, é necessário transformar um odor em dados resgatáveis, ou seja, os aromas têm que ser gravados em nossos cérebros como memória. Primeiramente, é necessário que as moléculas sejam voláteis e se desprendam no ar. Sua quantidade tem que ser suficiente para que nossas células olfativas, que ficam atrás da cavidade nasal consigam detectar. Essa informação vai para o sistema límbico, onde será gravada na memória. Cientistas acreditam que possuímos uma <strong>memória semântica</strong> e outra <strong>episódica</strong>. A memória semântica diz respeito aos significados das coisas. Aprendemos que limão é limão porque associamos desde a infância que, aquilo que vemos no formato de limão, com o cheiro de limão, tem esse nome. Já a memória episódica está relacionada com acontecimentos que vivenciamos, e isso passa a ser muito pessoal. São nossas memórias propriamente ditas. Sabe-se também que naturalmente temos uma perda da capacidade do olfato ao longo de nossas vidas. O bom é que essa perda é de menor intensidade quando se tem uma memória olfativa mais apurada, <strong>ou melhor dizendo: treinada.</strong> Assim, como os músculos e o cérebro, quanto mais exigida, melhor será nossa experiência sensorial pelo resto da vida.</p><h2><strong>Memorizando os aromas do vinho</strong></h2><p>Ao ouvir as descrições de um degustador profissional, muitos leigos se assustam com as expressões usadas. É preciso saber que a descrição de aromas e sua classificação tem como objetivo colocar uma <strong>“etiqueta”</strong> para facilitar a comunicação. Falamos de <strong>“caramelo”</strong> porque se falássemos do <strong>aldeído 2-furfural</strong> – molécula que dá o aroma de caramelo - ninguém entenderia. São as analogias com experiências comuns, as únicas formas de entendermos quais aromas o outro está sentindo. Os vinhos de maior complexidade possuem muitas notas prazerosas para o olfato, mas só serão reconhecidas se estiverem na memória do degustador. Só identificamos algo quando o conhecemos. Para um aprimoramento desse extraordinário aparelho humano precisamos praticar. No começo nem precisa ser com o vinho. Comece prestando atenção nos cheiros e odores que o cercam. Esse exercício costuma ser divertido, porém não basta. Tente visualizar uma imagem para o cheiro. Se for rosa, por exemplo, visualize-a aumentando de tamanho e tente manipulá-la mentalmente associada com seu aroma. Maior e intensa ou menor e mais sutil, etc. Quando se tratar de uma degustação, procure expressar verbalmente e se possível escreva; isso ajuda muito na memorização. Se preferir, um desses kits (de boa qualidade) com os principais aromas pode ajudar. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/02/kit-aromas-para-vinhos.jpg" alt="kit para aromas do vinho"></figure><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Desenvolver uma memória olfativa não é vital para vivermos felizes e saborearmos socialmente um vinho. Não é essa a questão. Qualquer pessoa pode colocar suas energias e paixões naquilo que preferir. Experimentar novas sensações, portanto novos rótulos de vinho, é uma forma de ampliarmos nossos sentidos. Demanda concentração, mas é divertido e enriquece nossa experiência de vida de uma forma que não tem volta. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'sua-memoria-olfativa-para-vinhos-pode-e-deve-ser-treinada', '2016-02-25', '2016-02-25 11:10:44', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('mineralidade-no-vinho.jpg', NULL, 'O mistério da mineralidade dos vinhos.', 'O assunto gera polêmica, curiosidade e debates. A subjetividade dá o tom, a ciência investiga e todos querem saber: o que é essa tal <strong>mineralidade do vinho</strong>?\r\n<h2><strong>Definição de mineralidade</strong></h2>\r\nMineral não é a mesma coisa que rocha ou pedra. As rochas são geralmente feitas de vários minerais. Geologicamente falando, mineral é um <strong>composto químico natural</strong>. Seus átomos estão organizados numa formação chamada de <strong>estrutura cristalina</strong>. Portanto, mineral está inteiramente ligado a noção de solo. Até aí tudo bem, mas como é possível sentirmos o gosto ou aroma de um mineral?\r\n\r\nA mineralidade nos vinhos ainda é um mistério por várias razões. A maioria dos degustadores a define como um aroma, mas o fato é que minerais não tem odor. Quando falamos de olfato, a linguagem na comunicação pode se tornar complexa, conforme comentamos no <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/sua-memoria-olfativa-para-vinhos-pode-e-deve-ser-treinada/" target="_blank">post sobre memória olfativa</a>.\r\n\r\nRealmente não existe um consenso entre profissionais do vinho quando o assunto é mineralidade. Algumas sensações descritas se aproximam, outras divergem.\r\n\r\nVejamos algumas ideias associadas a mineralidade:\r\n<ul>\r\n <li>Textura de giz – rocha sedimentar feita de carbonato de cálcio;</li>\r\n <li>Sílex – rocha sedimentar feita de quartzo;</li>\r\n <li>Ardósia – rocha argilosa;</li>\r\n <li>Pedra molhada;</li>\r\n <li>Concha de ostra;</li>\r\n <li>Sol quente em pedras;</li>\r\n <li>Pedra de isqueiro;</li>\r\n <li><strong>Petrichor</strong> – aroma de chuva na terra, asfalto, pedra, etc</li>\r\n</ul>\r\n<img class="alignnone wp-image-188 size-full" title="petrichor - mineralidade no vinho" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/02/petrichor-vinho.jpg" alt="petrichor-aroma-vinho" width="640" height="335" />\r\n<h2><strong>Petrichor você conhece</strong></h2>\r\nVocê se lembra daquele cheiro característico de chuva quando molha a terra seca? Então, o nome é <strong>Petrichor</strong> – palavra que vem do grego e significa <strong>Sangue dos Deuses</strong>. Foi criado pelos australianos <strong>Bear</strong> e <strong>Thomas</strong> para um artigo que fizeram para a revista <strong><em>Nature</em></strong> em 1964.\r\n\r\nEles descrevem que as algumas plantas exalam um óleo durante períodos de seca que é absorvido pela terra e algumas pedras. Durante uma chuva, esse óleo se desprende no ar, se junta ao composto químico presente no chão de nome <strong>Geosmina</strong> e produz esse cheiro. Esse é um dos conceitos de mineralidade descritos nas degustações.\r\n<h2><strong>A origem da mineralidade no vinho</strong></h2>\r\nApesar de não haver referências sobre o assunto no clássico livro de <strong>Émile Peynaud</strong>, <strong><em>“Le goût du vin”</em></strong>, foi nessa época que o termo se espalhou pelo mundo. Os críticos alegam que a ideia de mineralidade foi rapidamente aproveitada pelo marketing de produtores do velho mundo para valorizar o <strong>terroir</strong> de antigas vinícolas.\r\n\r\nO debate cresce a cada ano com novas pesquisas e estudos. Alguns apontam sua origem nos processos de vinificação e na atuação das leveduras, outros que se trata de vinhos que passaram por uma redução de oxigênio combinados com uma alta acidez. Aliás, vinhos com menos fruta e mais acidez é o único consenso entre os degustadores quando identificam a mineralidade.\r\n<h2><strong>A palavra da ciência</strong></h2>\r\nO geógrafo e professor Alex Maltman da Universidade de Aberystwyth (Reino Unido), em seu <a href="http://cadair.aber.ac.uk/dspace/handle/2160/10840" target="_blank">estudo sobre a mineralidade nos vinhos</a>, afirma que mesmo sendo muito útil como descritivo aromático, o termo não deve ser associado a geologia do vinhedo nem aos nutrientes minerais presentes nas plantas.\r\n\r\nNo vinho a porcentagem de minerais é ínfima. Potássio e cálcio podem ser encontrados, mas nem sequer chegam a 1000 partes por 1 milhão, portanto a resposta não está nessa direção.\r\n\r\nUm <a href="http://www.eventos.outlookwine.com/" target="_blank">estudo do laboratório Excell-Ibérica e da Wine Outlook</a>, em Barcelona (Espanha), se concentrou nas substâncias comuns presentes nos vinhos que apresentam mineralidade, sem querer conceituá-la. O <strong>ácido succínico</strong> chamou a atenção, mas a probabilidade maior é que a mineralidade seja uma combinação de várias substâncias, e não uma em particular.\r\n\r\n<a href="http://www.eventos.outlookwine.com/" target="_blank"><img class="wp-image-196 aligncenter" title="estudo científico mineralidade dos vinhos" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/02/estudo-cientifico-mineralidade-vinhos.jpg" alt="estudo sobre mineralidade" width="400" height="568" /></a>\r\n<h2><strong>Com ou sem mineralidade</strong></h2>\r\nSabemos que o vinho desperta grandes paixões e nos intriga quanto mais o conhecemos. Talvez por isso, ele não deva ser reduzido à <strong>obsessão técnica</strong>. Além de toda nossa curiosidade, o mais importante é o <strong>sentir o vinho</strong>, com ou sem mineralidade.\r\n\r\n \r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'o-misterio-da-mineralidade-dos-vinhos', '2016-03-01', '2016-03-01 17:47:07', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608126061-bons-vinhos-estresse-hidrico-videira.jpg', NULL, 'Bons vinhos nascem do estresse.', '<p>A palavra equilíbrio frequentemente está presente na descrição de bons vinhos. Nada em excesso e nada faltando. Mas o equilíbrio alcançado no vinho tem um preço para a videira. É preciso um pequeno e controlado estresse. Vamos entender:</p><h2><strong>Vinhos e videiras são criações humanas</strong></h2><p>Na natureza, uma videira - que é uma planta trepadeira - tende a crescer e espalhar novos brotos. Em condições favoráveis de nutrientes, água e calor, ela vai procurar a expansão vegetativa e, normalmente, não dará muitos frutos. Seu instinto vai entender que naquele lugar, tudo está perfeito para sua morada e não há motivos para se preocupar com a sobrevivência. É o contrário do que acontece com o cultivo da videira para produção de vinhos. Ela é submetida a uma situação na qual terá que <strong>“lutar”</strong> um pouco mais, sem confortos demasiados. Isso não é natural, obviamente, assim como toda a agricultura do ser humano. Na natureza todos os seres vivos interferem e se relacionam de alguma forma com seu meio. Fazendo uma analogia com uma pessoa que tenha todo o conforto possível, as chances dela não se esforçar e desenvolver novas habilidades é grande. Mas quando existem necessidade e urgência, aparecem a energia e inteligência para desbravar novos caminhos. Com as videiras também funciona assim. Vinhos bons são feitos com vinhas que passaram por algum <strong>estresse hídrico</strong> e – importante dizer – controlado! O objetivo é diminuir o seu vigor natural e não incentivar a produção de novos brotos e raízes superficiais. Um crescimento vigoroso faz com que as uvas aumentem de tamanho e diminuam as características químicas desejadas para a produção de um bom vinho. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/02/Illustrations-by-Jason-Holley-dry-wine-opener-765x1024.jpg" alt="estresse hidrico na videira"></figure><p><i>Ilustração por Jason Holley</i></p><ol><li><i>A fotossíntese produzida pelas folhas é transformada em sacarose.</i></li><li><i>A água então, transporta a sacarose por toda a planta.</i></li><li><i>Aos poucos esse tipo de açúcar se transforma em glicose, e em seguida, em frutose, que são os açucares passíveis de fermentação. O açúcar é muito importante porque é através dele que as leveduras produzirão o álcool.</i></li></ol><h2><strong>O estresse hídrico</strong></h2><p>Toda videira precisa de água, mas em <i><strong>Bordeaux</strong></i> e alguns locais na <i><strong>Toscana</strong></i>, ela (água) precisa vir naturalmente pela chuva. A irrigação é proibida por lei para vinhas antigas, a não ser em casos extremos. Para os europeus é uma forma de manter o <strong>terroir</strong>. Em outros países não existem regras tão rígidas, em parte porque a produção de vinhos nesses lugares só será possível se os vinhedos forem regularmente irrigados. Portanto a gestão do estresse é fundamental. Em síntese, o estresse hídrico significa que o nível de água ficou abaixo de um ideal de sobrevivência para a planta. Isso é importante porque ela responde desenvolvendo raízes mais profundas para buscar água. Com isso, produzirá menos folhas e se concentrará em <strong>se reproduzir </strong>(o que, no caso de um vegetal, significa <strong>produzir frutos</strong>). Essa situação, aliada com o calor do sol, trará um aumento de açúcar, antocianinas e compostos fenólicos na uva. O cuidado é grande em busca de um equilíbrio ideal porque se a temperatura do clima for muito alta, e houver pouca água, a planta simplesmente <strong>“desliga”</strong> a fabricação dos frutos e tudo se perde. O enólogo acompanha todo o processo, medindo a umidade do solo, para que quando a maturação estiver equilibrada, a colheita possa começar.</p><h2><strong>Fases da </strong>maturação nas uvas</h2><ul><li><strong>Maturação Fenólica -</strong> É a <strong>quantidade e qualidade </strong>dos polifenóis presentes. Com um estresse controlado de água há o aumento dos compostos fenólicos.</li><li><strong>Maturação Aromática</strong> – Grande parte dos compostos aromáticos estão na pele das uvas. O estresse hídrico e o aumento da temperatura na planta ajudam a enriquecer os aromas.</li><li><strong>Maturação Enológica/Tecnológica</strong> – é o momento ideal para a colheita, onde as uvas apresentarão uma estabilidade dos açúcares e acidez. Esse equilíbrio é desejável na produção de bons vinhos.</li></ul><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Se fizermos um paralelo com a vida humana, talvez não existam grandes recompensas se não houverem esforços. Sair da zona de conforto é a forma de produzir <strong>bons frutos</strong>. Para as videiras é o estresse hídrico, na intensidade e no tempo certo, que dará ao enólogo os recursos ideais para produzir <strong>bons vinhos</strong>. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'bons-vinhos-nascem-do-estresse', '2016-03-10', '2016-03-10 12:21:29', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1605208373-fermentacao-malolatica-no-vinho.jpg', NULL, 'A fermentação malolática na transformação do vinho.', 'O nascimento dos sabores e aromas do vinho é o resultado de um duelo entre dezenas de substâncias químicas. E boa parte dos segredos aromáticos que gostamos tanto, se formam durante a <strong>fermentação malolática</strong>.\r\n<h2><strong>A descoberta e o domínio da <em>Oenococcus oeni</em></strong></h2>\r\nUma breve história para que você entenda que estamos numa época privilegiada. Enólogos antigos já conheciam a ação dos ácidos das uvas durante a fermentação do vinho. Sabiam que um desses ácidos, o chamado <strong>ácido málico</strong>, perdia sua força com o tempo deixando o vinho mais macio. Mas ninguém sabia qual era a causa.\r\n\r\nFoi somente em <strong>1891</strong> que um enólogo suíço, <strong><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Hermann_M%C3%BCller_(Thurgau)" target="_blank">Hermann Müller</a></strong>, propôs a teoria de que a transformação de um ácido forte, como o málico, em <strong>ácido lático</strong> ocorria devido a ação de bactérias presentes na fermentação do mosto da uva.\r\n\r\n<div id="attachment_237" align="aligncenter" width="250"><img class="wp-image-237" title="enólogo-hermann-müller-1850-1927" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/03/enólogo-hermann-müller-1850-1927.jpg" alt="enólogo-hermann-müller-1850-1927" width="250" height="362" /> O enólogo suíço Hermann-Müller foi o primeiro a suspeitar das bactérias láticas.</div>\r\n\r\nEm <strong>1930</strong> o conhecimento sobre essas bactérias ainda era especulativo, mas o enólogo francês <strong>Jean Ribéreau-Gayon</strong> já defendia seus benefícios. Os avanços científicos sobre a química da fermentação malolática ocorreu mesmo a partir de <strong>1950</strong>. E somente na década de <strong>1980</strong> começa a comercialização e o uso das bactérias láticas em diversos alimentos e bebidas com o intuito de adicionar mais aromas e sabores.\r\n\r\nNo caso do vinho, existe um tipo de bactéria lática em especial que se adapta muito bem: a <strong><em><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Oenococcus_oeni" target="_blank">Oenococcus oeni</a></em></strong>. Ela é a mais usada, porque além de transformar o ácido málico em lático, atua nos açúcares liberando aromas. Com isso, o principal objetivo dos enólogos em compreender e dominar essa técnica é a possibilidade de <strong>desconstruir e reconstruir aromas do vinho</strong>.\r\n<h2><strong>Definição da fermentação malolática</strong></h2>\r\n<div id="attachment_242" align="aligncenter" width="600"><img class="wp-image-242" title="fermentação-bacterias-laticas-no-vinho" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/03/fermentação-bacterias-laticas-no-vinho.jpg" alt="fermentação-bacterias-laticas-no-vinho" width="600" height="377" /> A reação durante a transformação do ácido málico em lático libera aromas complexos.</div>\r\n\r\nBasicamente a fermentação malolática é a transformação do <strong>ácido málico</strong> presente nas uvas em <strong>ácido lático</strong>. Ela é muito usada na vinificação moderna e significa a adição das bactérias láticas sob um rigoroso controle e gerenciamento.\r\n\r\nÉ chamada de <strong>segunda fermentação</strong> pois a primeira é a fermentação alcoólica, onde os açúcares das frutas são transformados em álcool pela levedura <strong><em>Saccharomyces cerevisiae</em></strong>.\r\n\r\nAlém de transformar o ácido málico, a fermentação malolática libera gás carbônico, ácido acético, diacetil e vários ésteres. Essas substâncias todas darão maciez, novos aromas e complexidade ao produto, portanto para alcançar um bom resultado é necessário muito cuidado, já que o processo interfere na composição do vinho.\r\n\r\n<strong>Ácido Málico</strong> – está presente em intensidades diferentes nas frutas, inclusive na uva. A maçã verde é o melhor exemplo da força desse ácido.\r\n\r\n<strong>Ácido Lático (ou Láctico)</strong> – presente principalmente nos laticínios, mas também no suco da carne, músculos de animais e algumas plantas. É considerado um ácido suave e ajuda a dar a sensação de “corpo no vinho”.\r\n\r\n<strong>Diacetil</strong> - é o principal composto orgânico liberado durante o processo da fermentação malolática. Ele é responsável pelo <strong>gosto amanteigado</strong> não só no vinho mais em diversos alimentos industrializados que apresentam aromas de manteiga.\r\n<h2><strong>Das fermentações às taças</strong></h2>\r\nNada é fácil na concepção e produção de bons vinhos. As variáveis são tantas que o mais experiente enólogo concordaria: o que funciona aqui e agora, pode não funcionar amanhã e noutro lugar. Essa dificuldade se traduz em um trabalho quase artesanal por parte da vinícola, com muitas análises envolvidas. A experiência e o conhecimento tácito (aquele que não está nos livros) em saber lidar com as variáveis presentes - durante as fermentações alcoólicas e maloláticas - terão como consequência a exuberância que tanto esperamos dentro de nossas taças.\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'a-fermentacao-malolatica-na-transformacao-do-vinho', '2016-03-15', '2016-03-15 18:26:54', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125995-vinhos-online-duvidas.jpg', NULL, 'As opções de vinhos online que desafiam a escolha.', '<p>O <a href="https://fr.wikipedia.org/wiki/Jugement_de_Paris_(vin)">Julgamento de Paris</a> de 1976 foi um divisor de águas no mundo dos vinhos. Após a famosa degustação às cegas na qual os americanos ganharam as maiores pontuações, abriram-se novas possibilidades para a produção de vinhos de alta qualidade nos Estados Unidos e no restante do Novo Mundo. Mas o acesso ao consumo destes vinhos ainda era restrito. Então, em meados dos anos 90 a internet invadiu o mundo, e desde então as lojas de vinhos online vêm derrubando barreiras. <div id="attachment_254" align="aligncenter" width="700"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/03/pesquisa-busca-vinhos-google.jpg" alt="pesquisa-busca-vinhos-google"></figure><p> Gráfico do Google mostrando o interesse pela palavra "vinho".</div></p><h2><strong>Produção de vinho fora da Europa</strong></h2><p>A primeira revolução - ainda em curso - foi mostrar que bons vinhos podiam ser produzidos fora dos tradicionais países europeus, como França, Itália e Espanha. Para que isso acontecesse, a globalização teve um importante papel quando possibilitou o intercâmbio de conhecimentos entre os enólogos e novas tecnologias para os produtores de vinho. A redescoberta de antigas vinícolas no leste europeu (Bulgária, Romênia, Croácia, etc...), juntamente com o nascimento da produção do novo mundo em países como Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Chile e África do Sul nos trouxeram novas experiências enológicas, como se pudéssemos dar a volta ao mundo apenas trocando a taça.</p><h2><strong>A revolução da internet no consumo</strong></h2><p>Os americanos são os maiores consumidores mundiais, registrando um consumo crescente ano a ano. Segundo o <strong>Wine Institute,</strong> o <a href="http://www.wineinstitute.org/resources/statistics/article86">consumo americano triplicou</a> desde o <strong>Julgamento de Paris</strong> até 2014. Veja o <a href="http://www.wineinstitute.org/files/World_Per_Capita_Wine_Consumption_Revised_Nov_2015.pdf">relatório completo</a> do consumo per capita por país. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/03/consumo-producao-vinhos-mundo.jpg" alt="consumo-producao-vinhos-mundo"></figure><p>O consumo de vinhos de gama mais elevada, que aumentava em grande parte pelas confrarias que surgiram até a década de 90, recebeu um impulso enorme quando a internet trouxe o comércio eletrônico e principalmente a <strong>informação</strong>. No caso do vinho, o consumidor mais exigente costuma ser um apaixonado. E quanto mais ele experimenta, mais ele espera das lojas que oferecem o produto, tanto físicas como eletrônicas (<i><strong>e-commerce</strong></i>). Graças à revolução da internet, muitos enófilos, mesmo morando longe dos grandes centros urbanos, podem ter acesso a produtos mais <strong>seletivos</strong> e <strong>raros</strong>. Porém, quando tantas opções surgem em nossa frente, vem à tona o <strong>dilema da decisão</strong>.</p><h2><strong>A escolha de vinhos online</strong></h2><p>Nós, humanos, ficamos meio perdidos quando nos deparamos com um volume grande de opções. É como se nosso cérebro virasse um jogo de <i><strong>ping-pong</strong></i>. Como encarar regiões menos tradicionais e <strong>terroirs</strong> desconhecidos? Castas incomuns e <i><strong>assemblages</strong></i> inesperados? Vamos fazer uma analogia: um veículo de comunicação, que trabalha com vários assuntos relevantes e de interesse da sociedade, num dado momento precisará filtrá-los e selecioná-los antes de informar. O chefe de redação atua fazendo uma curadoria das notícias que estejam de acordo com seu público. Espera-se dele um compromisso e conhecimento sobre o que pode e deve ser divulgado. Com o acesso aos vinhos online acontece algo parecido, pois são inúmeros os rótulos disponíveis no mercado nacional. Presta-se um bom serviço aos consumidores quando se faz uma <strong>seleção criteriosa</strong> dos produtos, que devem envolver obrigatoriamente uma análise sensorial do vinho oferecido. Desconfie de vendedores que trabalham na base do "CTRL+C, CTRL+V" a partir das fichas técnicas da vinícola, pois o vinho muda com o passar do tempo. Portanto, nossa dica é: encontre um <strong>bom filtro de escolha. </strong>Ou seja, profissionais e empresas que tenham especial atenção com a qualidade e a <strong>prática degustativa</strong>. Afinal o tempo nos leva a desenvolver nossas preferências, mas o caminho fica mais rápido quando percorremos juntos. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'as-opcoes-de-vinhos-online-que-desafiam-a-escolha', '2016-03-22', '2016-03-22 16:57:09', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125980-barril-de-carvalho.jpg', NULL, 'O porquê do barril de carvalho na produção de vinhos.', '<p>O vinho envelhecido em barril de carvalho, seja francês ou americano, adquire aromas e sabores geralmente muito apreciados pelos enófilos. Essa simbiose que ocorre no contato com a madeira, tem sua maior expressão com a árvore cientificamente chamada de <i><strong>Quercus</strong></i> - o conhecido carvalho.</p><h2><strong>Carvalho francês e carvalho americano</strong></h2><p><div id="attachment_274" align="alignnone" width="750"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/03/carvalho-frances-carvalho-americano.jpg" alt="carvalho-frances-carvalho-americano"></figure><p> Carvalho francês e carvalho americano</div> Antes de nascer um vinho, a vinícola define seus objetivos em relação ao produto que se quer elaborar. Leva-se em conta as videiras disponíveis e o público consumidor. E a resposta nem sempre terá, em seu processo, a maturação em madeira. Os benefícios mais evidentes do uso da madeira ocorrem nos vinhos tintos, que ganham em <strong>aromas não frutados</strong>. Têm também seus taninos amaciados, ao mesmo tempo que recebem a adição de mais taninos presentes nas árvores. Para esse fim, o tipo de árvore carvalho, é a preferida pelas vinícolas e enólogos. Possui características físicas flexíveis para a confecção do barril e uma granulação especial, muito apertada e pouco porosa. Originária de clima temperado para frio, esse tipo de árvore é resistente a muitos insetos e fungos. Seu crescimento lento – que chega no auge aos 150 anos de idade – se reflete num ciclo longo para a produção dos barris (e consequentemente um alto custo para as vinícolas). Os maiores produtores são a França e os Estados Unidos, mas ultimamente países do leste europeu como Hungria, Eslovênia, Romênia - e mesmo a Rússia - vem ganhando mercado. O barril de carvalho francês é feito com o tipo <i><strong>quercus robur</strong></i> e <i><strong>quercus petraea</strong></i>, que possui mais taninos que o americano, e por consequência é excelente para vinhos de longa maturação. Já o tipo americano costuma ser o <i><strong>quercus alba</strong></i> e contribui com notas mais doces e um aroma de baunilha mais evidente. A relação do carvalho e vinho é tão reverenciada que na França existe até um concurso, <a href="http://www.alliances-du-monde.com/">Alliance du Monde</a>, dedicado somente a vinhos produzidos com barris de carvalho.</p><h2><strong>As substâncias do carvalho</strong></h2><p>O barril de carvalho pode ser usado durante a fermentação do mosto de uva, mas o mais comum é seu uso após esse processo, no <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/a-guarda-do-vinho-tem-um-objetivo/">envelhecimento do vinho</a>. A microoxigenação através dos poros da madeira é apenas um dos motivos do uso de barris, afinal é possível obtê-la também em tanques de inox. A verdadeira contribuição são <strong>os aromas presentes no carvalho</strong>, que, em contato com o vinho, reage com o líquido, transformando-o. As substâncias principais responsáveis por isso são: </p><ul><li><strong>Vanilina</strong> – é um composto fenólico que dá o aroma de baunilha.</li><li><strong>Eugenol e Isoeugenol</strong> – compostos aromáticos de notas de cravo, canela, noz-moscada e especiarias.</li><li><strong>Furfural e 5-Methylfurfural</strong> – compostos orgânicos de notas aromáticas de amêndoa, caramelo e adocicados.</li><li><strong>Guaiacol e 4-Methulguaiacol</strong> – substância oleosa presente na fumaça da madeira. Dá ao vinho notas de fumo devido a tosta do barril.</li></ul><h2><strong>Carvalho no vinho e não vinho no carvalho</strong></h2><p><div id="attachment_276" align="alignnone" width="640"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/03/lascas-carvalho-vinho.jpg" alt="lascas-carvalho-vinho"></figure><p> Lascas de carvalho são usadas para dar aromas na produção de vinho.</div> Com o aumento do <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/as-opcoes-de-vinhos-online-que-desafiam-a-escolha/">consumo mundial</a>, a demanda por barris de carvalho cresce e os preços sobem. As alternativas aos barris vêm sendo propostas nos últimos 25 anos e, como não podia de diferente, geram polêmica. Uma delas tem o seguinte raciocínio: se a área da madeira do barril em contato com o vinho é somente nas extremidades, porque não agilizar o processo adicionando <strong>lascas de carvalho tostadas</strong> no líquido? Haverá maior contato da madeira e os custos das lascas são muito menores. Bem, esse debate ainda está sendo feito, mas o seu uso foi <a href="http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=celex%3A32005R2165">aprovado em 2005</a> pela União Européia, desde que devidamente descrito no rótulo. Em 2011 um <a href="http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jsfa.4269/abstract">estudo espanhol</a>, liderado pela pesquisadora Silvia Pérez-Magariño concluiu que não foram percebidas diferenças gustativas e olfativas entre vinhos produzidos em barris de carvalho ou com lascas de carvalho nos tanques de inox. Mas ao serem questionadas como aceitavam essas novas formas de produção de vinhos, a maioria foi negativamente categórica. Além da polêmica das lascas, o fato é que a madeira trabalha como um tempero para os vinhos. Se ele foi produzido em barril de carvalho ou não, depende de várias escolhas do enólogo. Nosso papel, como apaixonados enófilos, é provar e descobrir se acertaram! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'o-porque-do-barril-de-carvalho-na-producao-de-vinhos', '2016-03-29', '2016-03-29 16:33:10', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125963-definicao-terroir-dos-vinhos.jpg', NULL, 'Terroir dos vinhos: uma definição abrangente.', '<p>O <strong>terroir</strong> dos vinhos é uma palavra de uso frequente e às vezes confundida. A simplificação do termo para fins didáticos, trata-o apenas como uma questão geográfica e climática. Mas um ponto essencial para entendermos o que é <strong>terroir</strong> é a interação humana com os recursos naturais. Vejamos:</p><h2><strong>Conceito de terroir</strong></h2><p>A palavra <strong>terroir</strong> deriva da palavra em latim <i><strong>terratorium</strong></i> que significa território, porém seu sentido tem uma abrangência mais abstrata e menos óbvia. O conceito é a soma da interação das pessoas de determinado local e suas tradições com o território propriamente dito. Sendo importante destacar que esse território precisa ter homogeneidade em relação aos fatores climáticos e geológicos. No caso do vinho, para se denominar um terroir, é necessário que as videiras estejam numa mesma região, e que seu cultivo, somado às técnicas de vinificação, tenham uma identidade – o que os franceses chamam de <strong>savoir-faire</strong>, ou saber-fazer local. Portanto o terroir do vinho defende dois pontos principais: a presença das qualidades físicas e únicas da região, e outra de caráter cultural, que é a forma tradicional de sua produção. Os tintos da <strong>Borgonha</strong> não são únicos somente pelo cultivo da uva <strong>Pinot Noir</strong>, mas sim porque a Pinot Noir crescida lá, combinadas com a forma que eles a tratam durante a vinificação, gera um vinho único daquela região. O mesmo acontece com um <strong>Chianti</strong>, por exemplo. Não basta plantar videiras de <strong>Sangiovese </strong>na Toscana para produzir um vinho deste terroir. É necessário que todos os processos tradicionais da região sejam respeitados, para que o vinho expresse efetivamente a identidade local. Isso implica, em muitos casos, a criação de <strong>denominações de origem</strong>, que trazem regras específicas para a produção de vinhos que "ostentem" no rótulo o seu terroir. Muitas regiões mundiais também estão seguindo nessa direção, como a Hungria, com seu tradicional vinho <strong>Tokaji</strong> (ou <strong>Tokay</strong>). Para preservar essas identidades são criadas regras regionais que acabam gerando bastante polêmica, devido ao uso comercial dos nomes fora das regiões demarcadas. Essa filosofia é defendida – muitas vezes de forma feroz - na Europa e por países com tradição na vinícola, mas ecoa em outros cantos do mundo. Em 2010 a <a href="http://www.oiv.int/en/international-organisation-vine-and-wine">OIV – Organização Internacional do Vinho</a> - descreveu formalmente sua definição de terroir da seguinte forma: <i>“Terroir é um conceito que se refere a uma área territorial na qual o conhecimento humano e coletivo das interações entre o ambiente físico e biológico, somados às práticas enológicas aplicadas, proporcionam características específicas para os produtos originários desta área."</i></p><h2><strong>Fatores que influenciam o terroir</strong></h2><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/03/terroir-solo-clima-terreno-tradicao.jpg" alt="terroir-solo-clima-terreno-tradicao"></figure><p><strong>Solo</strong> – a quantidade de armazenamento da água da chuva pelo solo é um dos fatores mais importantes a ser considerado, porque interfere de forma decisiva na reação da videira. Também serão consideradas a composição natural, a proporção de argila, areia ou lodo, a fertilidade, a drenagem e a capacidade de reter calor. <strong>Clima</strong> – o clima afeta bastante uma videira, porque o calor e o frio alteram os açúcares e acidez da uva. </p><ul><li><strong>Microclima</strong> – são pequenas regiões isoladas (1 ou 2 km) com características climáticas próprias dentro de uma área maior. Essa diferença geralmente é causada por barreiras como florestas, montanhas, rios, etc.</li><li><strong>Macroclima</strong> – é um valor médio das condições climáticas de grandes áreas.</li></ul><p><strong>Terreno</strong> – é definido pelas paisagens geográficas como planaltos, rios, encostas, altitude, inclinação do terreno, etc. Essa variação do terreno produz situações diversas alterando a flora e os níveis de umidade. <strong>Tradição</strong> – a cultura e costumes locais são reveladas nas técnicas e decisões dos produtores, que se mantêm fiéis às gerações passadas. Esse fator humano influencia desde o cuidado com as videiras, até as etapas finais da vinificação e da maturação do vinho. Tudo isso combinado vai formar o <strong>terroir.</strong> De modo que mesmo trabalhando com castas de uvas iguais e técnicas idênticas, não será possível obter o mesmo vinho em outra região, senão a sua de origem. Isso tem todo o sentido quando olhamos para as muitas variáveis envolvidas na fabricação de um vinho. Alguns especialistas defendem, por exemplo, que as leveduras selvagens, ou seja, nativas e não cultivadas em laboratório, usadas na fermentação alcoólica, fazem parte do verdadeiro terroir. Outros discordam. O debate continua também quando o assunto é o <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/o-porque-do-barril-de-carvalho-na-producao-de-vinhos/"><strong>barril de carvalho</strong></a>. O quanto ele contribui na identidade do vinho, ou o quanto ele o afasta de sua origem ao modificar os aromas.</p><h2><strong>Ação Humana</strong></h2><p>As decisões do enólogo na produção de vinhos são fundamentais porque elas podem, através dos processos escolhidos, tanto “<i>apagar</i>” o terroir em busca de algo novo ou direcionar a produção com o objetivo de expressá-lo ainda mais. Essas decisões começam com a escolha da casta, o momento do cultivo, o <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/bons-vinhos-nascem-do-estresse/"><strong>estresse hídrico</strong></a> necessário e posteriormente a colheita durante a maturação da uva. Adiante outros fatores entram em cena como a prensagem, o tempo de maceração, assim como os estabilizadores e clarificadores usados. A moderna ideia de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Viticultura_de_precis%C3%A3o">viticultura de precisão</a>, onde a gestão do vinhedo é tratada em pequenos lotes considerando a variabilidade local, procura exatamente expressar o máximo do terroir baseado em seus microclimas. Para isso os frutos são separados por graus de açúcares e acidez e processados separadamente, buscando a homogeneidade.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Há quem critique as definições de terroir defendidas pelos tradicionais europeus, acusando-os do uso apenas marqueteiro do termo. Mas num mundo globalizado, as diferenças são inevitáveis. O fato é que a maioria dos amantes do vinho gostam mais das diferenças possíveis entre os bons vinhos, e seu <strong>terroir</strong>, do que aquilo que eles possam ter em comum. Para um vinho, ter uma identidade única e que seja desejada pelos consumidores, é o reconhecimento de um trabalho bem feito. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'terroir-dos-vinhos-uma-definicao-abrangente', '2016-04-05', '2016-04-05 16:00:29', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125847-aromas-do-vinho.jpg', NULL, 'Os aromas do vinho: primário, secundário e bouquet.', '<p><i>"O <strong>bouquet</strong> desse vinho é espetacular!" a</i>lguém comenta. Outro responde: “<i>Ah, claro, você fala dos <strong>aromas do vinho</strong>.” </i>Realmente o <i><strong>bouquet</strong></i> (ou buquê) é composto dos aromas presentes no vinho, e é também chamado de <strong>aroma</strong> <strong>terciário</strong>. Isso porque existem outros dois tipos: <strong>aromas</strong> <strong>primários</strong> e <strong>secundários.</strong></p><h2><strong>Classificação dos aromas do vinho</strong></h2><p>A classificação dos tipos de aromas do vinho em primários, secundários e terciários ajuda muito na comunicação sobre o que estamos sentindo. Muito do prazer de tomar um bom vinho está em se deliciar com seus aromas. Tentar identificá-los é mergulhar no oceano de nossa memória olfativa. Geneticamente somos diferentes e algumas pessoas possuem maior sensibilidade para alguns aromas específicos. Apesar disso, os aromas do vinho são acessíveis a todos, desde que treinem suas sensibilidades. Veja como reagimos aos aromas: </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/como-sentimos-aromas-vinho.png" alt="como-sentimos-aromas-vinho"></figure><p>Existem ainda muitos mistérios sobre como os aromas se comportam num vinho e nem sempre podemos seguir ao pé da letra a classificação. Por exemplo, o aroma de rosas pode ter origem nas moléculas primárias da planta, mas ganha evidência somente depois da fermentação alcoólica (<strong>aroma secundário</strong>).</p><h2><strong>Aromas primários</strong></h2><p>Cada tipo de uva possui compostos aromáticos em diferentes graus e sua interação com o ambiente faz surgirem outros. Portanto os aromas primários do vinho têm sua origem na vinicultura, ou seja, na forma que a videira foi cultivada. Esses são os aromas primários. E como as uvas são frutas, é comum descrever os aromas primários como frutados e florais. Ex: amora, limão, ameixa, damasco.</p><h2><strong>Aromas secundários</strong></h2><p>Os aromas que aparecem durante os processos da primeira e segunda fermentação (alcoólica e <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/a-fermentacao-malolatica-na-transformacao-do-vinho/">malolática</a>) são chamados de secundários. Essas notas - que vêm da atuação das leveduras e do tempo de maceração da uva - são mais sutis, como aromas de coco, manteiga, trufa ou cogumelo.</p><h2><strong>Aromas terciários ou bouquet do vinho</strong></h2><p>O caminho dos aromas segue, após as fermentações, para o envelhecimento em barril de carvalho, tanques de aço inox ou mesmo concreto, e depois para o engarrafamento. Durante o descanso em barril ocorre a microxigenação e a troca de compostos químicos do carvalho com o vinho, que adquire novos aromas. De forma mais lenta, esse processo continua depois do engarrafamento e nesse ambiente reduzido de oxigênio, o vinho evolui trazendo aromas únicos. São notas aromáticas complexas que ficam “<strong>fechadas</strong>” até uma boa alma abrir o vinho. Um pequeno giro de taça e os <strong>ésteres</strong> e <strong>aldeídos</strong> – resultados das reações químicas da maturação – reagem com o ar. Aqueles aromas começam a se desprender, e se abrem. São notas de couro, balsâmico, tabaco, nozes, etc. Por isso chamamos de <i><strong>bouquet</strong></i> do vinho, ou aromas terciários. Esses aromas, portanto, só estarão presentes em vinhos que passaram por um envelhecimento (e dificilmente serão encontrados em vinhos jovens, que se mostrarão mais frutados e florais).</p><h2><strong>Falhas aromáticas</strong></h2><p>As falhas nos aromas de um vinho podem ser óbvias, como o <i><strong>bouchonée</strong></i> (gosto de rolha), que causa um odor desagradável. Também pode ser causada pela falta de oxigênio – redução – que faz aparecer um odor de enxofre ou borracha queimada. No entanto, existem situações mais polêmicas como o <strong>brett,</strong> causado pela levedura <i><strong>brettanomyces,</strong></i> que resulta em aromas de muitas vezes descritos como "estrebaria, curral, bacon". Apesar de muitas pessoas considerarem este aroma uma qualidade, seu excesso significa uma falha no vinho porque encobre outros aromas. Portanto, vinhos bons são aqueles equilibrados em suas características gustativas e aromáticas.</p><h2><strong>Roda de Aromas do vinho</strong></h2><p>Para facilitar a comunicação sobre aromas, já que esse tema tem muito de subjetividade, a pesquisadora <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Ann_C._Noble">química Ann C. Noble</a> desenvolveu a <a href="http://winearomawheel.com/">Roda dos Aromas do Vinho</a>. Seu propósito é fazer uma classificação dos aromas de forma mais objetiva possível. Para usá-lo, você deve identificar o aroma do sentido geral para o específico. Ex: primeiro notamos as notas de frutas, depois, se essas notas são de frutas tropicais, vermelhas ou negras. <div id="attachment_313" align="alignnone" width="600"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/roda-de-aromas-primarios-secundarios-terciarios-vinho.png" alt="roda-de-aromas-primarios-secundarios-terciarios-vinho"></figure><p> Roda dos aromas primários, secundários e terciários dos vinhos</div> No caso de avaliações profissionais, além da identificação dos aromas são levadas em conta também alguns outros pontos como: </p><ul><li>Intensidade aromática;</li><li>Persistência do aroma no olfato;</li><li>Evolução dos aromas após a aeração;</li><li>Complexidade (a quantidade de essências presentes);</li><li>Originalidade (aromas comuns ou raros);</li><li>Aromas de boca (aromas sentidos no palato, entre a boca e o nariz).</li></ul><p>A prática de degustar bons vinhos se baseia muito no treinamento de sua memória olfativa, pois ela aumenta seu repertório sensorial. Portanto, prepare a taça porque os aromas do vinho o esperam. Tintin! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'os-aromas-do-vinho-primario-secundario-e-bouquet', '2016-04-12', '2016-04-12 17:55:13', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125831-como-servir-o-vinho.jpg', NULL, 'Como servir o vinho?', '<p>Como servir o vinho é uma das dúvidas frequentes dos recém-iniciados na bebida de baco. Mais do que preciosismo, os detalhes do serviço interferem na apreciação plena da bebida. Além da prática degustativa (que com o tempo sofistica o nosso paladar), outros dois elementos essenciais na hora de abrir a garrafa precisam ser observados: a taça e principalmente a temperatura.</p><h2><strong>Escolhendo a taça de vinho</strong></h2><p>A história das taças de vinho tem origem nos anos de 1960. Pesquisadores descobriram que os diferentes formatos da taça mudavam as percepções de aroma e sabor da bebida. Mas foi em 1973 que uma tradicional fabricante de vidros da Europa, <a href="http://www.riedel.com/all-about-riedel/evolution-of-riedel/">Riedel Crystal</a>, lançou uma linha de taças chamada <strong>Sommeliers</strong> baseada nas últimas descobertas sobre degustação de vinho. Posteriormente em 1986, a empresa lança a linha <strong>Vinum</strong>, a primeira coleção de taças produzidas em larga escala e pensadas para cada tipo de vinho. A diferença que sentimos quando mudamos o formato da taça é facilmente notada mesmo para os iniciantes no vinho. Formatos como o de tulipa, com uma boca mais fechada, faz com que a volatilidade dos aromas permaneça por mais tempo dentro da taça. Já, para os espumantes, o formato mais fino, tipo flauta, favorece as famosas borbulhas. Num outro post falaremos mais sobre as taças, mas por enquanto, basta saber que o primeiro passo para o correto serviço do vinho é uma escolha adequada. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/tipos-taça-servir-o-vinho-1024x392.jpg" alt="tipos-taça-para-servir-o-vinho"></figure><h2><strong>A temperatura do vinho</strong></h2><p>Todas as bebidas sofrem mudanças no sabor se forem apreciadas em temperaturas diferentes. Café frio ou suco de laranja quente, por exemplo, não são agradáveis. Assim também acontece com o vinho. Poucas bebidas - ou talvez nenhuma outra - possuem tantas complexidades em relação aos sabores, aromas e <strong>bouquet</strong>. São características sutis como os compostos aromáticos, que podem ficar escondidas se a temperatura for muito baixa ou excessivamente evidenciadas se estiver muito quente. Por ser o fator que mais altera um sabor, devemos servir o vinho na temperatura ideal. A temperatura correta vai variar de acordo com o tipo do vinho; e <strong>nenhum vinho</strong> suporta ser servido acima dos 19 ou 20 graus. Para que isso não ocorra, o uso do balde de gelo resolve o problema quando o ambiente estiver muito quente. Cada vinho tem sua particularidade, mas geralmente podemos seguir a tabela abaixo: </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/tabela-temperatura-servir-vinhos-1024x528.jpg" alt="tabela-temperatura-servir-vinhos"></figure><h2><strong>Abrindo a garrafa</strong></h2><p>Caso seja um <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/vinho-com-tampa-de-rosca-entenda-o-que-esta-em-jogo/">vinho com tampa de rosca</a>, nada disso é necessário. Mas como os vinhos, em sua maioria, são fechados com rolha, vejamos passo a passo: </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/abrir-garrafa-vinho-saca-rolha-1024x612.jpg" alt="serviço-vinho-abrir-garrafa-saca-rolha"></figure><p><strong>Saca rolha</strong> – atualmente existem vários modelos e o mais comum entre os garçons e <strong>sommeliers</strong> é o tipo que tem duas bases de apoio. Também é chamado de <strong>Saca-rolha Sommelier</strong>; </p><ol><li>Com a faca do saca-rolha, ou faca comum, corte o lacre de alumínio logo abaixo da área maior da boca da garrafa;</li><li>Remova a folha de alumínio, deixando a rolha à mostra;</li><li>Perfure a rolha, girando até sentir que ela ficou bem presa. Geralmente de 5 a 7 voltas é o suficiente;</li><li>Use o primeiro apoio para começar a tirar a rolha e logo após, o segundo para terminar de puxar.</li><li>Tenha sempre a mão um <strong>decanter</strong>, pois os bons vinhos sempre melhoram com uma aeração. Veja mais sobre o assunto no artigo <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/decantar-ou-aerar-o-vinho/">decantar ou aerar o vinho</a>.</li></ol><h2><strong>Servir o vinho</strong></h2><p>Caso não use o decanter, basta servir os convivas. Coloque mais ou menos 150ml (um terço da taça) para os vinhos tintos e brancos. No caso dos espumantes, uma dica é servir inicialmente uma pequena dose para resfriar a taça, e depois preenchê-la até pouco mais da metade. Dessa forma conseguimos apreciar o perlage sem correr o risco da taça transbordar. Mas é claro, certifique-se de que haja sempre um guardanapo por perto. Se houver um <strong>corta-gotas</strong> ótimo, caso contrário, existe uma técnica para isso. Gire ligeiramente a garrafa no final do processo. Se não conseguir de primeira, não se aflija. Essa técnica não é difícil, mas demanda um pouco de prática. Com o tempo, tudo fica quase automático. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/servir-o-vinho-sem-gotejar-1024x417.jpg" alt="servir-o-vinho-sem-gotejar"></figure><p> </p><h2><strong>A sequência do serviço para vinhos</strong></h2><p>A ordem correta dos vinhos a serem servidos faz com que o mais encorpado não influencie o mais leve. Seguindo essa lógica, temos então que servir os brancos antes dos tintos, os jovens antes dos envelhecidos e os secos antes dos doces.</p><h2><strong>Como segurar a taça</strong></h2><p>A descontração numa roda de amigos, não sugere formalidades, mas para uma boa apreciação do vinho é importante que as interferências sejam as mínimas possíveis. Segurar a taça pela base, ou haste, faz com que o calor das mãos entre menos em contato com o vidro. Assim, a temperatura não é alterada. Lembre-se que uma taça possui uma espessura muito fina que facilmente transfere o calor. Isso não é uma questão social, e sim, de lógica. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/segurar-taça-serviço-vinho-1024x430.jpg" alt="segurar-taça-serviço-vinho"></figure><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Se sobrar algum líquido na garrafa podemos até usar acessórios como o <a href="http://www.vacuvin.com/Wine-Saver"><strong>Vacu Vin</strong></a>, mas certamente com o passar do tempo o vinho sofrerá alterações. Bem, depois de tudo anotado e muitas garrafas abertas (não todas de uma vez, claro), servir o vinho corretamente, na sua temperatura ideal, é como andar de bicicleta. Não tem como errar. Sirvam e sejam servidos. Saúde! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'como-servir-o-vinho', '2016-04-20', '2016-04-20 00:56:37', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125610-como-montar-uma-adega-de-vinho.jpg', NULL, 'Como montar uma adega de vinho.', '<p>Quando falamos em montar uma adega de vinho, logo vem à mente aquelas maravilhosas adegas subterrâneas que vimos em muitos filmes. Felizmente, para a maioria dos mortais, não é necessário algo tão grandioso assim. Qualquer um pode montar um lugar especial e apropriado para guardar seus vinhos. O ideal seria escolher um cômodo da casa para isso, mas caso não seja possível, vale a pena investir nas adegas climatizadas. Vamos aos detalhes:</p><h2><strong>Armazenar vinhos</strong></h2><p>Os vinhos são armazenados, obviamente, para que tenhamos sempre um estoque em casa. Mas, pelas características únicas e mutantes dessa bebida, devemos <strong>tomar cuidado</strong> na escolha desse local. O objetivo da guarda de um vinho - e aqui falamos de vinhos de gama mais elevada - é que ele evolua. E se o processo de armazenamento for feito corretamente, ele evoluirá para melhor. Parte importante desse estágio de guarda, são as rolhas. É através delas que o oxigênio, lentamente, irá colaborar na evolução do vinho. Portanto, a garrafa não pode estar num local muito seco, onde causará o ressecamento da rolha. Se isso acontecer, poderá comprometer a vedação da garrafa, e consequentemente, o vinho. É esse, aliás, o motivo pelo qual deixamos as garrafas de vinho na posição horizontal, ou ligeiramente inclinadas. Assim, as rolhas permanecem úmidas pelo líquido. Para uma boa evolução, o <strong>ambiente ideal</strong> para a guarda do vinho precisa estar configurado da seguinte maneira: </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/regras-montar-adega-de-vinho.png" alt="regras-montar-adega-de-vinho"></figure><ol><li><strong>Temperatura</strong> – entre 8 a 17 graus podemos dizer que são os limites de temperatura do ambiente para o vinho. Mesmo não sendo um consenso entre os especialistas, alguns acreditam que 12 e 13 graus sejam o ideal; a mesma temperatura encontrada na maioria das adegas subterrâneas da Europa. Mas o que realmente importa, é a <strong>constância.</strong> Vinhos odeiam variações de temperatura. Então, ao montar sua adega, se preocupe principalmente em diminuir a variabilidade da temperatura. Outra informação importante é que a temperatura nas adegas não deve ser a mesma do serviço do vinho.</li><li><strong>Umidade</strong> – um local úmido ajuda a manter as rolhas úmidas, evitando ressecamento. Claro, que umidade em excesso também pode prejudicar. Manter uma umidade constante entre 60% e 80% é adequado, porém no caso de adegas passivas de porão, controlar a umidade pode ser um desafio. Isso porque ela estará mais suscetível ao ambiente externo.</li><li><strong>Luz</strong> – a luminosidade geralmente gera calor que afeta o vinho. Além de alterar as cores da bebida, a luz direta contém raios UV que transformam o vinho, e dessa vez, para pior. Baixa luminosidade, e (repetindo) sem variações é ideal.</li><li><strong>Cheiros</strong> – vinhos em ambientes com cheiros fortes podem assimilar odores através das rolhas. Por isso, a geladeira é um péssimo local para o vinho. Se a adega estiver no porão, ou num cômodo da casa, deve-se manter esses locais ligeiramente arejados ou isentos de fortes odores.</li><li><strong>Segurança</strong> – montar uma adega significa investir tempo e dinheiro nos melhores rótulos. Mesmo que a finalidade não seja a de um investimento financeiro (já existem até fundos de investimento para isso), devemos lembrar que se trata de nosso bem-estar. Queremos que nossos vinhos estejam em perfeitas condições para a degustação. Isso implica manter uma certa segurança no local de armazenamento e nada de vibrações, afinal são garrafas de vidro que precisam permanecer intactas.</li></ol><h2><strong>Tipos de adega</strong></h2><p>Uma adega como um cômodo da casa possui uma atratividade irresistível e se transforma num local de interação e descontração com os amigos. Nessa categoria de adega existem dois tipos: <strong>adega passiva e ativa</strong>. <div id="attachment_400" align="alignnone" width="800"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/adega-passiva-adega-ativa.png" alt="adega-passiva-adega-ativa"></figure><p> Adega Passiva e Adega Ativa</div> A primeira se refere às adegas sem controle humano, ou seja, porões naturalmente mais frios, com temperaturas constantes, alta umidade e sem muita luz. Ora, essas são as condições de cavernas e nossas habitações modernas foram projetadas justamente para fugir dessas situações. Não é uma regra, mas dificilmente podemos manter uma adega, hoje em dia, em situações naturais. Talvez em países mais frios, o que não é o caso do Brasil. Em contrapartida, a adega ativa significa o preparo de um cômodo da casa sob condições totalmente controladas. São locais monitorados por sensores eletrônicos, onde tudo se mantêm estável. Portanto, essa seria a adega ideal.</p><p><strong>Adega como armário refrigerado</strong></p><p>Contando com a ajuda de um profissional, é possível construir um armário refrigerado e transformá-lo numa excelente adega. Tomando-se todos os cuidados já citados acima, ele poderá se tornar um móvel discreto e dará um toque decorativo no ambiente. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/armário-refrigerado-para-vinho.png" alt="armário-refrigerado-para-vinho"></figure><h2><strong>Adega climatizada móvel</strong></h2><p>Enfim, chegamos nas adegas climatizadas móveis de vinho. Elas ganharam a preferência do mercado porque são práticas e relativamente baratas. Mas antes de comprar, vale a pena refletir sobre alguns detalhes. Se o saudável e gostoso hábito de tomar vinho faz parte de sua vida, será que adegas pequenas, para poucas garrafas como 6, 8, 16 valem a pena? Isso vai depender do seu consumo, claro, mas realmente é muito difícil permanecer com poucas garrafas, quando se é apaixonado por vinho. Adegas climatizadas para poucas garrafas talvez tenham mais sentido para escritórios, ou consumidores mais esporádicos. Quando começamos a degustar vinhos, buscamos rótulos diferentes, novos sabores e novas experiências. Nos últimos 15 anos o <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/as-opcoes-de-vinhos-online-que-desafiam-a-escolha/">acesso online aos bons vinhos</a> foi facilitado, portanto uma coleção pode aumentar rapidamente. A relação com o vinho difere de pessoa para pessoa, e depois de uma boa reflexão, talvez seja melhor investir em uma adega maior e mais duradoura. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/adega-climatizada-compressor-termeletrica.png" alt="adega-climatizada-compressor-termeletrica"></figure><p>Existem adegas climatizadas móveis de dois tipos basicamente: </p><ul><li><strong>Adegas com compressor</strong> - um sistema de refrigeração, similar ao de uma geladeira, controla a adega. Elas são mais potentes, porém algumas vezes mais barulhentas. Alguns modelos também podem apresentar trepidações, o que prejudicará os vinhos. Por isso, faça o teste antes de decidir.</li><li><strong>Adegas termoelétricas (troca de calor)</strong> – esse tipo possui um sistema elétrico e uma placa de cerâmica que retira o calor de dentro da adega, refrigerando-a. Sua potência é menor que aquelas com compressor, por isso a capacidade de resfriamento fica diminuída. Se você mora em um local onde a temperatura média supera os 25º C, essa certamente <strong>não é uma boa opção</strong>.</li></ul><p>Em ambos os casos, é essencial conferir como o fabricante garante a assistência técnica. Adegas climatizadas móveis não costumam gerar problemas constantes, mas se isso acontecer, é melhor resolver rápido para que não danifique os vinhos. Modelos mais sofisticados possuem sistema contra picos de energia, garantindo a vida útil do equipamento. Alguns modelos vêm com alarme, que avisa quando a porta fica entreaberta; muito útil para os mais distraídos... Possuir portas de vidros que protejam contra a luz (raios UV) também é fundamental. Algumas adegas possuem compartimentos para temperaturas diferentes. Isso ajuda no momento de servir o vinho, pois a garrafa a ser aberta, manterá a temperatura correta.</p><h2><strong>Identificação dos vinhos na adega</strong></h2><p>Se sua adega cresceu, pode ser que organizar e identificar os tempos de guarda de cada vinho, seja uma tarefa dispendiosa. Para ajudar, você pode usar <i><strong>tags</strong></i> de identificação; uma forma simples e rápida de visualizar sua coleção de vinhos. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/identificação-vinhos-adega.png" alt="identificação-vinhos-adega"></figure><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Como vimos, montar uma adega de vinhos num cômodo é o ideal, mas caso não seja possível, existem soluções mais práticas como adegas móveis (com compressor) ou portáteis, como as do tipo termoelétrica. O importante é seguir as regras básicas de armazenamento, manter bons vinhos no estoque e aproveitar. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'como-montar-uma-adega-de-vinho', '2016-04-28', '2016-04-28 22:58:04', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125594-sassicaia-bolgheri-wine.jpg', NULL, 'Vinho Sassicaia de Bolgheri: o primeiro Supertoscano', '<p>O nome <strong>Sassicaia</strong>, em dialeto toscano, já diz muito sobre sua origem: pedras <i><strong>(sassi)</strong></i>, pedregoso <i><strong>(sassoso)</strong></i>. Ridicularizado nos primeiros anos e aclamado mais tarde, o vinho Sassicaia é o único na Itália que possui uma <strong>DOC</strong> <i><strong>(Denominazione di Origine Controllata)</strong></i> própria, a <a href="http://www.bolgheridoc.com/bolgheri/it/bolgheri-doc/">DOC Bolgheri Sassicaia</a>. O caminho não foi fácil, mas graças a excelência e a originalidade de seu produtor - a <a href="http://www.tenutasanguido.com/"><strong>Tenuta San Guido</strong></a> - o mundo viu nascer na década de 1970 algo novo: os vinhos <strong>Supertoscanos</strong>.</p><h2><strong>Bolgheri, na Toscana, a região inspiradora</strong></h2><p>Na costa toscana, na província de Livorno, a pequena cidade de <strong>Castagneto Carducci</strong> olha para o mar Tirreno. Ao leste uma cadeia de montanhas protege as vinhas dos ventos de inverno, enquanto no verão os ventos refrescantes ajudam na maturação gradual dos principais componentes qualitativos da uva. Sol direto e espelhado pelo mar é outra característica desse microclima. Com grande variabilidade de solo, a região é dividida por colinas, zona intermediária e terrenos mais próximos do mar. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/Bolgheri-toscana-tenuta-san-guido.png" alt="Bolgheri-toscana-tenuta-san-guido"></figure><h2><strong>Tenuta San Guido</strong></h2><p>Os vinhedos estão espalhados de acordo com a exposição e tipo de solo por 90 hectares de terra. As vinhas são distribuídas entre 80 a 300 metros acima do nível do mar. A separação das plantas em diferentes áreas oferece opções de escolha na hora da colheita, sendo um fator muito relevante na complexidade dos vinhos Sassicaia. Foi essa linda paisagem, no começo do século XX, que inspirou um nobre marquês visionário. <div id="attachment_430" align="alignnone" width="701"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/tenuta-san-guido-sassicaia-bolgheri-toscana-1024x295.jpg" alt="tenuta-san-guido-sassicaia-bolgheri-toscana"></figure><p> Região de Bolgheri, Toscana e a vinícola Tenuta San Guido</div></p><h2><strong>A ambição do marquês Mario Incisa della Rocchetta</strong></h2><p>As histórias das invenções provam que nada surge puramente ao acaso. Sempre há um degrau anterior no qual um inovador se apoia para trazer ao mundo novas ideias. Na década de 1920, o jovem marquês <strong>Mario Incisa della Rocchetta</strong>, de família de vinicultores e criadores de cavalos, via um cenário de desvalorização dos vinhos italianos. Excluindo casos isolados como <strong>Barolo</strong> e <strong>Brunello di Montalcino</strong>, os vinhos italianos eram vistos como abundantes, porém, simples e sem grandes ambições. A fama crescente dos vinhos franceses reduzia os tradicionais <strong>Chiantis</strong> a meros coadjuvantes. Após o casamento com a marquesa Clarice Della Gherardesca, em 1930, recebeu como dote várias fazendas e o castelo chamado de <strong>Castiglioncello di Bolgheri</strong>. <div id="attachment_436" align="aligncenter" width="451"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/Castiglioncello-di-Bolgheri.png" alt="Castiglioncello-di-Bolgheri"></figure><p> Castiglioncello di Bolgheri</div> Em 1943 descobriu que seu avô Leopoldo Incisa della Rocchetta havia escrito, 80 anos atrás, um catálogo sobre os tipos de uvas nacionais e estrangeiras: <strong>"Descrição de 105 variedades de uvas indígenas e estrangeiras”.</strong> O marquês então, entusiasta admirador dos vinhos franceses de Bordeaux, imaginou criar um vinho nobre com castas francesas, porém, com essência italiana.</p><p>Ao encontrar a Cabernet Sauvingnon, concluiu:</p><blockquote><p><i><strong>“...encontrei o bouquet que eu estava procurando”.</strong></i></p></blockquote><p>Sua tacada genial foi ignorar os ensinamentos antigos, de que terrenos próximos ao mar não servem para produzir bons vinhos, e comparar a região pedregosa <i><strong>(sassosa)</strong></i> de Bolgheri ao <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/terroir-dos-vinhos-uma-definicao-abrangente/"><strong>terroir</strong></a> de Graves (cascalhos) de Bordeaux. A iniciativa e determinação em reproduzir o <strong>corte bordalês</strong> (85% Cabernet Sauvignon e 15% Cabernet Franc) soava para seus conterrâneos uma teimosia descabida. Afinal a Toscana era a terra da uva <strong>Sangiovese</strong>. No entanto, de 1948 a 1967, as garrafas de Sassicaia produzidas na Tenuta San Guido somente eram conhecidas pelos amigos das corridas de cavalos e familiares. E para o governo italiano, nada mais eram do que <i><strong>vino di tavola</strong></i>, ou <strong>vinhos de mesa</strong>. Guardados nas adegas do castelo, onde o famoso poeta <strong>Giosuè Carducci</strong>, primeiro Nobel em literatura italiana criou seus versos, os vinhos evoluíram <strong>extraordinariamente</strong>, revelando um aprendizado: aqueles vinhos clamavam por paciência e amadurecimento. Então, seu filho <strong>Nicolò Incisa</strong> o convenceu a comercializar o Sassicaia com a ajuda de <strong>Piero Antinori</strong> – produtor de outro supertoscano, o <strong>Tignanelo</strong>. Parte do acordo era incluir a participação do enólogo <strong>Giacomo Tachis</strong>, um discípulo de <strong>Emile Peynaud</strong>. Juntos, começaram a revolucionar a produção dos vinhos italianos. Sistemas de condução na plantação das videiras, uso de <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/o-porque-do-barril-de-carvalho-na-producao-de-vinhos/">barris de carvalho</a>, tanques de inox, <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/a-fermentacao-malolatica-na-transformacao-do-vinho/">fermentação malolática</a> e outras inovações foram acrescentadas ao velho estilo italiano. <div id="attachment_434" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/Mario-Incisa-Della-Rocchetta-Nicolò-Incisa-sassicaia.png" alt="Mario-Incisa-Della-Rocchetta-Nicolò-Incisa-sassicaia"></figure><p> Nicolò Incisa junto com seu pai, o Marquês Mario Incisa della Rocchetta</div> <div id="attachment_438" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/Giacomo-tachis-enologo-sassicaia-tignanelo.png" alt="Giacomo-tachis-enologo-sassicaia-tignanelo"></figure><p> O enólogo Giacomo Tachis</div></p><h2>Nasce um ícone: o vinho Sassicaia</h2><p>No histórico ano de 1968 o mundo recebia uma avalanche de mudanças no comportamento e costumes da sociedade com a contracultura, os direitos das mulheres e a rebeldia dos jovens. Nesse ano, a Tenuta San Guido ousava trazer para o mercado o primeiro Sassicaia. Em 1974 o enólogo e crítico gastronômico Luigi Veronelli exalta as experiências em Bolgheri e chama atenção da comunidade de enófilos. Em 1978 a <a href="http://www.decanter.com/">revista Decanter</a> classificou o Sassicaia safra 1972 como o melhor vinho do ano, reconhecendo definitivamente o trabalho do marquês. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/04/vinho-sassicaia.png" alt="vinho-sassicaia"></figure><p>Mesmo ignorado em seu país (por trabalhar com uvas estrangeiras, e portanto fora dos padrões estabelecidos pelas leis italianas de qualidade), o mundo decidiu batizar os ótimos vinhos <strong>“fora da lei”</strong> de <strong>Supertoscanos</strong>. Nos anos seguintes, a experiência do Sassicaia foi seguida por outros vinhos que também alcançaram a fama como o <strong>Solaia</strong>, <strong>Tignanelo</strong> e <strong>Ornellaia</strong>. Em 1994 o governo italiano se rendeu às inovações toscanas e criou uma <strong>DOC Bolgheri;</strong> fazendo justiça às contribuições inovadoras do marquês e seus amigos. Com o aumento da procura, a fama do Sassicaia percorreu o globo. Em 2004 a vinícola Tenuta San Guido se tornou parte do prestigiado <a href="http://www.pfv.org/en/#/en/members">Primum Familiae Vini</a>, um seleto grupo de famílias tradicionais de vitivinicultores, criado para a troca de experiências do setor.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>O marquês Mario Incisa foi um apaixonado por sua terra natal Bolgheri e gostava do convívio com a natureza. Tanto que anos mais tarde foi o fundador da <a href="http://www.wwf.it/oasi/piemonte/il_verneto/visita_l_oasi/">wwf Itália</a>, inaugurando um <strong>oásis</strong> para preservação da vida selvagem da região. Morto em 4 de setembro de 1983, seu legado foi a reinvenção do vinho toscano. A inovação do Sassicaia confirma o fato de que bons vinhos são produzidos por pessoas e ideias, e não somente uvas. Nos mostra que a modernização traz benefícios para os artistas produtores, fazendo com que os vinhos alcancem novos patamares. Grazie mille marchese! VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p><p>Equipe</p>', 'vinho-sassicaia-de-bolgheri-o-primeiro-supertoscano', '2016-05-05', '2016-05-05 21:14:31', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125544-vinho-laranja-novidade-antiga.jpg', NULL, 'Vinho Laranja: uma novidade de 5.000 anos', '<p><strong>Vinho laranja</strong> não é um bom nome. <i><strong>Skin contact whites</strong></i> (brancos em contato com a casca), como é conhecido em inglês, também não soa bem. Podemos adotar o nome preferido pelos seus produtores: <strong>vinho âmbar</strong> ou simplesmente <strong>branco macerado com a casca</strong>. Achou confuso? Então vamos explicar:</p><h2><strong>Vinho laranja ou vinho branco?</strong></h2><p>Os vinhos brancos, com muitos já devem saber, são feitos <strong>somente</strong> com a polpa das uvas brancas ou tintas. As cascas não entram no processo, e por isso, quando elaborados de uvas tintas, eles não possuem a coloração característica dessas castas. No entanto, <strong>a exceção é o vinho laranja, ou âmbar</strong>. Eles são feitos somente de uvas brancas, mas com processos similares aos dos vinhos tintos, ou seja, as cascas permanecem durante a fermentação. Outro fator característico essencial nesse tipo de vinho é o tempo de maturação; que muitas vezes é incrivelmente longo. Então, por que não chamamos apenas de vinhos brancos? A diferença está no resultado. Um apreciador costumeiro de vinho branco ao se deparar com um vinho laranja será surpreendido pelo seu sabor, além da cor. Quanto à coloração, a presença da <i><strong>lignina</strong></i> (composto orgânico) das cascas durante a maceração, dá aos vinhos os tons que variam do alaranjado ao cobre, passando por gradações de ocre, ouro, palha e dourado. <div id="attachment_480" align="alignnone" width="650"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/05/vinho-tinto-rose-laranja-branco.png" alt="vinho-tinto-rose-laranja-branco"></figure><p> As cores dos vinhos: tinto, rosé, laranja e branco.</div> É um vinho branco com tons de laranja. Se confunde com a cor de vinho branco oxidado, mas não é isso, pois a cor vem da casca e não da oxidação. A diferença realmente importante em relação aos brancos fica por conta dos sabores e aromas. As cascas são fontes de taninos, o que dá aos vinhos laranjas estrutura, corpo e bastante complexidade. Com uma personalidade forte, alguns diriam extravagantes, o vinho âmbar veio para ser amado e odiado pelos enófilos. Numa análise gustativa, ele se mostra próximo dos tintos mais delicados com sutis notas oxidativas e terrosas. Seus aromas remetem a frutos secos como nozes, ameixas, damasco, etc. É um tipo de vinho muito versátil que <strong>aumenta as possibilidades de harmonização</strong>. Acompanha muito bem pratos fortes como cordeiro, carnes de caça e aqueles muitos temperados presentes na culinária tailandesa e indiana.</p><h2><strong>Técnicas naturais e milenares do vinho âmbar</strong></h2><p>Os Vinhos Laranjas ficaram conhecidos por serem naturais porque os produtores (<strong>Gravner</strong> e <strong>Radikon</strong>) que trouxeram de volta técnicas antigas, adotam uma filosofia de vinificação baseada no respeito ao meio ambiente e procuram manter viva uma tradição milenar de vinificação. No entanto, isso não quer dizer que todo vinho laranja seja necessariamente orgânico ou biodinâmico. A essência desses vinhos está no processo e começa com a escolha das castas, porque não são todas que possuem as características necessárias. É preciso uma casca grossa e bastante compostos fenólicos antioxidantes para que resistam ao tempo (oxidação). As mais usadas são: <strong>Ribolla Gialla - </strong>com pele grossa, bastante acidez e muito sabor, é a principal uva branca da região de Friuli-Venezia Giulia (Itália) e de Brda (Eslovênia). Documentos escritos em 1289 já apontam sua existência nessa região. A Ribolla é uma das castas mais usadas nos vinhos laranjas italianos e os vinhos feitos com ela costumam ser encorpados. <strong>Sauvignon Vert - </strong>uva branca originária da região do Vêneto com grande presença na região de Friuli, que posteriormente se espalhou para toda a Itália e resto do mundo. Tem grande potencial para apresentar níveis elevados de álcool, o que contribui na elaboração do vinho âmbar. <strong>Pinot Grigio -</strong> chamada de <i><strong>ramato</strong></i> (ruivo) em italiano, é uma casta branca que nasceu para ser um clone da Pinot Noir. Conhecida desde a idade média, na França, ficou esquecida por décadas. Devido aos vinhos laranjas, a partir de 2005, goza de grande popularidade. Os vinhedos são submetidos a baixa produção de frutas e colhidas tardiamente para aumentar a concentração de açúcares e polifenóis. Em seguida são prensadas e depois colocadas (mosto e cascas) dentro de enormes <strong>ânforas de terracota</strong> ou tanques de cimento para que ocorra a fermentação alcoólica. Com o objetivo de manter as técnicas ancestrais, os produtores não usam leveduras comerciais; somente leveduras selvagens. <div id="attachment_496" align="alignnone" width="648"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/05/qvevri-georgia-vinificação-vinho-laranja-1-1024x706.png" alt="qvevri-georgia-vinificação-vinho-laranja"></figure><p> As ânforas (qvevri) são enterradas para a fermentação do vinho laranja.</div> Essas ânforas muitas vezes são enterradas para que recebam menos variações de luz, temperatura e oxigênio. Durante essas longas macerações, o álcool atua como um solvente e faz com que o sumo (mosto) da uva extraia das cascas substâncias como taninos, antocianos e alguns aromas. O tempo de maceração vai depender da casta. Varia de algumas semanas até 6 ou 8 meses, e durante esse processo ocorre uma decantação natural dos sedimentos. Após isso é realizada a trasfega, que é a transferência do líquido para outras ânforas, a fim de filtrar o vinho. Como não são usadas técnicas modernas de filtração e clarificação, o vinho laranja na maioria das vezes tem um aspecto turvo. E finalmente, nas ânforas de barro, permanecem por anos envelhecendo e se transformando antes do engarrafamento. Essa tradição milenar faz com que os vinhos sejam bastante heterogêneos, sem padronizações comerciais, pois não são “corrigidos” com técnicas modernas. Deixam evidentes as características das castas, e isso ocorre tanto para o bem, como para o mal. O fato é que são necessários anos de vitivinicultura para se arriscar nos métodos naturais de vinificação. Demanda tempo, habilidade quase artesanal e toda uma filosofia por trás do trabalho. Por esse motivo, a produção mundial é pequena e, talvez, nunca atinja uma larga escala.</p><h2><strong>Geórgia: histórias antigas da vinificação</strong></h2><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/05/gravner-ânforas-georgia.png" alt="gravner-ânforas-georgia"></figure><p>O mais conhecido produtor de vinhos laranjas é o italiano <a href="http://www.gravner.it/"><strong>Josco Gravner</strong></a>. Seus vinhedos ficam nas montanhas (Collio) de Oslavia, na região de fronteira com a Eslovênia chamada de <strong>Friuli-Venezia Giulia</strong> – reconhecida pela produção de vinhos brancos. Junto com seu amigo e também produtor, <strong>Stanislao ‘Stanko’ </strong><a href="http://www.radikon.it/en/"><strong>Radikon</strong></a>, foi o responsável pela redescoberta das antigas técnicas em meados da década de 1990. Mesmo com anos de experiência em produzir vinhos brancos, abandonou as técnicas modernas e partiu em busca das origens da vinificação. A jornada o levou até a Geórgia, na região do Cáucaso; uma terra antiga de muitas tradições. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/05/mapa-gravner-italia-vinificacao-georgia.png" alt="mapa-gravner-italia-vinificacao-georgia"></figure><p>A vinificação moderna, a partir da década de 1950, deixou para trás técnicas primitivas que Gravner se propôs a resgatar. A fermentação dentro de ânforas de terracota, tradição com mais de 5,000 anos na Geórgia, era uma delas. Chamadas de <i><strong>qvevri</strong></i> no idioma local, elas recebem o mosto (com as cascas), são fechadas e depois lacradas com cera de abelha para serem enterradas. Após esse reaprendizado, Gravner viu seus vinhos alcançarem a notoriedade e conquistar apaixonados, enquanto surgiam seus primeiros discípulos. Fora da Itália e Eslovênia (particularmente na região de <strong>Brda</strong>), produtores franceses, americanos, austríacos e até brasileiros começaram a se arriscar nessa difícil maneira de produzir vinhos. O nome vinho laranja se deu por acaso. Em 2004, um importador londrino, <strong>David Harvey</strong>, sem qualquer intenção de rotular ou inventar, chamou um “branco macerado com cascas” de <strong>orange wine</strong> (vinho laranja) e a onda se espalhou. Enquanto a fama desses vinhos aumenta ano após ano, atiçando a curiosidade dos enófilos, muitos especialistas ironizam a novidade e a chamam de retrocesso na vinicultura.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Acreditamos que o vinho âmbar veio para ficar. Com seus aromas intensos, tons profundos e sabores complexos, ele acrescenta novas experiências ao mundo gastronômico. Eles são marcantes, exóticos e quase indecifráveis - e isso é um grande elogio. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'vinho-laranja-uma-novidade-de-5000-anos', '2016-05-10', '2016-05-10 12:42:20', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125521-harmonizar-vinho-e-comida.jpg', NULL, 'Como acertar na hora de harmonizar vinho e comida', '<p>Basta um pequeno passeio pelo Google para encontrarmos vários sites e blogs sugerindo dicas para harmonizar vinho e comida. O objetivo é ajudar com sugestões práticas para que o leitor não perca muito tempo na procura, e encontre ali, uma resposta rápida e certeira. Realmente, a praticidade é desejada por todos, mas quando falamos em harmonizar vinhos e comidas, não estamos falando de ciência exata. Entre os extremos do certo e errado, existem variações e nuances infinitas. Diante de tantas informações, sugestões e conselhos, é comum muita gente ficar perdida: <i>“Será que esse Pinot harmoniza com massa e molho branco? Não me lembro...”</i>. Felizmente, não precisamos guardar na memória as combinações específicas se quisermos acertar na harmonização. Aparentemente pode ser mais prático consultar e ter uma resposta imediata, mas entender os <strong>fundamentos da harmonização</strong> é, com toda a certeza, mais eficiente. Aprender os conceitos primordiais – e são poucos - faz com que a pessoa adquira uma certa segurança nas escolhas e possa se aventurar sozinha, em novas e deliciosas surpresas.</p><h2><strong>Admirável mundo novo e gastronômico</strong></h2><p>Consumir bebidas durante as refeições é uma prática ancestral, mas quando nos referimos a equilibrar sabores e aromas, buscando explorar os sentidos, estamos falando de hábitos mais recentes de nossa sociedade. As sutilezas e o requinte na gastronomia não têm mais que dois séculos. Quando os <i>chefs</i> das cortes europeias, após a queda do reinado de Napoleão, começaram a inventar os restaurantes, trouxeram as técnicas e o conhecimento para as camadas inferiores da sociedade. O acesso aos pratos mais elaborados foi possível, e abriu as portas para que a gastronomia evoluísse. Dos anos de 1980 para cá, com a surpreendente globalização, a integração entre culturas permitiu aos amantes da boa comida descobrir sabores exóticos e vinhos de <strong>terroir</strong> longínquos. Bem, sabemos que quando aumentamos as opções, o nível de possibilidades (e complexidade) aumenta consideravelmente.</p><h2><strong>Quebra-cabeça da harmonização</strong></h2><p>Apesar das controvérsias detalhistas, as bases da harmonização entre vinho e comida são sempre as mesmas. São as peças de todo quebra-cabeças. Entendê-las significa poder improvisar e arriscar. São elas: <strong>Comida</strong> – os alimentos são inúmeros, de muitas cores e sabores; no entanto para o paladar humano, eles apresentam apenas 5 tipos de gostos: doce, salgado, ácido, amargo e umami. <strong>Vinho</strong> – cada tipo de casta vinífera possui certas características que ficam – às vezes mais, outras menos - evidentes no vinho. Isso vai depender do <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/terroir-dos-vinhos-uma-definicao-abrangente/"><i><strong>terroir</strong></i></a><i> </i>e principalmente dos objetivos do enólogo na produção da bebida. Ressaltamos isso porque é comum encontrar associações entre uva e prato: <strong>Cabernet</strong> harmoniza com carne vermelha, <strong>Chardonnay</strong> com carne branca, etc. Apesar dessas afirmações não estarem erradas, elas são muito simplistas. Na verdade, o que se deve levar em consideração são as características específicas daquele vinho como: <strong>Corpo</strong> – é a sensação do peso geral do vinho. Encorpado e concentrado num extremo e leve e “mais líquido” no outro. É o primeiro e <strong>principal conceito</strong> a ser considerado tanto no vinho como na comida. Acertar os “pesos” entre eles garante que a harmonização tenha grande chance de agradar. <strong>Acidez</strong> – a agradável sensação de “salivar” vem da acidez do vinho. Notar sua escala num vinho é essencial na degustação. Ela é muito usada para contrastar com pratos mais gordurosos. <strong>Tanino</strong> – a adstringência do vinho provém dos taninos presentes nas uvas. Em vinhos maturados eles ficam macios e harmoniosos. <strong>Álcool</strong> – derivado das fermentações, o álcool ajuda na sensação do peso do vinho. <strong>Doçura</strong> – os vinhos podem ser doces quando são licorosos ou fortificados, mas também e em menor grau, nos vinhos tranquilos. Isso ocorre por causa dos açúcares residuais do processo de vinificação. <strong>Frutado</strong> – é a quantidade percebida de aromas de frutas no vinho. Geralmente vinhos mais jovens, e que não passaram por maturação prolongada, são os mais frutados. <strong>Textura</strong> – são as situações possíveis de textura no vinho: aspereza ou maciez. Quando bem evoluídos, os vinhos trazem sensações amanteigadas e aveludadas. Esses são os fundamentos para a classificação do prato e do vinho. Ao se familiarizar com eles, você estará pronto para equilibrá-los na harmonização. Entendendo as estruturas de ambos, as possibilidades se abrem, sem que tenha que decorar receitas prontas. Para completar, não se esqueça de que primeiramente é preciso que a comida e o vinho harmonizem com as pessoas presentes. Leve em consideração seus gostos particulares e o quanto estão abertas às novidades. Se quiser entender mais dos conceitos de harmonização, como <strong>Harmonização por Contraste</strong> e <strong>Harmonização por Semelhança</strong>, <a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/05/E-book-Vinumday-Harmonização.pdf"><strong>baixe nosso e-book</strong></a>. Nele, você vai encontrar a técnica das barras de escala, usada na classificação do vinho e do prato, que ajudarão a criar experiências gastronômicas inesquecíveis. </p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/05/harmonizar-vinho-e-comida-1.jpg" alt="harmonizar vinho e comida"></figure><p>Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a></p>', 'como-acertar-na-hora-de-harmonizar-vinho-e-comida', '2016-05-16', '2016-05-16 19:56:27', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinhos-fortificados-e-vinhos-de-sobremesa.jpg', NULL, 'Para finalizar: os vinhos de sobremesa!', 'Se fizermos uma lista que contenha as principais coisas boas da vida, certamente a gastronomia estará presente. E para muitos, as sobremesas estariam em destaque. Elas são o <em>gran finale</em> depois de uma bela refeição. Melhor ainda se acompanhadas dos <strong>vinhos licorosos</strong> ou <strong>vinhos de sobremesa. </strong>\r\n<h2><strong>Definição de vinhos de sobremesa</strong></h2>\r\nVinho é toda bebida fermentada de uvas, especificamente, uvas viníferas. Contudo, a rica e milenar tradição da vitivinicultura nos deu uma gama de conceitos e maneiras diferentes de produção. Não há regras mundiais para uma classificação, mas o objetivo antes da elaboração do vinho de sobremesa, é que ele tenha <strong>níveis mais altos de açúcar</strong>.\r\n\r\nChamamos de vinho de sobremesa porque eles harmonizam muito bem com elas, mas a denominação correta seria <strong>vinho doce (fortificado ou licoroso).</strong>\r\n<h2><strong>Tipos de vinhos doces</strong></h2>\r\nEm níveis que variam de pouco até extremamente baixo (menos de 2 gramas por litro), todos os vinhos contém o açúcar residual do processo de fermentação. Mas no caso do vinho elaborado com a finalidade de aperitivo ou para ser consumido junto à sobremesa, a concentração é muito maior. Pode chegar tranquilamente a 250 gramas por litro. Vejamos as maneiras para aumentar o nível de açúcar de um vinho:\r\n\r\n<strong>1 - Doçura natural</strong> – todo fruto contém açúcar, e quanto mais maduro, maior será a doçura contida nele. Uma das soluções para que os vinhos sejam mais doces é a <em>colheita tardia</em>. Ou seja, o fruto é deixado maturar até o limite antes do apodrecimento, quando os níveis de açúcar são altos o suficiente para que o resultado final seja um vinho doce mesmo depois da fermentação. Essa técnica é tão antiga que já foi citada pelo poeta Virgílio, durante o reinado do primeiro imperador romano Augusto.\r\n\r\n<strong>2 - Adições de açúcar ou mel</strong> – nesse método o doce provém do açúcar (ou mel) adicionado durante os processos fermentativos. Podem ser:\r\n<ul>\r\n <li><strong>Chaptalização</strong> – os romanos já adicionavam mel no vinho, mas somente após os estudos do químico <strong>Jean-Antoine Chaptal</strong>, no começo do século IX, que o método foi incorporado na cultura da vinificação. Se trata da adição de açúcar antes da fermentação do mosto de uva, o que faz com que as leveduras produzam mais álcool e o nível de açúcar residual aumente. Ainda existem controvérsias sobre a chaptalização, porque produtores mal-intencionados usavam essa técnica para mascarar vinhos ruins e mal elaborados. Por isso, hoje em dia, na maior parte do mundo há regras rígidas para o uso da chaptalização.</li>\r\n <li><strong>Süssreserve (reserva doce)</strong> – nesse método, uma porção do mosto de uvas <strong>não fermentado</strong>, que contém principalmente glicose e frutose, é acrescida após a fermentação. A glicose fermenta mais rapidamente, fazendo com que o vinho no final tenha um sabor adocicado, originado, em sua maior parte, da frutose adicionada.</li>\r\n</ul>\r\n<strong>3 - Fortificação</strong> – para os vinhos fortificados o processo é diferente: ocorre a adição de um destilado alcoólico (na maioria das vezes do próprio vinho) como o conhaque e a <em>grappa</em>. Essa adição pode ser feita antes, durante ou depois da fermentação do mosto. Se adicionado no final, o resultado será um vinho mais seco e posteriormente receberá o açúcar. Acrescido no começo do processo, os níveis altos de álcool matam as leveduras e o processo de fermentação cessa, permanecendo o açúcar residual da própria fruta. Exemplos clássicos desse tipo são: vinho Madeira (Ilha da Madeira), Porto, Jerez ou Xerez (Sherry), Marsala, etc.\r\n\r\n<strong>4 - Remoção de água</strong> – quando reduzimos a água da fruta há um aumento da concentração do açúcar. Isso pode ser feito da seguinte forma:\r\n<ul>\r\n <li><strong>Ar seco</strong> – ao armazenar as frutas em ambiente seco, elas se transformam em uvas passas que depois são vinificadas. Chamados de <strong><em>passitos</em></strong>, esses vinhos eram conhecidos antes mesmo dos romanos nas regiões como o norte da Itália, Grécia e nos Alpes da França.</li>\r\n <li><strong>Gelo</strong> – em ambientes muito frios (até 7 graus negativos), uma parte da água contida na uva é congelada e os açúcares ficam concentrados no sumo restante. Usando uma técnica complexa de prensagem e leveduras especiais, e após um longo processo de fermentação, temos um vinho muito doce, porém equilibrado pela acidez. Destacam-se os vinhos alemães feitos dessa maneira e chamados de <strong>ice wine</strong> ou <strong>eiswein</strong> (em alemão)<span style="color: #333333;">.</span></li>\r\n <li><strong>Umidade</strong> – em climas mais úmidos, o aumento do açúcar vem da técnica de desidratação das uvas pelo fungo <em>Botrytis cinérea</em>. Enquanto ele suga a água da fruta, sua interação com ela resulta em aromas agradáveis como mel e damasco. Esse método é usado em muitos vinhos famosos de <strong>Sauternes</strong>, <strong>Monbazillac</strong> e <strong>Tokaj</strong>.</li>\r\n</ul>\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nPara cumprir seu papel e coroar uma refeição, o vinho deve ser mais doce que a <strong>sobremesa</strong>. Dependendo da escolha, até o próprio vinho pode ser a <strong>sobremesa</strong>. Se ele for muito doce, por exemplo, pode <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/como-acertar-na-hora-de-harmonizar-vinho-e-comida/" target="_blank">harmonizar</a> muito bem com o leve amargor de uma amêndoa ou castanha. Portanto, experimente e se delicie: <em><strong>joie de vivre!</strong></em>\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'para-finalizar-os-vinhos-de-sobremesa', '2016-05-24', '2016-05-24 12:45:26', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinhos-organicos-e-biodinamicos.jpg', NULL, 'A diferença entre vinhos orgânicos e biodinâmicos.', 'Os métodos usados na produção dos <strong>vinhos orgânicos</strong> são facilmente compreendidos. Têm suas raízes na agricultura menos invasiva, com restrições de agentes químicos. Porém, quando debatemos sobre os controversos <strong>vinhos biodinâmicos</strong>, as dúvidas e as certezas se confundem. Quais as diferenças? Vamos entender:\r\n<h2><strong>Vinho orgânico</strong></h2>\r\nOs pesticidas, como o enxofre, por exemplo, são usados há mais de 2.500 anos pelos Sumérios. Temos registros do uso de arsênio, chumbo e mercúrio, no século XV e sulfato de nicotina no século XVII. Sempre com o objetivo de acabar ou diminuir as pragas na agricultura.\r\n\r\nCom a industrialização e os avanços científicos posteriores, eles invadiram as plantações e a partir de 1950 se tornaram protagonistas na produção em massa de alimentos.\r\n\r\nDito isso, lembramos que a partir das décadas de 1960 e 1970 houve um movimento – não apenas dos hippies – de retorno para um estilo de vida mais natural, que pregava, entre outras coisas, a proibição de qualquer intervenção química na agricultura. Foi nessa época que os vinhos orgânicos começaram a ser produzidos, <strong>intencionalmente</strong>, sem o uso de herbicidas sintéticos, pesticidas, fungicidas e fertilizantes.\r\n\r\nOs preceitos da filosofia orgânica também defendem a proibição de qualquer tipo de organismo geneticamente modificado, inclusive uvas.\r\n\r\nAs regulamentações governamentais sobre a viticultura orgânica não são fáceis de serem implantadas. Contudo, a defesa dos orgânicos cresce a cada dia. Isso fez surgir inúmeras certificações <em><strong>“verdes”</strong></em>, chanceladas por organizações privadas ou órgãos públicos.\r\n\r\nNa Europa, o que conta num rótulo de vinho é o <a href="http://ec.europa.eu/agriculture/organic/index_en.htm" target="_blank"><strong>selo da União Europeia</strong></a>, criado em 1 de julho de 2010 para regulamentar os produtores orgânicos e agroecológicos, também chamados de produtores biológicos.\r\n\r\n<div id="attachment_575" align="aligncenter" width="300"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/selo-união-europeia-produto-organico.jpg"><img class="wp-image-575 size-medium" title="selo-união-europeia-produto-organico" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/selo-união-europeia-produto-organico-300x200.jpg" alt="selo-união-europeia-produto-organico" width="300" height="200" /></a> Selo de Certificação de um produto orgânico na União Europeia.</div>\r\n\r\nÉ importante ressaltar que um produtor pode ter as uvas cultivadas organicamente e certificadas, mas nem por isso o produto terá o selo de biológico (orgânico) no vinho. Para que uma vinícola possa inserir esse selo em seus rótulos, ela precisa cumprir uma série de rígidos processos, como limites na adição de sulfito e dióxido de enxofre. Com isso, o que encontramos na prática são muitos produtores que exibem o termo <strong><em>“produzido a partir de uvas cultivadas organicamente”</em></strong>, mas que não podem utilizar o selo por não cumprir as demais exigências.\r\n\r\nTudo isso significa que não existe uma regulamentação mundial sobre os processos a serem usados, mas nota-se um movimento de convergência entre as instituições envolvidas em promover a cultura dos produtos orgânicos.\r\n<h2><strong>Vinho biodinâmico</strong></h2>\r\nOs defensores dos vinhos biodinâmicos dizem que são estes que melhor expressam o verdadeiro <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/terroir-dos-vinhos-uma-definicao-abrangente/" target="_blank"><em><strong>terroir</strong></em></a> porque são elaborados de forma holística. O objetivo, antes de tudo, é ter o solo rico em nutrientes e um ecossistema equilibrado. Ou seja, buscam elaborar o vinho usando apenas os recursos naturais do próprio local.\r\n\r\nA palavra biodinâmica significa <em><strong>bio</strong></em> (vida) e <em><strong>dinâmica</strong></em> (energia). Seus adeptos possuem uma visão de que tudo está interligado e há uma troca de energia de cada elemento na Terra (o que, de certa forma, a ciência não nega). Porém, para os vitivinicultores biodinâmicos é necessário seguir à risca o conceito de integração e não somente abolir os fertilizantes e pesticidas. Seus vinhedos são cultivados de acordo com calendários lunares utilizando adubos orgânicos e além de incentivarem a biodiversidade local, aplicam fielmente as controversas preparações biodinâmicas.\r\n\r\nAs ideias de uma agricultura biodinâmica foram proferidas pela primeira vez em 1924 pelo filósofo alemão <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Steiner" target="_blank"><strong>Rudolf Steiner</strong></a>. Anos mais tarde, em 1932, foi fundada na Alemanha a organização <a href="http://www.demeter.net/" target="_blank">Demeter</a> (deusa da terra para os gregos), a fim de difundir o conceito de agricultura biodinâmica. O conceito de plantações auto-suficientes, aos poucos, foi se espalhando mundo afora e hoje está presente em muitos países, inclusive no Brasil através do <a href="http://ibd.com.br/pt/Demeter.aspx" target="_blank">IBD Certificações</a>.\r\n\r\nNa França, algumas célebres vinícolas vêm aderindo à filosofia biodinâmica como a <a href="http://www.domaine-leroy.com/homepage/" target="_blank">Domaine Leroy</a>, na Borgonha e o <a href="http://coulee-de-serrant.com/un-art-en-agriculture/" target="_blank">Château de la Roche aux Moines</a>, no Loire.\r\n<h2><strong>As preparações biodinâmicas</strong></h2>\r\nOs preceitos biodinâmicos englobam instruções como calendários lunares e estelares, adubos orgânicos enterrados em chifres de boi, etc. São essas técnicas que geram as principais críticas.\r\n\r\nPorém, segundo o IBD, para se obter a certificação para um vinho biodinâmico, basta cumprir as seguintes diretrizes:\r\n<ul>\r\n <li>Considerar a fazenda – e não somente as vinhas - como uma individualidade integrada;</li>\r\n <li>Usar técnicas de conservação de solo;</li>\r\n <li>Não utilizar de fertilizantes químicos e agrotóxicos sintéticos. O controle deve ser feito apenas com produtos naturais;</li>\r\n <li>Defender e conservar a natureza local;</li>\r\n <li>Tratar o solo com os preparados biodinâmicos que visam dar vitalidade para as vinhas e outras plantas que compõem o ecossistema;</li>\r\n <li>Não fazer uso de produtos transgênicos;</li>\r\n <li>Buscar os benefícios sociais da produção.</li>\r\n</ul>\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nMesmo que haja debates acalorados sobre os vinhos orgânicos e biodinâmicos, em um ponto todos concordam: é importante a humanidade encontrar maneiras sustentáveis de produzir seus alimentos. O vinho está entre nós há milênios e ouvir o que os vitivinicultores têm a dizer é fundamental. Até o momento, seus depoimentos são otimistas. Seus vinhos se mostram de alta qualidade e com aromas de frutas evidentes que traduzem um legítimo <strong><em>terroir</em></strong>. Pois bem, munidos de nossas taças, vamos segui-los de perto!\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'a-diferenca-entre-vinhos-organicos-e-biodinamicos', '2016-06-11', '2016-06-11 13:31:55', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-chateau-petrus-pomerol.jpg', NULL, 'Vinho Château Petrus: uma lenda insuperável', 'Ele é chamado pelos enófilos de Rei Petrus; um rei sem castelo. Na propriedade <strong>Château Petrus</strong> não há um château, apenas uma construção camponesa simples de dois andares. A vinícola produz somente um vinho, e se a safra não estiver no padrão exigido, simplesmente não se produz nada no ano. Um vinho que não possui uma classificação oficial, nem é rotulado como <em><strong>Grand Cru</strong></em>. Apesar disso, figura em todas as listas dos melhores do mundo e os seus preços alcançam às alturas em leilões. Como é possível? Apresentamos a história de uma lenda: o <strong>Petrus de Pomerol.</strong>\r\n\r\n<div id="attachment_597" align="alignnone" width="500"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/vinhedos-no-chateau-petrus.jpg"><img class="wp-image-597 size-full" title="Vinhas da casta Merlot no Château Petrus." src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/vinhedos-no-chateau-petrus.jpg" alt="vinhedos no chateau petrus" width="500" height="332" /></a> Vinhas da casta Merlot no Château Petrus.</div>\r\n<h2><strong>O <em>boutonnière Pétrus</em> e sua argila azul</strong></h2>\r\nPomerol é uma sub-região de Bordeaux. Os vinhedos do Petrus estão localizados em um platô no lado oriental. Toda Pomerol é constituída de cascalho, argila e areia, mas a região do Petrus é única, pois é uma colina de argila. Normalmente um solo com essas características busca a estabilidade na direção mais baixa do terreno. Mas não é o que acontece com o Château Petrus.\r\n\r\nSeus 11,5 hectares, a 40 metros do nível do mar, estão no coração do chamado <strong><em>boutonnière Pétrus</em></strong> ou <strong>botão Petrus</strong>. Um solo único formado por 3 camadas. A primeira de cascalho, a segunda de um tipo muito denso e escuro de argila com a presença de bastante matéria orgânica; e uma terceira de argila azulada. É essa última – somente presente na propriedade Petrus - que faz toda a diferença. Na mineralogia, esse tipo de argila é classificada como <em>esmectita,</em> e não há nenhum vinhedo no mundo plantado sobre um terreno semelhante ao dessa pequena região de Pomerol.\r\n\r\nOs romanos a chamavam de <strong><em>petrus</em></strong> (rocha), pois quando seca, a argila é tão dura quanto uma pedra. Estima-se que tenha 40 milhões de anos. Outra característica única nessa argila azul é a alta concentração de óxido de ferro.\r\n\r\n<div id="attachment_590" align="alignnone" width="449"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/solo-argila-azulada-de-chateau-petrus.jpg"><img class="wp-image-590" title="solo argila azulada de chateau petrus" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/solo-argila-azulada-de-chateau-petrus.jpg" alt="solo argila azulada de chateau petrus" width="449" height="286" /></a> O Botão Petrus - subsolo composto de argila azulada.</div>\r\n\r\nSabemos que a argila é formada por minúsculos cristais granulados de origem rochosa. No caso do Petrus, a argila azul endurece de tal forma que as vinhas são impedidas de aprofundar suas raízes. Isso acelera a produção concentrada de frutos, que se beneficiam da alta umidade retida por essa argila. Aliada aos cuidados meticulosos com as vinhas, o resultado são uvas com altos teores de tanino e qualidades insuperáveis.\r\n\r\nSe o Pomerol é conhecido por ser território da variedade Merlot, o Château Petrus é sua principal morada. Pela complexidade e exuberância alcançada, costuma-se dizer que o sonho de toda Merlot é se tornar um Petrus. Apesar disso, em algumas safras pode conter uma pequena porcentagem de Cabernet Franc (tipicamente até 5%).\r\n\r\nComo já vimos anteriormente, um <strong><em><a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/terroir-dos-vinhos-uma-definicao-abrangente/" target="_blank">terroir</a></em></strong> é a soma de características locais combinadas. Em Bordeaux, os fatores mudam expressivamente em poucos hectares. A altitude, a drenagem natural feita pelos cascalhos, a capacidade de um solo argiloso de reter água, as luzes solares refletidas pelas rochas, entre outras qualidades, fazem da região um complexo ecossistema para a vitivinicultura. Nesse cenário, a argila azul do Petrus é mais uma benção de Baco.\r\n<h2><strong>A ascensão do Château Petrus</strong></h2>\r\nA fama mundial do Château Petrus elevou a pequena região de Pomerol ao mesmo nível dos produtores da margem esquerda mais famosa, a região de <strong>Médoc</strong>. Mas isso só aconteceu durante um passado bem recente.\r\n\r\nA propriedade onde está o Petrus pertencia a família Arnaud desde 1770, mas sem grande destaque na produção de vinhos. Tudo mudou em 1863, com a <strong>crise da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Filoxera" target="_blank">filoxera</a></strong>. Uma praga (pulgão) invadiu a França, possivelmente através dos navios vindos da América, e devastou grande parte das vinhas de Bordeaux.\r\n\r\nOs vinhedos foram todos replantados, e em 1878, o Petrus chamou a atenção por ganhar a medalha de ouro no Concurso Internacional de Paris. Seu preço subiu e rivalizou com os melhores do Médoc.\r\n\r\nEm 1917, a família Arnaud formou a <strong><em>La Société Civile du Château Petrus</em> </strong>e as ações da vinícola foram colocadas à venda.\r\n\r\nA viúva do Hotel Loubat de Libourne, a madame <strong>Marie-Louise Loubat</strong>, adquiriu algumas dessas ações e com o passar dos anos aumentou sua participação. Em 1940 tornou-se a única proprietária.\r\n\r\nComo não tinha filhos, após sua morte em 1961, sua sobrinha <strong>Lily Lacoste-Loubat</strong> herdou a propriedade.\r\n\r\nNessa época, Lily formou uma parceria com o negociante de vinhos <strong>Jean-Pierre Moueix</strong>, na qual ele ficaria responsável por expandir as vendas. Com um mercado interno concorrido, Moueix se voltou ao crescente mercado americano. Isso ficou mais fácil após a extraordinária safra de 1945.\r\n\r\nEm 1956, fortes geadas arrasaram os vinhedos, e ao contrário das vinícolas vizinhas, a decisão do Château não foi o replantio, e sim, um corte profundo nas plantas, com o objetivo de que as próprias se recuperassem. Após uma espantosa recuperação, as velhas vinhas foram mantidas e renasceram mais fortes que nunca. Começou, então, o reinado do Petrus.\r\n\r\nO vinho caiu no gosto do clã americano mais famoso da América, os <strong>Kennedys</strong>. John Kennedy, por exemplo, confessou que era um dos seus vinhos preferidos.\r\n\r\n<div id="attachment_594" align="alignnone" width="599"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/chateau-petrus-pomerol-bordeaux.png"><img class="wp-image-594" title="O lendário Château Petrus, na região de Pomerol, Bordeaux." src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/chateau-petrus-pomerol-bordeaux.png" alt="chateau-petrus-pomerol-bordeaux" width="599" height="274" /></a> O lendário Château Petrus, na região de Pomerol, Bordeaux.</div>\r\n\r\nNo início dos anos 1960, o revolucionário <b>Émile Peynaud</b> prestou algumas consultorias para o Château Petrus, mas foi com a chegada em 1964, do enólogo <strong>Jean-Claude Berrouet</strong> que o trabalho ganhou consistência.\r\n\r\nEm 1969 Moueix assume como principal proprietário e faz a aquisição do vizinho <strong>Château Gazin.</strong>\r\n\r\nA fama do vinho atinge um patamar único no mundo dos vinhos quando em 1982, o renomado crítico <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_M._Parker_Jr." target="_blank"><strong>Robert Parker</strong></a> classificou-o sucessivamente com notas altíssimas. Desde então, o Rei do Pomerol se tornou um vinho raro e muito caro.\r\n\r\nEm 1987, aconteceu um fato curioso, para não dizer radical: após um verão extremamente quente, as chuvas vieram e trouxeram um excesso de umidade que comprometeria a qualidade das uvas. Foram chamados helicópteros (sim!) para sobrevoar a plantação e assim ajudar na secagem.\r\n\r\nComo o Château Petrus produz apenas um vinho de altíssima qualidade, nos anos em que as frutas estão comprometidas, simplesmente não são produzidos vinhos. A última vez que isso aconteceu foi em 1991.\r\n\r\nEm 2008, o filho de Jean-Claude Berrouet, o também enólogo <strong>Olivier Berrouet</strong>, então com 33 anos, assumiu a frente dos trabalhos e realizou diversas modernizações nas adegas do Château Petrus.\r\n\r\nApós a morte de Jean-Pierre Moueix, em 2003, seu filho <strong>Jean-François Moueix</strong> herdou a propriedade, e junto com sua família, é o atual dono do Château Petrus.\r\n<h2><strong>Vinificação do Petrus</strong></h2>\r\nOs métodos de vinificação do Petrus não são diferentes de muitos outros produtores de Bordeaux. Mas o cuidado com cada detalhe, mostra a seriedade e a paixão na elaboração de vinhos excepcionais.\r\n\r\nO Château Petrus foi pioneiro ao adotar a técnica de <strong><em>éclaircissage,</em></strong> quando no início da frutificação, alguns frutos são estrategicamente cortados para que a planta concentre suas forças nos frutos restantes.\r\n\r\nA colheita é feita manualmente e os bagos cuidadosamente separados. Em seguida, uma parte do mosto vai para os tanques de concreto com temperatura controlada por 18 a 25 dias para a fermentação alcoólica. Depois dessa etapa, é feita a <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/a-fermentacao-malolatica-na-transformacao-do-vinho/" target="_blank">fermentação malolática</a> e o processo continua apenas com a clarificação (o Petrus nunca passa por filtração).\r\n\r\nO vinho, então, segue para uma maturação em <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/o-porque-do-barril-de-carvalho-na-producao-de-vinhos/" target="_blank">barris de carvalho francês</a> novos por 18 a 20 meses.\r\n\r\nOs sucos rejeitados durante o começo da vinificação são vendidos como produtos simples de Pomerol, mas ninguém sabe muito bem para onde; este é um dos segredos mais bem guardados de Bordeaux.\r\n\r\nA complexidade alcançada pelo Petrus é realmente impressionante. Os felizardos que já degustaram algumas das melhores safras, descrevem-no como dono de uma textura sedosa nunca igualada por qualquer outro. Um <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/os-aromas-do-vinho-primario-secundario-e-bouquet/" target="_blank"><em>bouquet</em> </a>riquíssimo e extremamente potente de especiarias, café, canela, trufas, chocolate, cerejas e ameixas.\r\n<h2><strong>Por que o preço do Petrus é tão alto?</strong></h2>\r\nO Château Petrus se transformou em um ícone mundial. Nos leilões, seus preços atingem cifras astronômicas, encorajando as falsificações. Ano após ano, ele permanece na lista dos melhores do mundo, como confirma a <a href="http://www.wine-searcher.com/most-expensive-wines" target="_blank">lista dos vinhos mais caros de 2016 do site </a><strong>Wine Searcher.</strong>\r\n\r\nA produção é considerada baixíssima; são produzidas apenas de 30 a 50 mil garrafas por ano. Cerca de 40% das garrafas ficam na França e o restante é “dividido” principalmente entre americanos, alemães, ingleses, e ultimamente, asiáticos. Com uma demanda muito acima da oferta, seus preços continuam a subir. Menos por vontade imperiosa dos donos e mais pelos investidores famintos por lucro.\r\n\r\nApesar do próprio enólogo da casa, Olivier Berrouet, destacar as safras de 1975, 1982, 1990 e 1995, todos sabem que independente do ano, um Château Petrus é sinônimo de excelência na elaboração de um vinho.\r\n\r\nVida longa ao Rei do Pomerol, pois seu reinado está longe de acabar.\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'vinho-chateau-petrus-uma-lenda-insuperavel', '2016-06-21', '2016-06-21 13:26:02', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125355-doc-vinho-verde-regiao-dos-vinhos-verdes.jpg', NULL, 'Vinho Verde é uma região, e não um estilo.', '<p>Ao contrário do <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/vinho-laranja-uma-novidade-de-5-000-anos/">vinho laranja</a>, o vinho verde não é verde. Portanto, ele não é um estilo de vinho. Existem vinhos verdes brancos, tintos, rosés, e mais recentemente, espumante vinho verde. A confusão tem origem devido a uma tradição de vinificação que grande parte dos produtores de vinhos verdes prefere deixar no passado. Afinal, muita coisa mudou nos últimos 40 anos na região dos Vinhos Verdes de Portugal.</p><h2><strong>Vinho verde é uma região demarcada</strong></h2><p>Em 1908 os portugueses demarcaram a região do Vinho Verde que se transformou numa <strong>DOC - Denominação de Origem Controlada.</strong> Anos depois, em 1926, foi criada a <a href="http://portal.vinhoverde.pt/">Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV)</a> para controlar a produção regional. Mas foi somente em 1986, com uma reformulação nas regras, tanto no cultivo das vinhas como na vinificação, que os processos de produção se tornaram mais rígidos. A região do Vinho Verde fica no noroeste do país, na província do Minho. Possui muitas montanhas entrecortadas pelo rio Minho. O solo é arenoso formado por placas de granito desagregadas e contém alta acidez. Essa é a única no mundo que pode ser designada como produtora de vinho verde. Uma exclusividade aceita e registrada pela <strong>OMPI Organização Mundial da Propriedade Industrial</strong> em 1973, em Genebra. Historiadores afirmam que os vinhos verdes foram os primeiros vinhos portugueses a serem exportados e reconhecidos fora do país. Isso aconteceu no século IX, principalmente pela Inglaterra. <div id="attachment_607" align="alignnone" width="400"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/região-dos-vinhos-verdes-de-portugal.jpg" alt="região dos vinhos verdes de portugal"></figure><p> DOC - Denominação de Origem Controlada na Região dos Vinhos Verdes e suas sub-regiões.</div> A região do Vinho Verde está dividida em 9 sub-regiões: <strong>Amarante</strong>, <strong>Ave</strong>, <strong>Baião</strong>, <strong>Basto</strong>, <strong>Cávado</strong>, <strong>Lima</strong>, <strong>Monção e Melgaço</strong>, <strong>Paiva</strong> e <strong>Sousa</strong>. Uma observação interessante é que se uma vinícola quiser especificar no rótulo a sub-região em que o vinho verde foi elaborado, ela deve usar as castas recomendadas para essa respectiva sub-região.</p><h2><strong>Mas, por que verde?</strong></h2><p>No começo do texto falamos que os produtores gostariam de esquecer a origem do nome. Bem, primeiro vamos à versão oficial repetida por muitos e, convenhamos, tem sua originalidade. Os vinhos verdes possuem esse nome porque é a <strong>região mais verdejante do país</strong>. Com alto níveis de chuva e muitas árvores, a paisagem (realmente muito linda) se mostra como um manto verde sobre as montanhas e vinhedos. Esse elogio se confirma - segundo a versão oficial - principalmente porque as vinhas das propriedades eram plantadas em simbiose com as outras plantas locais – em condução vertical da vinha – e com isso, formavam verdadeiros paredões verdes. <div id="attachment_611" align="alignnone" width="599"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/vinhedos-das-regioes-vinhos-verdes.jpg" alt="vinhedos das regioes vinhos verdes"></figure><p> Bela paisagem verdejante dos Vinhos Verdes.</div> Isso tudo é verdade, apesar que nos dias de hoje, com a modernização dos processos, os vinhedos não são mais cultivados dessa maneira. Agora a outra versão. Não se pode negar que o nome vinho verde vem do fato da população local usar uvas ainda verdes na produção dos vinhos. Isso mesmo, as uvas não eram maturadas o suficiente antes da colheita. Essa verdade pode ser comprovada quando observamos a legislação portuguesa de 1946, que dividia os vinhos entre <strong>verdes e maduros</strong>. Ainda hoje, muitos agricultores usam essa terminologia para diferenciar vinhos. Os vinhos elaborados dessa forma traziam muito frescor, muita fruta, alta acidez (devido ao ácido málico) e baixo teor alcoólico, pois os açúcares ainda não haviam se desenvolvido. Também não passavam por grandes estágios de maturação em barris, e por isso, eram refrescantes e fáceis de beber, sem grande complexidade. Porém, a partir dos anos 1960 e 1970, os novos processos trouxeram mudanças benéficas para a região. Seus vinhos continuam tendo um frescor característico do <i>terroir</i> do Minho, mas os avanços os deixaram mais sábios. Hoje, além dos vinhos jovens, temos vinhos verdes mais elaborados, que fazem estágio em barris de carvalho antes de saírem das adegas.</p><h2><strong>Castas da região do Vinho Verde</strong></h2><p>As principais uvas dos vinhos verdes são autóctones, ou seja, nativas do país. São suas qualidades únicas que trazem aquela tipicidade tão admirada pelos amantes do vinho. Entre elas se destacam: <strong>Alvarinho</strong> - considerada a mais nobre das uvas brancas de Portugal. <strong>Loureiro</strong> – presente em quase toda a região do vinho verde, suas plantas costumam ter alto rendimento por hectare. Apesar disso, tem demonstrado uma qualidade superior. <strong>Arinto</strong> – também chamada de <strong>Pedernã</strong>, essa casta tem uma característica cítrica muito apreciada nos vinhos feitos a partir de <i>blends</i>. Um corte tradicional do vinho verde é o <i>blend</i> entre Arinto, Loureiro e Trajadura. Outras castas brancas da região: Avesso, Azal, Fernão Pires, Trajadura. Tintas: Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro e Vinhão. <div id="attachment_608" align="alignnone" width="400"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/casta-alvarinho-do-vinho-verde.jpg" alt="casta alvarinho do vinho verde"></figure><p> A casta Alvarinho é considerada a mais nobre das brancas portuguesas.</div></p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Mesmo com a evolução dos vinhos verdes, o <i>terroir</i> dessa belíssima região de Portugal está cada vez mais presente. Como apreciadores de vinhos de todas as partes do mundo, resta-nos abrir a garrafa e nos transportarmos para as montanhas do Minho. E se nossa alma portuguesa falar mais alto, podemos nos aproximar desse querido povo, ouvindo um sucesso de 1977, interpretada por Paulo Alexandre (hoje com 85 anos) que homenageia o vinho verde. </p><blockquote><p><i>“Vamos brindar</i> <i>Com vinho verde que é do meu Portugal</i> <i>E o vinho verde me fará recordar</i> <i>A aldeia branca que deixei</i> <i>Atrás do mar”</i></p></blockquote><p> Música: <strong>Verde Vinho</strong> • Intérprete: <strong>Paulo Alexandre</strong> Link do Youtube: <a href="https://goo.gl/XgnbcL">https://goo.gl/XgnbcL</a> Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'vinho-verde-e-uma-regiao-e-nao-um-estilo', '2016-06-21', '2016-06-21 13:28:34', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125299-uva-carmenere-da-franca-para-chile.jpg', NULL, 'Uva Carménère: de Bordeaux para os vinhos chilenos.', '<p>A uva Carménère é originária de Médoc, região de Bordeaux, na França, mas está tão associada ao Chile que podemos dizer que ela se “naturalizou” chilena. Por mais de um século ela foi dada como extinta. Depois de redescoberta, nos anos 1990, foram os vinhos chilenos que compreenderam de forma tão maravilhosa essa casta francesa.</p><h2><strong>A redescoberta da Carménère ou Grande Vidure</strong></h2><p>A presença de vinhedos em território francês conta milhares de anos. Na época do Renascimento (séc XIV) existiam duas castas muito usadas na produção dos vinhos: <strong>Vidure</strong> e <strong>Grande Vidure</strong> – essa segunda considerada bem maior que a primeira. Ao longo das décadas, o nome da casta <strong>Vidure</strong> foi mudado para <i><strong>Carmenet</strong></i> ou <i><strong>Cabernet</strong></i>. Sua origem era o norte da França, terra dos chamados Francos, portanto ela ficou conhecida como <strong>Cabernet Franc</strong>. A <strong>Grande Vidure</strong> também teve seu nome alterado para <strong>Carménère</strong>, derivado de carmim, ou vermelho intenso. A situação mudou radicalmente em meados da década de 1860, devido a devastadora crise da Filoxera – praga que assolou a Europa – quando os vitivinicultores tiveram que destruir suas vinhas e recomeçar os plantios a partir de mudas novas. Apesar dos vinhos feitos com a Carménère serem bastante apreciados, as videiras possuíam um baixo rendimento. Isso fez com que ela fosse esquecida e substituída por outras castas. Passou-se praticamente todo o século XX sem que ninguém ouvisse falar de seu paradeiro e a comunidade de enólogos, estudiosos e apreciadores a consideravam extinta. Voltando um pouco na história, em 1800, navios com mudas de Merlot chegaram ao Chile. Em 1850, Christian Lanz criou a <a href="http://www.carmen.com/en/">Viña Carmen</a> – <i><strong>Carmen</strong></i> em homenagem a sua esposa - na região de Alto Jahuel, no Vale do Maipo. <div id="attachment_623" align="aligncenter" width="600"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/Viña-Carmen-chile.jpg" alt="Viña Carmen chile"></figure><p> Viña Carmen no Chile.</div> Durante mais de um século, a vinícola acreditava que seus vinhedos eram apenas da casta Merlot, mas em 1994 o ampelógrafo francês <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Jean-Michel_Boursiquot">Jean-Michel Boursiquot</a> estranhou o fato de algumas plantas insistirem em frutificar tardiamente. Levou suas folhas para exames e descobriu o improvável: <strong>era uma Carménère</strong>. As folhas de Carménère e Merlot são muito parecidas e um equívoco na escolha das vinhas, muitos anos atrás, fez com que a Carménère sobrevivesse em meio as videiras de Merlot. <div id="attachment_624" align="aligncenter" width="648"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/vale-do-maipo-chile-1024x541.jpg" alt="vale-do-maipo-chile"></figure><p> Vale do Maipo, Chile.</div> Foi um marco na história da vinicultura que ganhou as manchetes nos jornais mundiais. Em 1996 foi o primeiro lançamento de um vinho após a redescoberta e o rótulo estampava: <strong>Grande Vidure</strong>. Apesar da alegria geral, o nome Grande Vidure incomodava os europeus - principalmente a França - e anos mais tarde, após vários debates políticos, foi decidido que importações de vinhos chilenos que estampassem o nome Grande Vidure, seriam proibidas. Desde então, todos a chamam de <strong>Carménère</strong>. O Chile vem trabalhando a relação da cepa com seu <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/terroir-dos-vinhos-uma-definicao-abrangente/"><i><strong>terroir</strong></i></a> de forma impressionante. Na França ainda é pouco cultivada, mas em outras partes do mundo como Friuli (norte da Itália), Califórnia, Nova Zelândia e Austrália resolveram investir na renascida casta. <div id="attachment_625" align="aligncenter" width="400"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/Ampelografia-estudo-videiras.jpg" alt="Ampelografia-estudo videiras"></figure><p> Ampelografia é o estudo e a classificação das partes das videiras, como caule, frutos e folhas.</div></p><h2><strong>Características da uva Carménère</strong></h2><p>A uva Carménère possui uma pele de coloração escura e sua principal característica é o amadurecimento tardio. Exige muito sol e um verão quente para mostrar todo seu potencial. Os vinhos reafirmam as cores marcantes e sabores intensos e costumam apresentar taninos mais suaves do que a <strong>Cabernet Sauvingnon. </strong>Frequentemente é usada em <i><strong>assemblages</strong></i> (mistura de variedades de uva na elaboração do vinho).</p><h2><strong>Harmonização</strong></h2><p>Quando elaborado com maestria, os vinhos varietais de Carménère possuem boa estrutura e a presença marcante de frutas vermelhas. Harmonizados com carnes vermelhas, churrascos ou assados em geral, proporcionam uma experiência gastronômica espetacular. Agradecemos Jean-Michel Boursiquot pela curiosidade e perspicácia inerente aos cientistas e também ao maior protagonista dessa história toda: o acaso! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'uva-carmenere-de-bordeaux-para-os-vinhos-chilenos', '2016-06-21', '2016-06-21 22:36:57', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('espanha-vinho-crianza-reserva-gran-reserva.jpg', NULL, 'Vinho espanhol Crianza, Reserva, Gran Reserva e outras classificações.', 'Até o início dos anos 2000, a classificação dos vinhos na Espanha era relativamente simples, pois focava apenas no tempo de envelhecimento das bebidas. Nos rótulos eram estampados <em><strong>Vinho Crianza</strong></em>, <em><strong>Reserva</strong></em> ou <em><strong>Gran Reserva</strong></em>. Seguindo as normativas da União Europeia e uma tendência mundial, novas leis foram estabelecidas. Então, vamos conhecer melhor o que compramos?\r\n<h2><strong>Regulamentação Europeia dos vinhos</strong></h2>\r\nA Espanha não é o maior produtor de vinhos, mas é o país com maior área plantada de vinhas no mundo. <strong>Rioja</strong> é a região mais famosa e em 1933 foi a primeira a ter uma <strong>Denominação de Origem</strong> no país.\r\n\r\nAo lado de França e Itália, o país tem um protagonismo no cenário da vitivinicultura tradicional. No entanto, mesmo sendo vizinhos, esses países têm suas peculiaridades e, às vezes, visões diferentes sobre os vinhos. Na França, por exemplo, o <em><strong>terroir</strong></em> é o elemento principal e a ligação com a terra um pressuposto para os bons vinhos. Essa ótica tem influenciado países do mundo todo desde o começo do século passado, mas na Espanha, além da denominação de origem, o envelhecimento do vinho ganha destaque.\r\n\r\nNão temos hoje - e talvez nunca teremos - regras mundiais de classificação do vinho, porém, desde a criação da União Europeia, existe um esforço para uma normatização que garanta as características de cada país.\r\n\r\nAntes de 2011, os selos de classificação adotados pela UE eram: <strong>VQPRD (Vinho de Qualidade Produzido em um Região Específica) </strong>e<strong> Vinhos de Mesa</strong>. Sob esse guarda-chuva abrigava as muitas denominações de cada país. As regras mudaram e atualmente são: <strong>DOP (Denominação de Origem Protegida)</strong> e <strong>IGP (Indicação Geográfica Protegida)</strong>. Essa mudança ocorreu principalmente para que o selo pudesse ser usado para outros produtos além do vinho e tirar a conotação negativa das palavras “vinhos de mesa”.\r\n\r\n<div id="attachment_668" align="aligncenter" width="585"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/selo-uniao-europei-classificacao-vinhos.jpg"><img class="wp-image-668 size-full" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/selo-uniao-europei-classificacao-vinhos.jpg" alt="selo uniao europei classificacao vinhos" width="585" height="297" /></a> Selos da União Europeia para classificação dos vinhos.</div>\r\n<h2><strong>Classificação do vinho espanhol</strong></h2>\r\nAté 2003 a Espanha classificava seus vinhos, principalmente, pelo seu envelhecimento nas barricas e garrafas. A primeira é chamada de maturação oxidativa (que permite uma micro-oxigenação pelas barricas de carvalho) e depois de engarrafados, a redutiva (evolução de aromas dentro da garrafa). As denominações de envelhecimento são:\r\n\r\n<strong>Vinho Crianza</strong> - quando falado em língua portuguesa, a denominação vinho crianza pode gerar alguma confusão. Mas em espanhol, como podemos comprovar até no <a href="http://www.oxforddictionaries.com/es/definicion/espanol/crianza">dicionário de Oxford</a>, crianza significa criação, educação. É um detalhe importante porque é um tipo de vinho muito diferente dos chamados vinhos jovens que são colocados no mercado no mesmo ano ou no ano seguinte. O vinho crianza passa por um estágio de envelhecimento total de 24 meses - sendo que destes, ao menos 6 meses são em barricas - com o objetivo de ganhar maior complexidade de aromas e sabor. O restante do tempo é maturado na garrafa.\r\n\r\n<strong>Vinho Reserva</strong> – o tempo total de envelhecimento é de 36 meses, sendo no mínimo 12 em barricas de carvalho e o restante na garrafa.\r\n\r\n<strong>Vinho Gran Reserva</strong> – obrigatoriamente passa por uma maturação de 60 meses, sendo um mínimo de 18 meses em barris de carvalho e o restante na garrafa.\r\n\r\nCom a reformulação da <a href="https://www.boe.es/diario_boe/txt.php?id=BOE-A-2003-13864" target="_blank">Lei da Vinha e do Vinho de 2003</a>, a classificação ficou mais complexa. Para entender os rótulos, além das denominações de envelhecimento, temos outras que são divididas em:\r\n<ol>\r\n <li><strong>DOCa (Denominación de Origen Calificada)</strong> – é o nível mais alto da classificação junto com a VP (Vino de Pago). O termo Calificada significa que os vinhos são de alta qualidade e garantidos. Têm este selo apenas as regiões de Rioja e Priorat.</li>\r\n <li><strong>DO (Denominación de Origen)</strong> – além de sua origem geográfica, essa denominação indica que o vinho possui um estilo que segue regras de produção. Inclui uma gestão das vinhas (castas permitidas, rendimento por planta, etc) e técnicas de vinificação.</li>\r\n <li><strong>VP (Vino de Pago)</strong> – São vinhos de alta qualidade, muitas vezes de vanguarda, mas que não se enquadram na DO. Isso pode acontecer de duas formas: se a vinícola estiver fora de uma indicação geográfica, a propriedade ganhará o título de Vino de Pago; outro caso é quando o vinho é elaborado fora das regras de produção, mas possui excelente qualidade, então será Vino de Pago Calificado.</li>\r\n <li><strong>VC (Vino de Calidad con Indicación Geográfica)</strong> – essa pode ser compreendida como uma categoria de transição. São vinícolas que estão em ascensão para níveis mais altos de qualidade, mas que ainda não podem ser considerados DO.</li>\r\n <li><strong>VT (Vino de la Tierra)</strong> – nessa denominação, o vinho é visto apenas pela ótica da terra de origem, e não pela qualidade e processos produtivos. É um termo mais genérico e flexível, que não restringe castas, mas que determina limitações sobre o rendimento das vinhas.</li>\r\n</ol>\r\n<h2>Conclusão</h2>\r\nMesmo quando um vinho não corresponde exatamente às nossas expectativas, as classificações criadas por cada país são de grande valia em nossas escolhas. Até em países como Chile e Argentina, que não possuem regras e leis tão rígidas como as europeias, aproveitam dessa nomenclatura mundial espanhola.\r\n\r\nIndependente se é um vinho <strong><em>Crianza</em></strong>, <em><strong>Reserva</strong></em> ou <strong><em>Gran Reserva</em></strong>, o que importa é tê-los sempre por perto; assim como os amigos. Salud!\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'vinho-espanhol-crianza-reserva-gran-reserva-e-outras-classificacoes', '2016-07-01', '2016-07-01 20:42:16', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('beneficios-do-vinho-tinto.jpg', NULL, 'Afinal, os benefícios do vinho estão comprovados?', 'Não bebemos vinho somente porque ele traz benefícios à saúde. O vinho abrange muitas outras coisas. Contudo, vamos fazer uma reflexão a respeito desse seu aspecto louvável.\r\n\r\nPela ótica medicinal, os benefícios do vinho são conhecidos desde os tempos remotos. Na Grécia antiga era adicionado na água para matar bactérias ou para que ficasse mais higiênica. Historicamente, o saneamento básico era muito pior do que hoje, sendo a água o principal meio de contaminação de diversas doenças. O que levou <strong>Louis Pasteur</strong>, inventor da microbiologia moderna, a afirmar que o vinho era <em>"a mais higiênica de todas as bebidas"</em>.\r\n\r\nÉ sabido que desde o começo de 1800 até a Segunda Grande Guerra, nos anos de 1940, especialistas em saúde recomendavam matar a sede com a mistura de água e vinho. Já nos anos de 1980, com o famoso estudo do <strong>Paradoxo Francês</strong>, vimos o hábito de tomar vinho de outra maneira, pois as comprovações científicas começaram a aparecer de forma mais consistente.\r\n\r\nRecentemente foi publicado na <a href="http://science.sciencemag.org/content/352/6285/565" target="_blank">revista Science</a> o estudo feito pela cientista holandesa <strong>Alexandra Zhernakova</strong>. Nele foi demonstrado que o consumo do vinho influencia na composição das bactérias intestinais, e uma delas, teria efeito anti-inflamatório para o sistema digestivo. O que poderia ajudar no combate às doenças do intestino, por exemplo.\r\n\r\nEm 2012 o estudo do cientista americano <a href="http://oregonstate.edu/foodsci/people/neil-shay" target="_blank">Neil Shay</a> observou que um ácido presente nos vinhos - ácido elágico - ajuda a reduzir a gordura no fígado. Agora a curiosidade: somente os vinhos que passaram por maturação em barricas apresentam o tal ácido. É o carvalho que transfere essa substância para o vinho, e quanto mais tempo de envelhecimento, maior a quantidade de ácido.\r\n\r\nNossa fisiologia muda de pessoa a pessoa e como não há uma regra geral, serão necessários muitos estudos pela frente. O que sabemos hoje, com mais clareza, é que o vinho possui um poderoso antioxidante, colabora na digestão (como todo alimento fermentado) e tem álcool. Como toda bebida alcoólica, seu consumo é polêmico. Estudos relacionam um consumo moderado com benefícios para a saúde, enquanto outros (também científicos) são muito mais relutantes à essa afirmação. O que nos força a dizer que, em se tratando de álcool, a quantidade é que faz a diferença.\r\n\r\n<a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/paradoxo-frances-vinho-e-coração.jpg"><img class="alignnone wp-image-647" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/06/paradoxo-frances-vinho-e-coração.jpg" alt="paradoxo frances vinho e coração" width="600" height="450" /></a>\r\n<h2><strong>Paradoxo Francês: vinho e coração</strong></h2>\r\nA expressão <strong>Paradoxo Francês</strong> apareceu pela primeira vez na publicação da <a href="http://www.oiv.int/" target="_blank">Organização Internacional do Vinho e da Vinha</a> em 1986. Três anos mais tarde, foi publicado o livro <em><strong>The french paradox antioxidants</strong></em> do professor <strong>George Riley</strong> baseado nos estudos do médico cientista francês <strong>Serge Renaud</strong>. Em 1991, ele próprio apresentou suas conclusões no programa <strong>60 Minutes</strong> da TV americana. Nos anos seguintes, o consumo do vinho nos EUA cresceu vertiginosamente.\r\n\r\nO paradoxo vem da constatação de que, mesmo com uma dieta rica em gorduras como queijos e outros alimentos, a população francesa apresentava (naquela época) um nível de colesterol abaixo de muitos outros países que consumiam menos gorduras. Ficou a dúvida: ou a gordura não é um fator tão preponderante nos altos índices de colesterol, ou havia algo a mais na dieta francesa que pudesse inibir sua ação.\r\n\r\nEsse algo foi identificado como sendo o vinho. Desde então, cientistas do mundo todo procuram esclarecer a hipótese. As conclusões não são definitivas, mas nos levam a crer que sim, os benefícios do consumo do vinho existem.\r\n\r\nA mais evidente é a sua influência na prevenção das doenças cardiovasculares. O vinho tem ação antiplaquetária, ou seja, inibe as placas de gordura que entopem as veias do coração.\r\n\r\nOutros estudos ligaram o hábito moderado de consumo do vinho ao combate a vários tipos câncer, como o de próstata, ovário, pulmão etc. Porém esses estudos ainda são inconclusivos.\r\n<h2><strong>Antioxidantes no vinho</strong></h2>\r\nEsse é o mais celebrado benefício do vinho: combater a oxidação (envelhecimento) das células. A oxidação é natural e libera radicais livres, que numa reação em cadeia podem matá-las. A própria oxidação controla esse estrago através dos antioxidantes, como os <strong>polifenóis</strong>. Esses compostos estão presentes em muitos alimentos como o suco de uva, e principalmente nos vinhos tintos. Dentre eles, o <strong>resveratrol</strong> é o destaque, pois ajuda a controlar o colesterol ruim. Dados clínicos em humanos vêm ao longo das últimas duas décadas comprovando os estudos de laboratório.\r\n\r\nRealmente os vinhos mais escuros e que passaram por carvalho possuem mais antioxidantes. Mas e os vinhos brancos? Há poucos estudos sobre eles ainda, mas um contraponto ocorreu em 2006, com uma pesquisa da <strong>Escola de Medicina de Connecticut (EUA)</strong>, que concluiu que as substâncias benéficas viriam da polpa da uva - os vinhos brancos são feitos somente com a polpa - e não apenas das cascas, que dão cor aos vinhos.\r\n\r\nOutros dados científicos apontam a atuação dos compostos fenólicos na prevenção de algumas doenças neurodegenerativas, entre elas o Mal de Alzheimer.\r\n\r\nÉ importante ressaltar que os maiores benefícios do vinho são notados quando as pessoas estudadas também possuem uma alimentação saudável. Ou seja, o potencial benéfico da bebida anda junto com outros hábitos saudáveis que já são conhecidos por todos.\r\n<h2><strong>Conclusão: beber moderadamente, mas quanto?</strong></h2>\r\nComo não somos clones uns dos outros, a relação de álcool e organismo varia. O álcool estimula os neurotransmissores, liberando serotonina e dopamina, causando euforia, bem-estar e está associado aos sentimentos de prazer. Seu uso social está presente desde os primórdios da civilização. Não é nosso objetivo aqui, abrir um debate amplo e importante sobre o consumo de álcool. Mas é interessante notar que os excessos são prejudiciais em quase tudo na vida. Porém, isso não anula os benefícios do vinho quando consumido de forma moderada.\r\n\r\nBuscar o bem-estar e curtir as coisas boas da vida é uma decisão racional e pessoal. Atividade física e um consumo moderado do vinho é o maior teste para aprender a equilibrar os hábitos. Apreciar o vinho e receber seus benefícios faz parte de um estilo de vida saudável. Ficamos com a máxima de que <em><strong>“a dose é o que diferencia o remédio do veneno”</strong></em>.\r\n\r\nAh...se você quiser uma definição para moderado, talvez deva seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde.\r\n<ul>\r\n <li>Mulheres: até 2 doses/dia – equivalente a 240 ml;</li>\r\n <li>Homens: até 3 doses/dia – equivalente a 360 ml.</li>\r\n</ul>\r\nO que acha?\r\n\r\nAté breve!\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'afinal-os-beneficios-do-vinho-estao-comprovados', '2016-07-06', '2016-07-06 13:46:25', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-varietal-e-vinho-assemblage-blend.png', NULL, 'Definição: vinho varietal e vinho assemblage.', '<strong>Varietal</strong> e <strong>Assemblage</strong> são duas palavras com as quais os enófilos iniciantes logo se deparam. Elas servem para sinalizar o método de elaboração do vinho. Algumas pessoas procuram defender a superioridade de um tipo em relação ao outro; o que é desnecessário, porque ainda ninguém descobriu, com plena certeza, os segredos dos bons vinhos. A prova final é sempre na taça. Portanto, vamos ver o significado de cada um desses termos e conhecer alguns <em>varietais</em> e <em>assemblages</em> famosos.\r\n<h2><strong>Vinho Varietal e Monovarietal</strong></h2>\r\nVinho varietal é aquele elaborado predominantemente com uma casta. Isso quer dizer que na sua composição uma uva deve prevalecer. A quantidade dessa casta varia de acordo com as regras de cada país. No Brasil e Chile, para que um vinho seja rotulado como varietal, ele deve ter em sua composição pelo menos 75% de uma determinada casta. Na União Europeia e em grande parte dos outros países, essa porcentagem é de 85%. Exemplo: um vinho varietal Cabernet Sauvignon pode ser elaborado com 85% dessa casta e os outros 15% por outra, como Merlot.\r\n\r\nSe um vinho for elaborado 100% por uma casta, então ele será denominado <strong>monovarietal</strong> ou <strong>monocasta</strong>.\r\n\r\nAlguns países europeus, como a Alemanha, há décadas costumavam colocar nos rótulos dos vinhos o tipo da uva, mas a prática ganhou força nos países do chamado Novo Mundo (EUA, Austrália, Chile, Argentina, África do Sul, Nova Zelândia, etc). Essa história começou quando o pesquisador e professor americano, Maynard Amerine, em meados dos anos de 1940 lançou uma série de estudos sobre as regiões produtivas na Califórnia e sugeriu o plantio de novas cepas, com objetivo de melhorar a qualidade do vinho americano. Para se diferenciar dos tradicionais vinhos europeus, que evidenciavam a região de origem, as vinícolas colocavam os nomes das uvas em seus rótulos.\r\n\r\nNos anos 1970, com a popularidade crescente dos vinhos californianos, o termo varietal ganhou o mundo principalmente com os artigos do influente jornalista Frank Musselman Schoonmaker, da revista New Yorker.\r\n<h2><strong>Varietais famosos</strong></h2>\r\n<ul>\r\n <li><strong>Borgonha, França </strong>– a região é palco de varietais célebres, tanto tintos (sempre com <strong>Pinot Noir</strong>), quanto brancos (sempre com <strong>Chardonnay</strong>). Alguns exemplos famosos são Romanée-Conti e Leflaive.</li>\r\n <li><strong>Val de Loire, França </strong>– aqui também temos tanto grandes brancos - <strong>Sauvignon Blanc</strong> de Poully-Fumé e Sancerre, <strong>Chenin</strong> de Vouvray - quanto tintos (como os <strong>Cabernet Franc</strong> de Chinon).</li>\r\n <li><strong>Piemonte, Itália – </strong>os maiores clássicos da região (<strong>Barolo</strong> e <strong>Barbaresco</strong>) são elaborados 100% a partir da <strong>Nebbiolo</strong>.</li>\r\n <li><strong>Montalcino, Itália – </strong>a pequena comuna dentro da Toscana é onde são produzidos os famigerados Brunellos, sempre exclusivamente a partir de <strong>Sangiovese Grosso</strong>.</li>\r\n <li><strong>Barossa Valley, Austrália – </strong>a região é responsável por alguns dos melhores <strong>Shiraz</strong> do novo mundo.</li>\r\n <li><strong>Mendoza, Argentina – </strong>embora a região também produza ótimos assemblages e varietais de outras castas, é inegável que sua rainha é a <strong>Malbec</strong>.</li>\r\n</ul>\r\n<h2>Vinho Assemblage</h2>\r\n<strong><em>Assemblage</em></strong> em francês, <strong><em>blend</em></strong> em inglês, <strong><em>taglio</em></strong> em italiano ou <strong>corte</strong> em português, são sinônimos que significam uma mistura. A palavra é muito usada nas artes plásticas quando o artista produz uma colagem de vários tipos de materiais numa obra. No universo do vinho o objetivo é o mesmo. Nesse caso, o artista é o enólogo e os materiais são os vinhedos e os processos de vinificação.\r\n\r\nOs vinhos são elaborados contendo uma variedade de castas sem a predominância de alguma delas, mas sim com o objetivo de se obter um resultado agradável e prazeroso. É como se fosse a paleta de cores do artista. Por exemplo: controlar o a estrutura da Cabernet Sauvignon com um toque de Merlot, dando suavidade, ou adicionando um leve sabor apimentado da Petit Verdot.\r\n\r\nNa elaboração dos vinhos assemblage, os enólogos procuram mesclar novos sabores e moldar um vinho melhor do que se ele fosse feito com uma única casta. A ideia é usar as qualidades particulares de cada cepa – que variam de acordo com a safra – e compor aromas e sabores mais ricos, equilibrados e que tenham o potencial de evoluir.\r\n\r\n<div id="attachment_689" align="alignnone" width="648"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/vinhos-assemblages-famosos.jpg"><img class="wp-image-689 size-large" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/vinhos-assemblages-famosos-837x1024.jpg" alt="vinhos assemblages famosos" width="648" height="793" /></a> Blends famosos de vinhos. Fonte:<a href="http://winefolly.com/tutorial/famous-wine-blends/" target="_blank"> Winefolly</a></div>\r\n\r\nA Tannat, por exemplo, pode ser usada para acrescentar estrutura, enquanto uma variedade que possua mais taninos evidentes pode contribuir para um melhor envelhecimento nas barricas de carvalho. As possibilidades são muitas se forem considerados todos os processos durante a vinificação.\r\n\r\nNormalmente, após a vindima (colheita das uvas), ocorre uma classificação e separação dos frutos. É feita a fermentação alcoólica onde os vinhos base são produzidos em tanques separados. Em seguida, são feitas várias análises sobre sua acidez, corpo, taninos, etc. No final, é decidido a porcentagem de cada um deles na mistura que resultará o vinho final.\r\n\r\nNesse ponto é que entra toda a arte e conhecimento do enólogo e estilo de cada produtor. O que queremos alcançar com esse vinho? Qual o potencial de evolução na madeira? Que sabores são mais interessantes e como fazer com que eles permaneçam no final? E daí por adiante...\r\n\r\nEssa é a forma tradicional de vinificação europeia. Os vinhos franceses possuem grande prestígio porque elaboram assemblages há séculos. Esse conhecimento construído de ciência e arte é a marca registrada dos vinhos do velho mundo. Por isso mesmo, esses países procuram defender a ideia de <strong><em>terroir</em></strong>, que significa uma visão ampla sobre o processo de produção.\r\n\r\nMuitos podem se perguntar: mas se um assemblage tem como objetivo melhorar o vinho, seriam os <strong><em>blends</em> </strong>melhores do que os varietais? Não, não é bem assim. Elaborar vinhos não é uma ciência exata, ainda que as técnicas científicas sejam grandes aliadas dos produtores. Lembramos que o prazer em degustar um bom vinho está intimamente ligado ao histórico pessoal, como vimos na matéria sobre <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/sua-memoria-olfativa-para-vinhos-pode-e-deve-ser-treinada/" target="_blank">memória olfativa</a>.\r\n\r\nUm exemplo da amplitude de um assemblage são os vinhos de <a href="https://fr.wikipedia.org/wiki/Ch%C3%A2teauneuf-du-pape_(AOC)" target="_blank">Châteauneuf-du-Pape</a>, na França, onde são utilizados até 13 variedades de uvas: Grenache, Mourvèdre, Syrah, Cinsault, Muscardin, Counoise, Clairette, Bourboulenc, Roussanne, Picpoul, Picardan, Vaccarèse e Terret Noir.\r\n<h2><strong>Assemblages famosos</strong></h2>\r\n<ul>\r\n <li><strong>Bordeaux, França</strong> – o célebre corte bordalês é feito sempre com uma base de <strong>Cabernet Sauvignon</strong> que muitas vezes recebe a presença ilustre da <strong>Merlot</strong>. É possível também o uso de outras castas como <strong>Cabernet Franc</strong> , <strong>Malbec</strong>, <strong>Petit Verdot</strong> e até <strong><a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/uva-carmenere-de-bordeaux-para-os-vinhos-chilenos/" target="_blank">Carménère</a></strong>.</li>\r\n <li><strong>Champagne, França</strong> – o espumante mais conhecido do mundo é um <em>blend</em> de castas como <strong>Pinot Noir</strong>, <strong>Chardonnay</strong> e <strong>Pinot Meunier</strong>.</li>\r\n <li><strong>Veneto, Itália </strong>– É nessa região que surge o famoso <strong>Amarone Della Valpolicella</strong>, corte tradicional elaborado com uma mescla entre <strong>Corvina</strong>, <strong>Molinara</strong> e <strong>Rondinella</strong>.</li>\r\n <li><strong>Priorat, Espanha</strong> – assemblage de <strong>Garnacha</strong>, juntamente com <strong>Syrah</strong>, <strong>Merlot</strong> e <strong>Cabernet Sauvignon</strong>.</li>\r\n <li><strong>Porto, Portugal</strong> – esse vinho único pode ser elaborado com várias castas nativas, mas a mistura mais popular é <strong>Touriga Franca</strong> e <strong>Tinta Barroca</strong>.</li>\r\n</ul>\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nMuitas das vinícolas que pensam o vinho como uma arte, usar o método <em>assemblage</em> pode significar um estilo que terá a assinatura do enólogo.\r\n\r\nO que sempre defendemos aqui no blog é que a experiência prática e a constante procura por novos sabores são a chave para aproveitar todo o prazer de se beber vinho, independente se for vinho varietal ou assemblage.\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'definicao-vinho-varietal-e-vinho-assemblage', '2016-07-21', '2016-07-21 20:24:28', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125106-vinho-romanee-conti2.png', NULL, 'Vinho Romanée-Conti da Borgonha: o mais celebrado Pinot Noir.', '<p>Dizem que a fama pode trazer pesadelos indigestos. No caso do mais aclamado vinho do mundo, o <strong>Romanée-Conti</strong>, até agora o maior problema foi ter que transferir o escritório para um local mais apropriado, devido às centenas de pessoas que querem conhecer o emblemático vinho francês. Pelas sutilezas da vida, o escritório se localiza na <i>Rue du Temps Perdu</i>, a Rua do Tempo Perdido, número 1. Número um é justamente o adjetivo dado por muitos críticos sobre os vinhos da <a href="http://www.romanee-conti.com/#/Accueil"><strong>Domaine de La Romanée- Conti</strong></a>. Se hoje, a uva Pinot Noir tem uma apreço especial, é devido em grande parte ao vinho Romanée-Conti. É um vinho <strong>Grand Cru</strong> de altíssima qualidade e pequena produção; que faz com que colecionadores e investidores paguem cada vez mais por uma simples garrafa. Esse é o preço da fama!</p><h2><strong>Domaine de La Romanée-Conti na Borgonha</strong></h2><p>A Domaine de La Romanée-Conti fica em Côte de Nuits, na Borgonha, leste da França. A empresa é proprietária (e arrendatária) de um total de 28 hectares de <strong>Grand Crus</strong> e os vinhedos estão distribuídos nas seguintes regiões: <strong>La Tâche</strong> (6,06 hectares), <strong>Romanée Saint-Vivant</strong> (5,29), <strong>Echézeaux</strong> (4,67), <strong>Grands Echézeaux</strong> (3,53), <strong>Richebourg</strong> (3,51), <strong>La Romanée Conti</strong> (1,81), <strong>Corton Bressandes</strong> (1,19), <strong>Le Montrachet</strong> (0,68), <strong>Corton Clos du Roi</strong> (0,57), <strong>Corton Renardes</strong> (0,51) e <strong>Bâtard-Montrachet</strong> (0,17). Esse último, produz somente para consumo interno da Domaine. <div id="attachment_709" align="aligncenter" width="650"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/vinho-da-domaine-de-la-Romanee-Conti.jpg" alt="vinho da domaine-de-la-Romanee-Conti"></figure><p> Romanée-Conti, um dos vinhos mais famosos do mundo.</div></p><h2><strong>História: a nobreza sempre presente</strong></h2><p>Há mais de um milênio, no ano 900, o conde Manasses e seu irmão (que era bispo), fundaram o Priorado de Saint-Vivant. Em 1232, a <strong>Abadia de Saint Vivant</strong> foi agraciada com a doação dos primeiros vinhedos pela duquesa Alix de Vergy de Borgonha. Em 1631 a propriedade foi comprada pela família de Croonembourg, que a rebatizou pelo nome de <strong>Romanée</strong>. Em 1760, após as guerras e intrigas, Louis-François de Bourbon, príncipe de Conti, adquiriu La Romanée. Diz a história que ele pagou um valor dez vezes maior pelas terras porque já sabia do potencial extraordinário da região para a produção de vinhos. Em 1869, a propriedade foi comprada por Jacques-Marie Duvault-Blochet, que anexou outras regiões próximas como Echezeaux, Grands Echezeaux e Richebourg. Desde 1942, duas famílias tem a posse da Domaine e são representadas por <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Aubert_de_Villaine"><strong>Aubert de Villaine</strong></a> e <strong>Henri-Frédéric Roch</strong>. <div id="attachment_706" align="aligncenter" width="300"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/aubert-de-villaine-romanee-conti-300x200.jpg" alt="aubert-de-villaine-romanee-conti"></figure><p> Aubert de Villaine, proprietário da vinícola Romanée-Conti</div> <div id="attachment_707" align="aligncenter" width="300"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/romanee-conti-henry-frederic-roch-300x200.jpg" alt="romanee-conti-henry-frederic-roch"></figure><p> Henry Frederic Roch, propietário da Domaine de La Romanée-Conti.</div></p><h2><strong>Produção cuidadosa do vinho Romanée</strong></h2><p>A produção de vinhos espetaculares tem em comum o baixo rendimento das vinhas. Isso faz com que os frutos fiquem mais concentrados e apresentem qualidades especiais de taninos e açúcares, o que favorece a elaboração de bons vinhos. Na Domaine Romanée-Conti os rendimentos por planta são extremamente baixos. Uma média de 30 hectolitros por hectare e desde 1986 as vinhas são cultivadas de forma orgânica. Nos anos de 1990 foram testadas as técnicas biodinâmicas, e após um bom resultado, hoje todos os vinhedos são tratados assim e gerenciados pelo especialista em cultivo <strong>Nicolas Jacob</strong>. Na época da colheita, quase uma centena de trabalhadores se reúne durante 10 dias para o trabalho. As uvas são colhidas tardiamente (com alto grau de maturação), o que deixa as peles mais frágeis. Para evitar o rompimento, as caixas de transporte são da altura de um cacho, para que não haja sobreposição dos frutos. Dentro da adega não há segredos guardados a sete chaves. A filosofia perpetuada por Aubert de Villaine é o mínimo de intervenção. Todas as leveduras são naturais e todos os vinhos passam por barris de carvalho novo. Depois do primeiro uso, esse barris são descartados e vendidos pela metade do preço. Eles são construídos com madeiras das florestas de Bertranges e Tronçais. O cuidado é tanto que a madeira é comprada pela própria Domaine, secas durante 3 ou 4 anos e só então levadas para tanoaria. O tempo de envelhecimento dos vinhos nos barris chega a 18 meses e não passam por nenhuma filtração durante o engarrafamento. A produção de Romanée-Conti fica entre 6.000 a 8.000 garrafas por ano; e como existe muita gente disposta a pagar por uma garrafa, a oferta é muito menor que a procura. Uma curiosidade não muito conhecida, é que a casa também produz um vinho <strong>Premier Cru, </strong>uma classificação abaixo de<strong> Grand Cru</strong>. São provenientes de 0,6 hectares em Vosne-Romanée, e são vendidos anonimamente a granel todo ano. <div id="attachment_712" align="aligncenter" width="648"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/tecnicas-biodinamicas-na-Domaine-de-la-Romanee-Conti-borgonha-1024x768.jpg" alt="tecnicas biodinamicas na Domaine de la Romanee Conti borgonha"></figure><p> Técnicas biodinâmicas nas vinhas da Domaine mais famosa de Borgonha.</div></p><h2><strong>Os vinhos da Domaine de La Romanée-Conti</strong></h2><p>Todos os vinhos assinados pela Domaine são <strong>Grand Crus</strong>, a mais alta classificação de um vinho francês.</p><p><strong>Romanée-Conti:</strong></p><ul><li>Casta: Pinot Noir</li><li>Vinhas: 1,8 hectares</li><li>Idade média da vinha: 53 anos</li></ul><p>O crítico de vinhos Clive Coates afirmou, "O mais escasso, mais caro e o melhor Pinot Noir do mundo. Um critério para julgar todos os outros vinhos da Borgonha”.</p><p><strong>La Tâche:</strong></p><ul><li>Casta: Pinot Noir</li><li>Vinhas: 6,06 hectares</li><li>Idade média da vinha: 47 anos</li></ul><p><strong>Richebourg:</strong></p><ul><li>Casta: Pinot Noir</li><li>Vinhas: 3,51 hectares</li><li>Idade média da vinha: 42 anos</li></ul><p><strong>Romanée-St-Vivant:</strong></p><ul><li>Casta: Pinot Noir</li><li>Vinhas: 5,28 hectares</li><li>Idade média da vinha: 34 anos</li></ul><p><strong>Grands Echezeaux:</strong></p><ul><li>Casta: Pinot Noir</li><li>Vinhas: 3,52 hectares</li><li>Idade média da vinha: 52 anos</li></ul><p><strong>Echezeaux:</strong></p><ul><li>Casta: Pinot Noir</li><li>Vinhas: 4,67 hectares</li><li>Idade média da vinha: 32 anos</li></ul><p><strong>Montrachet:</strong></p><ul><li>Casta: Chardonnay</li><li>Vinhas: 0,67 hectares</li><li>Idade média da vinha: 62 anos</li></ul><h2><strong>Preço: um dos mais caros do mundo</strong></h2><p>Não há divergência a respeito das qualidades do Romanée-Conti. Mas, segundo o próprio Aubert de Villaine, é um absurdo que qualquer vinho chegue na casa dos $ 20.000 dólares. Pois é, o mercado tem suas leis. Em um leilão de 1996, um Romanée-Conti, safra 1990, chegou ao valor de $ 28.112 dólares. Atualmente uma garrafa de 2005, por exemplo, custa em média R$ 18.000 dólares. Vinhos como esse, conseguem uma altíssima pontuação entre os críticos. Até Robert Parker, muitas vezes um analista mais frio e contido, utiliza adjetivos exaltados e classifica-os com 99 a 100 pontos.</p><h2><strong>Conclusão: aromas e sabores</strong></h2><p>Os vinhos da Domaine de La Romanée-Conti são considerados referência a todos os vinhos elaborados com a uva Pinot Noir. Todas as possibilidades da casta estão presentes nesse célebre vinho. Na boca, as descrições remetem a seda e cetim. Uma pureza, elegância e ao mesmo tempo um <i><strong>terroir</strong></i> único da Borgonha. São vinhos equilibrados e de estrutura complexa, pois evoluem por anos e até décadas. Nas palavras de Aubert de Villaine: "Nós fazemos vinhos de <i><strong>terroirs</strong></i> especiais de uma região que por séculos produziram grandes feitos para a França." Essa é a história do vinho Romanée-Conti: o mais celebrado de todos os vinhos! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'vinho-romanee-conti-da-borgonha-o-mais-celebrado-pinot-noir', '2016-07-26', '2016-07-26 14:10:18', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608125023-como-e-feito-o-vinho.jpg', NULL, 'Como é feito o vinho?', '<p>Cada enólogo ou vinícola, busca compreender a ciência do vinho (enologia) e através dela desenvolver seu <i><strong>modus operandi</strong></i> na fabricação da bebida. Investigam minuciosamente os detalhes dos processos porque são eles que criam uma assinatura e forjam as personalidades dos vinhos. Ainda assim, mesmo com algumas diferenças na sequência, as etapas básicas são as mesmas para grande maioria dos vinhos. Em relação aos macroprocessos, os vinhos são divididos em: aqueles com carbonatação natural ou injetada (<strong>espumantes</strong>), sem carbonatação (<strong>tranquilos</strong>) e os <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/para-finalizar-os-vinhos-de-sobremesa/"><strong>vinhos doces</strong></a> (fortificados ou licorosos - que possuem processos especiais). Abaixo veremos como é feito o vinho em suas principais etapas: <div id="attachment_741" align="alignnone" width="648"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/processos-de-producao-do-vinho-1024x573.png" alt="processos-de-producao-do-vinho"></figure><p> As etapas na fabricação do vinho: do vinhedo ao engarrafamento.</div></p><h2><strong>1º Passo: escolha do terroir e das castas</strong></h2><p>A escolha do <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/terroir-dos-vinhos-uma-definicao-abrangente/"><i><strong>terroir</strong></i></a> envolve diretamente as condições geoclimáticas. É o primeiro passo, porque tudo o que ocorre naquele ambiente afetará o crescimento e desenvolvimento da variedade da casta escolhida. Essas decisões nunca são tão analíticas, pois somente os testes em campo conseguem chegar a conclusões mais precisas. Após a escolha da casta, é decidido como serão plantadas as vinhas e a distância entre as mudas. Essa etapa é crucial porque a produtividade esperada está fortemente ligada à utilização dos recursos naturais locais. Cada variedade de uva <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitis_vinifera"><i><strong>vitis vinífera</strong></i></a> possui suas próprias características, mas podemos dizer que os primeiros frutos aparecem até os primeiros cinco anos. Vejas as 10 uvas mais plantadas hoje no mundo: </p><ol><li><strong>Cabernet Sauvignon</strong></li><li><strong>Merlot</strong></li><li><strong>Airen</strong></li><li><strong>Tempranillo</strong></li><li><strong>Chardonnay</strong></li><li><strong>Syrah</strong></li><li><strong>Garnacha tinta</strong></li><li><strong>Sauvignon Blanc</strong></li><li><strong>Trebbiano Toscano</strong></li><li><strong>Pinot Noir</strong></li></ol><h2><strong>2º Passo: colheita (vindima) e desengace dos cachos</strong></h2><p>O momento da vindima, ou seja, a colheita da uva, é decidido através das análises do enólogo sobre a composição do fruto em relação a quantidade de ácidos, açúcares e taninos. Os frutos são influenciados diretamente pelas condições climáticas - chuva, frio, umidade, calor, geada - portanto, o momento certo da colheita vai depender também do clima. Por exemplo: se há uma previsão de chuva após um período de grande umidade, convém antecipar a colheita para evitar doenças causadas por fungos como o <strong>Míldio</strong> <i>(Plasmopara vitícola)</i>. O calendário da colheita, normalmente fica entre agosto e outubro para o hemisfério Norte, e de fevereiro a abril no hemisfério Sul. Muitos produtores ainda fazem a colheita da forma tradicional, ou seja, manualmente; principalmente na elaboração de vinhos de alta gama, que demandam um cuidado maior com os frutos. Mas a partir dos anos de 1960, o uso de máquinas na colheita de grandes áreas plantadas tem sido frequente. Esse método diminui os custos, mas pode comprometer o estado das uvas. Após a colheita, os frutos são selecionados e separados das hastes: é o desengace. <div id="attachment_737" align="alignnone" width="400"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/vindima-manual-1024x330.png" alt="vindima-manual"></figure><p> Colheita manual da uva para elaboração de vinho.</div></p><h2><strong>3º Passo: esmagamento e primeira fermentação (alcoólica)</strong></h2><p>A cena clássica de trabalhadores esmagando uvas com os pés é conhecida por todos. Hoje são usadas prensas especiais que possuem regulagens de pressão durante o esmagamento. Esse processo rompe com as peles (cascas) e libera o conteúdo das bagas, formando o mosto de uvas. Ao contrário dos vinhos tintos, onde as cascas permanecem durante a próxima etapa, nos brancos elas são separadas - a exceção é o <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/vinho-laranja-uma-novidade-de-5-000-anos/">vinho laranja</a>. Feito isso, o mosto vai para os tanques onde ocorre a fermentação alcoólica através das leveduras (fungos) presentes nas uvas. Essas são chamadas de <strong>leveduras</strong> <strong>nativas</strong> ou <strong>indígenas</strong>. São elas que processam os açúcares (fermentação) produzindo o álcool do vinho. Além das nativas, é possível adicionar leveduras comerciais específicas para ajudar a controlar o resultado da fermentação.</p><h2><strong>4º Passo: estabilização a frio e calor</strong></h2><p>Caso haja o aparecimento de cristais, devido ao <strong>ácido tartárico</strong>, é feita então uma estabilização a frio. O vinho é resfriado em temperaturas abaixo de zero grau, o que estabiliza a ação dos micro-organismos e torna-o mais límpido. Já a estabilização pelo calor, tem como objetivo não apenas esterilizar, mas também atuar nas proteínas e na redução ou oxidação; causando uma maturação repentina no vinho.</p><h2><strong>5º Passo: vinho de prensa</strong></h2><p>Após a fermentação alcoólica, a parte sólida do mosto é separada e passa por uma prensa. O líquido derivado da prensagem (vinho de prensa) é de qualidade inferior ao que ficou nos tanques de fermentação. Não é sempre, mas ele poderá ser misturado ao vinho principal. Normalmente, o vinho de prensa não ultrapassa 15% da mistura final.</p><h2><strong>6º Passo: fermentação malolática e maturação</strong></h2><p>A fermentação malolática, também chamada de segunda fermentação, é o processo de transformação do ácido málico - presente na composição das uvas - em ácido lático. Esse processo ocorre através de bactérias láticas adicionadas e tem como objetivo principal suavizar os taninos. Veja mais sobre <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/a-fermentacao-malolatica-na-transformacao-do-vinho/">fermentação malolática</a>. Os vinhos então, são acondicionados em barris de carvalho, inox ou cimento, para que ocorra a maturação. Vale observar que estamos falando de processos básicos, pois cada estilo de vinho pode passar por alguns microprocessos específicos, ou por um tempo diferente em cada etapa.</p><h2><strong>7º Passo: testes de laboratório</strong></h2><p>Os testes são feitos nos laboratórios - na maioria das vezes dentro das próprias vinícolas - para medir os níveis de açúcar (Brix), o Ph (acidez e alcalinidade), açúcar residual, dióxido de enxofre, acidez volátil e porcentagem de álcool. São analisados vários lotes diferentes, e a partir dos resultados o enólogo decide como será a mistura para o vinho final. <div id="attachment_732" align="alignnone" width="400"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/analise-do-vinho-300x169.jpg" alt="analise do vinho"></figure><p> Análises laboratoriais dos lotes de vinhos.</div></p><h2><strong>8º Passo: mistura e colagem</strong></h2><p>Após os testes anteriores, alguns lotes podem ser misturados com o objetivo de equilibrar ou trazer preponderância para alguma característica do vinho. É feito o que chamamos de <strong>colagem</strong>, ou seja, é como se fosse as peças de um quebra-cabeças a ser montado. Esse processo pode ser elaborado tanto em vinhos varietais como em vinho de corte. O que conta são as qualidades dos lotes obtidos e como colá-los numa composição que resulte em um vinho memorável.</p><h2><strong>9º Passo: conservantes sulfitos</strong></h2><p>A adição do <strong>dióxido de enxofre (SO2)</strong> no vinho ocorre na forma de ácido sulfuroso - não de gás, que é prejudicial a saúde – e tem como função a conservação do vinho. Em pequenas partes, esse composto químico já está presente no vinho de forma natural. Ele cessa o trabalho das leveduras, ajuda na esterilização e é o principal conservante usado na fabricação dos vinhos. É identificado pelo código INS 220.</p><h2><strong>10º Passo: filtração</strong></h2><p>Nem todos os vinhos passam por filtração. Esse processo pode ocorrer quando se pretende uma clarificação, que é a remoção de resíduos. São usados filtros com membranas muito pequenas (menores que um milésimo de milímetro) que barram as partículas, inclusive bactérias. A filtração do vinho também ajuda na estabilização microbiana, fazendo com que ele tenha níveis mínimos de ações dos micro-organismos.</p><h2><strong> 11º Passo: engarrafamento</strong></h2><p>A etapa final é o engarrafamento. Através das máquinas envasadoras, as garrafas são enchidas, fechadas com rolhas ou <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/vinho-com-tampa-de-rosca-entenda-o-que-esta-em-jogo/"><i><strong>screw cap</strong></i></a>, e os rótulos são colados. Elas seguem para a adega até a distribuição comercial. <div id="attachment_733" align="alignnone" width="401"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/engarrafamento-de-vinho.jpg" alt="engarrafamento de vinho"></figure><p> Engarrafamento dos vinhos.</div></p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Esses são os principais processos que o vinho percorre até a comercialização. A partir daí, ele fica à espera de seu novo dono, enquanto segue silenciosamente em suas mutações. Muitos estarão prontos para beber; enquanto outros, com qualidades especiais, deverão envelhecer para chegar ao seu ápice. Sua vida atinge o auge quando dá prazer aos degustadores. E se os prazeres forem memoráveis, não faltarão degustadores para lhes fazer companhia.</p>', 'como-e-feito-o-vinho', '2016-07-28', '2016-07-28 10:32:34', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('uva-chardonnay-nos-vinhos-brancos.png', NULL, 'Uva Chardonnay: a versatilidade da rainha dos vinhos brancos', 'Não tem como falar de vinho branco sem falar da uva <strong>Chardonnay</strong>, considerada a rainha das castas brancas devido a sua popularidade. Por sua fácil adaptação em diversas regiões do mundo, nos faz lembrar a onipresente Cabernet Sauvignon. Sua capacidade de absorver características locais, permite uma verdadeira expressão do <strong>terroir</strong>.\r\n<h2><strong>Chardonnay: variedade original e uso dos clones</strong></h2>\r\nA região francesa Chardonnay, em Saône-et-Loire (na Borgonha), é conhecida por esse nome desde 1400, mas o nome da uva só foi padronizado em 1896 pelas autoridades de um conselho formado por vitivinicultores locais. Antes disso a cepa francesa era chamada por vários nomes semelhantes como <strong><em>Chaudenet</em></strong>, <strong><em>Chardenet</em></strong>, <strong><em>Chardonnet</em></strong> ou <strong><em>Chardenay</em></strong>.\r\n\r\nJá foi especulado que ela teria vindo de Israel durante a volta dos Cruzados na Idade Média, mas não há nenhum registro que prove essa história. A <a href="http://www.bourgogne-wines.com/our-wines-our-terroir/our-grape-varietals-our-colors/chardonnay/chardonnay-a-bourgogne-original-that-has-travelled-the-world,2797,10602.html" target="_blank">Associação dos Vinhos de Borgonha (Bourgogne Wine Board)</a> descreve a Chardonnay como descendente do cruzamento da <strong>Pinot Noir</strong> com outra variedade muito antiga, a <strong>Gouais Blanc</strong>. Como ainda não há uma palavra final sobre sua origem, ficamos com a opinião de um dos mais renomados estudiosos do assunto, o ampelógrafo Pierre Galet, que dizia que realmente a Chardonnay é uma varietal original.\r\n\r\n<div id="attachment_761" align="aligncenter" width="500"><img class="wp-image-761 size-full" title="sistema condução espaldeira chardonnay" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/sistema-condução-espaldeira-chardonnay.png" alt="sistema condução espaldeira chardonnay" width="500" height="326" /> O sistema de condução mais comum usado nas vinhas de Chardonnay é o tipo espaldeira.</div>\r\n\r\nNa verdade, após o advento dos clones, o que existe é uma gama de Chardonnays. As mais famosas são as desenvolvidas pelo <a href="http://www.vignevin.com/" target="_blank">Instituto Francês do Vinho e da Vinha</a>, na Universidade de Borgonha, em Dijon. Em 2006, o número de clones era 34, mas aos poucos, foram diminuindo e hoje, um produtor tem pouco mais de uma dezena de clones para escolher. Cada clone possui características adaptativas, ou seja, alguns clones têm grande potencial de rendimento de frutos, outros possuem uma capacidade aromática maior. Cabe ao enólogo escolher aquele mais adequado ao seu <strong>terroir</strong>.\r\n\r\nOutro clone Chardonnay muito presente, principalmente no Novo Mundo, é o chamado clone Mendoza ou Gin Gin. Foi usado nos anos 70 pela primeira vez, na Califórnia, e tem se adaptado em diversas regiões.\r\n<h2><strong>Vinificação: moldando sabores com a Chardonnay</strong></h2>\r\nNo fundo, podemos dizer que a Chardonnay tem uma presença muito neutra e “maleável”. O que ela faz muito bem é refletir as condições oferecidas a ela. Sua versatilidade nos permite elaborar vinhos tranquilos, vinhos doces (colheita tardia) e espumantes.\r\n\r\nAs principais questões a serem respondidas durante a sua vinificação são:\r\n<ol>\r\n <li>Qual será (se houver) o grau de influência desejada da madeira no processo?</li>\r\n <li>Haverá fermentação malolática, ou não?</li>\r\n</ol>\r\nPossui um crescimento muito vigoroso da videira, e por isso quando o objetivo for uma concentração de aromas nos frutos, deve-se diminuir o rendimento por planta. No caso dos Champagnes, a elegância e o equilíbrio dependem muito da acidez do fruto, de modo que a concentração aromática (baixo rendimento) não costuma ser o principal desafio.\r\n\r\nSe colhidas muito maduras os aromas tropicais sobem, enquanto se as uvas forem colhidas um pouco antes de uma maturação plena, os sabores tendem aos de maçã verde e limão.\r\n\r\n<div id="attachment_764" align="aligncenter" width="500"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/uva-chardonnay-e-uva-trebbiano.png"><img class="size-full wp-image-764" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/uva-chardonnay-e-uva-trebbiano.png" alt="Na França é a segunda uva branca mais plantada, atrás da Trebbiano (Ugni Blanc)." width="500" height="370" /></a> Na França é a segunda uva branca mais plantada, atrás da Trebbiano (Ugni Blanc).</div>\r\n\r\nOutra decisão a ser tomada é o tempo de contato com as borras durante a maturação. Esse tempo nos vinhos da Borgonha costuma ser prolongado, e algumas vezes durante a maturação, ele é agitado manualmente, em um processo chamado de <strong><em>bâtonnage</em></strong>.\r\n\r\nA temperatura da fermentação também influencia muito na elaboração dos vinhos Chardonnay. Temperaturas mais frias durante esse processo favorecem os aromas tropicais como abacaxi e manga. Além disso, devido a sua fantástica capacidade de absorver o terroir e responder aos processos na adega, os sabores podem apresentar uma extensa gama: maçã verde, pêra, frutas cítricas, fumo ou mel.\r\n\r\nA fermentação malolática contribui para os sabores amanteigados e suaves, enquanto o carvalho com notas de baunilha e tostado.\r\n<h2><strong>Chablis</strong></h2>\r\n<a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/vinho-chablis-com-uva-chardonnay.png"><img class="alignnone size-full wp-image-771" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/vinho-chablis-com-uva-chardonnay.png" alt="vinho-chablis-com-uva-chardonnay" width="700" height="300" /></a>\r\n\r\nA casta Chardonnay é a única uva permitida na região de <strong>Chablis</strong> <strong>AOC</strong><em> (Appellation de Origine Contrôlée</em>), na França. Nessa região ela encontra um solo argiloso, com muito calcário e conchas de ostras fossilizadas, onde muitos acreditam que a casta alcança sua maior expressão. O resultado são os famosos Chablis, ricos em aromas de maçã verde e com uma extraordinária capacidade de envelhecimento.\r\n\r\nOs aromas dos vinhos envelhecidos <strong>Premier Cru</strong> e <strong>Grand Cru</strong> de Chablis, mostram notas delicadas de mel, nozes e um frescor mineral de pedra molhada. Os franceses inclusive usam uma expressão curiosa para descrevê-los: <em>goût de pierre à fusil</em> ("gosto de espingarda", em uma tradução grosseira). A expressão está associada ao caráter mineral do vinho, fazendo referência ao odor do disparo dos mosquetes de infantaria do século XVII, que unia o cheiro de pedra de sílex com pólvora queimada. No geral são vinhos elegantes onde a Chardonnay revela grande sofisticação.\r\n\r\nA Chardonnay também é destaque em diversas outras micro-regiões da Borgonha, como Côte de Beaune (Meursault e Puligny-Montrachet em particular) e Mâconnais (Pouilly-Fuissé).\r\n<h2><strong>Chardonnay em Champagne</strong></h2>\r\n<a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/espumante-champagne-uva-chardonnay.png"><img class="alignnone size-full wp-image-772" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/espumante-champagne-uva-chardonnay.png" alt="espumante-champagne-uva-chardonnay" width="700" height="300" /></a>\r\n\r\nO icônico espumante da região de <strong>Champagne</strong> é primariamente elaborado a partir das 3 castas: <strong>Pinot Noir</strong>, <strong>Pinot Meunier</strong> e a <strong>Chardonnay</strong>. Quando a escolha é um <em>Blanc de Blancs</em> – feito somente com uvas brancas - a presença da Chardonnay é imprescindível.\r\n\r\nApesar da quantidade de sol recebido em Champagne ser parecida com a de Chablis, o comportamento da uva é diverso. Devido à diferença de temperatura – em Champagne é ligeiramente mais alta - os frutos são colhidos antes da maturação plena, o que faz com que os sabores de frutas sejam mais contidos. Para os produtores isso é bom, pois o Champagne busca principalmente o equilíbrio e o requinte através da acidez da fruta.\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nApesar de a França ser a casa da Chardonnay, outros países como Itália, Espanha, EUA, Chile, Argentina, Brasil (lembramos de nossos premiados espumantes), África do Sul, Nova Zelândia e Austrália, têm apresentado vinhos de ótima qualidade feitos a partir da casta francesa. E isso se deve muito às características de adaptação da Chardonnay: a rainha cosmopolita. Cheers!\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'uva-chardonnay-a-versatilidade-da-rainha-dos-vinhos-brancos', '2016-08-03', '2016-08-03 12:28:06', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608124957-avaliacao-e-pontuacao-dos-vinhos2.png', NULL, 'Robert Parker e outros sistemas de avaliação e pontuação de vinhos.', '<p>A avaliação de vinhos feita por Robert Parker e seu sistema de pontuação inaugurou a era globalizada de opiniões especializadas sobre o assunto. Ainda não existe uma padronização mundial, mas muito do sistema desenvolvido por ele teve grande influência no mercado. Querendo ou não, as avaliações dos vinhos ajudam os consumidores a escolher, com base em alguns critérios, entre inúmeras garrafas disponíveis nas lojas físicas e virtuais. Não é, entretanto – ou ao menos não deveria ser - um julgamento absoluto. Os sistemas de pontuação tentam dar um suporte mais analítico, menos subjetivo, e assim facilitar (e muito!) nossas escolhas. Contudo, e mais uma vez lembrando nossos leitores, o mais importante para que essas avaliações tenham sentido, é ter vinho na taça (experiência prática) e manter um hábito de avaliação (memórias olfativa e gustativa).</p><h2><strong>Vinhos pontuados são melhores?</strong></h2><p>A função da pontuação dos vinhos é qualificar sua elaboração, além de analisar sua tipicidade. Tipicidade significa o grau de representação do vinho em relação ao estilo de determinada região, ou seja, o quanto do <strong>terroir </strong>está presente no vinho. É importante ressaltar que é muito difícil, para nós humanos, nos livrarmos da subjetividade, mas a avaliação é uma tentativa nesse caminho. Além disso, sutilezas gustativas e aromáticas podem definir o gosto pessoal. Por exemplo, existem basicamente duas escolas de pensamento em relação aos vinhos excepcionais classificados acima de 90 pontos: </p><ol><li>Especialistas e degustadores que preferem vinhos complexos e potentes;</li><li>Especialistas e degustadores que preferem vinhos complexos e sutis;</li></ol><p>Portanto, conhecer o estilo do crítico é de grande relevância antes de fazer suas escolhas.</p><h2><strong>O sistema de pontuação de Robert Parker</strong></h2><p><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_M._Parker_Jr.">Robert Parker</a> nasceu em 1947, estudou advocacia e se interessou pelo mundo do vinho quando visitou a França, ainda estudante nos anos 70. Na época, as publicações sobre vinhos nos Estados Unidos, em sua maioria, eram feitas sob um olhar comercial e pouco independente. <div id="attachment_788" align="aligncenter" width="300"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/especialista-em-vinhos-Robert-Parker.png" alt="especialista-em-vinhos-Robert-Parker"></figure><p> Robert Parker: crítico de vinho e principal responsável pelo sistema de classificação até 100 pontos.</div> Parker então, em 1975, começou a escrever um guia de vinhos que pudesse trazer um olhar mais neutro sobre os rótulos avaliados. Em 1978, lançou a primeira edição do <a href="https://www.erobertparker.com/info/wineadvocate.asp"><strong>The Wine Advocate Baltimore-Washington</strong></a>. Um jornal bimestral que fazia avaliações de vinhos baseadas em um sistema de 50 a 100 pontos. Em 1982, chamou a atenção dos críticos quando previu que os vinhos de Bordeaux daquele ano alcançariam a excelência evolutiva com a guarda. Em 1984, já famoso, largou a carreira de advogado, e a partir de então, possui uma reputação de maior crítico mundial de vinhos. Obviamente, há controvérsias! E convenhamos, essa ideia de "maior crítico" não tem muito sentido. Mesmo assim, especialistas que discordam de alguns conceitos seus, como <strong>Jancis Robinson,</strong> reconhecem a importância e influência do americano. <div id="attachment_789" align="aligncenter" width="300"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/primeira-edição-1978-da-wine-advocate-de-parker.png" alt="primeira-edição-1978-da-wine-advocate-de-parker"></figure><p> Primeira edição de 1978 da Wine Advocate.</div> Veja seu sistema de classificação numérica com suas respectivas justificativas: <strong>90-100</strong> - é dado apenas quando o vinho possui características excepcionais ou especiais. Vinhos classificados nessa categoria representam o que de melhor é produzido pelo seu tipo. Claro que há uma grande diferença entre uma classificação 90 e 99, mas ambos os vinhos são muito superiores. E são poucos os que alcançam esse patamar. <strong>80-89</strong> - vinhos classificados nessa faixa são ótimos, principalmente os que ficam entre 85-89. Muitos são os vinhos que se encaixam nessa categoria. <strong>70-79</strong> - vinhos entre 75 e 79 são muito agradáveis, porém sem muita complexidade ou profundidade. Abaixo de 75 significa que o vinho está beirando ao desequilíbrio, mas ainda tem seus atrativos. <strong>Abaixo de 70</strong> - significa que o vinho é falho, sem equilíbrio ou terrivelmente cansativo. Esse vinho não traz nenhum interesse por parte dos consumidores mais exigentes. Parker salienta que, na verdade, seu sistema considera uma base de 50 pontos para cada vinho. Essa pontuação está distribuída em: </p><ul><li><strong>Cor e aparência</strong>: até 5 pontos (de modo geral os vinhos são bem avaliados nesse quesito e atingem na maioria 4 pontos);</li><li><strong>Aroma e </strong><i><strong>bouquet</strong></i>: até 15 pontos (intensidade e alcance);</li><li><strong>Sabor</strong>: até 20 pontos (considere equilíbrio, limpidez, profundidade, persistência na boca);</li><li><strong>Qualidade Global e Potencial de Evolução</strong>: até 10 pontos.</li></ul><p><a href="https://www.erobertparker.com/info/legend.asp">Sistema de Pontuação Robert Parker</a>.</p><h2><strong>Classificação da revista Decanter</strong></h2><p>A <strong>Decanter Magazine</strong> é uma revista britânica criada em 1975 e distribuída em mais de 90 países. Até 2012, adotava um sistema de classificação de vinhos de <strong>0 a 5 estrelas</strong>, desenvolvido pelo crítico Michael Broadbent. Desde então, utiliza uma composição formada pelos sistemas de <strong>20 pontos e o de 100 pontos</strong>. Liderada pelo renomado crítico Stephen Spurrier – o mesmo do Julgamento de Paris - promove desde 2004 a <a href="http://awards.decanter.com/DWWA/2016"><strong>Decanter World Wine Awards (DWWA)</strong></a>, um prestigiado concurso internacional de vinhos. <a href="http://www.decanter.com/wine-reviews/">Sistema de classificação de vinhos da revista Decanter</a>.</p><h2><strong>Sistema de pontuação de Jancis Robinson</strong></h2><p>É uma famosa crítica de vinho, escritora e jornalista britânica. Formada em matemática e filosofia, ela escreve semanalmente para o Financial Times. Seu prestígio é muito grande, sendo ela a conselheira de vinhos da Rainha da Inglaterra. <div id="attachment_791" align="aligncenter" width="349"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/crítica-de-vinhos-Jancis-Robinson.png" alt="crítica-de-vinhos-Jancis-Robinson"></figure><p> Escritora e crítica de vinhos Jancis Robinson.</div> Seu sistema classifica os vinhos de 0 a 20 pontos: <strong>20 - verdadeiramente excepcional;</strong> <strong>19 - extraordinário;</strong> <strong>18 - pouco acima de superior;</strong> <strong>17 - superior;</strong> <strong>16 - distinto;</strong> <strong>15 - médio (bebida agradável, sem falhas, mas sem muita emoção);</strong> <strong>14 - maçante (cansativo);</strong> <strong>13 - na fronteira entre defeituoso ou desequilibrado;</strong> <strong>12 - defeituoso ou desequilibrado.</strong> <a href="https://www.jancisrobinson.com/how-we-score">Sistema de pontuação de Jancis Robinson.</a></p><h2><strong>Classificação da Wine Spectator</strong></h2><p>Criada em 1976, a Wine Spectator talvez seja a mais prestigiada revista sobre vinhos. Segundo seus editores, são realizadas mais de 15.000 degustações às cegas por ano, além de revisões. A Wine Spectator atribui notas de <strong>50 a 100 pontos</strong> aos vinhos avaliados. <a href="http://www.winespectator.com/display/show/id/scoring-scale">Sistema de pontuação da Wine Spectator.</a></p><h2><strong>Classificação da Wine Enthusiast</strong></h2><p>Fundada em 1979 por Adam e Sybil Strum e sediada em Nova York, é uma empresa americana que comercializa vinhos e acessórios. Em 1988, foi criada a revista que apresenta suas classificações periodicamente. Sistema usado de <strong>50 a 100 pontos</strong>. <a href="http://www.winemag.com/ratings/">Classificação de vinhos da Wine Enthusiast.</a></p><h2><strong>Classificação do Guia Descorchados</strong></h2><p>Criado pelo jornalista e escritor Patricio Tapias, é o guia chileno publicado anualmente, desde 1999. Adota o sistema de classificação de <strong>50 a 100 pontos</strong>. <a href="http://guiadescorchados.cl/descorchados-brasil-2016/">Classificação de vinhos do Guia Descorchados.</a></p><h2><strong>Classificação do Guia Gambero Rosso</strong></h2><p>O <strong>Gambero Rosso</strong> é o guia sobre vinhos mais influente da Itália e publicado desde 1987. São classificados apenas os vinhos considerados pelos editores como acima da média. Após as degustações às cegas feitas por especialistas, são atribuídos de <strong>0 a 3 </strong><i><strong>Bicchieri</strong></i><strong> </strong>(taças) aos vinhos. Além disso, os produtores que obtiverem por 10 vezes os três <i><strong>bicchieri</strong> </i>em seus vinhos ganham um selo <i><strong>Stella</strong></i> (estrela). <a href="http://www.gamberorosso.it/en/store/libri-e-guide/guide-vino/italian-wines-2016-detail">Sistema de pontuação de vinhos Gambero Rosso.</a></p><h2><strong>Classificação da Wine Spirits</strong></h2><p>Revista americana publicada desde 1986. Adota o sistema até 100 pontos com pequenas variações: <strong>95-100 - superlativo, um achado raro;</strong> <strong>90-94 – exemplar excepcional do tipo do vinho representado;</strong> <strong>86-89 - altamente recomendado;</strong> <strong>80-85 - um bom exemplo da variedade ou da região.</strong> <a href="http://www.wineandspiritsmagazine.com/S=0/faq#review">Classificação de vinhos Wine Spirits.</a></p><h2><strong>Classificação Le Guide Hachette des Vins</strong></h2><p>O <strong>Guide Hachette</strong> é guia mais vendido na França e publicado anualmente desde 1985. As degustações às cegas feitas por especialistas e críticos classificam os vinhos em até <strong>5 estrelas</strong>. Após, os vinhos mais votados passam por uma segunda rodada onde são escolhidos um ou dois que receberão o título de <i><strong>Coup de Coeur</strong> </i>(Vinho Destaque), que significa a mais alta recomendação. <strong>5 - excepcional (três estrelas);</strong> <strong>4 - notável (duas estrelas);</strong> <strong>3 - excelente (uma estrela);</strong> <strong>2 - bom (nenhuma estrela);</strong> <strong>1 - fraco ou medíocre (eliminado);</strong> <strong>0 - vinho defeituoso (eliminado).</strong> <a href="http://www.hachette-vins.com/guide-vins/actualite-vin/81/le-guide-hachette-des-vins-presentation-et-notation-des-vins">Sistema de classificação de vinhos Guide Hachette.</a></p><h2><strong>Classificação da Revue des Vins de France</strong></h2><p>A <strong>Revue des Vins de France (RVF)</strong> é uma publicação francesa mensal fundada em 1927. Já foi muito elogiada pela crítica Jancis Robinson como sendo a mais séria da França. Publica anualmente um guia dos vinhos franceses avaliados em até <strong>20 pontos</strong> e também as regiões, que recebem até <strong>3 estrelas</strong>. <a href="http://www.larvf.com/,vin-guide-des-meilleurs-vins-de-france-guide-vert,10408,4247112.asp">Sistema de avaliação da Revue des Vins de France.</a> <div id="attachment_792" align="aligncenter" width="500"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/degustação-de-vinho.png" alt="degustação-de-vinho"></figure><p> Experimente e explore novos sabores de vinhos.</div></p><h2><strong>Avaliação de vinhos por aplicativos</strong></h2><p>Seja qual for o sistema de pontuação de vinhos adotado, é importante entender que eles são ferramentas úteis. Ultimamente, os aplicativos como <a href="https://www.vivino.com/app"><strong>Vivino</strong></a>, <a href="http://www.cellartracker.com/content.asp?iContent=48"><strong>Celltracker</strong></a> e tantos outros ganharam o gosto dos enófilos. Avaliações coletivas podem ser válidas para se chegar em uma média de opiniões; porém, um dos problemas é não saber o grau de experiência dos degustadores.</p><h2>Conclusão</h2><p>Nossa mensagem final é: <strong>experimente e eduque seu paladar, assim como sua memória olfativa.</strong> Para isso, leve em consideração as classificações dos vinhos, mas saiba que a grande maioria dos vinhos não chega a ser avaliada. Portanto, explore novas regiões e sabores exóticos, pois com certeza, aos poucos, você vai encontrar os estilos que melhor lhe agradam. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'robert-parker-e-outros-sistemas-de-avaliacao-e-pontuacao-de-vinhos', '2016-08-11', '2016-08-11 12:04:19', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608124884-o-que-tanino-nos-vinhos-tintos.png', NULL, 'O que é tanino do vinho?', '<p>Os <strong>taninos</strong> são compostos químicos sintetizados por muitos organismos vivos, inclusive pelas uvas. O tanino do vinho vem principalmente delas, mas está presente também nos barris de carvalho. Durante a vinificação, a madeira aporta taninos alterando os sabores e aromas. Nas últimas décadas o uso de taninos enológicos ou industriais virou uma ferramenta na vinificação moderna. Vamos ver em detalhes o que é tanino e como identificá-lo nos vinhos.</p><h2><strong>Tanino nas uvas e vinhos</strong></h2><p>Na ciência os taninos são chamados de <strong>biomoléculas adstringentes e fenólicas</strong>. Quando agrupados eles passam a se chamar <strong>polifenol</strong>. Nas videiras, eles estão presentes no caule, nas folhas, nas sementes e nos frutos. Do ponto de vista sensorial e organoléptica, a intensidade dos taninos influencia três características do vinho: <strong>cor, sabor e sensações tácteis percebidas na boca.</strong> Como um conservante natural, eles ajudam a dar estrutura durante o envelhecimento, contribuindo para o equilíbrio do vinho, quando este estiver em seu auge. Os taninos da casca (pele) da uva e do carvalho dos barris são mais suaves que os presentes nas sementes e no caule das vinhas. Por esse motivo, a vinificação moderna prega que as bagas devam ser desengaçadas. Vinhos elaborados com caule durante a maceração, ou fermentação, são exceções, mas isso pode acontecer quando as variedades da casta apresentam níveis muito baixos de taninos. <div id="attachment_821" align="aligncenter" width="451"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/tanino-casca-uva.png" alt="tanino casca uva"></figure><p> A casca da uva é a principal fonte dos taninos dos vinhos.</div> O tanino dos barris de madeira recebido pelo vinho, varia de acordo com o tipo de carvalho, grau de tostagem, tempo de contato com o líquido e o volume das barricas. Devido ao uso das cascas durante os processos, os taninos estão presentes majoritariamente nos vinhos tintos; nos brancos somente quando esses passam por grandes períodos de envelhecimento. Determinar a quantidade total de taninos extraídos durante o processo de vinificação é muito mais simples que determinar a proporção relativa dos taninos das cascas ou das sementes presentes no resultado final - o vinho. Essa relação dependerá da habilidade do enólogo. Algumas uvas com altos níveis de taninos: </p><ul><li>Nebbiolo (presente nos vinhos mais longevos, como o Barolo italiano)</li><li>Cabernet Sauvignon</li><li>Tempranillo</li><li>Montepulciano</li><li>Petit Verdot</li><li>Petite Sirah</li></ul><p>Uvas com níveis baixos de taninos: </p><ul><li>Barbera</li><li>Zinfandel</li><li>Pinot Noir</li><li>Primitivo</li><li>Grenache</li><li>Merlot</li></ul><h2><strong>Tanino industrial ou enológico</strong></h2><p>A extração do tanino é conhecida há séculos e usada na curtição de couros. Sua função na produção dos vinhos, no entanto, é muito mais recente. Graças aos grandes avanços nas técnicas de vinificação durante o século XX, conhecemos mais dessa substância e isso permitiu o desenvolvimento dos taninos enológicos. <div id="attachment_817" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/tanino-industrial-ou-tanino-enologico.png" alt="tanino-industrial-ou-tanino-enologico"></figure><p> Os taninos industriais, ou enológicos, são adicionados para corrigir ou moldar a estrutura do vinho.</div> O uso de taninos industriais ou enológicos tem como objetivo corrigir a matéria-prima (uvas), modulando as propriedades olfativas e gustativas do vinho. Além disso, eles reforçam a ação dos taninos naturais, acrescentando mais estrutura aos vinhos. São responsáveis também pelo aumento da ação bactericida e dos sulfitos SO2 (dióxido de enxofre ). Segundo a <a href="http://www.oiv.int/en/technical-standards-and-documents/oenological-products/oenological-codex-products-used-oenology-code-sheet#oeno-362000">OIV (International Organisation of Vine and Wine)</a> o uso de taninos industriais é regido por regras e devem ser extraídos a partir da sementes e cascas das uvas (<i>vitis vinifera</i>), nozes e madeira de carvalho (<i>quercus</i>) ou outras árvores como quebracho (<i>schinopsis balansae</i>) e castanheiras.</p><h2><strong>Como identificar os taninos do vinho pelo paladar?</strong></h2><p>O tanino de um vinho é principalmente identificado por sua textura. Como uma <strong>substância adstringente</strong>, ele pode mostrar o amargor do vinho, mas sua presença é mais sentida quando causa aspereza. Portanto, o <strong>tanino é táctil</strong> e sentido no região central da língua. A nomenclatura de uma degustação profissional identifica se os taninos presentes são maduros (macios, controlados) ou verdes (severos, duros). <div id="attachment_818" align="aligncenter" width="650"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/lingua-sabor-do-tanino.png" alt="lingua-sabor-do-tanino"></figure><p> O tanino é percebido como textura áspera e amargor pelo paladar.</div> Vamos mais a fundo: A maioria dos animais possuem na boca compostos de proteínas <i>(mucinas), </i>ou seja, a saliva. É uma mistura complexa de proteínas, hidrato de carbono e outras moléculas. O ser humano produz cerca de 1 litro e meio por dia, e ela tem um papel importante na degustação dos vinhos. Os taninos têm a capacidade de precipitar essas proteínas, retirando a lubrificação da boca, e dando a sensação de secura. Por isso é detectado pelo toque ao invés do sabor. Por esse motivo, degustações com grandes quantidades de vinhos tânicos deveriam ser evitadas, pois os excessos de taninos acabam retirando muitas mucinas da saliva, alterando a percepção do sabor. A respeito do paladar, ainda existem algumas dúvidas sobre como isso acontece, mas sabemos que associado a outros componentes do vinho - como polissacarídeos e antocianinas - eles causam sensações mais complexas, tornando-se menos adstringente. Outro fator importante durante a degustação é a temperatura do serviço, que muda as percepções de amargor, adstringência e acidez. A sensação de doçura não é alterada pela temperatura, mas tende a mascarar os taninos verdes; e por esse motivo é muito presente na fabricação de vinhos de baixa qualidade, que possuem uma quantidade maior de açúcar residual. Um ótimo exemplo de alimento com tanino é o <strong>chá preto</strong>, que possui um alto nível da substância. Experimente-o sem açúcar e será fácil identificá-lo. Outros alimentos com altas concentrações de taninos são: nozes, amêndoas, chocolate amargo, canela, cravo e romã. <div id="attachment_819" align="aligncenter" width="300"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/07/tanino-cha-preto.png" alt="tanino-cha-preto"></figure><p> O chá preto é um dos alimentos que contém altos níveis de tanino.</div></p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Muitas pesquisas estão sendo feitas para melhor entender os taninos, e consequentemente, controlá-los durante a vinificação. É a ciência servindo cada vez mais, a arte de elaborar bons vinhos. Façamos a nossa parte, aprimorando nosso paladar - de taças cheias! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'o-que-e-tanino-do-vinho', '2016-09-10', '2016-09-10 19:22:44', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('sommelier-especialista-em-vinhos.png', NULL, 'Sommelier: o especialista em vinhos', '<strong>Sommelier</strong> é um conhecedor de bebidas. Ele pode se especializar em um tipo, como cerveja ou outra qualquer, mas historicamente essa profissão é associada principalmente ao vinho. Portanto, aqui falaremos do <strong>sommelier especialista em vinhos</strong>. O que ele faz exatamente? Onde atua? Qual a sua relação com o serviço do vinho?\r\n<h2><strong>A origem do sommelier</strong></h2>\r\nA história nos conta que a palavra <em><strong>sommelier</strong></em> deriva de <em>saumalier</em> ou <em>soumelier</em>, termos usados na região da França durante a idade média. Nessa época, as palavras s<em>ommier</em> ou <em>sauma</em>, significavam os animais de carga que eram usados para o transporte de alimentos entre os condados e castelos. Portanto, <em><strong>saumalier</strong></em> e depois <strong><em>sommelier,</em></strong> era o responsável por essa logística, que abastecia os mercados, inclusive de vinhos.\r\n\r\nEm algum momento passou a responder pela qualidade do que transportava, e para isso, se transformou em um conhecedor da bebida. Era preciso provar o que transportava, conferindo a qualidade no embarque e no desembarque.\r\n\r\nAtender os nobres era uma de suas atribuições e isso durou até o século XVIII, quando os restaurantes eram apenas locais para “restaurar” as forças, com uma comida qualquer.\r\n\r\nFoi somente no século XIX e depois da Revolução Francesa, quando os chefs franceses reinventaram o conceito de restaurante (por necessidade, diga-se de passagem), que os serviços dos conhecedores de vinhos ganharam espaço.\r\n\r\nNo século XX, junto com o aumento do consumo de vinho no mundo, a presença dos sommeliers foi imprescindível para a popularização da bebida. É importante lembrar que não havia a abundância de informação que temos hoje, e portanto, o conhecimento tácito – aquele adquirido por experiência e difícil de ser aprendido rapidamente – era de grande valia, tanto para a classe emergente burguesa como para os inúmeros hotéis e restaurantes que surgiam. Agradar os clientes era o objetivo e a principal responsabilidade do sommelier.\r\n\r\n<div id="attachment_843" align="alignnone" width="700"><img class="wp-image-843 size-full" title="serviço-do-vinho-sommelier" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/08/serviço-do-vinho-sommelier-1.png" alt="serviço-do-vinho-sommelier" width="700" height="438" /> O serviço do vinho é a principal tarefa do sommelier.</div>\r\n<h2><strong>O que faz um sommelier de vinhos?</strong></h2>\r\nNos últimos 50 anos muita coisa mudou para os sommeliers. O mercado de trabalho expandiu e hoje ele pode atuar de diversas maneiras. Pode ser em bares, restaurantes, hotéis, navios, importadoras, lojas físicas e virtuais, consultorias, revistas especializadas, blogs, etc.\r\n\r\nA rotina de tarefas vai depender do tipo do trabalho, mas salientamos dois pontos principais em todas situações:\r\n<ul>\r\n <li><strong>Conhecimento Prático</strong> – aprimoramento dos sentidos através de degustações profissionais;</li>\r\n <li><strong>Conhecimento Teórico </strong>– o sommelier é, antes de tudo, um estudioso dos assuntos do vinho. Algumas disciplinas que precisam ser dominadas pelos profissionais são: serviço do vinho, tipos e regiões produtoras, história, harmonização, abastecimento e administração da adega, tendências na vinicultura, variedades de uva, entre outras.</li>\r\n</ul>\r\nA maioria dos sommeliers trabalha em restaurantes e hotéis e, além da função tradicional de servir o vinho com todas as precauções necessárias, ele deve orientar as melhores compras e estimar o tempo de guarda dos mesmos.\r\n\r\nMas como foi dito, o mercado se tornou mais amplo e o surgimento de profissionais liberais é talvez a grande tendência.\r\n<h2><strong>Personal sommelier</strong></h2>\r\nDepois da invasão dos personals (trainer, chef, stylist, hair, etc), os serviços especializados do sommelier também ganharam mercado. Hoje encontramos profissionais que através do serviço de consultoria ajudam os clientes em jantares e na elaboração de uma adega pessoal.\r\n\r\nEle orienta na escolha daqueles vinhos essenciais que toda adega deve ter, conciliando diversidade com o gosto do cliente.\r\n\r\nNo caso dos serviços prestados em jantares, seu trabalho consiste em harmonizar os vinhos, desde a entrada até a sobremesa, com os pratos servidos, sem esquecer do gosto e personalidade dos convivas.\r\n<h2><strong>Regulamentação da Profissão de Sommelier</strong></h2>\r\nA profissão de sommelier foi regulamentada no Brasil em 2011 com a <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12467.htm" target="_blank">Lei 12.467</a>. Nela não há obrigatoriedade de formação profissional, mas a tendência é que o mercado valorize cada vez mais os profissionais que procuram se aprimorar através de cursos e painéis de degustações.\r\n\r\nAlgumas instituições internacionais são boas opções para aqueles que querem avançar na profissão com certificações reconhecidas:\r\n\r\nInglaterra, <strong><a href="http://Wine & Spirit Education Trust">Wine & Spirit Education Trust</a></strong> - uma das principais e mais reconhecidas escolas de vinhos e destilados no mundo.\r\n\r\nFrança, <a href="http://www.sommelier-france.org/metier/formations" target="_blank"><strong>L\'Union de la Sommellerie Française</strong> </a>- a União dos Sommeliers Franceses foi fundada em 1907 e é uma tradicional instituição europeia.\r\n\r\nEstados Unidos, <a href="http://www.courtofmastersommeliers.org/qualifications/" target="_blank"><strong>Court of Master Sommeliers</strong></a> - é talvez a mais exigente formação profissional sobre vinho. Ficou mais famosa após o documentário <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/SOMM_(film)" target="_blank">Somm</a>, que retrata a imensa dificuldade de se obter a certificação.\r\n\r\nItália, <strong><a href="http://www.aisitalia.it/area-formazione.aspx#.V7RtopgrI_4" target="_blank">Associazione Italiana Sommelier</a></strong> - Associação Italiana de Sommeliers fundada em 1965.\r\n\r\nChile, <strong><a href="http://www.sommelierdechile.cl/page/3/3/estudiar-sommelier.html" target="_blank">Escuela de Sommeliers de Chile</a></strong> - Escola de Sommeliers do Chile.\r\n\r\nArgentina, <strong><a href="http://sommeliers.com.ar/cursos-3" target="_blank">Escuela Argentina de Sommeliers</a></strong> - Escola Argentina de Sommeliers.\r\n\r\nBrasil, <strong><a href="https://www.abs-sp.com.br/associacoes" target="_blank">Associação Brasileira de Sommeliers</a></strong> - Associação nacional que apoia o desenvolvimento da profissão e conta com parceiros em <a href="https://www.abs-sp.com.br/associacoes" target="_blank">vários estados brasileiros</a>.\r\n<h2><strong>Remuneração</strong></h2>\r\nA remuneração dos sommeliers pode variar bastante, pois depende principalmente da experiência adquirida do profissional. A maioria são trabalhadores assalariados contratados através do sistema CLT, com carga horária prevista em lei. No caso de bares, restaurantes e hotéis esses horários acompanham o funcionamento dos estabelecimentos. Segundo a Associação dos Sommeliers de São Paulo, a média salarial não ultrapassa 5 ou 6 salários mínimos.\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nEm diversos tipos de atividades há uma confusão entre repetição e evolução, ou seja, muitos acreditam que apenas a prática, exaustivamente repetida, leva a níveis avançados. Porém, a realidade é outra. Para desenvolver alguma habilidade é necessária uma repetição voltada para superação. Significa fazer de novo e melhor, adquirir conhecimento para evoluir. Não é um repetir cegamente na esperança que apenas isso seja suficiente, pelo contrário, significa investigar, aprender, desenvolver e praticar. Treinar o paladar, o olfato e aumentar os conhecimentos teóricos é o que faz com que alguém possa ser considerado um especialista em vinhos.\r\n\r\nNo final das contas, o objetivo do sommelier é colocar toda a bagagem adquirida para transformar o momento gastronômico em uma experiência prazerosa e inesquecível.', 'sommelier-o-especialista-em-vinhos', '2016-09-10', '2016-09-10 19:10:58', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-italiano-barolo.png', NULL, 'Vinho Barolo: um rei entre a tradição e a modernidade', 'O vinho <strong>Barolo</strong> é um ícone que simboliza a tradição italiana. Imponente como um rei, longevo e desafiador. Seu reinado secular seduziu a nobreza e o tornou um clássico. Produzido com a casta <strong>Nebbiolo</strong>, este vinho mantém um pé na tradição, como o da casa <a href="http://www.conterno.com/" target="_blank"><strong>Giacomo Conterno</strong></a>, ao mesmo tempo em que se renova com o trabalho de <strong><a href="http://www.batasiolo.com/" target="_blank">Beni di Batasiolo</a></strong>.\r\n<h2><strong>DOCG Piemonte: a casa do Barolo</strong></h2>\r\nPiemonte é uma região no norte da Itália, e junto com a Toscana, possui o maior número de <strong>DOCG</strong> <em>(Denominazione di Origine Controllata e Garantita)</em>. Terra dos aclamados Barbarescos e do <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Asti_spumante" target="_blank">espumante de Asti</a>, a região é conhecida por ser a casa de vossa majestade: o Barolo.\r\n\r\nA DOCG Barolo fica na província de Cuneo e abrange as comunas de Barolo, Castiglione Falletto, Serralunga d\'Alba e ainda algumas áreas de Cherasco, Diano d\'Alba, Grinzane Cavour, La Morra, Monforte d\'Alba, Novello, Roddi, Verduno.\r\n\r\n<div id="attachment_870" align="alignnone" width="600"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinhos-barolo-de-piemonte.jpg"><img class="wp-image-870" title="vinhos barolo de piemonte" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinhos-barolo-de-piemonte.jpg" alt="vinhos barolo de piemonte" width="600" height="400" /></a> A região demarcada de Barolo foi uma das primeiras DOCG italianas.</div>\r\n<h2><strong>Uva Nebbiolo</strong></h2>\r\nNebbiolo vem de <em>nebbia</em> (neblina), pois durante a vindima em outubro, a região de Piemonte costuma receber um denso nevoeiro.\r\n\r\nUma das características dessa variedade é sua sensibilidade ao terroir. Uma variedade exigente que não se adapta em qualquer lugar, sendo necessária muita drenagem no solo. É considerada de maturação tardia e com altos níveis de taninos, fazendo com que os vinhos feitos com ela, como o Barolo, precisem de tempo para serem amaciados.\r\n<h2><strong>Barolo: rei dos vinhos e vinho dos reis</strong></h2>\r\nAté poucos anos atrás, acreditava-se que o surgimento do Barolo estava ligado ao trabalho do enólogo e comerciante francês <strong>Louis Oudart</strong>. Ele teria sido apresentado ao casal Tancredi Falletti, marquês de Barolo e sua esposa Giulia Falletti, que pretendiam melhorar o vinho de sua propriedade. De fato, Oudart trabalhou na região, porém sua relação com estilo Barolo não foi comprovada historicamente.\r\n\r\nRecentemente a pesquisadora <strong>Kerin O\'Keefe</strong>, lançou uma tese que vem sendo aceita por muitos especialistas no assunto. O verdadeiro responsável pela “invenção” do Barolo seria o general e enólogo <strong>Paolo Francesco Staglieno</strong>. Ele trabalhou nas vinhas de Pollenzo e Grinzane, essa última a pedido de um importante personagem da história da Itália: <strong>Camilo Benso</strong>, conde de Cavour e um dos arquitetos da unificação da Itália no século XIX.\r\n\r\nO Conde Benso tinha uma visão progressista e um tino para os negócios. Sob sua influência – e do casal Falletti – o vinho passou a circular entre a nobreza e ganhar notoriedade.\r\n\r\nStaglieno havia publicado um livro "<strong><em>Istruzione intorno al miglior Modo di fare e conservare i vini em Piemonte</em></strong>" (As instruções sobre a melhor maneira de fazer e preservar vinhos em Piedmont, 1837), no qual pregava que o bom vinho tinha que ter clareza, secura, robustez e manter a qualidade durante a conservação.\r\n\r\nEntre os apreciadores entusiasmados estavam os da Casa de Saboia – família nobre que comandava as regiões de Nice (França) e Piemonte (Itália). Eram tão poderosos que a relíquia católica do Santo Sudário ficou as cuidados dos descendentes por 500 anos (1453 a 1983).\r\n\r\nA partir de então, o Barolo ficou conhecido como o vinho dos reis.\r\n\r\n<div id="attachment_871" align="alignnone" width="600"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-antigos-barolos.png"><img class="wp-image-871 size-full" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-antigos-barolos.png" alt="vinho-antigos-barolos" width="600" height="233" /></a> Vinhos Barolos são famosos por sua longevidade.</div>\r\n<h2><strong>Guerra dos Barolos</strong></h2>\r\nPara se tornar um Barolo, o vinho deve passar por 38 meses de envelhecimento (no mínimo) antes de estar disponível comercialmente. Desses, 18 meses devem ser nos barris e o restante em caves depois de engarrafado. E mais: se for um Reserva, o tempo do envelhecimento sobe para 62 meses no total.\r\n\r\nGeralmente, um Barolo no estilo clássico precisa de 10 anos para atingir seu auge. Nesse momento os taninos já estarão domados e os famosos aromas de rosas e charuto podem ser apreciados. Provavelmente ele também terá um elevado nível de álcool e acidez. Essa é a fórmula clássica do Barolo, todavia mudanças estão em curso...\r\n\r\nDurante a expansão do mercado consumidor de vinhos nas décadas de 1970 e 1980, os mais frutados e menos tânicos, viraram tendência. Na tentativa de acompanhar essas mudanças, a vinícola Ceretto, através de Paolo Cordero di Montezemolo, Elio Altare, Renato Ratti, assim como de Luciano Sandrone e Paolo Scavino começaram a desenvolver métodos para esse fim.\r\n\r\nEles diminuíram o tamanho das barricas de carvalho, o tempo de maturação (menos extração de tanino) e aumentaram o tempo do envelhecimento em garrafa. Porém, com o ambiente restrito as frutas se vão, e o equilíbrio pode se perder. Para resolver essa questão alguns produtores adicionavam outras castas como Arneis e Barbera, e assim manter o caráter mais suave e frutado.\r\n\r\nEsses novos Barolos são conhecidos como modernos e foi o suficiente para o começo da chamada “<strong>Guerra dos Barolos</strong>”, ou seja, clássico versus moderno. Os primeiros alegando que a identidade secular pode estar se perdendo, enquanto os segundos afirmam que com a modernização é possível se obter grandes vinhos em menos tempo. Como sempre, os dois lados podem estar certos.\r\n<h2><strong>Mapa de Ratti, o terroir Barolo mapeado</strong></h2>\r\nDentro da designação Barolo não existem oficialmente regiões consideradas Cru, mas nas décadas de 1970 e 1980 após os minuciosos estudos geológicos, o produtor <strong>Renato Ratti</strong>, desenhou um mapa das melhores vinhas (Mapa de Ratti), que ainda hoje é usado por comerciantes como parâmetro de qualidade.\r\n\r\nVeja as sub-regiões consideradas de melhor qualidade separadas por comuna:\r\n\r\n<strong>Barolo</strong> - Bricco Viole, Brunate, Cannubi, Cannubi Boschis, Rue, San Lorenzo, Sarmassa, Via Nuova;\r\n\r\n<strong>Castiglione Falletto</strong> - Bricco Rocche, Fiasc, Mariondino, Monprivato, Parussi (ou Parusso), Pira, Rivera, Villero;\r\n\r\n<strong>La Morra</strong> – Arborina, Brunate, Cerequio, Gattera, Giachini, Marcenasco, Rocche dell\'Annunziata;\r\n\r\n<strong>Monforte d\'Alba</strong> – Bussia, Cicala, Colonnello, Dardi, Ginestra, Mosconi, Munie, Romirasco, Santo Stefano;\r\n\r\n<strong>Serralunga d\'Alba</strong> – Falletto, Francia, La Serra, Marenca, Marenca-Rivette, Margheria, Ornato, Parafada, Vigna Rionda.\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nA história desse clássico italiano nos prova que a percepção da qualidade de um grande vinho é admirada desde sempre. Esses ícones mundiais são a inspiração para muitos novos produtores, que amam a vitivinicultura e trabalham de forma cuidadosa e séria. Eles também almejam um dia se tornarem lendas; como um Barolo, o vinho dos reis.\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'vinho-barolo-um-rei-entre-a-tradicao-e-a-modernidade', '2016-09-11', '2016-09-11 16:50:54', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-de-colheita-tardia.png', NULL, 'O que significa vinho de colheita tardia?', 'Colheita tardia significa exatamente o que diz o nome, ou seja, a colheita das uvas é feita após o período considerado usual para a produção de um vinho. A composição dos frutos sofre alterações e com isso, o vinho que resulta desse processo é bem diferente. Mais adocicado e alcoólico, o vinho de colheita tardia é considerado um vinho de sobremesa. Vamos aos detalhes.\r\n<h2><strong>Colheita tardia: o que acontece com as uvas</strong></h2>\r\nOs vinhos de colheita tardia são normalmente elaborados com uvas que sofreram um ataque de um fungo. A maturação excessiva deixa a pele da uva fina o suficiente para que um tipo de fungo a perfure. Com isso a fruta desidrata, perdendo água e concentrando açúcares. Para que este não torne o vinho enjoativo, é preciso que seja equilibrado com a acidez. As uvas que mais se adaptam a esse estilo de vinho são: Riesling, Furmint, Sauvignon Blanc, Sémillon e Gewürztraminer.\r\n\r\nCom bastante açúcar natural, o resultado é um vinho de sobremesa, doce naturalmente e, em geral, com níveis mais elevados de álcool.\r\n\r\n<div id="attachment_879" align="alignnone" width="600"><img class="wp-image-879" title="uvas colhidas tardiamente" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/uvas-colhidas-tardiamente.jpg" alt="uvas colhidas tardiamente" width="600" height="402" /> Nesse estilo de vinho as uvas são colhidas tardiamente.</div>\r\n<h2><strong>Podridão nobre</strong></h2>\r\nO método mais tradicional é o chamado <strong>podridão nobre</strong>, causado pelo fungo <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Botrytis_cinerea" target="_blank"><strong><em>botrytis cinerea</em></strong></a>. O grau de ação do fungo não estraga a fruta mas acrescenta sabores e aromas.\r\n\r\nEsse fungo surge com a umidade, mas se ela for muito intensa, causará o efeito oposto, chamado de <strong>podridão cinzenta</strong>. Aí então, o trabalho está perdido. Porém se, após o seu surgimento, o clima estiver seco e assim perdurar, as uvas super maturadas atingem um estágio de podridão desejável para a elaboração dos vinhos de colheita tardia.\r\n<h2><strong>A história </strong></h2>\r\nExiste um relato que data de 1776, feito por Johann Michael Engert, administrador de uma vinícola em Fulda, na Alemanha, que conta uma história interessante. Naquela época para se iniciar a vindima, era preciso pedir autorização para os governantes dos condados, os príncipes-bispos.\r\n\r\nEm 1775, o príncipe-bispo era Henrique von Bibra e aguardava a chegada do mensageiro de nome Babbert para assinar a autorização. Não se sabe seu paradeiro, pois ele sumiu, e com isso a colheita foi autorizada com semanas de atraso. Os monges que eram os enólogos da vinícola, decidiram fazer o vinho assim mesmo. E o resultado surpreendeu a todos. Posteriormente o método foi refinado e assim nasceu os vinhos de colheita tardia.\r\n<h2><strong>Vinho de Gelo é colheita tardia?</strong></h2>\r\nOs curiosos vinhos de gelo <em>(ice wine </em>ou<em> eiswein)</em> são considerados de colheita tardia, mas ao invés de serem atacados por um fungo, é o frio extremo que congela a água existente no interior da fruta. A uva então é gentilmente prensada - antes que a água descongele - o que faz com que a maior extração seja de açúcar e dos outros compostos que permanecem líquidos apesar do frio.\r\n<h2><strong>Vinhos famosos de colheita tardia</strong></h2>\r\nAtualmente são produzidos vinhos de colheita tardia no mundo todo, mas alguns são famosos pelas qualidades sofisticadas. Vejamos alguns:\r\n\r\n<strong>França</strong> – são chamados de <strong><em>vendange tardive</em></strong>. Ex: Monbazillac, Barsac, Cadillac, Sauternes.\r\n\r\n<strong>Hungria</strong> – citado até no Hino Nacional daquele país, os vinhos <strong>Tokaji</strong> são admirados mundialmente e são feitos com o método podridão nobre - <em><strong>aszú</strong></em> em húngaro.\r\n\r\n<strong>Alemanha</strong> – de nomes complicados mas de sabores excelentes são os <strong>Beerenauslese</strong> e <strong>Trockenbeerenauslese</strong>. Na Alemanha eles recebem a classificação de <strong>Spätlese</strong> e <strong>Auslese</strong>, de acordo com o grau de maturação das bagas. O Auslese é elaborado com uva <em>botririzada</em><em>, </em>ou seja atacada pelo fungo, em estágio avançado.\r\n\r\n<strong>Romênia</strong> – na região de Cotnari, na Moldávia, os vinhos são produzidos principalmente com a casta <strong>Grasă</strong>, que se assemelha muito com variedade Furmint, do vinho Tokaji.\r\n\r\n<strong>Áustria</strong> – chamado de <strong>Ausbruch</strong>, os vinhos de colheita tardia normalmente se originavam da variedade Furmint, mas nos últimos anos foram substituídos pelas Chardonnay, Pinot Blanc, Traminer e Welschriesling.\r\n\r\n<div id="attachment_880" align="alignnone" width="600"><img class="wp-image-880" title="vinho colheita tardia em sauternes" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-colheita-tardia-em-sauternes.jpg" alt="vinho colheita tardia em sauternes" width="600" height="413" /> Sauternes, na França é um dos lugares que produzem ótimos vinhos de colheita tardia.</div>\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nA variedade de métodos de vinificação mostra o quão rico é o universo do vinho. Características únicas e sabores exóticos nos apresentam um mundo novo. Desbravar esses novos sabores é uma jornada para lá de prazerosa. E com certeza, o vinho de colheita tardia é uma parada obrigatória. Cheers!\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'o-que-significa-vinho-de-colheita-tardia', '2016-09-10', '2016-09-10 19:16:52', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinhos-kosher-judeu.png', NULL, 'Vinho Kosher e as tradições judaicas', 'Que o vinho está presente na cultura das civilizações desde tempos imemoriais, já é sabido. A forma com que os povos se relacionam com essa bebida única também difere de muitas maneiras. No judaísmo, ele assume um papel importante – e curioso para os não judeus – porque deve seguir algumas leis. Somente sob essas condições ele poderá ser chamado de <strong>Vinho Kosher</strong>.\r\n<h2><strong>O que são produtos Kosher</strong></h2>\r\n<strong><em>Cashrut</em></strong> ou <strong><em>Kashrut</em></strong> são as leis judaicas para os alimentos. Nelas, a comida e bebida recebem o termo Kosher ou Kasher, que significa que estão aptas para serem consumidas pelos judeus. A própria palavra significa “apropriada”, “adequada”, “aceitável” e “legítima”.\r\n\r\nPara que um produto possa ser considerado Kosher, ele deve seguir os preceitos das leis judaicas e, normalmente, é identificado pelas iniciais <strong>OU<em> (Orthodox Union)</em></strong>, ou a letra <strong>U</strong> dentro de um círculo.\r\n\r\n<div id="attachment_864" align="alignnone" width="648"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/fabricação-do-vinho-kosher-1.jpg"><img class="wp-image-864 size-large" title="fabricação do vinho kosher" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/fabricação-do-vinho-kosher-1-1012x1024.jpg" alt="fabricação do vinho kosher" width="648" height="656" /></a> Somente os rabinos podem supervisionar, tocar e provar durante a produção de vinhos Kosher.</div>\r\n<h2><strong>Exigências para que um vinho seja Kosher</strong></h2>\r\nOs vinhos Kosher são feitos das mesmas uvas que os demais, porém as exigências abrangem 3 pontos:\r\n\r\n<strong>1 - Uvas e vinhedos:</strong>\r\n\r\nA tradição judaica explica que o conceito de orlah significa algo como “não circuncidado, escondido, selado”, ou seja, são frutos de árvores jovens que não podem ser consumidos até os 3 anos de idade. Portanto, essa é a primeira regra na produção dos vinhos kosher: somente as uvas provenientes de vinhedos acima dessa idade podem ser usadas.\r\n\r\nA cada 7 anos as vinhas devem ser preservadas e não pode haver colheita. A exceção é se a vinha for vendida para um novo proprietário e a contagem recomeça novamente.\r\n\r\n<strong>2 - Ingredientes a serem utilizados:</strong>\r\n\r\nSão aceitos somente produtos Kosher, ou seja, fabricados sob a supervisão de um <strong><em>Mashgiach</em></strong> – nome dado ao judeu responsável pelo cumprimento da Kashrut. Isso vale, entre outros ingredientes do vinho, para taninos industriais, ácidos, bentonita e ovos (usados na clarificação).\r\n\r\nMesmo assim, muitos são expressamente proibidos, como o uso das leveduras selecionadas geneticamente. Apenas as nativas entram no processo.\r\n\r\n<strong>3 - Processos da colheita, vinificação e engarrafamento;</strong>\r\n\r\nA questão fundamental é que a partir do momento que as uvas são entregues para a vinificação, a manipulação de todos os ingredientes e ferramentas só pode ser feita por judeus. Apenas eles podem tocar, experimentar e acima de tudo, comandar os processos. Mesmo depois de pronto para o engarrafamento não é permitido o contato de um não-judeu com o vinho. Após o término do engarrafamento, o vinho é selado e autenticado como um vinho Kosher e qualquer um poderá tocá-lo, porém somente será aberto e servido por um judeu.\r\n\r\nPara flexibilizar essa restrição, existe o vinho <strong>Kosher Mevushal</strong>.\r\n<h2><strong>Vinho Kosher versus Kosher Mevushal</strong></h2>\r\nO judaísmo não aprova nenhum tipo de idolatria, portanto, os pagãos antigos que ofereciam vinhos aos deuses eram vistos como impuros. Para que um judeu não beba nenhum vinho “impuro” a solução são os vinhos Kosher Mevushal – o que significa <em><strong>fervido</strong></em> em hebraico. Eles passam por um processo de pasteurização, onde são rapidamente fervidos e depois resfriados. Assim, segundo as leis judaicas, o vinho pode ser servido pelos não judeus.\r\n<h2><strong>Conclusão</strong></h2>\r\nNosso blog, acima de qualquer outra intenção, tem o objetivo de trazer curiosidades e informações sobre o mundo do vinho. Os vinhos Kosher fazem parte de perguntas recorrentes, e claro, geram dúvidas sobre suas qualidades. Podemos afirmar que existem sim, vinhos Kosher de excelente qualidade como os da prestigiada <a href="http://yardenwines.com/" target="_blank">Yarden Winery</a>. Afinal, como já sabemos, a experimentação aliada ao senso crítico são as melhores virtudes de um bom enófilo.\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n', 'vinho-kosher-e-as-tradicoes-judaicas', '2016-09-22', '2016-09-22 13:23:38', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608057433-degustacao-as-cegas-de-vinhos.png', NULL, 'Degustação de vinhos às cegas: a busca pela neutralidade', '<p>A procura de informação sobre degustação de vinhos é cada vez maior. A relação dos brasileiros com a bebida é relativamente recente, por isso é natural que a busca pelo entendimento - antes de consumir - seja o primeiro passo a ser dado. E nessa jornada, a primeira palavra que os iniciantes no vinho encontram é “degustar”. Ora, uma degustação de vinho nada mais é do que o encontro da emoção com a razão. Como assim?</p><h2><strong>Degustação às cegas e degustação às claras</strong></h2><p>Degustar o vinho é apreciá-lo com atenção. O prazer de saboreá-lo está ligado às nossas emoções e agrada nossos sentidos. Por outro lado, a prática degustativa, ou seja, quando buscamos compreender em detalhes sua estrutura, nos leva a ser um pouco mais analíticos e racionais. Com o tempo de estrada, essa racionalidade entra no automático e o equilíbrio entre emoção e razão se torna natural. Dito isso, lembramos que humanos não são máquinas, e a degustação não é uma análise laboratorial. Também somos influenciáveis em boa medida, o que nos pode levar a cometer alguns equívocos. A prática da degustação às cegas tem esse objetivo. Tentar diminuir as influências inerentes a todo ser humano, de forma que a análise do vinho possa ser mais neutra, e assim, sirva de referência para um maior número de pessoas. Alguém pode se perguntar: por que, então, todas degustações não são às cegas? Ora, um degustador profissional tem como princípio a imparcialidade e seu esforço justamente é cultivá-la a cada dia. É perfeitamente possível degustar vinhos às claras e ao mesmo tempo usar das informações que ela nos fornece para realizar uma análise mais completa. É como um quebra-cabeça, que aos poucos vai se formando. Na degustação às cegas, normalmente as garrafas de vinho são encobertas, de modo que nenhuma informação é passada ao degustador. A análise fica restrita à experiência do beber. É e foi muito usada em concursos, como o famoso Julgamento de Paris, na década de 1970. As duas maneiras têm suas vantagens, por isso o melhor conselho é: pratique ambas. Isso vai fazer com que você se conheça cada vez mais e refine seus sentidos.</p><h2><strong>Análises sensoriais do vinho</strong></h2><p>Para uma perfeita degustação é necessário observar os detalhes de cada etapa. Vamos listar os pontos a serem considerados: <strong>Análise visual</strong> – clareza, brilho, cor primária e secundária, sedimentos e as chamadas “lágrimas do vinho”; <strong>Análise olfativa</strong> – possíveis falhas, aromas primários, secundários e <i>bouquet</i> (terciários); <strong>Análise gustativa</strong> – corpo, doçura, fruta, madeira, tanino, acidez, álcool, persistência, tipicidade, equilíbrio e complexidade. Para aprofundar o assunto, elaboramos um material que pode ajudar.</p><h2><strong>E-book Degustação Profissional: passo a passo</strong></h2><p>Divulgar a cultura do vinho faz parte de nossa missão, por isso preparamos um material que pode ajudar a entender melhor os detalhes da degustação de vinhos. <a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/Degustação-Profissional-de-vinho-Passo-a-Passo.pdf">Nesse e-book</a>, cada detalhe acima citado é analisado de forma clara e abrangente, e esperamos que acrescente mais conhecimento aos nossos leitores. Aproveite e saúde! <div id="attachment_940" align="aligncenter" width="600"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/Degustação-Profissional-de-vinho-Passo-a-Passo.png" alt="Degustação-Profissional-de-vinho-Passo-a-Passo"></figure><p> E-book Degustação Profissional de Vinho • Passo a Passo</div> Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'degustacao-de-vinhos-as-cegas-a-busca-pela-neutralidade', '2016-09-30', '2016-09-30 13:31:05', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('speyer-vinho-mais-antigo.png', NULL, 'Vinho de Speyer, o mais antigo do mundo', 'O <strong>Museu Histórico do Palatinado</strong> ou <strong><a href="http://www.museum.speyer.de/Deutsch/Sammlungsausstellungen/Weinmuseum.htm" target="_blank">Museum der Pfalz</a>,</strong> em alemão, fica na cidade de Speyer, ao sudoeste da Alemanha. A pequena cidade de 50,000 habitantes tem a honra de guardar uma relíquia preciosa para a humanidade: <strong>Römerwein der Speyer</strong> ou <strong>Garrafa de Speyer</strong>; o vinho mais antigo do mundo.\r\n<h2><strong>Vinho de Speyer data de 350 a.C</strong></h2>\r\nDesde a Renascença, quando a o ocidente redescobriu o esplendor da civilização grega e romana, arqueólogos de toda a Europa apresentam descobertas que esclarecem o passado, ao mesmo tempo que também intrigam a curiosidade moderna a respeito dos costumes da antiguidade. Numa dessas escavações, no longínquo ano de 1867, em Speyer, surgiu o túmulo de um nobre romano, posteriormente datado do ano 350 a.C.\r\n\r\nNele havia duas tumbas, a de um homem e uma mulher. Acredita-se que ele era um legionário romano e para fazer sua jornada além-mundo, como de costume, foi enterrado com garrafas de vinhos. Ao todo foram encontradas 16 garrafas, sendo 10 na tumba do homem e 6 na da mulher.\r\n\r\nApenas uma dessas garrafas sobreviveu ao tempo sem que o líquido evaporasse. Batizada de o <strong>Vinho de Speyer</strong>, a garrafa permanece lacrada mesmo após os 150 anos de sua descoberta. O líquido no interior permanece aparentemente intacto, e por isso, é considerado o vinho mais antigo do mundo.\r\n\r\n<div id="attachment_929" align="aligncenter" width="250"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-mais-antigo-mundo-speyer-350ac.png"><img class="wp-image-929" title="vinho-mais-antigo-mundo-speyer-350ac" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-mais-antigo-mundo-speyer-350ac.png" alt="vinho-mais-antigo-mundo-speyer-350ac" width="250" height="480" /></a> Embaixo de uma grossa camada de resíduos ainda há vinho na Garrafa de Speyer.</div>\r\n<h2><strong>Mas o vinho mais antigo ainda é vinho?</strong></h2>\r\nO líquido dentro da garrafa está abaixo de uma camada grossa de colofônia (breu), que é uma resina derivada da terebintina, extraída de árvores. No passado era comum o uso de azeite e extratos para "selar" o vinho dentro da garrafa, assim ele não se misturava com o óleo e ficava protegido da oxidação.\r\n\r\nOs cientistas alemães decidiram não abrir a garrafa, temendo sua reação com o ar, mas análises mostram que certamente o que ocorreu com o <strong>Römerwein</strong>, é que a quantidade de azeite e ervas usadas para lacrar o vinho na garrafa foi tamanha, que ao longo dos anos se formou uma capa protetora sólida, e que milagrosamente permaneceu intacta.\r\n\r\nEnfim, o vinho de Speyer não é mais vinho, obviamente, mas foi um dia. A professora de enologia Monika Christmann da Universidade de Hochschule Geisenheim acredita que microbiologicamente falando é provável que ele não esteja estragado, mas é certo que o sabor não iria alegrar quem arriscasse um gole. Inclusive, ele poderia ser até venenoso.\r\n\r\nÉ interessante refletir a constante presença dessa bebida maravilhosa que acompanha a humanidade desde tempos imemoriais, passando pelas civilizações gregas e romanas, das quais herdamos o hábito de beber vinho.\r\n\r\nVida longa ao <strong>Vinho de Speyer</strong>, o mais antigo do mundo!\r\n\r\n<hr />\r\n\r\n<h3 style="text-align: center;"><strong>Outros vinhos antigos</strong></h3>\r\n<ul>\r\n <li><strong>Vinho Rüdesheimer Apostelwein</strong> - existe uma pipa em Bremen, na Alemanha, cheia de vinho da safra de 1653. Não estão a venda, mas algumas garrafas de 1727 são leiloadas para colecionadores.</li>\r\n</ul>\r\n<div id="attachment_918" align="aligncenter" width="150"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/Vinhos-Rüdesheimer-Apostelwein-antigo.png"><img class="wp-image-918 size-medium" title="Vinhos Rüdesheimer Apostelwein antigo" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/Vinhos-Rüdesheimer-Apostelwein-antigo-150x300.png" alt="Vinhos Rüdesheimer Apostelwein antigo" width="150" height="300" /></a> Vinho Rüdesheimer Apostelwein de 1727.</div>\r\n<ul>\r\n <li><strong>Champagne Veuve Clicquot Ponsardin, Heidsieck e Juglar</strong> – encontrados em 2010, em um navio naufragado, as garrafas possivelmente datam de 1782 e 1788. Alguns foram degustados em 2015 e os felizardos descreveram que apesar do tempo, eles ainda estavam agradáveis, porém bastante adocicados, como era o gosto na época.</li>\r\n</ul>\r\n<div id="attachment_919" align="aligncenter" width="150"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/champagne-mais-antigo-do-mundo.png"><img class="wp-image-919 size-medium" title="champagne mais antigo do mundo" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/champagne-mais-antigo-do-mundo-150x300.png" alt="champagne mais antigo do mundo" width="150" height="300" /></a> Champagne Veuve Clicquot Ponsardin encontrados datam de datam de 1782 e 1788.</div>\r\n<ul>\r\n <li><strong>Tokaji</strong> – essa raridade da Hungria é de 1680, e por muito tempo considerada a mais antiga garrafa de vinho do mundo.</li>\r\n</ul>\r\n<div id="attachment_920" align="aligncenter" width="150"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-tokaji-mais-antigo.png"><img class="wp-image-920 size-medium" title="vinho tokaji mais antigo" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-tokaji-mais-antigo-150x300.png" alt="vinho tokaji mais antigo" width="150" height="300" /></a> Vinho Tokaji mais antigo é de 1680.</div>\r\n<ul>\r\n <li><strong>Jerez de la Frontera</strong> – encontrado em uma antiga adega na Ucrânia, esse vinho espanhol foi engarrafado em 1775.</li>\r\n</ul>\r\n<div id="attachment_921" align="aligncenter" width="150"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-antigo-Sherry-de-la-Frontera.png"><img class="wp-image-921 size-medium" title="vinho antigo Sherry de la Frontera" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-antigo-Sherry-de-la-Frontera-150x300.png" alt="vinho antigo Sherry de la Frontera" width="150" height="300" /></a> Vinho Sherry de la Frontera de 1775.</div>\r\n<ul>\r\n <li><strong>Château Lafite Rothschild</strong> – segundo historiadores uma coleção de garrafas desse vinho francês de 1787 pertenceu ao presidente Thomas Jefferson.</li>\r\n</ul>\r\n<div id="attachment_922" align="aligncenter" width="150"><a href="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-antigo-Chateau-Lafite-Rothschild.png"><img class="wp-image-922 size-medium" title="vinho antigo Chateau Lafite Rothschild" src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/09/vinho-antigo-Chateau-Lafite-Rothschild-150x300.png" alt="vinho antigo Chateau Lafite Rothschild" width="150" height="300" /></a> Vinho Chateau Lafite Rothschild de 1787.</div>\r\n\r\n \r\n\r\n<hr />\r\n\r\nEquipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/" target="_blank">um vinho para cada dia</a>\r\n\r\n\r\n\r\n ', 'vinho-de-speyer-o-mais-antigo-do-mundo', '2016-10-07', '2016-10-07 16:00:31', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608057144-vinho-tokaji-da-regiao-de-tokaj-hungria-eslovaquia.png', NULL, 'Vinho Tokaji Aszú, Eszencia e seus Puttonyos', '<p>Se existe um vinho que tem histórias para contar, este é o <strong>vinho Tokaji</strong>. De origem húngara e eslovaca, o chamado elixir imortal – feito de uvas atacadas por fungos - sempre esteve na companhia de personalidades históricas como reis, presidentes e czares. Incluindo o enlouquecido e mítico Rasputin, que foi envenenado por cianeto adicionado ao Tokaji. O debate nas últimas décadas está entre manter o Tokaji segundo a tradição, com uma vinificação mais oxidativa (mosto exposto a ação do oxigênio) ou modernizá-lo, tornando-o mais límpido e clarificado, consequentemente, mais em consonância com o paladar moderno. Talvez a resposta seja ambos! O que todos sabem, com certeza, é que os imortais tokajis estarão entre nós por muito tempo ainda.</p><h2><strong>Região de Tokaj-Hegyalja, na Hungria</strong></h2><p>O vinho Tokaji (ou <strong>tokai</strong> como era chamado pelos franceses e ingleses) é produzido exclusivamente na região de <strong>Tokaj-Hegyaja</strong>, decretada como a única produtora do vinho desde 1757, pela então governante do país Maria Theresa Walburga. Sua área total é de quase 12 mil hectares, sendo 5.500 hectares de plantações, das quais a maioria está localizada na Hungria e uma pequena parte na Eslováquia. <div id="attachment_949" align="aligncenter" width="401"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/tokaj-regiao-do-vinho-tokaji.png" alt="tokaj-regiao-do-vinho-tokaji"></figure><p> Região Tokaj-Hegyaja é a única que pode produzir o vinho Tokaji.</div> A alta umidade vem da proximidade com os rios <strong>Bodrog</strong> e <strong>Tisza</strong>, favorecendo o surgimento da <strong>podridão nobre</strong>, causada pelo fungo <i><strong>botrytis cinerea</strong></i>. Relatos históricos dizem que os primeiros vinhos produzidos intencionalmente com uvas botritizadas foram feitos em Tokaj, por volta do ano 1650. O solo é argiloso, antigo, e composto por rochas vulcânicas. Uma curiosidade são as caves subterrâneas construídas entre 1400 e 1600 e que mantém uma umidade de 85 a 90%, ideal para a conservação do Tokaji. <div id="attachment_950" align="aligncenter" width="400"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/caves-subterraneas-em-tokaj.png" alt="caves-subterraneas-em-tokaj"></figure><p> Adegas subterrâneas são curiosas atrações em Tokaj.</div></p><h2><strong>Castas usadas no vinho Tokaji</strong></h2><p>Os vinhos tokajis são elaborados com as uvas colhidas tardiamente e a legislação permite apenas 6 castas: <strong>Furmint</strong> – uva branca com elevado potencial aromático, nativa da região e corresponde a 60% da área plantada. <strong>Hárslevelü</strong> – conhecida também como Lipovina na Eslováquia, essa casta também nativa de Tokaj compõe o blend, agregando corpo e bouquet abundante de especiarias. Cerca de 30% da área dos vinhedos são dessa variedade. <strong>Muscat</strong> – uma das castas mais antigas do mundo e conhecida desde a antiga Grécia e Império Romano. Outras castas de menor presença são: <strong>Zeta</strong>, <strong>Kövérszõlõ</strong> e <strong>Kabar</strong>, e vale notar alguns experimentos atuais que procuram reintroduzir a <strong>Gohér</strong>, uma cepa quase extinta. Um tokaji clássico é elaborado entre as castas Furmint, Hárslevelü e uma pequena parte de Muscat. Porém a proporção entre elas é segredo de cada produtor, sendo este o elemento que forja a personalidade de cada um dos vinhos.</p><h2><strong>O que são Puttonyos de Aszú</strong></h2><p>Após o ataque do fungo <i>botrytis</i> nas uvas (podridão nobre), os frutos atingidos são colhidos a mão e formam o que os húngaros chamam de <strong>aszú</strong>, ou seja, apenas uvas passas botritizadas. O <strong>puttonyo</strong> é uma medida de peso da aszú, sendo que 1 puttonyo corresponde a 25kg de aszú. Essa massa então, é adicionada ao vinho base na elaboração do vinho tokaji. A quantidade de puttonyo vai determinar os tipos de tokaji. Vejamos:</p><p><strong>Tokaji Szamorodni</strong></p><p>Nem sempre a natureza faz o que gostaríamos, e por isso quando há poucas uvas botritizadas a colheita é feita sem a seleção e os cachos são colhidos juntos. Esse processo dá origem ao vinho Tokaji Szamrodni, que necessariamente tem que conter e ser elaborado por uvas parcialmente botritizadas. Dependendo da proporção do Aszú, será um vinho seco ou doce. O Szamorodni doce possui menos de 30 gramas por litro de açúcar residual.</p><p><strong>Tokaji Aszú</strong></p><p>Esse é o típico tokaji. Com uma acidez que complementa perfeitamente o açúcar do Aszú adicionado, o Tokaji Aszú é elaborado com um seleto grupo de frutos colhidos a mão. A quantidade de puttonyos acrescidos aos barris de vinho base determina a qualidade do vinho. Aszú 3 Puttonyos - 60 a 90 g de açúcar residual por litro Aszú 4 Puttonyos - 90 a 120 g de açúcar residual por litro Aszú 5 Puttonyos - 120 a 150 g de açúcar residual por litro Aszú 6 Puttonyos - 150 a 180 g de açúcar residual por litro Aszú Eszencia - 180 a 450 g de açúcar residual por litro <div id="attachment_952" align="aligncenter" width="370"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/vinho-tokaji-aszú-4-puttonyos.png" alt="vinho-tokaji-aszú-4-puttonyos"></figure><p> Puttonyos são quantidades de aszú do Tokaji.</div></p><p><strong>Tokaji Eszencia</strong></p><p>O mais raro dos tokajis é o <strong>Tokaji Eszencia</strong>. Muito doce e com a consistência de um mel, ele é o mais longevo, envelhecendo muito bem por séculos. No processo, o aszú é colhido a mão e colocado em barris. O próprio peso das bagas faz o esmagamento, dando origem a um sumo rico e aromático, usado exclusivamente na elaboração do Tokaji Eszencia. Com açúcar residual entre 450 a 850 g, este vinho é extremamente abundante em aromas, sendo o tokaji que alcança as mais altas cifras nos leilões.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Assim como o vinho Tokaji permeia a história, é muito gratificante saber que o desejo de muitos visionários se volta para a produção de vinhos de alta gama. Vinhos que nos dão raras experiências e que nos acompanham, preferencialmente, nos bons momentos e em boas companhias. Saúde a todos; ou como dizem os húngaros: Egészségére! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'vinho-tokaji-aszu-eszencia-e-seus-puttonyos', '2016-10-13', '2016-10-13 16:44:45', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('uva-espanhola-tempranillo-ou-aragones.png', NULL, 'Uva Tempranillo, a embaixadora da Espanha', '<p>Uma casta em ascensão! Presente em vários países, a uva<strong> Tempranillo</strong> é a quarta mais plantada no mundo. Nos Estados Unidos seus fãs até decretaram o <a href="http://www.tapasociety.org/itd">Dia Internacional da Tempranillo</a>. Conquistou seu espaço na Argentina e Austrália, mas é na Espanha que ela se mostra mais esplendorosa, elevando ainda mais a qualidade do vinho espanhol. Presente em todo o país, a Tempranillo é a base para os deliciosos vinhos de Rioja, Ribera del Duero, Toro e La Mancha.</p><h2><strong>Características da uva</strong></h2><p>Seu nome é um diminutivo de <i>temprano</i>, que significa “cedo”, ou “antes do tempo”, em referência ao amadurecimento precoce dos frutos da videira. Apesar de a variedade tinta ser a estrela espanhola, existe também a <strong>Tempranillo Branca</strong>. A Tempranillo é uma <i>vitis vinífera</i> de casca grossa e baixa acidez. Com bagos pequenos, sua coloração é escura devido ao alto nível de antocianina. A variedade não possui uma personalidade forte, nem taninos agressivos, mas apresenta uma gama muito grande de aromas, que contribuem para que o vinho elaborado com ela apresente notas de morango, amora, mirtilo, ameixa seca, groselha preta, além de outras mais sutis como tabaco, couro, canela, etc. É um tipo de uva que se integra perfeitamente com o carvalho durante a vinificação, o que resulta em novos aromas como baunilha e coco, muito apreciados pelo gosto do consumidor moderno. É uma casta sensível e aparenta uma "disposição" em absorver o <i>terroir</i>, o que transformou em sucesso seu cultivo em terras do Novo Mundo como Austrália, Califórnia e Argentina. <div id="attachment_993" align="aligncenter" width="600"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/Rio-Ebro-Rioja-origem-tempranillo.png" alt="Rio-Ebro-Rioja-origem-tempranillo"></figure><p> Rioja Alta é cortada pelo rio Ebro e berço da casta Tempranillo.</div></p><h2><strong>Origem da uva Tempranillo</strong></h2><p>Sua origem é a região de <strong>Rioja</strong> e <strong>Navarra</strong>, na bacia superior do rio <strong>Ebro</strong> - um dos maiores e principais rios da Espanha. Pesquisas ampelográficas recentes feitas pelo <strong>Instituto de Ciências da Vinha e do Vinho (ICVV)</strong> em conjunto com o <strong>Instituto de Madri para Pesquisa Rural, Desenvolvimento Agrícola e Alimentar (IMIDRA)</strong>, concluíram que a Tempranillo surgiu do cruzamento espontâneo da casta branca <strong>Albillo</strong> e a tinta <strong>Benedicto</strong>. O primeiro registro escrito da Tempranillo data de 1512, no livro <i>Obra de Agricultura copilada de diuersos auctores,</i> do agrônomo Alonso de Herrera, onde ele a descreve como sinônimo da <strong>Aragonez</strong>. <div id="attachment_992" align="aligncenter" width="350"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/alonso-herrera-1512-tempranillo-citação.png" alt="alonso-herrera-1512-tempranillo-citação"></figure><p> Livro do agrônomo Alonso Herrera de 1512, onde ele cita a Tempranillo como uva de primeira classe.</div></p><h2><strong>Estrela de Rioja, Ribera del Duero e La mancha</strong></h2><p>A <strong>DOC Rioja</strong> é uma das principais regiões de vinhos de alta gama do mundo, onde mais de 80% da área plantada é dedicada a Tempranillo. A casta se sente bem em seu local de origem, onde alcança a harmonia com um <i>terroir</i> de clima seco e quente. Esse casamento reflete nos vinhos aromáticos, complexos e elegantes de Rioja. Em <strong>Ribera del Duero</strong>, a <strong>Tinta del País</strong> - nome local da Tempranillo - recebe atenção especial. É a principal uva da região, onde a cidade histórica de Aranda del Duero, com suas famosas caves subterrâneas, é o berço de excelentes vinhos. A Tempranillo também é sucesso em <strong>La Mancha</strong> – a maior DO espanhola – onde é chamada de <strong>Cencibel</strong>. Em La Mancha se permite até 25 variedades de uvas, por isso é comum encontrarmos vinhos de corte entre Tempranillo e outras castas como Cabernet Sauvignon e Merlot.</p><h2><strong>Sinônimos</strong></h2><p>É curiosa a quantidade de sinônimos que a Tempranillo possui. Nos Estados Unidos, até o começo do século XX, era apenas conhecida como <strong>Valdepeñas.</strong> No mundo já foram encontrados mais de 66 nomes diferentes para a casta Tempranillo, sendo alguns mais comuns: <strong>Espanha</strong> - Cencibel, Tinto Fino, Tinto del País, Tinto de Toro, Tinto Madrid, Ojo de Liebre, Ull de Llebre. <strong>Portugal</strong> - Aragonês, Aragonez, Tinta Aragoneza, Arinto Tinto, Tinta Roriz, Tinta de Santiago.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Independente se forem ótimos varietais argentinos ou inesquecíveis <i>assemblages</i> de Ribera del Duero, é certo que a uva Tempranillo é uma variedade em ascensão. Nas mãos de artistas do vinho e suas paletas aromáticas, ela tem um lugar cativo. Merece toda nossa reverência! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'uva-tempranillo-a-embaixadora-da-espanha', '2016-12-07', '2016-12-07 18:48:43', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608054427-doc-denominação-de-origem-para-vinhos.png', NULL, 'DOC - Denominação de Origem Controlada para vinhos', '<p><strong>Denominação de Origem Controlada</strong> ou <strong>DOC</strong>, são leis estabelecidas pelos países para demarcar uma região que fabrica determinados produtos seguindo regras específicas e características daquele lugar. Mas não é só isso. É quase como botar ordem na casa para não virar bagunça. Teve em sua origem a proteção às falsificações, além disso, tem o objetivo de manter a tradição local e as qualidades únicas de produtos como vinhos, queijos, manteigas e outros.</p><h2><strong>Primeira DOC é portuguesa</strong></h2><p>No tempo em que Portugal era uma potência ocidental (séculos 16, 17, 18), a busca por parceiros comerciais era prioridade. Afinal, as navegações trouxeram novidades e a economia precisava crescer. Parcerias comerciais eram a solução para aumentar a produção e ganhar escala no comércio. A Inglaterra era um parceiro fundamental para o mercado português, pois consumia grande parte das riquezas que Portugal possuía, ou conquistava. Em 1703, foi assinado entre os dois países o <strong>Tratado de Methuen</strong> ou <strong>Tratado dos Panos e Vinhos</strong>. Segundo o acordo, Portugal poderia obter prioridades na compra de tecido inglês, enquanto os ingleses ganhariam vantagens na compra dos vinhos portugueses. Dentre os vinhos, um deles era o mais celebrado e desejado, o <strong>vinho fortificado do Porto</strong>. Para proteger seus produtos de falsificações, alguns anos mais tarde, em 10 de setembro de 1756, o diplomata português <strong>Marquês de Pombal</strong>, assinou uma carta na qual estabelecia a primeira DOC Denominação de Origem Controlada que se conhece. Era para demarcar o local de origem do vinho do Porto, produzido a 100 km da cidade do Porto, na região cortada pelo rio Douro, e assim estava criada a <strong>DOC Douro</strong>, a primeira do mundo dos vinhos. <div id="attachment_959" align="aligncenter" width="449"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/primeira-denominação-de-origem-para-vinhos-douro-portugal-1024x682.png" alt="primeira-denominação-de-origem-para-vinhos-douro-portugal"></figure><p> A região do Douro foi a primeira área demarcada para produção de vinhos - DOC Douro</div></p><h2><strong>Denominação de Origem das regiões produtoras</strong></h2><p>Seguindo o modelo português, muitos países desenvolveram seus próprios sistemas de Denominação de Origem. Cada qual estabelece os requisitos necessários para sua região, mas existem muitas similaridades entre eles, e para os países que fazem parte da União Europeia, existe um “guarda-chuva” de regras gerais. <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/vinho-espanhol-crianza-reserva-gran-reserva-e-outras-classificacoes/">Veja o caso da Espanha</a>. Sendo assim, cada país pode estabelecer níveis de exigência dentro da DOC, como a DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) usada em Portugal e na Itália. Na prática, significa que os produtores que quiserem ostentar um certificado DOC, garantindo a qualidade do produto, além de estarem localizados dentro da área demarcada, precisam submeter seus processos a auditorias legais que atestem que todos os requisitos foram cumpridos. No caso do vinho, na maioria das vezes, inclui métodos de vinificação, escolha das castas, formas de plantio, tempo de colheita, rendimento por hectare, tipo do solo, características organolépticas das uvas, etc.</p><p>Denominações de Origens pelo Mundo:</p><p><strong>França</strong> - French Appellation d\'Origine Contrôlée (AOC) <strong>Itália</strong> - Denominazione di Origine Controllata (DOC) <strong>Espanha</strong> - Denominación de Origen (DO) <strong>Chile</strong> - Denominación de Origen (DO) <strong>Argentina</strong> - Denominación de Origen (DO) <strong>Alemanha</strong> - Qualitätswein Bestimmter Anbaugebiete (QBA) <strong>USA</strong> - American Viticultural Area (AVA) <strong>África do Sul</strong> – Wine of Origin (WO)</p><h2><strong>Denominação de Origem no Brasil</strong></h2><p>A presença do vinho no Brasil ainda é pequena, mas caminhamos para uma evolução acelerada. Muitos projetos no sul do país – notadamente a melhor região para produção de vinhos – estão ganhando o devido reconhecimento internacional. Temos muito caminho a percorrer, mas é um primeiro passo. Diante disso, ficou estabelecido em 2002, a primeira <a href="http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/indicacao-geografica/pedidos-de-indicacao-geografica-no-brasil"><strong>Indicação Geográfica Brasileira (IG)</strong></a>, no <strong>Vale dos Vinhedos</strong>, em Bento Gonçalves, que demarca a produção de vinho. Já em 2012, essa região obteve uma <strong>DO</strong> – Denominação de Origem. Para que uma região seja classificada como DO é necessário que ela tenha a certificação de <strong>Indicação de Procedência (IP)</strong>. Algumas outras regiões brasileiras produtoras de vinhos também possuem a IP como: Pinto Bandeira (RS), obtida em 2010; Vinho de Uva Goethe (SC) em 2012; Altos Montes (RS) em 2012; Monte Belo (RS) em 2013; Farroupilha (RS) em 2015. Mas qual é a diferença entre as Indicações Geográficas DO e IP? A Indicação de Procedência demarca um lugar que produz determinados produtos ou serviços típicos. Possui algumas regras, no caso dos vinhos, como tipos de uvas, leveduras, padrões de qualidade, etc. No caso da DO, as normas são muito mais restritivas, e envolve processos específicos na fabricação dos vinhos, assim como um controle total em todas as etapas. Ainda não podemos comparar nosso sistema com o tradicional e rigoroso europeu, mas é um reconhecido avanço.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Para os amantes do vinho é ótimo que existam as DOCs que garantem a qualidade tradicional dos vinhos. Porém, sabemos que mesmo nos países com boas práticas legislativas, as leis sempre chegam depois dos fatos, ou seja, as denominações de origem são criadas por motivações. Não devemos nos limitar a ver os vinhos apenas pelas lentes das DOCs. O <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/vinho-sassicaia-bolgheri-o-primeiro-supertoscano/"><strong>Supertoscano Sassicaia</strong></a>, por exemplo, teve seu reconhecimento (criação da DOC Bolgheri), décadas depois. Portanto, não fechemos os olhos para <strong>novos terroirs</strong>, consequentemente novos sabores, que podem oferecer boas surpresas. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'doc-denominacao-de-origem-controlada-para-vinhos', '2016-10-27', '2016-10-27 11:06:51', NULL, NULL, 1, 1, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608124425-dionisio-baco-deus-grego-romano-do-vinho.png', NULL, 'Culto a Baco: o deus romano do vinho', '<p><strong>Baco</strong>, do latim <i>Bacchus,</i> é o famoso deus romano do vinho. É a versão da Roma Antiga para Dioniso - ou Dionísio - um dos mais importantes deuses da mitologia grega. Porém, tudo leva a crer que o culto a Baco e ao vinho teve origem estrangeira, fora do território grego. Comparando o que já foi encontrado na arqueologia e nos escritos antigos sobre a mitologia greco-romana, o culto ao deus do vinho, da fertilidade, do teatro e das festas, começa na Europa Oriental. A adega mais antiga foi descoberta por arqueólogos em 2007 no vilarejo Areni, no sul da Armênia. As escavações foram concluídas em 2010 e mostraram que as cubas de fermentação e as prensas encontradas lá, tinham 6.100 anos. Chamada de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Areni-1_winery"><strong>Areni-1</strong></a>, a adega fica dentro de um complexo de cavernas. <div id="attachment_967" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/cubas-de-fermentação-areni-1-adega-mais-antiga.png" alt="cubas-de-fermentação-areni-1-adega-mais-antiga"></figure><p> Na caverna de Areni-1 foi descoberta a mais antiga adega com 6.100 anos.</div> A segunda mais antiga está localizada na atual Cisjordânia e foi descoberta em 1963, com cerca de 5.000 anos. Esses fatos ajudam a comprovar a tese de que o vinho nasceu no oriente, que foi explicada criativamente na mitologia greco-romana com as viagens de Baco às terras orientais, fugindo de <strong>Hera</strong>, rainha do Olimpo. Durante sua jornada de volta às terras gregas, foi espalhando seu culto e ensinado os iniciados nos mistérios dionisíacos. O famoso poeta grego Homero deixou relatos descrevendo a popularidade do vinho feito na cidade de Maroneia, na região da Trácia, antiga Macedônia. Essa área abrange o lado mais oriental da Grécia e grande parte da atual Turquia e Bulgária, sinal de que a produção de vinho era muito familiar naquela região. <div id="attachment_969" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/o-culto-a-baco-e-do-vinho-europa-oriental.png" alt="o-culto-a-baco-e-do-vinho-europa-oriental"></figure><p> A Europa Oriental inspirou o mito de Dionísio, deus do vinho.</div> Mas, segundo o mito, como Baco instaurou seu culto na Grécia Ocidental?</p><h2><strong>A história de Dioniso (Baco) na mitologia greco-romana</strong></h2><p>A mitologia romana praticamente deriva da grega. Essas lendas e mitos não são contados durante os séculos de forma coerente. As contradições são regra básica quando estudamos os deuses gregos e a história de Dioniso também tem diferentes versões. Algumas vezes é identificado como o antigo Deus da fertilidade <strong>Liber Pater</strong>, e em outras como o sucessor do deus <strong>Zagreu</strong>. Outras ainda, o chamam de próprio Zagreu, filho de Perséfone. A versão mais clássica é aquela na qual o deus do vinho é o fruto de uma paixão de <strong>Zeus</strong> (Júpiter para os romanos), o rei do Olimpo, com a princesa <strong>Sêmele</strong>, filha do Rei Cadmo de Tebas. Portanto, dos deuses mais importantes, Dioniso é o único descendente de uma mortal. Talvez aí começa a beleza dessa mitologia - a ligação de Dioniso com a terra. Zeus se apaixonou por Sêmele e a engravidou. Quando sua esposa Hera (Juno para romanos) descobriu, decidiu matar a criança. Assumiu a forma de um mulher e persuadiu Sêmele a exigir que o pai da criança se mostrasse com todo seu esplendor para comprovar que era mesmo o Rei dos Deuses. Ao fazer isso, Zeus sem querer, fulminou sua amada, que morreu em chamas. No entanto, ele conseguiu salvar a criança prematura das cinzas e enxertou-a em sua coxa, onde terminou a gestação. Na versão de Creta, Dioniso era filho de Perséfone. Hera ao descobrir a criança, enviou os titãs para despedaçá-la. Zeus chega tarde demais, mata os titãs e recebe apenas o coração de Dioniso pelas mãos de <strong>Atena</strong>. Ele então, enxerta o coração do bebê em sua coxa, e posteriormente dá a luz ao renascimento de Dioniso. <div id="attachment_972" align="aligncenter" width="451"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/pafos-ou-paphos-casa-de-dionisio-deus-do-vinho-1.png" alt="Mosaico em Pafos (ou Paphos), na ilha de Chipe, também chamada de Casa de Dionísio."></figure><p> Mosaico em Pafos (ou Paphos), na ilha de Chipre, também chamada de Casa de Dionísio.</div> Ambos os casos, o ponto central do culto a Dioniso, que ficou conhecido como o deus que nasceu e morreu duas vezes, é justamente a morte e o renascimento. Após nascer, o pequeno deus, foi entregue aos cuidados das ninfas do Monte Nysa, e longe da ira de Hera. Outra versão conta que a ilha na verdade é a de Naxos. Com o tempo, Hera descobriu que Dioniso ainda estava vivo e rogou-lhe uma loucura que o fez vagar pelo mundo como um andarilho. Nessas andanças foi até a Índia, e na volta descobriu o vinho. Voltou a Grécia espalhando seu culto e recrutando as mulheres – também chamadas de <strong>bacantes</strong> – que o seguiam nas festas. Com a ajuda de seu tutor e amigo <strong>Sileno</strong>, um velho beberrão, ensinou os mistérios do vinho para o mundo.</p><h2><strong>A descoberta do vinho por Baco</strong></h2><p>Alguns creditam a Sileno o ensinamento sobre vinho ao jovem deus, mas o poeta romano <strong>Nono de Panópolis</strong>, descreve em seu poema <i><strong>Dionisíaca</strong></i> o momento da descoberta do vinho por Dioniso dessa forma: "Quando Baco viu o suco abundante das uvas selvagens esmagadas, lembrou da profecia do oráculo que sua mãe adotiva Rheia tinha lhe falado há muito tempo. Ele então, escavou um buraco grande na pedra, e com uma outra pressionou os cachos de uvas. Foi a primeira prensa de vinho. " O esmagamento das uvas no processo do vinho reflete a lembrança do próprio deus sendo esmagado pelos titãs. O poeta não conta como a fermentação ocorreu, mas a lenda diz que ao guardar o líquido, ele fermentou e assim surgiu o vinho.</p><h2><strong>Os bacanais regados a vinho invadem a Grécia</strong></h2><p>A mitologia diz que o rei <strong>Penteu</strong> de Tebas quis impedir as festas de Dioniso (chamada de Bacanais pelos romanos) e chamou <strong>Acetes</strong>, um marinheiro e companheiro de Baco para interrogatório. Acetes contou que certa vez, ao chegar na ilha de Dia, próximo a Creta, seus companheiros desembarcaram e horas depois ao voltar, havia um jovem com roupas extravagantes e valiosas dormindo no navio. Ele desconfiou que fosse um deus, mas os outros marinheiros ambiciosos decidiram vendê-lo como escravo. A fim de enganar o deus Baco, disseram que o levariam para onde ele quisesse. Baco pediu para navegarem para Naxos, sua terra natal. Ao perceber que navegavam para o Egito, o jovem deus os transformou em golfinhos – este seria o motivo dos golfinhos nadarem ao lado das embarcações – e poupou Acetes. Rumaram até Naxos onde Baco casou-se com Ariadne. Irritado por ouvir essa história repetidamente, o rei Penteu mandou executar Acetes, que desaparece da prisão misteriosamente no manhã seguinte, antes da execução. O rei segue então até os locais dos cultos e encontra sua própria mãe embriagada a dançar com Baco. Ela se levanta e grita que um ele é um javali feroz e conclama as outras bacantes a atacá-lo. Ao som dos gritos e pedidos de desculpa de Penteu, matam-no. <div id="attachment_973" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/10/a-morte-de-penteu-dionisio.png" alt="a-morte-de-penteu-dionisio"></figure><p> Penteu tenta proibir o culto a Dionísio e é morto.</div> Assim, o culto a Baco se inicia na antiga Grécia.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Outros povos tem suas próprias versões para a criação do vinho. Para o Antigo Egito a bebida foi inventada pelo deus <strong>Osíris</strong>, para os etruscos o deus <strong>Fufluns</strong> e para os persas o <strong>Rei Yamshid</strong>. Mas foi Baco quem ficou com a fama. O frenesi selvagem associado a Baco foi a forma que a mitologia encontrou para lembrar que somos terrenos e meros mortais. O vinho seria essa ligação com a terra. Todavia, o mais interessante na história do mito greco-romano é que Dioniso era o deus da sensação corporal e mente irracional. Sentir o corpo é a melhor expressão para a filosofia de Dioniso. Portanto, por esta ótica, <strong>degustar o vinho</strong> é sentir nosso corpo e suas sensações; assim mantemos vivo o culto a Baco, o deus do vinho. Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'culto-a-baco-o-deus-romano-do-vinho', '2016-10-19', '2016-10-19 11:25:56', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-raro-e-caro-penfolds-ampola.png', NULL, 'Penfolds Ampola: um dos vinhos mais caros e raros do mundo', '<p>Sabemos que o imenso conhecimento alcançado pela humanidade não é – e nunca será - baseado apenas em racionalidade. Apesar de todos os alicerces da ciência estarem pautados pela razão e imparcialidade - o que nos trouxe avanços imensuráveis, sem sombra de dúvida - muitas das belas coisas da vida são feitas de sentimento e subjetividade. Em se tratando de vinhos raros, temos a razão servindo a emoção, proporcionando uma experiência. Pressupõe não somente uma qualidade acima da média do produto, mas principalmente, que seja sentida em um determinado momento e de uma maneira específica. O conjunto de detalhes gravará na memória uma experiência marcante. Foi com esse ambicioso objetivo que a famosa casa australiana <strong>Penfolds Wine</strong> elaborou um projeto que se transformou em um dos vinhos mais raros e caros (muito caro) do mundo: o <strong>Penfolds Ampola</strong>.</p><h2><strong>Cabernet Sauvignon 2004: Bloco 42 do vinhedo Kalimna</strong></h2><p>Fundada em 1844 por Christopher Rawson Penfold e sua esposa Mary Penfold, na cidade de Adelaide, Austrália, a vinícola é considerada a principal produtora de vinhos de alta gama daquele país. Sua história é sinônimo de qualidade e está inteiramente ligada ao reconhecimento mundial dos vinhos australianos. Em 2012, a casa decidiu chamar a atenção do mercado de vinhos de luxo com uma proposta de marketing ousada e criativa. Antes de descrevermos a proposta da garrafa-ampola, vamos ao seu conteúdo. O vinho dentro da ampola é proveniente de um único vinhedo, chamado de <strong>Kalimna</strong>, no Vale de Barossa, uma das principais regiões produtoras de vinho da Austrália. As videiras de Kalimna, plantadas no século 19, são consideradas as mais antigas vinhas produtivas de Cabernet Sauvignon do mundo. A safra de Cabernet 2004 foi considerada extraordinária, e por isso, a escolhida para o projeto. Este vinho ganhou muitos elogios e altas pontuações pela crítica especializada, como os <a href="http://www.wine-searcher.com/wine-195-2004-penfolds-block-42-kalimna-cabernet-sauvignon-barossa-valley-australia">97 pontos de Robert Parker</a>. No entanto, só isso não basta para que um vinho se torne exclusivo e raro. A inovação mercadológica está, justamente, na maneira que a vinícola pensou o consumo desse vinho. <div id="attachment_1023" align="aligncenter" width="600"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/obra-de-arte-vinho-penfolds-ampola.png" alt="obra-de-arte-vinho-penfolds-ampola"></figure><p> O mercado de luxo dos vinhos raros.</div></p><h2><strong>O projeto Penfolds Ampola</strong></h2><p>O Penfolds Ampola se trata de uma embalagem luxuosa para um vinho excelente. Para sua criação foram chamados artesãos como o escultor do vidro <a href="http://nickmountglass.com.au/blog/y6dfgimqdaz0gkb6dk3mlwqy6hokvv">Nick Mount</a> e Andrew Bartlett, designer de móveis em madeira. Trata-se de uma estrutura onde a ampola com 750 ml do vinho acima citado fica suspensa e lacrada, pois não há nenhuma tampa, o que o torna impossível de se fraudar. Acompanha o conjunto um certificado de autenticidade assinada pelo enólogo chefe da vinícola, <strong>Peter Gago</strong>, e uma ferramenta de tungstênio, especialmente projetada para quebrar a ponta da ampola. <div id="attachment_1022" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/certificado-do-vinho-raro-penfolds-ampola-1024x576.png" alt="certificado-do-vinho-raro-penfolds-ampola"></figure><p> Cada um dos caríssimos Penfolds Ampola é acompanhado de um certificado de autenticidade.</div> As 12 unidades do Penfolds Ampola foram produzidas artesanalmente e são devidamente numeradas. <div id="attachment_1029" align="aligncenter" width="450"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/ferramenta-abrir-vinho-caro-penfolds-ampola.png" alt="ferramenta-abrir-vinho-caro-penfolds-ampola"></figure><p> Oferecer uma experiência única que vale mais do que o produto em si.</div></p><h2><strong>Exclusividade, luxo e uma experiência única</strong></h2><p>Apesar da bela peça de design, o engenhoso projeto se destaca pela exclusividade do serviço. Isso porque diante do formato inusitado da “garrafa”, o felizardo comprador não deve abrir o vinho sozinho. Após decidir abrir a garrafa, ele avisa a Penfolds, que enviará um representante da alta administração, normalmente o próprio enólogo chefe Peter Gago, para o ritual de abertura da ampola. Detalhe: em qualquer parte do mundo e em qualquer hora. Uau! E para completar a raridade do produto, nada mais exclusivo do que uma bela cifra; o preço de cada ampola é avaliado em aproximadamente $ 170 mil dólares, ou meio milhão de reais. E para quem se interessar, a ampola de <a href="http://www.bevfly.com/Wine/Limited-Edition-Penfolds-Ampoule">número 10 está à venda</a>. <div id="attachment_1024" align="aligncenter" width="600"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=0CsOEp-tCro&feature=youtu.be&ab_channel=PenfoldsWines" target="_blank"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/video-vinho-raro-penfolds-ampola.png" alt="video-vinho-raro-penfolds-ampola"></a></figure><p> Veja como foi elaborado um dos vinhos mais caros do mundo.</div> Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'penfolds-ampola-um-dos-vinhos-mais-caros-e-raros-do-mundo', '2016-12-15', '2016-12-15 12:35:10', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('1608057167-conceito-grand-cru-borgonha-aoc-franca.png', NULL, 'Definição de vinhos Grand Cru nas AOCs francesas', '<p>Sabemos que a França, com sua antiga tradição vinícola, é referência mundial quando falamos de DO (Denominação de Origem), ou em francês, <strong>AOC (</strong><i><strong>Appellation d\'Origine Contrôlée</strong></i><strong>)</strong>. Porém, suas regras são multifacetadas e sob um guarda-chuva de termos qualitativos, existem outros tantos de uso apenas regional. O termo <strong>Grand cru</strong> na classificação dos vinhos franceses é um dos mais representativos, por isso é importante entender quando, e em quais regiões, ele é sinônimo de alto potencial de qualidade. Ele está no topo da qualidade para <strong>Borgonha</strong>, mas difere em outras regiões, como <strong>Bordeaux</strong>. Vamos falar um pouco dessa denominação para ajudar a esclarecer as diferenças.</p><h2><strong>A origem das primeiras classificações</strong></h2><p>A história demonstra que as principais regiões francesas produtoras de vinhos, Bordeaux e Borgonha, classificam seus vinhos, ainda que não oficialmente, desde muitos séculos. No caso de Bordeaux, há registros de meados do século 18 como o <strong>Château Lafite de Thomas Jefferson de 1787</strong>. Na Borgonha, as criteriosas classificações dos vinhedos nobres (<i><strong>crus</strong></i>) pelos monges católicos cistercienses datam do século 12; e já anunciavam a importância de identificar os melhores <i><strong>terroirs</strong></i>. Mas foi em 1855 o ano da primeira classificação oficial, criada em Bordeaux, pelos comerciantes locais e ainda muito usada até hoje, apesar das muitas críticas dos produtores que ficaram de fora. Nesse mesmo ano, um livro escrito por <strong>Jules Lavalle</strong> classificava os vinhos de Borgonha em 5 categorias: <i><strong>hors ligne</strong></i>, <i><strong>tête de cuvée</strong></i>, <i><strong>premier cuvée</strong></i>, <i><strong>deuxième cuvée</strong></i>, <i><strong>tiers cuvée</strong></i>. Influenciado pelo sucesso do livro, e as iniciativas de Bordeaux, o <strong>Comitê de Agricultura de Beuane</strong> instituiu oficialmente, em 1861, as classificações para os vinhos de Borgonha, que divergem um pouco das de Bordeaux. As 5 categorias de Lavalle foram transformadas e modernizadas ao longo das décadas. No entanto, vale ressaltar que não há uma nomenclatura nacional para todas as regiões produtoras de vinhos franceses. São inúmeras as AOCs existentes no país e grande parte delas com regras únicas. Em Bordeaux são 50 AOCs, em Borgonha, chegam a 100. Vamos abordar particularmente a denominação <strong>Grand cru</strong> e as diferenças entre as duas famosas regiões. Assunto que costuma causar alguma confusão para os recém-iniciados. <div id="attachment_1045" align="alignnone" width="750"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/grand-cru-vinhos-da-borgonha.png" alt="grand-cru-vinhos-da-borgonha"></figure><p> O nível maior de qualidade na Borgonha é expresso pela classificação Grand Cru.</div></p><h2><strong>Grand cru de Borgonha</strong></h2><p>A Borgonha, e seus produtores, defendem um conceito que enfatiza o <strong>local específico dos vinhedos</strong>. Aqui, a importância é dada principalmente para o <i>terroir</i>, ou seja, vinhedos excepcionais em locais privilegiados, chamados <i>crus</i>. A palavra <strong>cru</strong> é uma conjugação do verbo <i><strong>coître</strong></i> (crescer) e significa <i>crescido</i>, tradução que não explica muita coisa para nós de língua portuguesa, mas que em francês representa algo como <i>desenvolvido</i>. Portanto, na Borgonha, a qualidade de um vinho é vista como inseparável de seu <i>terroir</i>. Sendo assim, temos as classificações orientadas às terras, muitas vezes pequenos terrenos, nos quais a vinha se desenvolve de forma extraordinária. Os melhores vinhedos são nomeados como <strong>Grand cru</strong>, e por isso os vinhos levam essa nomenclatura no rótulo. Ou seja, vinhos elaborados a partir de ótimos vinhedos têm grandes chances de se tornar um excelente vinho. A <strong>AOC de Borgonha</strong> classifica em 4 níveis os vinhos segundo a qualidade: <strong>Grand cru</strong>, <strong>Premier cru</strong>, <strong>Village</strong> e <strong>Régionale</strong>. Os prestigiados Grand crus são: <strong>Vinhos brancos:</strong> Chablis Grand Cru, Musigny, Corton de Pernand-Vergelesses, Corton de Ladoix-Serrigny, Corton de Aloxe-Corton, Corton-Charlemagne, Charlemagne de Pernand-Vergelesses, Charlemagne de Aloxe-Corton, Bâtard-Montrachet, Bienvenues-Bâtard-Montrachet, Chevalier-Montrachet, Montrachet, Criots-Bâtard-Montrachet. <strong>Vinhos tintos:</strong> Chambertin, Chambertin-Clos de Bèze, Chapelle-Chambertin, Charmes-Chambertin, Griotte-Chambertin, Latricières-Chambertin, Mazis-Chambertin, Mazoyères-Chambertin, Ruchottes-Chambertin, Bonnes-Mares de Morey-Saint-Denis, Clos de la Roche, Clos des Lambrays, Clos de Tart, Clos Saint-Denis, Bonnes-Mares de Chambolle-Musigny, Musigny, Clos de Vougeot, Échezeaux, Grands Échezeaux, La Grande Rue, La Romanée, La Tâche, Richebourg, Romanée-Conti, Romanée-Saint-Vivant, Corton de Aloxe-Corton, Corton-Charlemagne, Corton de Ladoix-Serrigny.</p><h2>"Grand cru" de Bordeaux</h2><p><div id="attachment_1046" align="alignnone" width="750"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/premier-cru-bordeaux.png" alt="premier-cru-bordeaux"></figure><p> Em Bordeaux, a categoria mais prestigiada é a Premier Cru.</div> Em Bordeaux é diferente. O nível mais alto não é chamado de Grand Cru e sim de <strong>Premier cru</strong>. As classificações ainda têm uma forte relação com o decreto de 1855, que busca valorizar principalmente o produtor. Isso significa que, mais que os formidáveis vinhedos, a ótica do <i>terroir</i> se volta para as <strong>técnicas de vinificação</strong> e a sabedoria dos antigos vinicultores. Isso quer dizer que os títulos classificam as vinícolas, e não os vinhedos. A nomenclatura usada para preconizar a qualidade é dividida em 5 categorias. No maior nível estão os <strong>Premiers crus</strong>, seguidos por <strong>Deuxièmes crus</strong>, <strong>Troisièmes crus</strong>, <strong>Quatrièmes crus</strong>, <strong>Cinquièmes crus</strong>. Um caso interessante é que para os vinhos brancos existe uma categoria especial – e acima dos Premiers crus - para o <strong>Château D´Yquem</strong>, denominado <strong>Premier cru supérieur</strong>. Na região de <strong>Graves</strong>, existe uma classificação própria que estabelece apenas um nível de qualidade, os <strong>Crus Classés</strong>.</p><h2><strong>Grand cru de Saint-Emilion</strong></h2><p><div id="attachment_1049" align="alignnone" width="750"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/grand-cru-de-saint-emilion.png" alt="grand-cru-de-saint-emilion"></figure><p> A região de Bordeaux, Saint-Emilion, possui suas próprias regras, onde o termo Grand Cru volta ao topo da classificação.</div> Note que nas classificações acima citadas, não há o termo Grand cru, no entanto, <strong>Saint-Emilion</strong>, uma importante sub-região de Bordeaux, possui suas próprias regras, nas quais aparece novamente o termo Grand cru. Segundo a hierarquia de qualidade, temos no maior nível os <strong>Premiers grand crus classés</strong>, subdivididos em <strong>classe A</strong> e <strong>B</strong>; e abaixo os <strong>Grand crus classés</strong>. As vinícolas classificadas recebem uma revisão a cada 10 anos, o que pode rebaixar algumas ou ascender outras. Isso tem gerado acirradas disputas judiciais mediadas pelo <a href="http://www.inao.gouv.fr/"><strong>INAO (</strong><i><strong>Institut National Appellations Origine Vins et Eaux de Vie</strong></i><strong>)</strong></a>, fundado em 1935. Portanto, se quiser decifrar corretamente as classificações francesas e suas principais AOCs, será necessária uma atenção às regras únicas de cada localidade.</p><h2><strong>Grand cru da Alsácia</strong></h2><p>A <strong>Alsácia</strong>, região próxima à Alemanha, é outra importante produtora principalmente de vinhos brancos e espumantes. Nela, o termo Grand cru volta a aparecer para apontar os melhores vinhos, que regidos pela AOC própria, classifica-os apenas em <strong>Grand cru</strong> e <strong>Alsace AOC</strong>, e os espumantes como <strong>Crémant d\'Alsace AOC</strong>.</p><h2><strong>Grand cru de Champagne</strong></h2><p>A <strong>AOC Champagne</strong> também estabelece regras diferenciadas para a produção dos seus famigerados espumantes. No entanto, e mais uma vez, a ótica é outra; o foco não está no produtor nem nas vinhas, e sim, no<strong> vilarejo</strong> em que os vinhedos estão. Levando-se em consideração o solo, clima, castas, vento, altitude, e outros requisitos, as categorias se dividem em: <strong>Grand cru classé</strong>, <strong>Premier cru classé</strong> e <strong>Cru classé</strong>.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>A busca por vinhos classificados como <strong>Grand cru</strong> reflete, obviamente, a importância e a reputação francesa para a enologia mundial. Na maioria das vezes, comprova o status da alta qualidade de um vinho, sendo por isso, motivo de rivalidades, brigas judiciais e apelos de marketing. Na tentativa de voltarmos os olhos (e o paladar) para o fundamental, ou seja, a prática degustativa, defendemos o conhecimento comprovado na taça. Nessa jornada, as AOCs são indicadores que contribuem para o desenvolvimento do gosto pessoal. Então, abramos nossas mentes para a exploração de bons vinhos, sejam de Bordeaux, Borgonha, Mendoza ou qualquer outro terroir. Santé! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p><p> </p>', 'definicao-de-vinhos-grand-cru-nas-aocs-francesas', '2016-12-15', '2016-12-15 12:44:28', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
INSERT INTO `noticia` (`thumbnail_principal`, `thumbnail_secundaria`, `nome`, `descricao`, `slug`, `data`, `data_completa`, `data_agendamento`, `noticia_categoria_id`, `publicado`, `destaque`, `visibilidade`, `introducao`) VALUES ('vinho-vegano.png', NULL, 'Já ouviu falar sobre os vinhos veganos?', '<p>Os chamados vinhos veganos se encaixam na própria definição de veganismo pela The Vegan Society: “o veganismo é uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade com animais, seja para alimentação, vestuário ou qualquer outra finalidade”. Você pode estar se perguntando, se o vinho é produzido pela fermentação de uvas, então, ele não é consequentemente vegano? Essa resposta vai depender dos ingredientes usados nos processos de vinificação, mais precisamente dos agentes clarificadores. Vamos entender melhor.</p><h2><strong>A produção dos vinhos pela ótica vegana</strong></h2><p>Podemos dizer, superficialmente, que na elaboração do vinho, o processo é simples: leveduras transformam os açúcares do suco de uva em álcool. Como não há restrições sobre o consumo de fungos (leveduras), o vinho parece combinar perfeitamente com a alimentação vegana. Porém, a ressalva acontece devido a um dos processos finais, a clarificação. A clarificação é o processo de purificação do vinho, quando um clarificador ou agente filtrante é adicionado ao tanque ou barril. Basicamente, é acrescentar ao vinho uma proteína, que atrai e decanta os resíduos sólidos, que não são prejudiciais, mas, se não os retirarmos, o vinho ficaria turvo, e não translúcido e brilhante. Muitas vinícolas adicionam ingredientes de origem animal no processo de clarificação, como proteína do leite (caseína), clara de ovo (albumina) e gelatina. <strong>Vale lembrar que nenhum destes componentes modifica o sabor e o aroma do vinho</strong>. Eles nem se mantêm na composição da bebida.</p><h2><strong>Clarificadores alternativos para vinhos</strong></h2><p>Há opções de produtos de origem mineral que podem ser utilizados na clarificação, como a bentonita e o carvão ativado, pedra calcária, caulino e “kieslguhr” (argilas), caseína de plantas, gel de sílica. Nesse caso, o vinho produzido pode ser chamado de <i>vegan-friendly</i>, amigo dos veganos. Além disso, determinados produtores utilizam apenas processos de autoclarificação natural. São chamados de “artesanais”, evitando a utilização de métodos artificiais de clarificação e filtragem, o que está de acordo com os princípios do veganismo, se tornando “vinhos naturais”. Algumas marcas de vinho têm os dizeres “não afinado e não filtrado” em seus rótulos. O que significa que não foi utilizado nenhum clarificador. Vale dizer ainda que não há legislação reguladora para a rotulagem dos vinhos considerados veganos. Alguns produtores, voluntariamente, sinalizam essa informação em suas garrafas. O <a href="https://www.vinumday.com.br/vinumteca/detalhe/vinho-kosher-e-as-tradicoes-judaicas/">vinho kosher</a> também não utiliza clarificadores de origem animal e é elaborado de acordo com critérios rigorosos da lei judaica e sob a supervisão de um rabino.</p><h2><strong>Vinho azul e totalmente vegano</strong></h2><p><div id="attachment_1064" align="alignnone" width="650"></p><figure class="image thumbnail wp-caption aligncenter"><img src="https://vinumdays3.s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads/2016/11/vinho-gik-vegano.png" alt="vinho-gik-vegano"></figure><p> Uma das últimas inovações no mundo do vinho, a empresa criadora do Gik segue a filosofia vegana.</div> Chamado de GIK, o exótico vinho azul, é produzido na Espanha a partir da combinação de uvas tintas e brancas. Não tem nenhuma denominação de origem, e é feito a partir de uvas de diferentes vinhedos da Espanha e França. A escolha da cor, de acordo com seus criadores, tem um apelo mais poético e traz a ideia de um produto inovador, divertido e com espírito jovem. Sua produção segue todas as normas de qualidade da União Europeia e não leva açúcar na composição. Possui teor alcoólico de 11,5%. Como um dos fundadores é vegano, a empresa também mantêm os princípios do veganismo ao elaborar seus produtos.</p><h2><strong>Conclusão</strong></h2><p>Não queremos entrar no debate sobre a filosofia vegana ser ou não a melhor opção. O vinho do mundo é naturalmente repleto de uma grande pluralidade de ideias, portanto há espaço para todos. O que devemos levar em conta, é que ao bebermos um vinho (vegano ou não), sempre existirão duas alternativas: gostar ou não gostar. A questão do veganismo pode ser um ponto de partida, mas o que realmente importa é o quão saboroso é o vinho. E assim como fazem os veganos, apreciar bons vinhos também é uma escolha. Então aproveite, aprecie! Equipe VinumDay • <a href="https://www.vinumday.com.br/">um vinho para cada dia</a> </p>', 'ja-ouviu-falar-sobre-os-vinhos-veganos', '2016-12-08', '2016-12-08 11:24:25', NULL, NULL, 1, 0, 'publico', NULL);
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